Rui Elias Maltez escreveu:O meu espanto é pensar que a julgar pela amostra de foristas, o Brasil se está a querer armar para conquistar o mundo.
O Brasil não está se armando para conquistar o Mundo. Apenas quer se armar da forma que bem lhe aprouver, de modo à fazer frente ás suas necessidades.
Rui Elias Maltez escreveu:Seria uma política suicidária no plano de um contexto internacional, levantando desconfianças entre os vizinhos, e dando uma volta de 180 graus na tradicional política externa defensiva e pacífica brasileira.
Como muito bem relata o Sr. Domício Proença Jr. em sua obra, a posse deste ou daquele armamento, ou a posse de grande quantidade de armamentos não significa nada em termos de julgar este ou aquele país de "pacífico" ou "ofensivo"! Deve-se olhar para a Floresta, não apenas para a Árvore.
Ser Pacífico não significa estar desarmado. Se Pacífico implica utilizar-se também de um Poder Militar de da Diplomacia para MANTER A PAZ.
Rui, estás confundindo as coisas.
Rui Elias Maltez escreveu:Atacar o inimigo no seu próprio quintal, argumentando que o ataque é a melhor defesa, é uma atitude e doutrina perigosa e seria necessário que o inimigo estivesse previamente identificado.
Ninguém falou nada sobre Ataques Preventivos, mas é fato que estar apto à, em caso de conflito, atacar o território inimigo é uma vantagem substancial.
Rui Elias Maltez escreveu:De que adiantaria afundar uma ou duas AB's ou um LPD ou mesmo danificar um Nimitz, se isso não faria a balança virar a favor do Brasil?
De que adianta então termos FFAA?!
Rui Elias Maltez escreveu:Se potenciassem essa capacidade com uma aliança estratégica com outro país ou organização defensiva, seriam praticamente imbatíveis, se exceptuarmos os EUA e eventualmente a Rússia.
Você desconhece as minúcias políticas, geo-políticas e econômicas da Região. Realizar algo de vulto como uma Aliança Militar num prazo curto de tempo aqui é algo que, se não beira o impossível, é extremamente improvável. O Mercosul, que existe já há 15 anos (uma criança perto da UE) é um rotundo fracasso, como já o foi a Alalc, substituída pela nati-morta Aladi, e pelo que sei, a Comunidade Andina de Nações é outro fracasso!
Rui Elias Maltez escreveu:O que acontece é que se parecem estar a armar para mostrar material no porto e fazer umas viagens para mostrar bandeira pelo mundo.
Porque não estou a descortinar oportunidades concretas e ameaças reais que justifiquem esse investimento de há 20 anos, à custa de um envelhecimento gradual e perigoso da frota oceânica de superfície.
Honestamente, e sem querer ofender ninguém, o que parece é que vocês que criticam o SNB o fazem por Dor de Cotovelo. Novamente peço desculpas, não pretendo ofender, mas é isso que parece.
Rui Elias Maltez escreveu:Mas como bem disse o PT, o Brasil pretede ser respeitado ou temido?
Nenhum dos dois... Pretende-se (ao menos em teoria) ter FFAA capazes de prover sua missão Constitucional de Denfender a Nação.
Rui Elias Maltez escreveu:Não seria melhor que esse "golpe" fosse furtivo, de mansinho, quando a task-force inimiga (suponhamos que era a americana) constituida pelos seus Tico's, e AB's estivesse a navegar em mares calmos e sem esperar por esse ataque furtuito?
É ingenuidade sua acreditar que a US Navy baixaria a guarda apenas por estar em mares calmos e costeiros, especialmente sabendo que nossos Submarinos tem EXATAMENTE a capacidade Costeira!
Rui Elias Maltez escreveu:Mas desse passo ao outro, vai uma curta distância.
O que acontece actualmente é que o contexto actual é outro, e a menos que as coisas mudem radicalmente, que o sistema militar estratégico no Atlântico sul mude muito, que a politica externa brasileira dê uma volta de 180 graus relativamete à sua tradição, não estou, muito sinceramente (e esta é apenas a minha opinião) a ver espaço politico e motivação internacional para continuar a insistir nessa empresa dos submarinos nucleares.
O Brasil abandonou, definitiva e absolutamente, seus planos de Armas Nucleares! Para que não restassem dúvidas, em Cláusula Pétrea da Constituição Federal, é VEDADA tal possibilidade, o país assinou o Tratado de Não Proliferação - TNP, e já resolveu todas as questões pendente scom a AIEA!
Quanto ao fato de julgar que não existe "espaço político", eu respondo que, pela demora do Programa, todos os nossos vizinhos e até as Potências já se acostumaram com a idéia, tanto é verdade que os EUA não tiveram grandes pudores em relação ao Enriquecimento de Urânio no país.
Em tempo, não daremos uma guinada de 180° em nossa Política Externa! Pelo contrário, iremos REAFIRMÁ-LA, baseado na premissa básica de nossa Política Externa de que a Dissuasão com FIns Defensivos é a base de nosso Poder Militar.
Rui Elias Maltez escreveu:Para além das desconfianças que outros países teriam ao ver o Brasil lançar-se nessa empreitada, e dado o desiqulibrio estratégico regional que tais armas representariam.
Relativo à isso, acho que você não está sendo coerente com a idéia tua de que SSNs não acrescentariam Poder Militar Credível em relação aos SSKs AIP, ou pelo menos não acrescentariam nada que os justificasse.
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell