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Mais sobre o Mowag
http://www.defesanet.com.br/afv/cfn_mowag_1.htm
São Paulo, 24 de março de 2006.
Excelentíssimo Senhor
Alm Esqd ROBERTO DE GUIMARÃES CARVALHO
DD Comandante da Marinha do Brasil
BRASÍLIA - DF
Senhor Comandante,
A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa - ABIMDE e algumas de suas empresas filiadas foram surpreendidas ao tomarem conhecimento do artigo publicado no site da Universidade Federal de Juiz de Fora (http://www.defesa.ufjf.br), cuja cópia enviamos em anexo, de autoria do Sr Expedito Carlos Stephani Bastos, Pesquisador de Assuntos Militares daquela universidade, onde é informado que a Marinha do Brasil estaria adquirindo, por importação, cinco veículos blindados sobre rodas 8x8 MOWAG Piranha III, para equipar o Corpo de Fuzileiros Navais, mais especificamente para serem empregados nas operações do Haiti.
Como é do total conhecimento de Vossa Excelência, a ABIMDE vem, desde 2003, quando assumimos seus destinos, em consonância com a política do Ministério da Defesa, dirigindo a totalidade de seus esforços para mudar a situação do setor das indústrias de defesa brasileiro, procurando criar os mecanismos necessários para que a Base Industrial de Defesa -BID do país consiga sobreviver e, mais ainda, seja fortalecida para poder proporcionar às Forças Armadas Brasileiras o apoio indispensável para o cumprimento de suas missões, especialmente na manutenção da soberania nacional.
Graças aos esforços acima, o Ministério da Defesa, atendendo nossas reivindicações, editou, no final de 2005, um poderoso instrumento legal, a Política Nacional da Indústria de Defesa - PNID, com base na Política Nacional de Defesa, onde foram estabelecidos os objetivos estratégicos a serem atingidos para o fortalecimento da BID, entre os quais se destaca a orientação para a aquisição de produtos estratégicos de defesa no mercado nacional.
Pela razão acima exposta, justifica-se nossa surpresa, pois existem, dentro do parque nacional da indústria de defesa, empresas com alta capacidade tecnológica para desenvolver e produzir veículos blindados sobre rodas, semelhante ao MOWAG, que terão capacidade de responder às necessidades da Marinha do Brasil, inclusive com preços inferiores ao estipulado para o carro a ser importado, avaliado em cerca de dois milhões de dólares.
Importante ainda acrescentar, que o Exército Brasileiro e outros exércitos no mundo, após longos testes, desistiram da aquisição do veículo MOWAG PIRANHA III, sendo que nossa Força Terrestre estará, nos próximos dias, iniciando um projeto para desenvolvimento e produção de um veículo blindado sobre rodas nacional - URUTU III, que deverá ser executado por uma empresa brasileira, o qual, temos certeza, poderá vir a atender às necessidades do Corpo de Fuzileiros Navais.
Face ao acima apresentado, caso a notícia da Universidade Federal de Juiz de Fora seja realmente verídica, gostaríamos de solicitar a Vossa Excelência que fosse reconsiderada a decisão tomada, pois a entrada do citado veículo no mercado brasileiro certamente irá contribuir para a total falência das empresas que trabalham neste ramo da defesa.
Agradecendo a Vossa Excelência o atendimento ao nosso pleito, colocamo-nos à disposição e aproveitamos a oportunidade para reiterar os protestos de distinta consideração.
Atenciosamente
ROBERTO GUIMARÃES DE CARVALHO
Diretor Presidente da ABIMDE
- Vinicius Pimenta
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- Luiz Bastos
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CFN Piranha III
Vinicius Pimenta escreveu:O CFN precisa dos veículos para ONTEM. Não tem tempo para esperar o Urutu III do EB que só Deus sabe quando vai sair.
Grande Guru.
Eu penso que a medida é mais politica do que a necessidade da forca, principalmente porque 5 unidades nao vao fazer tanta diferenca assim. Quando o corpo (CFN) comprou aqueles tanques austriacos, foi pelo mesmo motivo (urgencia) e hoje o que se verifica é que 80 % estao encostados por falta de pecas. (Revelacoes de fuzileiros).
Eu particularmente acho que a comissao é excelente e ai se força uma barra pra comprar. Há Jaceguai. Que saudade. Tempos em que as comissoes eram devolvidas para o erario publico. Hoje está uma bagunça só. Li até num destes jornaisa de bairro que certa vez compraram torpedos à Inglaterra por uma pequena fortuna, e quando os torpedos chegaram é que foram verificar que o diametro do bicho era maior do que os tubos dos submarinos. Nao sei se é verdade, mas que li no jornal eu até posso jurar.
Em termos de carro de combate eu nao acho ele muito adequado. Muito pouco armado e muito vulneravel devido à sua altura, mas quem pode manda e quem é esperto obedece.
[]s a todos,
- Vinicius Pimenta
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Re: CFN Piranha III
Luiz Bastos escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:O CFN precisa dos veículos para ONTEM. Não tem tempo para esperar o Urutu III do EB que só Deus sabe quando vai sair.
Grande Guru.
Eu penso que a medida é mais politica do que a necessidade da forca, principalmente porque 5 unidades nao vao fazer tanta diferenca assim. Quando o corpo (CFN) comprou aqueles tanques austriacos, foi pelo mesmo motivo (urgencia) e hoje o que se verifica é que 80 % estao encostados por falta de pecas. (Revelacoes de fuzileiros).
Eu particularmente acho que a comissao é excelente e ai se força uma barra pra comprar. Há Jaceguai. Que saudade. Tempos em que as comissoes eram devolvidas para o erario publico. Hoje está uma bagunça só. Li até num destes jornaisa de bairro que certa vez compraram torpedos à Inglaterra por uma pequena fortuna, e quando os torpedos chegaram é que foram verificar que o diametro do bicho era maior do que os tubos dos submarinos. Nao sei se é verdade, mas que li no jornal eu até posso jurar.
Em termos de carro de combate eu nao acho ele muito adequado. Muito pouco armado e muito vulneravel devido à sua altura, mas quem pode manda e quem é esperto obedece.
[]s a todos,
No Haiti farão muita diferença. Não havia urgência na compra dos SK, havia necessidade operacional. Se há 80% parados, eu desconheço esse fato, mas pode ser que sim. Quanto ao torpedos, pura bobagem.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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- Pablo Maica
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Realmente quando a marinha necessita de algum equipamento não faz rodeios como o EB e a FAB, mas uma coisa que eu queria saber, ja que parece que estas 5 unidades forma compradas para operar no haiti, o que vai ser feito com elas após a missão? Eu acho que 5 unidades é muito pouco no ambito dos FNs aqui no brasil, ja na missão é o suficiente, vão ser compradas mais unidades? Estas serão desativadas ou vendidas e que sabe até doadas apos a operação no haiti? Acho que as respostas para estas perguntas só o tempo nos trará mas vale a pena dar uma pensada.
Um abraço e t+
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- Luís Henrique
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Isto me cheira comissão da boa. U$ 10 mi por apenas 5 veículos. O pessoal não tem tanto armamento assim. A necessidade de blindagem não é tanta. E outra coisa, ja que precisa com urgência pede pra ONU. Se vira.
Esse negócio foi muito ruim para a indústria nacional. Com U$ 10 mi daria para eles comprarem 200 Commando M4 do nosso amigo aqui do fórum.(pra quem não conhece é um veículo semelhante ao Hummer americano) Acho que a blindagem nível 5 que ele oferece esta de bom tamanho para segurar fuzil e pistolas velhas.
Pode até ser que a necessidade seja outra, mas acho que deveriam esperar e comprar Urutu III nacional.
Esse negócio foi muito ruim para a indústria nacional. Com U$ 10 mi daria para eles comprarem 200 Commando M4 do nosso amigo aqui do fórum.(pra quem não conhece é um veículo semelhante ao Hummer americano) Acho que a blindagem nível 5 que ele oferece esta de bom tamanho para segurar fuzil e pistolas velhas.
Pode até ser que a necessidade seja outra, mas acho que deveriam esperar e comprar Urutu III nacional.
Pablo Maica escreveu:Realmente quando a marinha necessita de algum equipamento não faz rodeios como o EB e a FAB, mas uma coisa que eu queria saber, ja que parece que estas 5 unidades forma compradas para operar no haiti, o que vai ser feito com elas após a missão? Eu acho que 5 unidades é muito pouco no ambito dos FNs aqui no brasil, ja na missão é o suficiente, vão ser compradas mais unidades? Estas serão desativadas ou vendidas e que sabe até doadas apos a operação no haiti? Acho que as respostas para estas perguntas só o tempo nos trará mas vale a pena dar uma pensada.
Um abraço e t+
Essas unidades foram compradas para serem usadas no Haiti.
A grana veio da ONU.
CFN não tem Urutu, eles usam o M113 ( lagartas).
E quem está lá tomando tiro são eles. Se eles chegaram a conclusão que não da para esperar a ABIMDE resolver, é por que não da.
Os Urutus estão acabados lá no haiti. Rodam para caramba lá, muito diferente da realidade daqui do Brasil. Lá eles rodam em um mês o que aqui se roda num ano.
A ONU da grana, cada força usa do jeito que achar melhor.
A MB prefere proteger seus soldados fuzileiros. 5 é pouco? Acho que sim, mas foi o que deu pra comprar com a grana.
É isso.
Acreditem que é necessário e não pensem em comissões, molha mão ou suborno. Os fuzileiros chegaram a conclusão de que o Piranha para eles é o melhor.
Quem aqui sabe 100% de como foi a escolha técnica? detalhes? Especs reais e não aqueles de folhetos que o fabricante entrega dizendo mil maravilhas?
Vocês realmente acreditam nestes folhetos ou sites oficias de fabricantes?
Sinto muito lhes informar mas a realidade é bem outra. Até na Jane´s tem bafo. E como tem.
Por isso, pode parecer uma compra ruim, mas com certeza os fuzileiros sabem o que estão fazendo.
O deles está na reta!!! Haiti galera!!!! Tiro a 3/4.
Detalhe importante: Lá além de pistola velha que tb mata( fica na frente), tem vários tipos de fuzis e metralhadoras.
Aguardem a matéria sobre o CFN que estamos preparando e muita coisa será entendida.
Abraços,
Padilha
- Túlio
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Meus pára-choques, Padilha!
Esse post foi massacrante!
EU mesmo já estava me assanhando para falar de maracutaia...
Ao ler teu post, reconsiderei.
Estou aguardando então a matéria do CFN...
Congrats
Esse post foi massacrante!
EU mesmo já estava me assanhando para falar de maracutaia...
Ao ler teu post, reconsiderei.
Estou aguardando então a matéria do CFN...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Luís Henrique escreveu:Isto me cheira comissão da boa. U$ 10 mi por apenas 5 veículos. O pessoal não tem tanto armamento assim. A necessidade de blindagem não é tanta. E outra coisa, ja que precisa com urgência pede pra ONU. Se vira.
Esse negócio foi muito ruim para a indústria nacional. Com U$ 10 mi daria para eles comprarem 200 Commando M4 do nosso amigo aqui do fórum.(pra quem não conhece é um veículo semelhante ao Hummer americano) Acho que a blindagem nível 5 que ele oferece esta de bom tamanho para segurar fuzil e pistolas velhas.
Pode até ser que a necessidade seja outra, mas acho que deveriam esperar e comprar Urutu III nacional.
Boa noite! Sente no acento de um land rover e patrulhe cité solle (preferência a noite) no meio do turumbamba de bala e aí voce vai querer se proteger e só vai ter o colete pra esconder atrás. Bem aí voce vai mudar de opinião sobre o piranha. Ah, esqueci, peça reforço ao EB e espere um urutu pegar e vir tirar você daquele pepino...(e ele não pega)
Grande abraço
- Vinicius Pimenta
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É po, vamos esperar a ABIMDE e o EB definir o Urutu III que com alguma sorte não vai ser cancelado e vai ficar pronto daqui há uns 5 anos. Enquanto isso, deixa os nossos Fuzileiros tomando tiro no Haiti. Afinal de contas, o que é uma chuva de 7,62 pra cima de você embarcado numa Land Rover? Nada, né?
Pera lá... Vamos raciocinar antes...
Pera lá... Vamos raciocinar antes...
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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- REGATEANO
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Confirmado!
"Em 1973 foi desenvolvido uma versão para a Marinha Brasileira, sob a designação de Carro Transporte de Rodas Anfíbio equipado com hélices na traseira, para facilitar a manobrabilidade em rios e mar. A produção dos cinco primeiro exemplares de série foram para atender a uma encomenda para o Corpo de Fuzileiros Navais já sob a denominação de EE-11 Urutu, utilizando boa parte da mecânica e alguns componentes do EE-9 Cascavel, o que de certa forma facilitou em muito a logística. (Foto 19 e Foto20)" http://www.defesanet.com.br/rv/vtrbld1/vtrbld.htm
"Em 1973 foi desenvolvido uma versão para a Marinha Brasileira, sob a designação de Carro Transporte de Rodas Anfíbio equipado com hélices na traseira, para facilitar a manobrabilidade em rios e mar. A produção dos cinco primeiro exemplares de série foram para atender a uma encomenda para o Corpo de Fuzileiros Navais já sob a denominação de EE-11 Urutu, utilizando boa parte da mecânica e alguns componentes do EE-9 Cascavel, o que de certa forma facilitou em muito a logística. (Foto 19 e Foto20)" http://www.defesanet.com.br/rv/vtrbld1/vtrbld.htm