Lançamento do IGS Optical III
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Lançamento do IGS Optical III
O H-II é um foguete especial.
Deu ao Japão a primazia de ser o terceiro pais a lançar um foguete propelido a hidrogênio, isto foi em 1994, os EUA lançaram seu primeiro foguete deste tipo de 1967, os soviéticos somente 20 anos depois em 1987. Os Europeus um ano depois do Japão, em 1995. Os chineses não dominam este tipo de tecnologia, nem os indianos.
No topo do foguete, sobe o IGS - Information Gathering Satellites - Optical 3, satélite de foto reconhecimento japonês. O foco deste satélite é a China, o extremo oeste russo e principalmente a Coréia do Norte. Alem de EUA (1960), Rússia (1962), China (1973), França (1998) e Israel (2002), o Japão lança-se ao grupo dos paises com satélites de foto reconhecimento próprio.
Este lançamento é importante por outros motivos que se somam.
O primeiro porque recupera o incidente de 2003, quando o Optical 2 foi perdido por problemas no lançamento. Mas principalmente porque significa uma mudança cultural importante nas FA´s japonesas que adotaram uma retórica política ultra defensiva por questões culturais que precederam a rendição na segunda guerra mundial.
Este tipo de programa, a presença de tropas japonesas lutando fora do seu território (algo novo deste o fim da segunda guerra), significam uma tímida, porem consistente mudança das políticas adotadas por Tóquio, o que podemos esperar no futuro?
Uma aposta seria o Japão agindo no mercado internacional de armamentos, algo que hoje é proibido pela constituição local, mas que pode ser mudado no futuro, e isto implicaria a entrada de mais um competidor importante, só o tempo nos dirá.
http://h2a.jaxa.jp/img/index_pict0001.jpg
Deu ao Japão a primazia de ser o terceiro pais a lançar um foguete propelido a hidrogênio, isto foi em 1994, os EUA lançaram seu primeiro foguete deste tipo de 1967, os soviéticos somente 20 anos depois em 1987. Os Europeus um ano depois do Japão, em 1995. Os chineses não dominam este tipo de tecnologia, nem os indianos.
No topo do foguete, sobe o IGS - Information Gathering Satellites - Optical 3, satélite de foto reconhecimento japonês. O foco deste satélite é a China, o extremo oeste russo e principalmente a Coréia do Norte. Alem de EUA (1960), Rússia (1962), China (1973), França (1998) e Israel (2002), o Japão lança-se ao grupo dos paises com satélites de foto reconhecimento próprio.
Este lançamento é importante por outros motivos que se somam.
O primeiro porque recupera o incidente de 2003, quando o Optical 2 foi perdido por problemas no lançamento. Mas principalmente porque significa uma mudança cultural importante nas FA´s japonesas que adotaram uma retórica política ultra defensiva por questões culturais que precederam a rendição na segunda guerra mundial.
Este tipo de programa, a presença de tropas japonesas lutando fora do seu território (algo novo deste o fim da segunda guerra), significam uma tímida, porem consistente mudança das políticas adotadas por Tóquio, o que podemos esperar no futuro?
Uma aposta seria o Japão agindo no mercado internacional de armamentos, algo que hoje é proibido pela constituição local, mas que pode ser mudado no futuro, e isto implicaria a entrada de mais um competidor importante, só o tempo nos dirá.
http://h2a.jaxa.jp/img/index_pict0001.jpg
- FinkenHeinle
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Re: Lançamento do IGS Optical III
Koslova escreveu:O H-II é um foguete especial.
Não serias ESPACIAL?!
Putz, que piada horrível... Sorry!
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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- Centurião
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Re: Lançamento do IGS Optical III
Koslova escreveu:O H-II é um foguete especial.
Alem de EUA (1960), Rússia (1962), China (1973), França (1998) e Israel (2002), o Japão lança-se ao grupo dos paises com satélites de foto reconhecimento próprio.
O CBERS não se encaixa nessa classificação? Ou por "próprio" subentende-se somente de um país?
- cabeça de martelo
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Os Japoneses estão lentamente a sair do casulo a que se remeteram depois da 2ª GM. É de esperar uma politica de Defesa muito mais forte nos próximos anos. Se formos a ver as Forças de Defesa Japonesas já são uma força muitissimo bem equipada, faltando-lhe a experiência em combate e uma politica de defesa mais "motivada", porque de resto, no essencial já tem tudo. Acho que nas próximas décadas vamos ver um ressurgimento militar Japonês.
Re: Lançamento do IGS Optical III
Centurião escreveu:O CBERS não se encaixa nessa classificação? Ou por "próprio" subentende-se somente de um país?
Ola.... o CERBS apesar de reunir uma gama e tecnologias que são comuns a satélites deste tipo, não pode ser considerado um satélite de fotoreconhecimento militar pelas suas caracteristicas técnicas.
A camara de maior resolução presente no CBERS tem uma resolução maxima de 20m, hoje um satélite militar de média sofisticação, tem uma resolução na faixa de 1m que seria a resolução do Ofeq-V de Israel, ou a resolução provavel do IGS japones, também esperamos algo nesta faixa para um modelo de satelite militar indiano que esta "saindo do forno" agora.
O estado da arte para este tipo de equipamento esta provavelmente na faixa de 0,12m e pertencem a satelites americanos e russos (provavelmente).
Algumas imagens com 1m de resolução podem ser vistas em:
http://www.satimagingcorp.com/gallery-ikonos.html
Algumas imagens do CBERS podem ser vistas em:
http://www.dgi.inpe.br/CDSR/
- Carlos Lima
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Nossa que diferença!
Muito interessante isso!
Esse assunto me faz lembrar das dificuldades que os projetistas do Blackbird tiveram para "ajustar" as suas cameras para que fotos pudessem ser tiradas a mais de 20km de altitude a mais de 3000km/h.
Tendo toda uma explicação sobre isso, mais entendi muito pouco sobre o que os caras estavam falando ... assim que tiver tempo coloco lá no tópico de Forças Aéreas (estórias do SR-71...).
[]s
CB_Lima
Muito interessante isso!
Esse assunto me faz lembrar das dificuldades que os projetistas do Blackbird tiveram para "ajustar" as suas cameras para que fotos pudessem ser tiradas a mais de 20km de altitude a mais de 3000km/h.
Tendo toda uma explicação sobre isso, mais entendi muito pouco sobre o que os caras estavam falando ... assim que tiver tempo coloco lá no tópico de Forças Aéreas (estórias do SR-71...).
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
- Centurião
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Re: Lançamento do IGS Optical III
Koslova escreveu:Centurião escreveu:O CBERS não se encaixa nessa classificação? Ou por "próprio" subentende-se somente de um país?
Ola.... o CERBS apesar de reunir uma gama e tecnologias que são comuns a satélites deste tipo, não pode ser considerado um satélite de fotoreconhecimento militar pelas suas caracteristicas técnicas.
A camara de maior resolução presente no CBERS tem uma resolução maxima de 20m, hoje um satélite militar de média sofisticação, tem uma resolução na faixa de 1m que seria a resolução do Ofeq-V de Israel, ou a resolução provavel do IGS japones, também esperamos algo nesta faixa para um modelo de satelite militar indiano que esta "saindo do forno" agora.
O estado da arte para este tipo de equipamento esta provavelmente na faixa de 0,12m e pertencem a satelites americanos e russos (provavelmente).
Algumas imagens com 1m de resolução podem ser vistas em:
http://www.satimagingcorp.com/gallery-ikonos.html
Algumas imagens do CBERS podem ser vistas em:
http://www.dgi.inpe.br/CDSR/
Oi! Obrigado pela resposta.
Pelo que eu li no site do INPE, vamos conseguir melhorar a resolução para entre 5m usando a câmera PANMUX nos CBERSs 3 e 4. Já que não entendo nada sobre o assunto, pergunto: Ainda estamos longe de obter essa resolução de 1m ou menos?
Re: Lançamento do IGS Optical III
Centurião escreveu:
Oi! Obrigado pela resposta.
Pelo que eu li no site do INPE, vamos conseguir melhorar a resolução para entre 5m usando a câmera PANMUX nos CBERSs 3 e 4. Já que não entendo nada sobre o assunto, pergunto: Ainda estamos longe de obter essa resolução de 1m ou menos?
A base tecnologica é a mesma para se construir uma camara de 5m ou 1m.
A questão é que o dominio tecnologico sobre satelites civis é uma coisa, sobre satelites militares é outra.
Explicando por analogia.
Um avião de 100 lugares e um caça supersônico tem bases tecnologicas similares.
A Embraer pode contratar a GE, a Raytheon, a EADS e quem ela quiser para ser parceira no projeto dos seus E-Jet´s, mas se ela fosse desenvolver um caça supersônico, quem ela poderia contar para fornecer turbinas e aviônicos?
Ela só conseguiria desenvolver um caça supersônico se tivesse laços politicos fortes com um pais fornecedor (França - Rússia - China etc..) ou então teria que ter um parque tecnologico que forneça tudo que ela precise, isto é, turbinas, sensores etc...
Um satélite militar é analogo, ele só vai ser construido se houver laços politicos sólidos com alguns fornecedores chaves ou se o pais tiver a maturidade tecnologica necessaria para caminhar com as proprias pernas.
- Centurião
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Re: Lançamento do IGS Optical III
Koslova escreveu:Centurião escreveu:
Oi! Obrigado pela resposta.
Pelo que eu li no site do INPE, vamos conseguir melhorar a resolução para entre 5m usando a câmera PANMUX nos CBERSs 3 e 4. Já que não entendo nada sobre o assunto, pergunto: Ainda estamos longe de obter essa resolução de 1m ou menos?
A base tecnologica é a mesma para se construir uma camara de 5m ou 1m.
A questão é que o dominio tecnologico sobre satelites civis é uma coisa, sobre satelites militares é outra.
Explicando por analogia.
Um avião de 100 lugares e um caça supersônico tem bases tecnologicas similares.
A Embraer pode contratar a GE, a Raytheon, a EADS e quem ela quiser para ser parceira no projeto dos seus E-Jet´s, mas se ela fosse desenvolver um caça supersônico, quem ela poderia contar para fornecer turbinas e aviônicos?
Ela só conseguiria desenvolver um caça supersônico se tivesse laços politicos fortes com um pais fornecedor (França - Rússia - China etc..) ou então teria que ter um parque tecnologico que forneça tudo que ela precise, isto é, turbinas, sensores etc...
Um satélite militar é analogo, ele só vai ser construido se houver laços politicos sólidos com alguns fornecedores chaves ou se o pais tiver a maturidade tecnologica necessaria para caminhar com as proprias pernas.
Mas no caso do CBERS só temos dependência de fornecimento com a China, correto? Você tem idéia de qual o índice de nacionalização dos CBERS 3 e 4? Pelo o visto, o índice parece estar crescendo, dado o incremento na nossa participação no projeto de 30% para 50%.
Lembrando que além de precisar de um satélite tem o fato de não termos um lançador próprio.