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E depois entregamos a defesa nacional a outros.
Mas isso é o que eu venho escrevendo de há muito temo.
A diferença e desiquilibrio estratégico que se acentuou muito e se vai continuar a aprofundar nos próximos 5 anos entre Portugal e Espanha levará exactamente a essa situação.
E não me choca nem me admira que os investimentos que a Espanha está a fazer em termos de Defesa tenha exactamente isso em mente.
Nunca afirmei que a Espanha pretendesse invadir e anexar Portugal, tornando-o em mais uma região autonómica.
Nem sou anti-espanhol.
Mas os espanhois, que não brincam em serviço, e têm tido até aqui (porque o que sobe também desce) uma economia que lhes permite isso, faz com que esse investimento, sobretudo na Marinha e Força Aérea dará para que a Espanha argumente junto da NATO que uma vez que Portugal está sem meios, e que o flanco sul e sudoeste da Aliança está desguarnecido, a Espanha se poderá responsabilizar-se pela segurança desse flanco.
E aí é o afundamento estratégico definitivo que Potrugal tem, a redução à
expressão mínima da sua importãncia.
Isso entristece-me muito, ao ver que após 900 aos de história, Portugal bate assim no fundo da sua importância relativa, isto nas mãs de Migueis de Vasconcelos que vendem Portugal a retalho.
Foi sempre isso que eu escrevi.
Não basta não termos agora meios navais ou terrestres ou ainda aéreos.
Mais preocupante ainda que chegados a este ponto, é que nada haja em termos de planos para o futuro no médio e longo prazo.
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Talharim:
A nossa Marinha está sobordinada ao poder politico.
O anterior Chefe do Estado Maior da Marinha antes de sair do cargo fez um discurso muito cáustico para com o poder politico, e até referiu a importância da Marinha receber as 2 OHP, falou na necessidade imperiosa de um substituto para o AOR
Bério, etc.
Mas só disse isto no discurso de despedida.
O actual Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas é um almirante, mas o seu cargo que é o da ligação entre os 3 ramos e o Governo é mais politico, e na verdade ninguem lhe conhece uma posição sobre o que se passa.
Por ser um zero à esquerda, é que oi reconduzido no cargo.
Porque não levanta ondas, e é cómodo para o Governo ter um CEMGFA assim, pacífico e obediente.
O que é triste é qu e a classe politica se está nas tintas para as FA's, e nomeadamente para a Marinha e para o Exército.
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Paisanão:
Seria excelente que Portugal tentasse negociar a sua entrada nesse consórcio com vista a receber até 2015 2 ou 3 fragatas FREMM AAW e para 2020 mais 3 ASW.
Mas não me parece que sequer essa hipótese esteja a ser equacionada nor corredores do poder.
Outra hipótese, se Portugal contiuar a querer fragatas para o futuro, seria uma solução Meko, quer para usos gerais, quer para defesa aérea.
Ou então, começara entrar no mercado dos usados, e sujeitando-se a cada momento ao que há disponível
Não seria trágico, e há países da NATO que compram usado, como Bélgica, Turquia, Roménia e Grécia.
Veja que com compras de usados, o Chile está prestes a completar a renovação da sua frota oceânica de superfície, ficando excelentemente bem servido, com 2 L + 2 M + 3 Type23 = 7 fragatas.