Capacidade aérea de defesa de Brasilia

[Rui Elias Maltez]

Pois isso é o que me parecia, mas que pela leitura dos colegas barsileiros, parece confirmar-se:

O Brasil tem um boa capacidade de detectar a presença de aeronaves que entrem sem autorização no seu espaço aéreo, mas não tem depois os meios para lhes fazer frente, interceptar, e se for caso disso, os obrigar a aterrar na base mais próxima ou abater.

O que parece uma falha grave no sistema nacional de defesa do país.

Será que os previstos 12 Mirage-C poderiam dar essa capacidade ao país, desde que fossem estacionados em regiões mais "sensíveis"?

[Barao Vermelho]

Caro amigo Rui,
perfeita sua conclusão é isso ai mesmo.
Nosso poder atual estava perfeito para oque era utilizado até o momento, com relação aos outros paises na região, até mesmo a compra do M2000-C serviria perfeitamente, como tampão ao Mirage III, o problema é que esse quadro esta se modificando, e todo o nosso potencial passara em breve a obsoleto.

[rodrigo]

No cenário sul americano, as capacidades brasileira e argentina beiram o ridículo. Bem ou mal ainda vamos receber os MIRAGE 2000, os argentinos operam os MIRAGE III e o principal vetor é o A-4 modernizado, que não tem condições de interceptação em velocidade supersônica, mas não ficamos muito atrás, com o nosso F-5. Além disso, muito da capacidade da FAB é baseada na idéia de transferência, em caso de guerra, da nossa frota de caças para perto do front, demonstrada na construção de bases de desdobramento no meio da Amazônia. Só que se esquecem que além das limitações do F-5, termos que realizar a escolta dos R-99, e dos KC-137, sendo que esses últimos são tão essenciais que sem eles, os F-5 só tem condições de defender as próprias bases na Amazônia.

[rcolistete]

Segundo várias fotos em diferentes fontes (revistas, etc), os caças de alerta da FAB ficam sim armados com mísseis ar-ar WVR : Python 3 ou MAA-1 Piranha.

[rodrigo]

Em tempos de paz, ou seja hoje, temos um caça F5E armado apenas com os canhões de 20mm, sem mísseis. Um em Anapolis, um em Santa Cruz ao lado da cidade do Rio de Janeiro e um em Canoas no Rio Grande do Sul e só.

Segundo várias fotos em diferentes fontes (revistas, etc), os caças de alerta da FAB ficam sim armados com mísseis ar-ar WVR : Python 3 ou MAA-1 Piranha.

Não sei da situação em SC e CO, mas em Anápolis estão no alerta dois F-5E, armados com Python 3 e com o tanque central de combustível. Com a pintura bem desgastada.

[henriquejr]

No cenário sul americano, as capacidades brasileira e argentina beiram o ridículo. Bem ou mal ainda vamos receber os MIRAGE 2000, os argentinos operam os MIRAGE III e o principal vetor é o A-4 modernizado, que não tem condições de interceptação em velocidade supersônica, mas não ficamos muito atrás, com o nosso F-5. Além disso, muito da capacidade da FAB é baseada na idéia de transferência, em caso de guerra, da nossa frota de caças para perto do front, demonstrada na construção de bases de desdobramento no meio da Amazônia. Só que se esquecem que além das limitações do F-5, termos que realizar a escolta dos R-99, e dos KC-137, sendo que esses últimos são tão essenciais que sem eles, os F-5 só tem condições de defender as próprias bases na Amazônia.

Rodrigo, não se pode comparar a capacidade de combate de um F-5EM com um A-4AR.

Apesar do preconceito que o F-5EM tem sofrido pela maioria dos integrantes deste forum, o fato é que o F-5EM pode ser considerado o avião mais sofisticado da America do Sul, ao lado dos F-16C Block 52 do Chile. Temos que lembra que no cenario atual a maioria dos combates ocorrem em BVR, o que tira qualquer superioridade quanto a desempenho do oponente, dando vantagem ao que tiver melhor sistema embarcado. A FAB, que ao contrario do que muita gente pensa, não é boba, tem investido pesado nisso. Veja as ultimas aquisições, notadamente são equipamentos que darão ao F-5EM uma superioridade inquestionavel no nosso cenario.
Em breve nossos F-5EM estarão equipados com o que há de melhor;
Pods de guerra eletronica(ja adquiridos), Misseis BVR Derby(Ja adquiridos), Designadores Lithning III...
Podemos juntar a isso toda a moderna suite embarcada no caça: Radar Griffo X, equipamentos de guerra eletronica, avionicos up date, sistema Dash III, equipamentos de visão noturna, data link, etc...
Tudo isso integrado a um sistema de defesa aérea sem igual na America Latina, com radares de ultima geração(SIVAM, CINDACTA V, os outros em processo de modernização), Aeronaves AEW&C, com todas as informações desses sensores passando em tempo real para a Central de C³, e transferida via data link para os caças......

Temos que ver a FAB como um todo, como um SISTEMA e não somento como sendo um determinado tipo de caça... isso qualquer pais-zinho pode ter(sem querer ofender o Chile é claro).

[Carlos Mathias]

O que se fala mal do F-5M aqui não é dos sitemas, mas da plataforma, que é sim fraquinha comparado ao que se está adquirindo na vizinhança . Se todo esse pacote tecnológico tivesse sido colocado no Matusalém, aí tava tudo beleza, mas o F-5E é fraquinho sim, em termos de capacidade de manobra(comparado a vetores mais atuais), alcançe, carga de armas, potência e etc, etc , etc.

[henriquejr]

O que se fala mal do F-5M aqui não é dos sitemas, mas da plataforma, que é sim fraquinha comparado ao que se está adquirindo na vizinhança . Se todo esse pacote tecnológico tivesse sido colocado no Matusalém, aí tava tudo beleza, mas o F-5E é fraquinho sim, em termos de capacidade de manobra(comparado a vetores mais atuais), alcançe, carga de armas, potência e etc, etc , etc.

É verdade! Em termos de desempenho realmente a celula do F-5 deixa muito a desejar em relação aos caças de geração superior... mas segundo 9 entre 10 estrategistas militares, o que vence guerra hoje em dia sao os sistemas!

[JL]

Caro amigo rcolistete.

Nunca estive no hangar de alerta de qualquer base da FAB. Mas penso que em tempos de paz somente usam canhões, porque:

1) Míssil é coisa muita cara, tem vida útil, se ficar armazenado parado em condições ideais, de temperatura e umidade dura 10 anos, aproximadamente. Se ficar sendo manipulado e se voar. Não dura nem um ano. Para que gastar mísseis se não há ameaça. Se houver uma crise com a ordem certa o míssil sai do paiol e é embarcado no caça. Agora não espere que falem disso. Já estive em vários navios da Marinha, inclusive em fragata Tipo 22 que possuem o Sea Wolf e ouvi que não tinha nenhum Sea Wolf real a bordo, só de treino.
2) Na reportagem história do último número da revista da Força Aerea sobre A noite dos Ovnis, voce pode ler as fls. 46: Nestes casos, como procedimento padrão, decolaram armados com canhões, mas sem a intenção de utilizá-los.
3) Além do mais mísseis reais são armamento vivo, requerem todo o cuidado, porque obviamente tem explosivos e propelentes. Por isso todo o cuidado.

[Carlos Lima]

Olá

Fui à Santa Cruz diversas vezes e sempre no alerta eram mísseis reais (Python 3 - nunca vi um Piranha operacional). O Míssil possuia inclusive o cordão umbilical. E a aeronave pronta pronta para sair... (eles levam tão à sério que você inclusive não pode tirar fotos dos angares de alerta).

Na época citada pela Revista Força Aérea, não possuíamos Python e o melhor míssil que possuíamos (se é que estava realmente operacioanl) era o AIM-9B (P4). Talvez tenha sido esse o motivo pelo qual as aeronaves operaram com canhões.

[]s
CB_Lima

[henriquejr]

Olá

Fui à Santa Cruz diversas vezes e sempre no alerta eram mísseis reais (Python 3 - nunca vi um Piranha operacional). O Míssil possuia inclusive o cordão umbilical. E a aeronave pronta pronta para sair... (eles levam tão à sério que você inclusive não pode tirar fotos dos angares de alerta).

Na época citada pela Revista Força Aérea, não possuíamos Python e o melhor míssil que possuíamos (se é que estava realmente operacioanl) era o AIM-9B (P4). Talvez tenha sido esse o motivo pelo qual as aeronaves operaram com canhões.

[]s
CB_Lima

É verdade CB_LIMA, os caças da FAB q estão em alerta estão sempre armados com misseis Python 3, hoje em dia somente os F-5E tem essa capacidade mas os antigos Mirage III tambem eram armados dessa forma. Realmente como o colega de cima disse, esses misseis tem uma vida útil drasticamente menor, até por questões de segurança, mas por outro lado ajudam aos pilotos da FAB a se manterem adestrados quando ao lançamento real de misseis, uma vez que quando chegam a uma determinado tempo de serviço esses misseis são utilizados. Um exemplo disso são os ultimos lançamentos do Python 3 pelos F-5E, se não me engano o MIrage III tambem efetuou lançamentos reais desse armamento.

[Delta Dagger]

Na verdade nunca tivemos um sistema defesa baseado AAA e SAM de forma compátivel com as dimensões do país. Creio que o melhor que tivemos fora o sistema Roland, que não está mais operacional.

Mísseis Igla, na minha opinião são mais adequados a proteção de infantaria e uso em guerrilha (no caso de invasão), do que para defesa de bases aéreas e cidades.

Em relação a nossa capacidade de defesa por meio da aviação de caça, creio que após a chegada de todos os Mirage 2000, ainda teremos algo compatível com a região (caso o senário continue como o atual), embora não seja bem o que gostaríamos.

Se as novas aquisições na AL (Chaves) realmente se concretizarem, aí sim teremos uma nova ameaça e estaremos em sérias desvantagens.

É imperativo termos um plano de contingência caso estas aspirações de Chaves realmente apontem para reais aquisições.

[rodrigo]

Rodrigo, não se pode comparar a capacidade de combate de um F-5EM com um A-4AR.

É o caça mais moderno argentino, espinha dorsal da FAA. Aliás, está em operação há um bom tempo, ao contrário do nosso F-5M, que parece que foi montado com sofware pirata, porque os comentários são que estão tendo um bom trabalho para colocá-lo em funcionamento.

Apesar do preconceito que o F-5EM tem sofrido pela maioria dos integrantes deste forum, o fato é que o F-5EM pode ser considerado o avião mais sofisticado da America do Sul, ao lado dos F-16C Block 52 do Chile.

Essa eu vou deixar para o Degan.

Temos que lembra que no cenario atual a maioria dos combates ocorrem em BVR, o que tira qualquer superioridade quanto a desempenho do oponente, dando vantagem ao que tiver melhor sistema embarcado.

Isso é 1º mundo, aqui na AS estamos atrás de muitos países mesmo em WVR.

A FAB, que ao contrario do que muita gente pensa, não é boba, tem investido pesado nisso.

Nunca vi ninguém dizer isso, só que temos um cenário de restrição orçamentária, aliado a interesses econômicos estrangeiros e politicagens na hora de fazer escolhas estratégicas. A FAB em si quer o melhor para si e para o Brasil, mas não é possível com esses motivos que citei anteriormente, então vamos aos trancos e barrancos.

Em breve nossos F-5EM estarão equipados com o que há de melhor;
Pods de guerra eletronica(ja adquiridos), Misseis BVR Derby(Ja adquiridos), Designadores Lithning III...
Podemos juntar a isso toda a moderna suite embarcada no caça: Radar Griffo X, equipamentos de guerra eletronica, avionicos up date, sistema Dash III, equipamentos de visão noturna, data link, etc...

Em breve, com certeza a situação vai melhorar, mas estamos muito atrasados em relação aos vizinhos. Mesmo sem termos ameaças de conflito, temos uma economia e recursos a serem protegidos muito importantes, e isso sempre foi negligenciado pelas autoridades civis.

O que se fala mal do F-5M aqui não é dos sitemas, mas da plataforma, que é sim fraquinha comparado ao que se está adquirindo na vizinhança . Se todo esse pacote tecnológico tivesse sido colocado no Matusalém, aí tava tudo beleza, mas o F-5E é fraquinho sim, em termos de capacidade de manobra(comparado a vetores mais atuais), alcançe, carga de armas, potência e etc, etc , etc.

Deixou pouco para eu bater, mas na guerra do Vietnã, onde o Vietnã do Sul usava o F-5A, ele era conhecido como defensor das bases aéreas, porque quando decolava carregado de bombas, só tinha autonomia para bombardear inimigos perto das bases e voltar para pousar.

[Carlos Lima]

Olá,

Deixou pouco para eu bater, mas na guerra do Vietnã, onde o Vietnã do Sul usava o F-5A, ele era conhecido como defensor das bases aéreas, porque quando decolava carregado de bombas, só tinha autonomia para bombardear inimigos perto das bases e voltar para pousar.

Não nego que talvez a capacidade de interceptação do F-5E tenha limites, no entanto ele é uma aeronave com desempenho muito melhor do que o F-5A (são quase que 2 aeronaves diferentes).

[]s

CB_Lima

[Adriano]

Pessoal,

Estive lendo o contrato de aquisição dos M2000C e alí diz que os franceses devem entregar 4 aviões até Dezembro de 2006 e os outros 8 até dezembro de 2008. Não tinham falado em 4 por ano?
Desse jeito eles estarão realmente operacionais quando?
Outra coisa que me chamou a atenção é que, pelo contrato, os aviões serão entregues com o padrão de pintura da força aérea francesa, mas com as insígnias da FAB.... Estava a espera de uma pintura nova... Aqueles dois tons azulados dos franceses deixam o avião com um ar meio "afrangalhado"...

Pelo jeito os F-5E e, depois, F-5EM, continuarão a cuidar de Brasília por muitos anos ainda.

Abraços!