NAe São Paulo - A12

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Degan
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#571 Mensagem por Degan » Dom Jun 18, 2006 4:07 pm

Ok interregnum..... :shock: :? :(

Entiendo tu punto...pero no puedo creer que esa sea la actitud de los almirantes, que son lo mejor de su generación...

Además, el NAe se compró con autorización precidencial y política.... :!:

Saludos,




Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
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Fábio Nascimento
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#572 Mensagem por Fábio Nascimento » Qua Jul 12, 2006 3:38 pm

Nosso digníssimo Nae tem data para o retorno?
To ansioso para vê-lo, a navegar por nossa costa novamente!




_______________________________________________.
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#573 Mensagem por pt » Qua Jul 12, 2006 5:22 pm

Encontrei algumas argumentações curiosas sobre as razões que obedecem à compra do São Paulo e creio que não concordo com a afirmação de que o São Paulo tem um objectivo na MB, que é o de criar a aviação de asa fixa.

As razões da minha discordância são as seguintes:

Em 1995 visitei pela primeir e unica vez um navio da Marinha do Brasil. Nessa altura, subi a bordo do porta-aviões Minas Gerais.

Na altura, tive oportunidade de falar com algumas pessoas sobre o futuro do navio e concluí que o navio estava em condições relativamente aceitaveis.

A ideia de que o São Paulo foi comprado para treinar a Marinha do Brasil com aviões de asa fixa para mim não faz muito sentido, porque há pessoas na antiga tripulação do Minas Gerais que afirmam, que o Minas poderia perfeitamente ter feito esse serviço.

Um dos argumentos avançados para desactivar o Minas Gerais, é que o navio não atingia a velocidade necessária para poder lançar as aeronaves A-4 em segurança.
Eu posso dizer que há quem dê risadas com esse argumento, e além disso, temos o caso dos argentinos, que utilizavam o mesmo avião num navio em tudo idêntico ao Minas Gerais, o "25 de Mayo" que tinha a mesma força motriz dada pelas turbinas acopladas Parsons de 40.000cv iguais nos dois navios.

Logo, se a Marinha do Brasil podia (como eu acredito que podia, porque acredito no que me disseram várias vezes) ter utilizado o Minas Gerais para treinar a aviação de asa fixa, então não há porque dizer que o São Paulo foi comprado com esse objectivo.

O objectivo da compra do São Paulo, foi não o treino de pessoal para a asa fixa, mas sim a necessidade de uma parte da Marinha do Brasil ganhar tempo para decidir o que fazer.

A compra do São Paulo foi uma fuga para a frente, de uma parte do oficialato da MB que acredita na necessidade de controlo atlântico com grandes navios, como o São Paulo, contra outra parte da MB que acredita que o controlo do Atlântico deverá ser feito com a força de submarinos.

Vocês acham que a força de submarinos do Brasil está reduzida a cinco navios, sendo que o Tikuna não vai ter o seu previsto irmão gemeo porquê ?

Se o Brasil não tivesse comprado o São Paulo, o Minas Gerais poderia ter criado a aviação de asa fixa, mas poderia não haver capacidde para comprar outro navio com características idênticas (porta aviões convencional CTOL). A única hipotese seria comprar um dos super porta-aviões americanos. Mas se já é dificil suportar o São Paulo, imaginem um porta-aviões da classe Forrestal.

= = =

Há uma coisa que a MB pode dar as voltas que quiser, que não vai nunca conseguir mudar:
O porta-aviões São Paulo, da classe Clemenceau, é um porta-aviões de ataque, com o objectivo de ser o núcleo de uma esquadra ou força-naval devendo dar apoio aéreo aos navios dessa força.

Afirmar o contrário, é quase como se o exército brasileiro comprasse um Leopard-1A5 sem o canhão de 105mm, dizendo que o objectivo não é utilizar o veículo como tanque mas sim como APC.

A MB, tem aliás planos (pelo menos tinha) para modernizar o São Paulo, pelo menos ao nível das fragatas Niteroi, colocando lançadores Aspide e canhões de 40mm Bofors/Trinity e o sistema Siconta na sua versão mais recente. Além disso, há o problema das aeronaves, e até hoje parece que não há nada decidido sobre o assunto. Pelo que me dizem em segunda ou terceira mão, há quem ache os A-4 da Nova Zelândia como o A-4 mais interessante, pelo menos em termos de características.

Mas aconteça o que acontecer, a verdade é que o São Paulo tem o mesmo problema do Minas Gerais. É uma plataforma antiga, e para as ameaças dos dias de hoje, fica cada vez mais complicado explicar as razões da sua existência baseado nas condições tácticas e estratégicas que obedecem à utilização de uma arma como o A-12.

Cumprimentos




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REGATEANO
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#574 Mensagem por REGATEANO » Qua Jul 12, 2006 7:39 pm

Bem... O Minas no final da sua vida operacional já conseguia atingir velocidades superiores a 20 nós por muito tempo. Dizem por aí que a máxima era algo em torno de 15/18 nós. O que impossibilitava a operação dos A-4.

Basta conferir as fotos da época. Os caças só operavam no NAeL em determinadas condições de clima - ventos fortes -.

Antes de sua baixa, a MB havia investido em uma modernização consideravel no Navio, reforçando o aparelho de parada e a catapulta.

Logo, se chega a conclusão de que a compra do São Paulo somente ocorreu diante das condições de desgaste do velho Minas.

Eu particulamente sou contra a operação de Porta-aviões convencionais pela MB, vez que possuem custos alto de operação.

Diga-se de passagem que abri este tópico indagando sobre o custo de operação do São Paulo, coisa que ninguém soube ou não quis responder...




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Rui Elias Maltez
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#575 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Jul 13, 2006 5:53 am

Eu li com atenção o texto do PT e fico com a sensação de que o muito que escrevi sobre a existência de um PA CTOL na MB está toda sintetizada nesse texto do PT mais acima:

Muito caro para a verdadeira capacidade operacional, com uma aviação muito pouco moderna, um navio desarmado, caro de manter e operar, e mais importnante:

Sem escoltas AAW que garantiriam a segurança do navio em teatros de média/elevada intensidade.

E nem, ao nível da política externa brasileira antevejo possibilidade do A-12 integrar forças multi-nacionais de assalto a um qualquer país.

Julgo que a MB teria muito maia a ganhar em adquirir 2 bons LPD's novos e mais um LHD, a par de 4 escoltas AAW, abatendo o que de velho tem (as Garcia/Pará, os Ceará, as Type-22), e que hoje não passam de um sorvedouro de dinheiro para a MB, não lhe garantindo a opercionalidade correspondente aos gastos.

Com uma nota que eu considero primordial:

Se o A-12 serve para treinar e doutrinar, como é que no futuro o mesmo Brasil que não consegue concluir o programa Barroso, teria verba para comprar um bom PA CTOL, e correspondente aviação embacada de qualidade?




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#576 Mensagem por REGATEANO » Qui Jul 13, 2006 10:24 am

Rui Elias Maltez escreveu:Se o A-12 serve para treinar e doutrinar, como é que no futuro o mesmo Brasil que não consegue concluir o programa Barroso, teria verba para comprar um bom PA CTOL, e correspondente aviação embacada de qualidade?


Boa pergunta!!! Vamos mandar pra MB?

O A12 só serve para gastar o meu dinheiro!




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#577 Mensagem por pt » Qui Jul 13, 2006 1:35 pm

Pessoalmente, não sou nem a favor, nem contra nenhuma das estratégias, aliás nem tenho que ser.

Há argumentos que se podem apresentar para defender a exist~encia de um navio como o São Paulo. Ele pode existir por razões de prestigio junto de opiniões públicas de outros países da região, pode justificar-se com a necessidade de garantir uma capacidade activa da MB para agir contra potênciais forças inimigas dentro do próprio continente (exemplo: determinar um bloqueio) etc...

A força de submarinos (e não podemos esquecer que os apoiantes da arma submarina consideraram no passado a necessidade de até 18 submarinos para garantir a sua estratégia) permite o controlo de outra forma, mas já não pelo controlo absoluto, mas sim pela negação do mar a uma potêncial força inimiga.

Outra interpretação diz que:
Enquanto a MB tiver armas como o São Paulo, considera que a sua função é o controlo do oceano, podendo utilizar a marinha como arma de pressão sobre qualquer outro país com costa atlântica. Esta é a postura ofensiva, que é presentemente a dominante na MB.

Quando a MB passar a considerar a forçs de submarinos como a prioritária, então passa a assumir que o principal adversário são os navios da marinha americana, assumindo uma postura defensiva e não ofensiva.

Evidentemente que o que aqui tem sido referido por exemplo pelo Rui Elias sobre uma marinha com LPD's é um meio termo, provavelmente mais realista mas que faz com que a MB não seja nem carne nem peixe.

A decisão relativamente ao São Paulo, foi tomada e é com ela que a MB vai ter que viver.

Mas há uma coisa que não é possível ignorar.
O São Paulo, por estar parado, não está a ficar mais novo. Com as modernizações previstas ele poderá ser o mais poderoso navio de qualquer marinha do hemisfério sul, mas mesmo isso tem custos altos que até ao momento ninguém parece estar interessado em suportar.

E esse é o problema eterno dos militares versus o poder político numa democracia. O poder politico pode ter um determinado entendimento, mas mudanças eleitorais podem alterar completamente as estratégias previstas.

Quando se trata de paises ricos, eles podem atrasar os programas e suspender provisoriamente. No caso do São Paulo, essa suspensão pode ser fatal, exactamente porque se trata de um navio já com bastantes anos. Não dá para fazer suspensões e adiamentos. O navio já está feito e ou se moderniza e se torna minimamente operacional, ou então não há como esconder aquilo que em Portugal chamamos de "Elefante Branco".

:mrgreen: E não é o elefante branco que o Rui Elias está a pensar :mrgreen:

Cumprimentos




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#578 Mensagem por FinkenHeinle » Qui Jul 13, 2006 1:39 pm

Francisco Daniel escreveu:
Rui Elias Maltez escreveu:Se o A-12 serve para treinar e doutrinar, como é que no futuro o mesmo Brasil que não consegue concluir o programa Barroso, teria verba para comprar um bom PA CTOL, e correspondente aviação embacada de qualidade?


Boa pergunta!!! Vamos mandar pra MB?

O A12 só serve para gastar o meu dinheiro!

É essa a grande questão!


Se alguém conseguir respondê-la satisfatoriamente, eu passarei à fazer propaganda em favor do A-12!




Atte.
André R. Finken Heinle

"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
juarez castro
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#579 Mensagem por juarez castro » Qui Jul 13, 2006 1:45 pm

Francisco Daniel escreveu:Bem... O Minas no final da sua vida operacional já conseguia atingir velocidades superiores a 20 nós por muito tempo. Dizem por aí que a máxima era algo em torno de 15/18 nós. O que impossibilitava a operação dos A-4.

Basta conferir as fotos da época. Os caças só operavam no NAeL em determinadas condições de clima - ventos fortes -.

Antes de sua baixa, a MB havia investido em uma modernização consideravel no Navio, reforçando o aparelho de parada e a catapulta.

Logo, se chega a conclusão de que a compra do São Paulo somente ocorreu diante das condições de desgaste do velho Minas.

Eu particulamente sou contra a operação de Porta-aviões convencionais pela MB, vez que possuem custos alto de operação.

Diga-se de passagem que abri este tópico indagando sobre o custo de operação do São Paulo, coisa que ninguém soube ou não quis responder...


Eu também gostaria de saber e muito qual é esse número.

Grande abraço




Luiz Padilha

#580 Mensagem por Luiz Padilha » Qui Jul 13, 2006 11:37 pm

juarez castro escreveu:
Francisco Daniel escreveu:Bem... O Minas no final da sua vida operacional já conseguia atingir velocidades superiores a 20 nós por muito tempo. Dizem por aí que a máxima era algo em torno de 15/18 nós. O que impossibilitava a operação dos A-4.

Basta conferir as fotos da época. Os caças só operavam no NAeL em determinadas condições de clima - ventos fortes -.

Antes de sua baixa, a MB havia investido em uma modernização consideravel no Navio, reforçando o aparelho de parada e a catapulta.

Logo, se chega a conclusão de que a compra do São Paulo somente ocorreu diante das condições de desgaste do velho Minas.

Eu particulamente sou contra a operação de Porta-aviões convencionais pela MB, vez que possuem custos alto de operação.

Diga-se de passagem que abri este tópico indagando sobre o custo de operação do São Paulo, coisa que ninguém soube ou não quis responder...


Eu também gostaria de saber e muito qual é esse número.

Grande abraço


Eu tb. Sei que o custo é alto no quesito combustivel. Ele gasta bem, bebe bem. Mas em termos de U$ ou R$ nunca ouvi numeros.

[]'s
Padilha




rcolistete
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Custo do A-12 parado

#581 Mensagem por rcolistete » Sex Jul 14, 2006 10:32 am

Olá pessoal,

Na comunidade do Orkut :

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=428731

alguém comentou no tópico "ele esta em reforma ?" :

"Últimas notícias sobre o São Paulo 04/07/2006 12:12
No período em que o São Paulo está parado, foram suspensas viagens pela costa da Bahia e Espírito Santo. Com isso, deixaram de ser feitos adestramentos da tripulação e dos pilotos dos helicópteros e aeronaves que operam no porta-aviões. Estão sendo feitos só exercícios simulados de salvamento e combate a incêndio.

Mesmo sem navegar, as despesas com manutenção e operação dos sistemas chegam a R$ 200 mil por mês. De acordo com a Marinha, a expectativa é que o navio volte ao mar no início de 2007. Mas, para isso, será necessário desembolsar R$ 25 milhões, já garantidos pela administração naval.

Militares que trabalham na recuperação da embarcação revelaram que entre os compartimentos que estão sendo reformados estão: cozinha (onde houve a explosão), refeitório, sistema de ar-condicionado e as tubulações de todo o porta-aviões, que apresentavam sinais de profunda corrosão."

Se alguém disser que R$200 mil é muito... isso dá o gasto de pessoal de uns 200 tripulantes, só isso. O efetivo da Marinha é de uns 50-60 mil, certo ?

Abraços,

Roberto Colistete Jr.




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#582 Mensagem por Luiz Bastos » Sex Jul 14, 2006 10:39 am

PT

Excelente analise do Pa. Parabens. 8-]




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Lauro Melo
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#583 Mensagem por Lauro Melo » Sex Jul 14, 2006 10:39 am

R$ 200 mil por mês

Fala sério.... Isto não é nada.




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Vinicius Pimenta
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#584 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Jul 14, 2006 12:54 pm

Me faz crer que a operação do A-12 não deve extrapolar sequer os 20 milhões anuais, isso se passar de 10.

Argumentos de que o São Paulo suga as verbas da Marinha são cada vez mais incorretos. :)




Vinicius Pimenta

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#585 Mensagem por juarez castro » Sex Jul 14, 2006 1:01 pm

Alto lá. Se eu bem entendi estão falando do navio parado. Eu me referi e acho que o Francisco Daniel também ao custo operacionalcom tripulação e grupo aéreo embarcado, afinal de contas é para isso que ele foi comprado.

Grande abrãço




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