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Mensagem
por A-29 » Qui Jun 22, 2006 12:21 am
Ôpa, vamos aí ressucitar mais um tópico importante.
Afinal, a decisão sobre o novo eli ASW tá pra sair. Era para divulgarem a decisão até o meio do ano, certo?
Parece que as preferências recaem sobre o SeaHawk, mas não vou muito com a cara dele. Não creio que seja o adequado para a MB. Devemos levar em conta que, atualmente, o único vetor aéreo da MB com capacidade de ataque ASuW de longa distância é o Sea King com Exocet. Os Super Lynx com Sea Skua tem pequeno alcance. Para mim, a única real capacidade militar do São Paulo é justamente a capacidade de levar os Sea King, nossa ponta de lança nas guerra de superfície e submarina.
Ocorre que se o SeaHawk for adotado, não mais teremos a opção de uso de um míssil da categoria do Exocet, pois ele só usa o Penguin. Considerando que nos próximos 15 anos não teremos caças aptos a lançar mísseis pesados (por melhor que seja a modernização dos A-4, ela vai demorar e não garante o disparo do Harpoon), a adoção do SeaHawk vai significar, simplesmente, abdicar da boa capacidade ASuW hoje disponibilizada pelo Sea King. Nesse sentido, não vejo muita vantagem, por exemplo, de um SeaHawk em relação ao Super Lynx 300.
E tem mais, nossos Sea King voam pouco, mas muito pouco mesmo por ano, já que só são usados em conjunto ou com o Nae ou com os Ceará. E devido à sua idade, certamente possuem um custo por hora de vôo das mais elevadas.
Frente a tais argumentos, simplesmente não me conformo com outra escolha que não seja o Merlin. É caro? É, tanto quanto o SeaHawk. Caro de operar? Com certeza, mas duvido que seja mais caro que um Sea King, já que é mais moderno. Mas em compensação tem uma autonomia enorme e permite o uso de mísseis pesados. E faria com que o São Paulo ganhe um valor militar maior além da mera formação de doutrina.
Tem um post do Padilha lá atrás dizendo que essa história de padronização com a adoção do SeaHawk não é totalmente verdadeira, já que é uma aeronave quase totalmente diferente das que serão adotadas por FAB e EB. E que ela custa só uns US$ 3 mi a menos que o Merlin, embora esse tenha manutenção mais cara.
Mas, sinceramente, pela quantidade de horas voadas por ano e número de células a ser adquirida, acho a compra dos SeaHawk uma besteira. Seria uma economia mínima no âmbito da MB, mas uma grande perda de capacidade.