Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.
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Luiz Padilha
#16
Mensagem
por Luiz Padilha » Qui Set 21, 2006 2:12 pm
Rui Elias Maltez escreveu:Nesse caso terão a mesma missão dos nosso Linx da Marinha, enquanto os P-3 estão na FAP?
Prezado Rui.
A Mb em breve terá que adquirir um novo helicóptero para o esquadrão HS-1 que hj usa o SH-3 SeaKing.
Eu sou Merlin desde garotinho por que é o unico que pode decolar com torpedo e missel anti navio e numa mesma missão executar as 2 coisas.
E como conversei com o representante da Westland aqui no Rio ele me disse que apesar dos Lynx portugueses "colocarem a bola n'agua" tb, o perfil de busca é completamente diferente do que um SeaKing faz.
O Lynx português é utilizado para ir direto ao ponto, após o P3 ter dito a area aonde teria um sub, aonde os navios de superficie disseram que poderia ter um sub.
Ai então ele vai para um quadrante bem pequeno e efetua a varredura e diz: Está aqui e ataca!
Mesmo por que, ele não tem autonomia compativel para uma busca de verdade. Sua autonomia o impede de fazer isso, ao contrário do SeaKing e do Merlin que podem ficar mais de 4 horas caçando um sub.
espero que este comentário esclarecer para alguns o porque a Mb não tem o Lynx com sonda.
A Marinha de Portugal não precisa de um Merlin porque as forças da Otan fazem esse trabalho para ela. Daí, não haver a necessidade de se gastar esse din din.
É isso!
Que pena que o Degan não disse nada.
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papagaio
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#17
Mensagem
por papagaio » Qui Set 21, 2006 2:41 pm
Na verdade o emprego tático de uma avião como um P-3 e um helicóptero ASW são distintos.
Aviões são empregados para lançar sonobóias em áreas muito a vante de uma força naval, em situações de conflito, efetuariam suas buscas muito antes que os navios chegassem numa determinada área, enquanto os helicópteros, com seu raio de ação menor, são empregados taticamente muito mais próximos dos navios.
Quanto ao emprego de um helicóptero armado com mísseis e torpedos, são em grande parte apenas um "embuste" dos fabricantes, pois um míssil como um AM-39, pesando quase 800 Kg, praticamente inviabiliza um hover e uma posterior busca sonar.
Agora, para tirarmos fotografias no chão, podemos colocar um SH-3 ou Cougar, armado com um míssil de um lado e um torpedo do outro. Mas na prática é diferente.
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Luiz Padilha
#18
Mensagem
por Luiz Padilha » Qui Set 21, 2006 2:43 pm
papagaio escreveu:Na verdade o emprego tático de uma avião como um P-3 e um helicóptero ASW são distintos.
Aviões são empregados para lançar sonobóias em áreas muito a vante de uma força naval, em situações de conflito, efetuariam suas buscas muito antes que os navios chegassem numa determinada área, enquanto os helicópteros, com seu raio de ação menor, são empregados taticamente muito mais próximos dos navios.
Quanto ao emprego de um helicóptero armado com mísseis e torpedos, são em grande parte apenas um "embuste" dos fabricantes, pois um míssil como um AM-39, pesando quase 800 Kg, praticamente inviabiliza um hover e uma posterior busca sonar.
Agora, para tirarmos fotografias no chão, podemos colocar um SH-3 ou Cougar, armado com um míssil de um lado e um torpedo do outro. Mas na prática é diferente.
Neste caso vc se esqueceu de que o Merlin possui 3 motores, o que lhe dá potência para isso e com folga.
[]'s
Padilha
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papagaio
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#19
Mensagem
por papagaio » Qui Set 21, 2006 2:49 pm
Continuo confirmando que é apenas embuste de fabricante. Na prática quero ver um helicóptero fazendo ASW noturno, 50 pés sobre o mar em hover, com um míssil de quase uma tonelada pendurado de um lado. DUVIDO.
Taticamente, é mais vantajoso vc manter uma aeronave pronta para a guerra anti-submarino e outra para anti-superfície.
Garanto a vc que na prática isto não é feito, por mais que o fabriacante afirme que a sua super aeronave possa.
Abraços,
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luis F. Silva
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#20
Mensagem
por luis F. Silva » Qui Set 21, 2006 3:12 pm
Aviões são empregados para lançar sonobóias em áreas muito a vante de uma força naval, em situações de conflito, efetuariam suas buscas muito antes que os navios chegassem numa determinada área, enquanto os helicópteros, com seu raio de ação menor, são empregados taticamente muito mais próximos dos navios
A vantagem do P3 é que tem um raio de acção de cerca de 7400 Km, e pode fazer ataque ASW e ASuW sem preparação. Na práctica o seu raio de acção é menor do que o de uma Task Force que pode navegar alguns milhares de milhas, ser reabastecida e continuar. O P3 serve para patrulhar as costas de um país durante muitas horas, até ter que voltar à base. Uma TF não tem essas restrições, além de que porta os seus próprios meios aéreos, multiplicando a área de buscas.
cumprimentos.
Luis Filipe Silva
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Skyway
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#21
Mensagem
por Skyway » Qui Set 21, 2006 6:26 pm
Bem, foi o que eu disse....P3 na Marinha é minha opinião.
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Túlio
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#22
Mensagem
por Túlio » Qui Set 21, 2006 6:29 pm
Luiz Padilha escreveu:papagaio escreveu:Na verdade o emprego tático de uma avião como um P-3 e um helicóptero ASW são distintos.
Aviões são empregados para lançar sonobóias em áreas muito a vante de uma força naval, em situações de conflito, efetuariam suas buscas muito antes que os navios chegassem numa determinada área, enquanto os helicópteros, com seu raio de ação menor, são empregados taticamente muito mais próximos dos navios.
Quanto ao emprego de um helicóptero armado com mísseis e torpedos, são em grande parte apenas um "embuste" dos fabricantes, pois um míssil como um AM-39, pesando quase 800 Kg, praticamente inviabiliza um hover e uma posterior busca sonar.
Agora, para tirarmos fotografias no chão, podemos colocar um SH-3 ou Cougar, armado com um míssil de um lado e um torpedo do outro. Mas na prática é diferente.
Neste caso vc se esqueceu de que o Merlin possui 3 motores, o que lhe dá potência para isso e com folga.
[]'s
Padilha
Pois é, amigo Padilha, me parece - e NUNCA fui Marinheiro, o Papagaio é - meio que ilógico fazer decolar uma aeronave para atacar um navio de superfície E um sub, ou algo tipo '- Vai praquele lado lá, daí se achares um navio, mandes um Exocet nele; se achares sub, torpedo nele...'
Entendas, não estou querendo debochar de ti nem nada, apenas acho esquisito isso, creio que outros pensam igual, assim, se quiseres nos esclarecer, poderias explicar/exemplificar qual a utilidade dessa característica do Merlin (CLARO que é um baita dum heli e eu também adoraria tê-lo na MB)...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Luiz Padilha
#23
Mensagem
por Luiz Padilha » Qui Set 21, 2006 7:23 pm
Luiz Padilha escreveu:Cópia de e-mail que mandei para o fabricante.
"Bom dia.
Gostaria de saber, se operacionalmente, uma vez no ar esse modelo do Cougar poderia fazer a busca de submarinos e ataca-lo com torpedos e simultâneamente plotar e atacar um navio com o Exocet.
Ou seja, ele faria as duas coisas num mesmo vôo?
Ou teria que pousar e ser re-configurado?
Quanto tempo seria necessário para esta re-configuração, caso seja necessária?
Grato pela atenção dispensada e no aguardo,
Atenciosamente,"
Será que eles responderão?
Vamos esperar.
[]'s
Padilha
Eles responderam
Leiam abaixo:
Bom dia.
Gostaria de saber se operacionalmente, uma vez no ar, esse modelo do Cougar poderia fazer a busca de submarinos e ataca-lo com torpedos e simultâneamente plotar e atacar um navio com o Exocet.
R.: Não.
Ou seja, ele faria as duas coisas num mesmo vôo?
R: Assim como o SH-3 existente na Marinha, o Cougar Naval tem duplo emprego (AS e ASUP), mas não pode ser empregado em 2 cenários diferentes ao mesmo tempo.
Ou teria que pousar e ser re-configurado?
R.: O helicóptero necessita ser reconfigurado a bordo de seu navio-mãe. A configuração da aeronave é definida com antecedência pelo Comandante no mar, à
luz das ameaças que se apresentam.
Quanto tempo seria necessário para esta re-configuração, caso seja necessária?
R.: 2 horas
É isso ai!
[]'s
Padilha
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#24
Mensagem
por Bolovo » Qui Set 21, 2006 7:46 pm
Skyway escreveu:Bem, foi o que eu disse....P3 na Marinha é minha opinião.
A aviação de patrulha tem que sair da FAB e ir para o controle da MB, pois essa já tem uma doutrina ASW formada.
Como diz o juarez aqui do forum: É mais fácil ensinar um marinheiro a pilotar do que fazer um FABiano caçar submarinos.
Os P-95 e P-3 na MB já seria um salto gigantesco em termos de doutrina e eficiencia.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Carlos Lima
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#26
Mensagem
por Carlos Lima » Qui Set 21, 2006 8:34 pm
Olá...
Acho que não entendi uma coisa. Qual é o problema do Cougar não poder exercer as 2 funções ao mesmo tempo?
Eu tinha e impressão que no caso de Helis navais é importante que você tenha um meio capaz de executar as 2 funções mesmo que para isso ele tenha que ser reconfigurado...
A Marinha do Chile possui navios capazes de operar mais de um helicóptero e "se for o caso" cada um deles poderia estar com um equipamento diferente (caso necessário).
Tem algum outro problema??
[]s
CB_Lima
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Luiz Padilha
#27
Mensagem
por Luiz Padilha » Qui Set 21, 2006 8:37 pm
cb_lima escreveu:Olá...
Acho que não entendi uma coisa. Qual é o problema do Cougar não poder exercer as 2 funções ao mesmo tempo?
Eu tinha e impressão que no caso de Helis navais é importante que você tenha um meio capaz de executar as 2 funções mesmo que para isso ele tenha que ser reconfigurado...
A Marinha do Chile possui navios capazes de operar mais de um helicóptero e "se for o caso" cada um deles poderia estar com um equipamento diferente (caso necessário).
Tem algum outro problema??
[]s
CB_Lima
Numa comparação em que o preço/custo é tudo, o Merlin decola e faz as duas coisas se preciso num mesmo vôo.
Esse é o ponto. 01 Heli faz o serviço de 02.
[]'s
Padilha
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#28
Mensagem
por Carlos Lima » Qui Set 21, 2006 8:47 pm
Obrigado por clarificar
Mas o Merlin é mais novo (acabou de entrar em serviço), e mais caro (preço unitário), não sei manutenção.
Além disso o Merlin é um projeto inspirado nesse tipo de limitações apresentadas por outras aeronaves (Sea King) e nada mais lógico que ele seja capaz de multipla função, embora eu ainda ache essa capacidade "questionável" do ponto de vista tático (como exemplificou um colega acima).
Além disso, eu não estou bem certo, mas o Merlin por enquanto só foi homologado com um míssil italiando cujo nome eu não me lembro no momento
... não sei quais outros mísseis seriam integrados no Merlin já que o Sea Skua é muito "leve" e o Sea Eagle não estão mais em serviço.
Eu sei que para ASW tudo está funcionando, mas para ASuW tenho dúvidas.
[]s
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#29
Mensagem
por Slip Junior » Qui Set 21, 2006 8:51 pm
cb_lima escreveu:Além disso, eu não estou bem certo, mas o Merlin por enquanto só foi homologado com um míssil italiando cujo nome eu não me lembro no momento
...
É o Marte.
Abraços
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Luiz Padilha
#30
Mensagem
por Luiz Padilha » Qui Set 21, 2006 8:56 pm
Slip Junior escreveu:cb_lima escreveu:Além disso, eu não estou bem certo, mas o Merlin por enquanto só foi homologado com um míssil italiando cujo nome eu não me lembro no momento
...
É o Marte.
Abraços
Bingo!!!