Nazismo negro e guilda branca
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Nazismo negro e guilda branca
Nazismo negro e guilda branca
por Janer Cristaldo em 18 de julho de 2006
Resumo: O projeto do senador Paulo Paim prevê a identificação racial dos negros em documentos de identidade, mas talvez fosse melhor um adereço bem visível, como Hitler instituiu na Alemanha para judeus e homossexuais. E assim caminhamos rumo a um nazismo negro.
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Uma nuvem de estupidez parece pairar sobre o Congresso nacional nestes dias. Não que sobre o Congresso costumem pairar nuvens de inteligência. Mas agora a estupidez concentrou-se e ameaça cair como chuva sobre o país todo. Dois projetos, que pretendem mandar o Brasil de volta alguns séculos para trás, estão sendo discutidos em Brasília. Um deles, o do senador Paulo Paim, já aprovado no Senado, quer mandar o país de volta à América racista do tempo das leis Jim Crow, ou talvez à Alemanha hitlerista ou mesmo à África do Sul do apartheid.
Em verdade, nada de novo tenho a dizer sobre o assunto. Desde que se começou a falar de cotas, tenho denunciado esta manobra dos movimentos negros como algo que só servirá para estimular o racismo. A estupidez avança e cada vez com mais audácia. Se antes falava-se apenas em cotas, o projeto do senador Paim pretende agora identificar os brasileiros por raça, como se fazia com os judeus na Alemanha nazista. A estupidez se repete? O cronista se vê constrangido a repetir-se.
O Estatuto da Igualdade Racial, já o comentei recentemente, ao denunciar a extinção do mulato. De uma penada, o senador pretende extirpar da história do país a prova mais evidente do bom convívio racial. O expediente é elementar. Como os negros constituem apenas 5,4 % da população nacional, o senador passa a chamar de negros todo o contingente de mulatos, que são 39,9%. Mais um pouco e o Brasil será definido como majoritariamente negro, aliás como já é visto por muitos americanos e europeus. Quer-se adotar o modelo americano, que não admite miscigenação. Ou é preto ou é branco. Alguns intelectuais, fugindo ao espírito de rebanho que caracteriza a espécie, apresentaram ao Congresso um documento com 114 assinaturas, com argumentos contrários ao Estatuto e às reservas de cotas raciais. O documento foi logo satanizado como o “Manifesto da Elite Branca”, como se os malvados brancos tivessem algum interesse em manter a população negra afastada de seus territórios.
O governo, que desde então vinha insistindo na manutenção das cotas universitárias, sentiu-se constrangido a recuar. Fala agora em cotas sociais. Se por um lado desvincula a reserva de vagas do elemento racial, por outro lado mantém o absurdo propósito de mandar para a universidade pessoas que não preenchem os requisitos básicos para nela entrar, enviando de vez para o brejo o ensino universitário, hoje já extremamente deficiente. Paulo Paim pôs um bode na sala. O governo retira o bode e deixa lá o resto dos animais. Isso sem falar que tal projeto é flagrantemente inconstitucional. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza", reza o artigo 5º da Carta Magna. Se aprovado, alguns serão mais iguais que outros. Boa parte da população negra gostou da idéia de ganhar no tapetão e não percebe a armadilha em que os negros estão caindo: tendo entrado pela porta dos fundos na universidade, serão naturalmente rejeitados no mercado de trabalho.
Prevendo isso, o senador já garante em seu projeto a presença de ao menos 20% de atores e figurantes afro-brasileiros em programas e propagandas de TV. A seqüência lógica será impor estas mesmas cotas inclusive às empresas privadas em geral, acabando-se definitivamente com qualquer critério de capacitação. Embutida no projeto, vem uma disciplina obrigatória nos colégios, História Geral da África e do Negro no Brasil, como se a história da África e do negro fosse mais importante para o Brasil que a História da Grécia e dos gregos, de Portugal e dos portugueses, da Itália e dos italianos, da América e dos americanos. Seria interessante imaginar como será tratada na nova disciplina a venda de escravos aos brancos europeus pelos chefes tribais negros da África. Ou será um capítulo proibido da história, como a matança dos oficiais poloneses na floresta de Katyn pelas tropas de Stalin, como a matança de sete mil religiosos espanhóis pelos comunistas na Espanha?
O projeto do senador prevê ainda a identificação racial dos negros em documentos de identidade. Segundo o Estatuto, os negros passarão a ter carteirinha de negro. Curioso observar que nas décadas passadas os movimentos negros haviam concluído que raça não existia. Agora passou a existir e deve constar em documento. Como o branqueamento é bastante generalizado no Brasil, talvez fosse melhor uma tatuagem ou adereço bem visível, como Hitler instituiu na Alemanha para judeus e homossexuais. Se aprovado tal monstrengo, este país onde a miscigenação sempre foi regra passará a discriminar oficialmente por raça. Estamos caminhando a largos passos rumo a um nazismo negro.
Não bastasse tal despautério, outro projeto, de iniciativa do deputado Pastor Amarildo, pretende mandar o país de volta mais longe ainda no tempo, para os dias da Idade Média, quando as guildas controlavam ferreamente o exercício das profissões. No fundo, a intenção é sufocar a liberdade de expressão, regulamentando uma profissão que não pode ser regulamentada, o jornalismo. Se antes apenas exigia-se curso para o exercício do jornalismo, em função de um decreto-lei promulgado por uma junta militar em 1969, o novo projeto, aprovado pelo Congresso na calada da Copa, pretende enquadrar até mesmo colunistas e comentaristas. Ora, este dispositivo ditatorial não encontra paralelo em nenhum regime democrático do mundo. Jornalista é quem tira seus proventos do ofício de jornalismo e fim de papo.
O projeto do pastor é uma reação à rejeição da proposta de um Conselho Federal de Jornalismo, feita pela Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) e encaminhada em 2004 ao Legislativo pelo Governo Federal. Devido à pressão de jornalistas e proprietários de veículos de comunicação, a tentativa de cercear ainda mais a liberdade de expressão foi retirada no mesmo ano. De novo, as cotas. A guilda branca quer proteger a corporação. Enquanto o país se empolgava com a Copa, o projeto passou quase clandestinamente no Congresso. Depende agora de veto ou aprovação do Supremo Apedeuta. O espantoso é que tal dispositivo surge precisamente nestes dias de Internet, em que qualquer cidadão pode montar seu blog e fazer jornalismo a seu gosto.
O Supremo Apedeuta, como é sabido, não tem maiores apreços pela imprensa. Não seria de duvidar que assumisse esta excrescência jurídica. Logo nestes dias em que a WEB libertou os jornalistas dos custos de papel, gráfica e distribuição. Os blogs constituem hoje jornalismo de alto nível e mais rápido que o jornalismo em papel. Os comunistas chineses já perceberam isto e estão censurando a Internet.
Se assumir esta excrescência, o Supremo Apedeuta estará lutando em vão contra o amanhecer.
por Janer Cristaldo em 18 de julho de 2006
Resumo: O projeto do senador Paulo Paim prevê a identificação racial dos negros em documentos de identidade, mas talvez fosse melhor um adereço bem visível, como Hitler instituiu na Alemanha para judeus e homossexuais. E assim caminhamos rumo a um nazismo negro.
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Uma nuvem de estupidez parece pairar sobre o Congresso nacional nestes dias. Não que sobre o Congresso costumem pairar nuvens de inteligência. Mas agora a estupidez concentrou-se e ameaça cair como chuva sobre o país todo. Dois projetos, que pretendem mandar o Brasil de volta alguns séculos para trás, estão sendo discutidos em Brasília. Um deles, o do senador Paulo Paim, já aprovado no Senado, quer mandar o país de volta à América racista do tempo das leis Jim Crow, ou talvez à Alemanha hitlerista ou mesmo à África do Sul do apartheid.
Em verdade, nada de novo tenho a dizer sobre o assunto. Desde que se começou a falar de cotas, tenho denunciado esta manobra dos movimentos negros como algo que só servirá para estimular o racismo. A estupidez avança e cada vez com mais audácia. Se antes falava-se apenas em cotas, o projeto do senador Paim pretende agora identificar os brasileiros por raça, como se fazia com os judeus na Alemanha nazista. A estupidez se repete? O cronista se vê constrangido a repetir-se.
O Estatuto da Igualdade Racial, já o comentei recentemente, ao denunciar a extinção do mulato. De uma penada, o senador pretende extirpar da história do país a prova mais evidente do bom convívio racial. O expediente é elementar. Como os negros constituem apenas 5,4 % da população nacional, o senador passa a chamar de negros todo o contingente de mulatos, que são 39,9%. Mais um pouco e o Brasil será definido como majoritariamente negro, aliás como já é visto por muitos americanos e europeus. Quer-se adotar o modelo americano, que não admite miscigenação. Ou é preto ou é branco. Alguns intelectuais, fugindo ao espírito de rebanho que caracteriza a espécie, apresentaram ao Congresso um documento com 114 assinaturas, com argumentos contrários ao Estatuto e às reservas de cotas raciais. O documento foi logo satanizado como o “Manifesto da Elite Branca”, como se os malvados brancos tivessem algum interesse em manter a população negra afastada de seus territórios.
O governo, que desde então vinha insistindo na manutenção das cotas universitárias, sentiu-se constrangido a recuar. Fala agora em cotas sociais. Se por um lado desvincula a reserva de vagas do elemento racial, por outro lado mantém o absurdo propósito de mandar para a universidade pessoas que não preenchem os requisitos básicos para nela entrar, enviando de vez para o brejo o ensino universitário, hoje já extremamente deficiente. Paulo Paim pôs um bode na sala. O governo retira o bode e deixa lá o resto dos animais. Isso sem falar que tal projeto é flagrantemente inconstitucional. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza", reza o artigo 5º da Carta Magna. Se aprovado, alguns serão mais iguais que outros. Boa parte da população negra gostou da idéia de ganhar no tapetão e não percebe a armadilha em que os negros estão caindo: tendo entrado pela porta dos fundos na universidade, serão naturalmente rejeitados no mercado de trabalho.
Prevendo isso, o senador já garante em seu projeto a presença de ao menos 20% de atores e figurantes afro-brasileiros em programas e propagandas de TV. A seqüência lógica será impor estas mesmas cotas inclusive às empresas privadas em geral, acabando-se definitivamente com qualquer critério de capacitação. Embutida no projeto, vem uma disciplina obrigatória nos colégios, História Geral da África e do Negro no Brasil, como se a história da África e do negro fosse mais importante para o Brasil que a História da Grécia e dos gregos, de Portugal e dos portugueses, da Itália e dos italianos, da América e dos americanos. Seria interessante imaginar como será tratada na nova disciplina a venda de escravos aos brancos europeus pelos chefes tribais negros da África. Ou será um capítulo proibido da história, como a matança dos oficiais poloneses na floresta de Katyn pelas tropas de Stalin, como a matança de sete mil religiosos espanhóis pelos comunistas na Espanha?
O projeto do senador prevê ainda a identificação racial dos negros em documentos de identidade. Segundo o Estatuto, os negros passarão a ter carteirinha de negro. Curioso observar que nas décadas passadas os movimentos negros haviam concluído que raça não existia. Agora passou a existir e deve constar em documento. Como o branqueamento é bastante generalizado no Brasil, talvez fosse melhor uma tatuagem ou adereço bem visível, como Hitler instituiu na Alemanha para judeus e homossexuais. Se aprovado tal monstrengo, este país onde a miscigenação sempre foi regra passará a discriminar oficialmente por raça. Estamos caminhando a largos passos rumo a um nazismo negro.
Não bastasse tal despautério, outro projeto, de iniciativa do deputado Pastor Amarildo, pretende mandar o país de volta mais longe ainda no tempo, para os dias da Idade Média, quando as guildas controlavam ferreamente o exercício das profissões. No fundo, a intenção é sufocar a liberdade de expressão, regulamentando uma profissão que não pode ser regulamentada, o jornalismo. Se antes apenas exigia-se curso para o exercício do jornalismo, em função de um decreto-lei promulgado por uma junta militar em 1969, o novo projeto, aprovado pelo Congresso na calada da Copa, pretende enquadrar até mesmo colunistas e comentaristas. Ora, este dispositivo ditatorial não encontra paralelo em nenhum regime democrático do mundo. Jornalista é quem tira seus proventos do ofício de jornalismo e fim de papo.
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Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
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Em quase todo cadastro de documento, em poder do Estado, existe uma classificação da cor da pele do cidadão: branco, pardo, negro, amarelo... Nunca vi nada demais. O Brasil evolui mais rápido que o resto do mundo no combate à discriminação social, pena que os FDPs demagogos continuem a levantar essa bandeira, como se estivessem preocupados com alguém...
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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rodrigo escreveu:Em quase todo cadastro de documento, em poder do Estado, existe uma classificação da cor da pele do cidadão: branco, pardo, negro, amarelo... Nunca vi nada demais. O Brasil evolui mais rápido que o resto do mundo no combate à discriminação social, pena que os FDPs demagogos continuem a levantar essa bandeira, como se estivessem preocupados com alguém...
Achei a matéria excelente. Realmente sempre achei que no Brasil tínhamos discriminação social e não racial. O Brasil é moreno há muito tempo. É multi-racial.
O que está acontecendo é que estão se auto-promovendo em cima dos negros e eles estão adorando servirem de bois de piranha para alguns mais espertos ficarem aparecendo na mídia e conseqüentemente ganharem nas próximas afeições.
Os que estão de acordo com as cotas de negros são os mesmos que vão se formar sem conhecimento quase nenhum, com raras exceções, e vão ficar barrados no mercado formal de trabalho, porque na hora de dar emprego, tudo o que menos importa para o empregador e a cor da pele. O Paulo Paim tinha que estar batendo firme era para melhorar o salário dos professores, para melhorar o grau de capacitarão das escolas básicas, para não faltar merenda nas escolas e principalmente para evitar a evasão de jovens das escolas. Certamente não vai resolver para agora, mas daqui a uns 10 anos poderemos ver os frutos nascerem. Escola neles. Fui
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tulio escreveu:Concordo com o Eins, isso me cheira a racismo mesmo...
Infelizmente, a tendência, para quem enxerga além dos Cavalos de Padeiro, é agravar o Racismo e a Discriminação exatamente contra aqueles que a Lei deveria proteger...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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Guilherme escreveu:Esse Paulo Paim, sempre com essas idéias. Importa o que não presta dos EUA. Quer criar aqui o clima de politicamente correto que existe nos EUA.
O negro americano chega a ser mais racista que o branco.
Este Paulo Paim é um trouxa, um aparecido.
É o palhaço que rasgou literalmente a constituição para fazer cena quando era oposição ao governo FHC.
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Nos EUA muitos rappers negros tem musicas bastante ofensivas aos brancos
Mas como falaram, se voce é branco e cristao, é responsavel pelos males do mundo......
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Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
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Guilherme escreveu:Esse Paulo Paim, sempre com essas idéias. Importa o que não presta dos EUA. Quer criar aqui o clima de politicamente correto que existe nos EUA.
Esse sujeito só faz envergonhar o Rio Grande do Sul...
Atte.
André R. Finken Heinle
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Thomas Sowell
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FinkenHeinle escreveu:Guilherme escreveu:Esse Paulo Paim, sempre com essas idéias. Importa o que não presta dos EUA. Quer criar aqui o clima de politicamente correto que existe nos EUA.
Esse sujeito só faz envergonhar o Rio Grande do Sul...
Pois é, arranjou até um sotaque misto de carioca/nordestino...
Para mim, de gaúcho ele só tem os votos, POWS!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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tulio escreveu:FinkenHeinle escreveu:Guilherme escreveu:Esse Paulo Paim, sempre com essas idéias. Importa o que não presta dos EUA. Quer criar aqui o clima de politicamente correto que existe nos EUA.
Esse sujeito só faz envergonhar o Rio Grande do Sul...
Pois é, arranjou até um sotaque misto de carioca/nordestino...
Para mim, de gaúcho ele só tem os votos, POWS!
Que nada, sotaque Lullista: Lingua Plesa Companhero...
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