Pra mim essa estratégia de ficar sem o radar numa guerra não faz sentido. Parece coisa da 2ªGM.
Em primeiro lugar:
Desligar um radar pode não ser uma estratégia, mas sim uma necessidade. Isso depende das circunstâncias.
Os radares da II guerra mundial, têm bastantes diferenças relativamente aos actuais.
Uma das diferênças, é que são muito mais potêntes e consomem muito mais energia e são por isso muito mais faceis de detectar.
Os aviões por exemplo, utilizam o silêncio radar e dependem dele para sobreviver, ou então utilizam o radar em intervalos regulares ou não regulares (conforme o caso) e os navios utilizam as mesmas tácticas.
Pelos dados que tenho, mesmo aeronaves que não são de topo de gama como o Embraer Bandeirulha têm sistemas relativamente baratos que analisam o espectro radioelectrico e conseguem determinar o tipo/modelo de equipamento emissor que estão a detectar.
Se você tiver um navio, e achar que no momento não vai ser atacado, a sua opção lógica, é desligar os seus sensores mais potentes, porque eles podem revelar a sua presença até a sistemas pouco sofisticados de detecção.
A melhor arma defensiva que existe, mesmo nos dias de hoje é o desconhecimento por parte do inimigo da nossa posição ou existência.
O que é mais provavel que tenha acontecido é que tenha ocorrido um erro de interpretação sobre a situação táctica, provocado por deficiente comunicação e informação estratégica.
E também pode ter sido um engodo, para tentar descobrir eventuais radares costeiros para acabar com eles.
O que parece menos lógico é achar que os sistemas de bordo não funcionaram por defeito.
No entanto, embopra não pareça, também não podemos excluir completamente essa possibilidade.
Falha catastrófica já tem ocorrido por várias razões.
Mas seguindo a regra das probabilidades, o mais provavel, é que os sistemas estivessem desligados porque pura e simplesmente não foi considerada a possibilidade de um missil efectuar um ataque nocturno, tendo o navio desligado os seus sistemas.
E depois há ainda a questão do tipo de míssil.
Eu continuo a achar que não foi um equivalente a um Exocet, mas sim uma versão modernizada de um missil mais antigo, que utiliza infra-vermelhos.
Isto explicaría por exemplo que o missil se tenha dirigido para os exaustores laterais e tenha atingido o navio na parte traseira.
Mas sem ver uma foto dos danos não é possível concluir nada.
Pelos comentários que li, parece que a trajectória final que o missil descreveu foi de angulo bastante grande. Isto seria consitente com uma versão modernizada do Silkworm.
Mas, enfim...
Só vendo fotografias para concluir alguma coisa...
Cumprimentos
Cumprimentos