Blz André,
Como já falei, o gov. não deve apenas agir como financiador do setor, mas também como catalizador de algumas mudanças que são necessárias ao setor, bem como de organizar o setor.
Mas só organizar não basta, se não injeta uma determinar quantia! E outra, não entenda injetar como dar dinheiro é sim abrir linhas de créditos, incentivando assim a produção do setor. Com isso as nossas empresas poderiam planejar seus projetos de forma mais adequada. Ou você acha que só organização vai adiantar alguma coisa? Tái um exemplo, a MB (somada a Emgepron), é super organizada, e está numa pindaíba danada! Porque? Simples, falta de dinheiro!
Relativo à Emgepron, ela é uma empresa estatal. Me corrijam se eu estiver errado!
Sobre a Emgepron, até hoje eu não sei qual e a jogada dessa empresa com a MB, só sei uma coisa, não é igual como era a Embraer antigamente. Leia esse trecho retirado do Informar, e também do site da Emgepron, veja se entendeu alguma coisa, porque eu não entendo muito bem disso, até porque área admistrativa, jurídica, etc não e a minha praia!
Informar“Criada em 09 de julho de 1982, a Empresa Gerenciadora de Projetos Navais - EMGEPRON é um Empresa Pública vinculada à Marinha do Brasil, tem personalidade jurídica de direito privado, sua sede localiza-se dentro do AMRJ. “Emgepron“A Empresa Gerencial de Projetos Navais - EMGEPRON, é uma empresa pública de direito privado, criada em 09/06/1982, vinculada ao Ministério da Defesa, através do Comando da Marinha do Brasil.”O que seria então, “Empresa
Pública vinculada à Marinha do Brasil, tem personalidade
jurídica de direito
privado”?
Já quanto à Mectron, ela demonstrou grande capacidade gerencial e técnica, aprendendo da forma como tu colocaste. Mas, o Barracuda nunca foi um projeto de verdade. Ele foi ventilado pela imprensa, patrocinado por Engesa e Avibrás, para impedir a compra/produção do Gabriel III, que poderia prejudicar as vendas de material bélico para o Oriente. Ele nunca foi levado à sério pela Avibrás.
E o AV/MT-300 foi um projeto? Até agora, as notícias que temos, e um simples lançamento de um foguete SS-60, fantasiado de míssil de cruzeiro! Eu entendo como projeto, as fases de testes, passando pelos modelos, chegando aos protótipos. Agora, teste é teste! Se a Mectron realizasse um disparo de um MAA-1 em um lançador de solo, alguém falaria que era um projeto! O que temos que entender, e que para nascer o projeto, é preciso fazer alguns testes, agora não vamos confundir testes com projetos! Agora, o Barracuda talvez nem teste tenha feito, porem é aquilo que eu sempre digo, qualquer coisa, qualquer projeto, ou sei lá o que, tem que começar por baixo! Quer começar pelo alto, é isso que dá!
A questão é que a Avibrás tenta se colocar como produtora de armamentos, mas ela carece de duas coisas: capacidade gerencial, e apoio do gov. E, quando digo apoio, não digo financiamento. Longe disso. Mas o gov. deveria apoiar a Avibrás, assim como outras empresas, no sentido de poderem planejar melhor as suas ações.
Mais por trás do apoio tem credito, incentivo, etc, que é igual a dinheiro! Ou que tipo de apoio você acha que o governo tem que dar? Apoio moral!
Quanto à ajuda do gov. à Avibrás, eu discordo. O Astros II surgiu, sim, da série Sonda, mas isso já fazem uns 30 anos!!! De lá para cá, o que o governo fez para apoiar a Avibrás? Saliento que não me refiro à questões financeiras!!!
Alguém citou o Astros II? Pois eu não citei! Agora a Avibrás projetou e desenvolveu sozinha as bombas convencionais (BFA-920, BLG-120, BFA230, BLG-252, etc, etc, etc), o Foguete SBAT-70 e sua versão terrestre (os lançadores, etc), o EDT-Fila, etc? Daquela lista que o Alitson colocou aqui nesse tópico, somente o sistema Astros, o AV-VBL e o FOG-MP, foram desenvolvidos sem a ajuda, seja do EB (esqueci o nome) ou da FAB (CTA). Putz, esquecido do AV/MT-300, mas esse nem passou da fase de teste mesmo!
Por coincidência, olha o que está escrito na BAPI, fabricada pela Avibrás:
BAPICTAAlguma vez o gov. sinalizou que pretende comprar um kit desses??? Como você mesmo disse, a Avibrás quer fazer tudo sozinha. Tenho certeza que, se o governo buscasse a Avibrás para produzir esse kit (IR, como você disse), ela mostraria grande competência!!! Mas o governo buscou a Avibrás? Não! Aí, se a Avibrás se aventura à projetar um kit desses e o gov. simplesmente não se interessa, a Avibrás engole o prejuízo, fica com má fama, e talvez com um produto de segunda linha, pois não teve o suporte tecnológico do gov.!!! É isso que ocorre com a maioria dos seus projetos!!!
Como eu e você mesmo disse, ela precisaria de suporte tecnológico do gov. mais até do que suporte financeiro! Imagine você que ela se aventurasse à projetar tal sistema! Sem o apoio do gov. ele seria de qualidade duvidosa, e não teria cliente!!!
Não! Você não entendeu! Se a Avibras quer partir para um projeto independente, então projete vetores dentro da nossa realidade tecnológica, pois são mais baratos de projetar, construir e adquirir!
Na verdade, qualquer empresa brasileira do ramo de defesa que quiser partir para projetos independentes, vai dar tiro no pé, pois o caminho não e esse! O caminho e o inverso, os projetos saem dos institutos ligados as FA’s (CTA, por exemplo), e posteriormente são mandados para as empresa que possam dar prosseguimento. Isso aconteceu com o MAA-1, MSS-1, MAR-1, as bombas, foguetes, etc, etc! Uns dos orgulhos da industria bélica brasileira, o Cascavel, nasceu na Engesa? Não, nasceu no EB (PqRMM/2: Parque Regional de Motomecanização da 2ª Região Militar)! Evidentemente que a Engesa teve grande mérito no projeto e desenvolvimento do Cascavel, porem inicialmente o projeto nasceu no EB. Agora, está errado? Não está certo, porque o objetivo primário da industria de defesa e atender as exigências das forças armadas de seu país! Qualquer coisa além disso e secundário! Exatamente ai que entra o governo, possibilitando orçamento para pesquisas, projetos, desenvolvimento, e por ultimo, orçamento para aquisição desses vetores. Agora pelo que entendi, o Matadar foi projetado (isso se realmente foi!) de fora para “dentro”! Então nesses casos, se o projeto não der certo, a empresa tem que arcar sozinha com o fracasso!
Quanto ao AV/MT-300, concordo que ele é um equipamento complexo demais para um primeiro projeto!!! Mas, quanto ao FOG-MPM, ele não é nada de mais, e poderia ter suporte do governo!!
Ele é nada de mais, se comparado a um míssil de cruzeiro, porem ao meu ver ainda e um projeto um tanto quanto complexo! Isso não que dizer que o Brasil (incentivo do governo e com a participação das FA’s) não poderia desenvolve-lo! Porem e aquilo, o projeto deveria ser um requisito das FA’s, ou até mesmo, sair dos centros de pesquisa das FA’s.
Agora cá entre nós, se o FOG-MPM for esse ai das fotos divulgadas em alguns site, ele não é nenhuma maravilha! Aliás, o Alfredo já mencionou aqui nesse fórum alguma das deficiências desse sistema! Uma coisa e incentivar o projeto, outra coisa e fechar os olhos e dizer que ele é uma maravilha! O EDT-Fila, por exemplo, e uma maravilha de vetor? Lógico que não, pois ela ainda e um sistema bem inferior se compararmos com alguns que estão no mercado, porem esse sistema e o avanço da industria brasileira, então seu projeto e desenvolvimento e valido! O sistema sueco (utilizado pela MB), por exemplo, e bem mais moderno que o EDT-Fila! Esse sistema está integrado com RBS 23 BAMSE (que se não me engano André, e o seu sistema preferido)! E o EDT-Fila pode ser integrado a esse sistema? Aliás, o EDT-Fila, se não me engano, também nasceu no EB! Então cabe a Avibrás com o auxilio governamental ($$$) e das FA’s evoluir esse sistema!
Só uma pequena observação: Eu não estou criticando diretamente a Avibrás, estou sim criticando essas notícias publicadas na imprensa sobre a construção de AV/MT-300 e companhia limitada! Chegaram até dizer a pouco tempo que a Avibrás estaria desenvolvendo um kit de guiagem para equipar as nossas bombas convencionais, e pior, se não me engano foi citado que o desenvolvimento estava em fase final! Sinceramente acredito que a Avibrás e uma vitima de uma impressa mal intencionada (espero não estar errado!)! Os vetores que a Avibrás fabrica hoje, ao meu ver são bastante interessante para nossas FA’s e estão dentro da nossa realidade tecnológica, porem acabam sendo encobertos por essa noticia incorretas! Sinceramente, sou a favor de qualquer tipo de teste (assim como foi feito com o “AV/MT-300”!), porem repito, uma coisa e testar e outra e projetar! Mas também sou da opinião que projetar um vetor hoje desse tipo, e dar um salto maior que a perna! É pior não e isso, o vetor nem existe, e tudo mundo sabe o peso, dimensões, alcance, preço unitário, versões, etc, etc, etc. A foto da criança que bom, tudo mundo só conhece uma! Os Israelenses estão projetando um vetor semelhante, mais já existe maquete, esboço e se duvidar até fotos de modelos ou quem sabe, de protótipo, coisa que não acontece com a “versão brasileira”.
Ufa, acho que agora quem falou demais fui eu!
Até mais................................................................................
Fox