Blindagem em navios modernos
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Blindagem em navios modernos
Gostaria de discutir uma questão com o pessoal que gosta de Marinha.
Neste último Sábado visitei uma das fragatas da Marinha Brasileira, a Constituição e o pessoal da tripulação estava fazendo saneando um problema mecânico num dos canhões Bofors de 40 mm, a versão Mark 3 com cúpula de desenho stealth. Era visivel do lado contrário a posição do artilheiro, uma série de válvulas hidraulicas com vários tubos. Com o canhão sendo consertado, num podem deixar de pensar, como isso seria um problema caso a fragata estivesse num ambiente hostil num conflito, teria perdido parte de sua capacidade de defesa a curta distância.
A cúpula da torre, era feita de um material plástico, não sei se fibra de vidro ou outro tipo de composite, que parecia extremamente fraco, uma proteção apenas contra chuva. Qualquer estilhaço perfuraria aquela cobertura. Um fragmento mínimo poderia danificar os seus delicados mecanismos hidraulicos ou de pontaria
Se desconsiderou a blindagem nos barcos de guerra modernos, sob o argumento de que uma couraça capaz de proteger o barco contra a ogiva de um míssil seria pesada de mais e não compensaria, pois o navio seria pesado demais e os battleships da II GM. Foram afundados com relativa facilidade, então passaram a fazer navios que são mais fracos que mercantes, com cascos finos e depois navios com todos os seus equipamentos expostos.
Numa situação de conflito o navio pode ser atingido por fragmentos de explosões próximas, por estilhaços de obuses e ogivas que venham a arrebentar nas proximidades, sem impacto direto. Isso para não falar se o barco for metralhado ou atingido por bombles de uma cluster bomber, ou um ou dois foguete não guiados disparados do ar ou de terra. Não afunda mas pode perder muito da capacidade de combate e ter um prejuízo de milhões de dólares.
Armas como canhões navais modernos não deveriam Ter versões que possuissem torres blindadas, com reforço inclusive de cerâmica, para instalação em navios de maior porte, para que contribuissem para a proteção geral do navio.
E os lançadores dos MM 40 Exocet, completamente expostos, diretoras de tiro extremamente frágeis. No todo o navio fica verdadeiramente nu no que concerne aos olhos e as armas.
Qual a opinião dos senhores.
Neste último Sábado visitei uma das fragatas da Marinha Brasileira, a Constituição e o pessoal da tripulação estava fazendo saneando um problema mecânico num dos canhões Bofors de 40 mm, a versão Mark 3 com cúpula de desenho stealth. Era visivel do lado contrário a posição do artilheiro, uma série de válvulas hidraulicas com vários tubos. Com o canhão sendo consertado, num podem deixar de pensar, como isso seria um problema caso a fragata estivesse num ambiente hostil num conflito, teria perdido parte de sua capacidade de defesa a curta distância.
A cúpula da torre, era feita de um material plástico, não sei se fibra de vidro ou outro tipo de composite, que parecia extremamente fraco, uma proteção apenas contra chuva. Qualquer estilhaço perfuraria aquela cobertura. Um fragmento mínimo poderia danificar os seus delicados mecanismos hidraulicos ou de pontaria
Se desconsiderou a blindagem nos barcos de guerra modernos, sob o argumento de que uma couraça capaz de proteger o barco contra a ogiva de um míssil seria pesada de mais e não compensaria, pois o navio seria pesado demais e os battleships da II GM. Foram afundados com relativa facilidade, então passaram a fazer navios que são mais fracos que mercantes, com cascos finos e depois navios com todos os seus equipamentos expostos.
Numa situação de conflito o navio pode ser atingido por fragmentos de explosões próximas, por estilhaços de obuses e ogivas que venham a arrebentar nas proximidades, sem impacto direto. Isso para não falar se o barco for metralhado ou atingido por bombles de uma cluster bomber, ou um ou dois foguete não guiados disparados do ar ou de terra. Não afunda mas pode perder muito da capacidade de combate e ter um prejuízo de milhões de dólares.
Armas como canhões navais modernos não deveriam Ter versões que possuissem torres blindadas, com reforço inclusive de cerâmica, para instalação em navios de maior porte, para que contribuissem para a proteção geral do navio.
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Aparentemente a estrutura de proteção de armas e sistemas nos navios de combate são relativamente frágeis. Basta ver naquele exercício onde alguns disparos errados efetuados por uma fragata argentina danificou parte dos sistemas da fragata brasileira e feriu alguns tripulantes.
Os motivos principais acho que você já explicitou no seu post.
Porém, creio que os navios modernos dificilmente entrarão num cenário onde corram o risco de serem "metralhadas" por algum inimigo. Os sensores e os próprios sistemas de armas apontam para um confronto a distâncias maiores e a composição das forças navais em frotas que ofereçam grande nível de proteção contra estes tipos de ameaças.. Talvez isso explique a utilização de materiais menos resistentes, na minha opinião.
Os motivos principais acho que você já explicitou no seu post.
Porém, creio que os navios modernos dificilmente entrarão num cenário onde corram o risco de serem "metralhadas" por algum inimigo. Os sensores e os próprios sistemas de armas apontam para um confronto a distâncias maiores e a composição das forças navais em frotas que ofereçam grande nível de proteção contra estes tipos de ameaças.. Talvez isso explique a utilização de materiais menos resistentes, na minha opinião.
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http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43
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Re: Blindagem em navios modernos
JL escreveu:Gostaria de discutir uma questão com o pessoal que gosta de Marinha.
Neste último Sábado visitei uma das fragatas da Marinha Brasileira, a Constituição e o pessoal da tripulação estava fazendo saneando um problema mecânico num dos canhões Bofors de 40 mm, a versão Mark 3 com cúpula de desenho stealth. Era visivel do lado contrário a posição do artilheiro, uma série de válvulas hidraulicas com vários tubos. Com o canhão sendo consertado, num podem deixar de pensar, como isso seria um problema caso a fragata estivesse num ambiente hostil num conflito, teria perdido parte de sua capacidade de defesa a curta distância.
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Se desconsiderou a blindagem nos barcos de guerra modernos, sob o argumento de que uma couraça capaz de proteger o barco contra a ogiva de um míssil seria pesada de mais e não compensaria, pois o navio seria pesado demais e os battleships da II GM. Foram afundados com relativa facilidade, então passaram a fazer navios que são mais fracos que mercantes, com cascos finos e depois navios com todos os seus equipamentos expostos.
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Nem todo navio se chama Bismark!!!!!!!!!!!
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Mas me digam se a cúpula da torre do Bofors de 40 mm fosse de 5 mm de aço blindado com revestimento em nylon balístico, não seria melhor. E uma tonelada a mais iria fazer tanta diferença. Pelo menos protegeria a arma, os sistemas hidraúlicos, eletronicos de estilhaços, sopro de uma explosão, calor etc.
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- Alitson
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JL escreveu:Mas me digam se a cúpula da torre do Bofors de 40 mm fosse de 5 mm de aço blindado com revestimento em nylon balístico, não seria melhor. E uma tonelada a mais iria fazer tanta diferença. Pelo menos protegeria a arma, os sistemas hidraúlicos, eletronicos de estilhaços, sopro de uma explosão, calor etc.
ACREDITO QUE APENAS OS BREDA-BOFORS TWIN 40MM SEJAM BLINDADOS... JÁ OS BOFORS SINGLE NÃO...
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Ao contrário dos carros blindados, que estão continuamente sendo testados em situação real de combate, os navios não tem participado de grande lutas, após a II guerra. Neste momento há blindados em situação de conflito real no Libano, no Iraque, no Afeganistão, etc...E os navios? Afora um ou outro incidente isolado, nada de batalhas navais.
Assim valoriza-se muito hoje a velocidade. Por mais rápido que seja o barco, um avião, um missil ou até um helicóptero serão muito mais rápidos. É realmente importante sacrificar a blindagem para aumentar a velocidade?
Nos MBT é melhor ter mais blindagem. Isto é resultado da observação em combate real. Como os navios não tem se envolvido em situação real de combate, são usados modelos teóricos.
Se houver, no futuro, algum conflito em que haja uma ampla utilização de navios, haverá também uma reformulação de conceitos de construção. Veremos então se é aconselhavel mais blindagem ou não.
saudações
Ao contrário dos carros blindados, que estão continuamente sendo testados em situação real de combate, os navios não tem participado de grande lutas, após a II guerra. Neste momento há blindados em situação de conflito real no Libano, no Iraque, no Afeganistão, etc...E os navios? Afora um ou outro incidente isolado, nada de batalhas navais.
Assim valoriza-se muito hoje a velocidade. Por mais rápido que seja o barco, um avião, um missil ou até um helicóptero serão muito mais rápidos. É realmente importante sacrificar a blindagem para aumentar a velocidade?
Nos MBT é melhor ter mais blindagem. Isto é resultado da observação em combate real. Como os navios não tem se envolvido em situação real de combate, são usados modelos teóricos.
Se houver, no futuro, algum conflito em que haja uma ampla utilização de navios, haverá também uma reformulação de conceitos de construção. Veremos então se é aconselhavel mais blindagem ou não.
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Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Assim valoriza-se muito hoje a velocidade. Por mais rápido que seja o barco, um avião, um missil ou até um helicóptero serão muito mais rápidos. É realmente importante sacrificar a blindagem para aumentar a velocidade?
Delmar boa tarde.
Acompanhei o projeto/construção de todos os navios/subs da MB entre 1972-2000, e em todos os casos(exeto subs claro) a questão da blindagem era (des)considerada não em função da velocidade, mas principalmente de alcance/custo, e problemas de mudança de filosofia de projeto de navios da MB(lembrem-se que na década de 1970 os engenheiros navais estavam maravilhados com o uso de alumínio principalmente nas superestruturas, era a "moda da época").
A questão da blindagem atualmente remete aos tempos da construção da armada italiana da década de 30-40, que adotava o princípio "Tudo ou nada".
Houve um choque qdo. do afundamento do Sheffield em 82 que provocou o abandono do uso indiscriminado de alumínio nas superestruturas, que agora porém, vem sendo retomado.
Os chilenos adotaram(ainda que não sejam navios principais de combate) o alumínio na construção de suas embarcações LSG-Lanchas de Serviço Geral em fase de operacionalização. Israel adotou alumínio/ligas compostas leves em suas embarcações classes SAAR 4 e 5, mas depois do episódio da Hanit, vamos ver o que mudará.
Na verdade os canhões Bofors citados por vc, podem receber blindagem adicional. Eles o recebem na marinha sueca, e em outras versões de exportação. Havia o problema capital do equilíbrio. E certamente esse ponto foi levado em conta ao não se adotar blindagem p/ essa peça que está localizada em posição elevada em relação ao centro de gravidade da embarcação.
No que diz respeito a blindagem de embarcações, atualmente os únicos navios de grande porte a receberem blindagem considerável, foram/são os classe Sovremenny Chineses. Seu CIC/COC está localizado no mesmo nível dos lançadfores SS-N-22 Sunburn.
A Adoção de blindagem está intimamente relacionada (também) ao custo do material adotado; Titânio/ ligas leves de Titânio(super caros) composites balisticos(kevlar-5/80/100/120).
Enfim, a questão não encontra um norte definido(excluindo-se a Rússia) no que diz respeito a adoção de blindagem clássica em navios de grande porte.
Walter
Complementando.
Tudo na indústria naval não passa de "ondas", como o alumínio na década de 70 que era empregado em larga escala nas superestruturas para economia de peso.
Hoje, considero que seja pertinente um "re-consideração" do uso de blindagens mais pesadas em embarcações de superfície, uma vez que estamos na era dos mísseis de ataque de mergulho(desde o início dos anos 70 com os SS-N-12/19 e agora com a proliferação dos SS-N-22, e(não sei quais são os perfis de ataque dos Brhamos), mas os americanos se atentaram p/ o fato de que para ter embarcações mais compactas e leves a partir do fim da década de 60( e com os altos preços do aço na época) seria interessante desenvolver mísseis com perfil de ataque em mergulho acentuado(45o.) e que resultou no Harpoon testado com sucesso em 86 nas águas líbias. Com isso, o que vem à mente dos projetistas navais é: será que vale a pena blindar um navio(o normal eram as blindagens serem aplicadas nas laterais das embarcações) contra armas infinitamente mais dotadas de energia de impacto que simples tiros de canhão?
Lembre-se de que qdo. se considera um SS-N-19 Shipwreck ou SS-N-22 Sunburn estamos falando de artefatos que estarão mergulhando em velocidade supersônica, impactando o alvo praticamente na vertical(e dessa forma obtendo uma quase definitiva energia mecânica). De forma que o colapso das obras vivas do navio(considerando os projetos atuais) ér certeza tal como 2+2=4.
As blindagens(evidentemente estou fazendo comentários genéricos, pois só conheço a fundo projetos de Plataformas semi-submersíveis, que é a minha área de atuação, bem como embarcações de combate da MB em que servi, a embarcações estrangeiras que tive oportunidade de visitar) atuais não são páreo sequer para "dar conta" de um Harpoon
mergulhando a velocidades subsônicas em ângulo de 45o.
E aparentemente não há muito o que fazer nesse sentido.
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Pelo que dá para notar do panorama atual, a Guerra Naval tende a buscar um conúbio furtividade x aumento do alcance/precisão/poder destrutivo de seus sistemas de armas. Agregando a isso um aumento da capacidade/efetividade dos sensores, obtém-se muito maior imunidade do que a que poderia ser oferecida pela mais espessa e resistente das blindagens...
Detectar-atacar-destruir antes de ser detectado-atacado-destruído...
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CicloneProjekt já disse tudo. No entanto, a meu ver, a blindagem da artilharia ainda é necessária em pequenos patrulhas que operem em cenários de contra-guerrilha em rios, porque esses sim são mais propícios a sofrer emboscadas com armamento ligeiro e foguetes.
cumprimentos.
Luis Filipe Silva
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luis F. Silva escreveu:CicloneProjekt já disse tudo. No entanto, a meu ver, a blindagem da artilharia ainda é necessária em pequenos patrulhas que operem em cenários de contra-guerrilha em rios, porque esses sim são mais propícios a sofrer emboscadas com armamento ligeiro e foguetes.
Aí estamos de acordo, é que o restante do tópico me parecia referente a forças navais de grande porte, FTs mesmo, não unidades do tipo guerra ribeirinha/costeira. Para esta última os ianques - que ditam a moda - parecem interessados em investir no mesmo que investem para as grandes unidades e que postei antes. Já para Guerra Ribeirinha, a tendência é investir na velocidade/manobrabilidade/poder de fogo/pequenas dimensões. Mas duvido que tenham jogado fora esses bichinhos aqui, do Vietnã:
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Não penso em proteger um navio contra um míssil anti navio pesado, penso em que ele não seja colocado fora de combate por qualquer coitas. Hoje o que ocorre com os navios modernos é que são caríssimos, poderosos mas não aguentam um peteleco. Exemplos, do que digo:
1) Na Guerra das Malvinas, a última guerra em que vasos do porte de fragatas e destróiers foram utilizados, teve muito navio britânico atingido por projéteis de 30 mm DEFA disparados pelos Dagger, por estilhaços e por bombas que não detonaram. A corveta Guerrico que participou da invasão da ilha Geórgia do Sul foi colocada fora de combate por disparos de armas anti-carro como o Carl Gustav de 84 mm e foi varrida por fogo de armas portáteis de infantaria, teve inclusive uma baixa fatal e ficou fora de combate.
2) Existe um incidente na U.S. Navy onde o USS Worden durante a guerra do Vietnam foi atingido por fogo amigo, por um míssil anti-radar Shrike que detonou próximo da antena de radar a 25 - 30 metros do passadiço e ficou tão danificado que teve que ir para o estaleiro.
Devemos levar em conta a possibilidade de ataques em portos com armas como RPG, devemos considerar também fogo de artilharia de pequeno calibre 57 mm e 76 mm, devemos considerar rajadas de 30 mm, devemos considerar o impacto de pequenos mísseis como Sea Skua, Martel ou o C701 que atingiu a corveta israelense. Algumas partes do navio e algumas armas precisam de proteção para que o barco tenha alguma chance de lutar mesmo depois de levemente atingido.
Se uma fragata Niterói foi atingida por dois projéteis de 76 mm, já era?
1) Na Guerra das Malvinas, a última guerra em que vasos do porte de fragatas e destróiers foram utilizados, teve muito navio britânico atingido por projéteis de 30 mm DEFA disparados pelos Dagger, por estilhaços e por bombas que não detonaram. A corveta Guerrico que participou da invasão da ilha Geórgia do Sul foi colocada fora de combate por disparos de armas anti-carro como o Carl Gustav de 84 mm e foi varrida por fogo de armas portáteis de infantaria, teve inclusive uma baixa fatal e ficou fora de combate.
2) Existe um incidente na U.S. Navy onde o USS Worden durante a guerra do Vietnam foi atingido por fogo amigo, por um míssil anti-radar Shrike que detonou próximo da antena de radar a 25 - 30 metros do passadiço e ficou tão danificado que teve que ir para o estaleiro.
Devemos levar em conta a possibilidade de ataques em portos com armas como RPG, devemos considerar também fogo de artilharia de pequeno calibre 57 mm e 76 mm, devemos considerar rajadas de 30 mm, devemos considerar o impacto de pequenos mísseis como Sea Skua, Martel ou o C701 que atingiu a corveta israelense. Algumas partes do navio e algumas armas precisam de proteção para que o barco tenha alguma chance de lutar mesmo depois de levemente atingido.
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Creio que entendo teu ponto, meu amigo. Ocorre que, por exemplo, um ataque com RPG num porto, supondo-se que o insurgente consiga se aproximar o suficiente do navio, NÃO poderia ser contido com blindagens. Um projétil com carga em tandem, por exemplo, perfura até a torre de um MBT de última geração, por exemplo. No caso dos 30mm nas Malvinas/Falklands, conheço um único caso, foi um Dagger da FAA, danificou o banheiro dos oficiais ingleses. 'Golpe baixo', disseram eles, à época. Neste caso, falhou a AAA, e a de hoje é BEM mais capaz...
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JL escreveu:
Já depois das Malvinas alguns navios desse porte foram atingidos. Caso das fragatas iranianas atingidas por bombas GBU americanas, a fragata Stark atingida por um Exocet, o destryoer turco Muavenet atingido por um Seasparrow na ponte de comando, a fragata brasileira, além de muitas corvetas e lanchas rápidas lança-misseis. Em nenhum destes casos foi atingida a artilharia dos navios em causa, mas outros pontos desses navios. Não estou a defender que não devesse existir uma protecção contra estilhaços, que cerio existir nas Bofors brasileiras.
Mas então os navios tinham de ser blindados no geral, já que todos os impactos não danificaram nem visaram a artilharia.
Na Guerra das Malvinas, a última guerra em que vasos do porte de fragatas e destróiers foram utilizados, teve muito navio britânico atingido por projéteis de 30 mm DEFA disparados pelos Dagger, por estilhaços e por bombas que não detonaram.
Já depois das Malvinas alguns navios desse porte foram atingidos. Caso das fragatas iranianas atingidas por bombas GBU americanas, a fragata Stark atingida por um Exocet, o destryoer turco Muavenet atingido por um Seasparrow na ponte de comando, a fragata brasileira, além de muitas corvetas e lanchas rápidas lança-misseis. Em nenhum destes casos foi atingida a artilharia dos navios em causa, mas outros pontos desses navios. Não estou a defender que não devesse existir uma protecção contra estilhaços, que cerio existir nas Bofors brasileiras.
Mas então os navios tinham de ser blindados no geral, já que todos os impactos não danificaram nem visaram a artilharia.
cumprimentos.
Luis Filipe Silva
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