#19
Mensagem
por FCarvalho » Sex Mai 21, 2004 7:27 pm
Olá amigos.
Só pra constar:
- profissionalização não predispôe necessariamente redução das fa's, mas antes impôe a utilização mais racional e qualitativa dos recursos, com efetivo ganhos de resultados;
só para lembrar, nossa fas's em relação a outros países, é proporcionalmete inferior, e muito, às necessidades atuais e futuras de defesa do país; portanto não cabe lógica na afirmação de que devessemos diminuir mais ainda nossos efetivos ante uma profissionalização da tropa. O problema, como sempre, neste, como em outros casos, é a eterna falta de responsabilidade e recursos em relação a defesa deste país.
- pensar em integração das fas's numa ncw, deve ser imperativo, antes de qualquer coisa, e não é de todo impossível.
Explico: os recursos, materiais e humanos, que dispomos no sipam/sivam e também no calha norte, obedecem, em tese, aos pré-requesitos para a operação em um ambiente ncw; complementado-os com uns poucos sistemas necessários nas demais regiões e extendendo sua área de ação aos demais cindactas e mar territorial ( alguém lembra do Amazônia Azul, reclamado pela MB?), teremos um sistema de ncw virtualmente tupiniquim; não são extremos, nem absolutamente caros os recursos a conclusão de tal ação, segundo algumas fontes de alta patente da FAB; basta para tanto, uma decisão e vontade politca.
Ainda uma última opinião. Vocês lembram que em 90/91 a defesa anti-aérea do iraque era bem mais complexa e tenaz do que a de 2003, e considerada muito perigosa e eficiênte, contando com recursos relativamente modernos, e causando muita preocupação aos aliados; tanto isso é verdade, que o primeiro mês de guerra foi dedicado a total eliminação desta rede e demais recursos de de c3i. Ora, eu pergunto então aos amigos: de que nos adianta ter uma rede de defesa anti-aérea, se não possuirmos antes, capacidade real e efetiva de mantê-la funcionando e estar informados sobre o que acontece nas diversas arenas do campo de batalha?
Não sei se estou confundindo, mas parece estar havendo uma certa confusão de conceitos entre defesa aérea e anti-aérea. Ambas são complementares pessoal, nunca antagônicas, e sendo assim, nada impede que FAB e EB disponham, conjuntamente, de defesas anti-aéreas próprias, e aquela opera a defesa áerea propriamente dita.
No mais, volto a reafirmar que necessitamos, urgentemente, levar a efeito projetos, no sentido de dispormos de uma rede NCW, a fim de garantir-nos uma real e efetiva capacidade de sobrevivência nas guerras do futuro; caso contrário continuaremos a olhar o bonde da história passar a nossa frente.
Os paises do primeiro mundo já tem esta consciência, e nós?
Abraços.
Carpe Diem