A batalha naval de Goa

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Rui Elias Maltez
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#16 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Abr 26, 2006 11:45 am

Manuel<:

¿La conquista india de Goa, Damao y Diu no supuso una condena por parte de la ONU? ¿Hubo alguna iniciativa en ese orden o el asunto se dejó pasar como una consecuencia indeseable de la descolonización?


O JLRC já lhe contou o que se passou e da decisão do Tribunal de Haia, mas á posteriori, e depois do facto consumado.

Mas o que Portugal queria era que as Nações Unidas levassem o caso ao CS, para que a intervençao militar parasse.

Perante as ameaças de recurso à força por parte da União Indiana, Portugal chegou a tentar explorar com a China Popular as rivalidades entre esse país e a Índia, mas nem a China apoiou as pretenções portuguesas sobre a manutenão desses enclaves.




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#17 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Abr 26, 2006 11:50 am

O P44 já aqui referiu uma das colónias " esquecidas na Índia:

Dadrá.

Como referência, diga-se que na Damaia, concelho da Amadora há uma rua com o nome de "heróis de Dadrá".
_________________

Outra "colónia" esquecida, mas que não passava de um micro-espaço de terra com um pequeno fortim, estava até ao anos 50 nas mãos de portuueses, no golfo da Guiné, em África e que era o Forte de S. João Baptista de Ajudá.




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#18 Mensagem por manuel.liste » Qua Abr 26, 2006 12:09 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Manuel<:

¿La conquista india de Goa, Damao y Diu no supuso una condena por parte de la ONU? ¿Hubo alguna iniciativa en ese orden o el asunto se dejó pasar como una consecuencia indeseable de la descolonización?


O JLRC já lhe contou o que se passou e da decisão do Tribunal de Haia, mas á posteriori, e depois do facto consumado.

Mas o que Portugal queria era que as Nações Unidas levassem o caso ao CS, para que a intervençao militar parasse.

Perante as ameaças de recurso à força por parte da União Indiana, Portugal chegou a tentar explorar com a China Popular as rivalidades entre esse país e a Índia, mas nem a China apoiou as pretenções portuguesas sobre a manutenão desses enclaves.


Entiendo que el caso ni siquiera llegó a tratarse en el Consejo de Seguridad de la ONU por... ¿falta de interés por parte de las potencias?




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#19 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Abr 26, 2006 12:44 pm

Sim, Mauel:

O CS nem sequer apreciou o caso, dado que considerava legítima a pretenção indiana, após a indepêndência relativamete à Inglaterra em 1948.

Relativamente á giuerra nas ex-colónias africanas, pelo menos até 1970, Portugal também ficou muito isolado nas Nações unidas dado que era considerada uma potência colonial.

Até os EUA estavam contra Portugal, e vetaram a venda e utilização de material militar americano que se destinasse aos teatros africanos.

Foi no tempo em que o nosso primeiro-ministro de então, Marcello Caetano disse que Portugal "estava orgulhosamente só".

Daí que Portugal tivesse, por exemplo que ter 2 marinhas:

Uma para a NATO, constituidas pelas 3 fragatas Dealey, pelos submarinos e pelas corvetas Batista de Andrade, e outra para as colónias, contituidas pelas 4 fragatas João Belo, pelas corvetas João Coutinho, e pelas muitas lanchas de desembarque e outros navios mais pequenos de patrulha, como os Cacine.

Só com a Administração Nixon, é que os EUA passaram a olhar Portugal com mais complacência relativamente a África, dada a guerra-fria, e autorizaram a compra dos C-130.




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#20 Mensagem por manuel.liste » Qua Abr 26, 2006 1:24 pm

Rui Elias Maltez escreveu: Sim, Mauel:

O CS nem sequer apreciou o caso, dado que considerava legítima a pretenção indiana, após a indepêndência relativamete à Inglaterra em 1948.

Relativamente á giuerra nas ex-colónias africanas, pelo menos até 1970, Portugal também ficou muito isolado nas Nações unidas dado que era considerada uma potência colonial.

Até os EUA estavam contra Portugal, e vetaram a venda e utilização de material militar americano que se destinasse aos teatros africanos.

Foi no tempo em que o nosso primeiro-ministro de então, Marcello Caetano disse que Portugal "estava orgulhosamente só".


Un tema de debate realmente interesante. Desde mi punto de vista, que un territorio fuese considerado "colonia" por la ONU no daba derecho a que un Estado lo invadiese a sangre y fuego. Hay que ver que cuando las potencias con derecho de veto están interesadas (véase la invasión argentina de las Malvinas - 1982), las condenas del CS y las autorizaciones al uso de la fuerza son despachadas sin ningún problema. Un país pequeño, pobre y sometido a dictadura no tuvo derecho ni a un reclamo frente a una violación flagrante de su espacio territorial.




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#21 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Abr 27, 2006 12:32 pm

Pois é, Manuel:

Eu não estou agora a chorar a perda de Goa, já que mais cedo ou mais tarde perderiamos a posse sobre esses territórios.

Mas é um facto de que a comunidade internacional sempre se esteve a cagar para Portugal.

O caso mais recente foi a indiferença com que a comunidade internacional isolou progressivamente Portugal no que respeitou ao que se passou ao longo de mais de 20 anos em Timor.

Comparativamente com Espanha, e Perejil:

Quando Marrocos enviou 10 polícias para a rocha, caiu o Carmo e Trindade, mas quando a Indonésia invadiu Timor, e matou mais de 180.000 pessoas, países como Inglaterra, Espanha ou Alemanha, para nem falar nos EUA, continuaram a vender armas e equipamentos militares à Indonésia ditatorial de Suharto.

A politica internacional rege-se por interesses não por princípios.




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#22 Mensagem por manuel.liste » Sex Abr 28, 2006 5:37 am

Rui Elias Maltez escreveu: Comparativamente com Espanha, e Perejil:

Quando Marrocos enviou 10 polícias para a rocha, caiu o Carmo e Trindade, mas quando a Indonésia invadiu Timor, e matou mais de 180.000 pessoas, países como Inglaterra, Espanha ou Alemanha, para nem falar nos EUA, continuaram a vender armas e equipamentos militares à Indonésia ditatorial de Suharto.


En Perejil, España tenía capacidad real de luchar y de hacer valer su posición mediante la fuerza, como Inglaterra en Malvinas.

En los años cincuenta, un conflicto fronterizo entre el naciente estado marroquí y el enclave español de Sidi-Ifni desembocó en una invasión en toda regla por parte de fuerzas irregulares marroquíes. No hubo condena de la ONU, aunque los refuerzos enviados desde la Península consiguieron rechazar el ataque. Estoy seguro de que si las fuerzas españolas hubiesen sido derrotadas, la comunidad internacional de entonces (era la época de Eisenhouer y Kruschev) no hubiese movido un dedo, tampoco.

Unos años después, España entregó Sidi-Ifni a Marruecos como parte de su proceso descolonizador.

Para saber más: Wikipedia en español: la Guerra Olvidada




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