Vinicius Pimenta escreveu:Um NAe sozinho nunca será solução. Ficar sem NAe também não.
Um NAe sozinho não será a solução, ficar sem também não. Contudo, TER um, sem ser a solução, e com as implicações negativas que isso trás não é solução, é PROBLEMA.
Vinicius Pimenta escreveu:Ele não sai da doca? Só se for agora porque está sofrendo o PMG. O nível reduzido de dias no mar atinge TODA a Marinha e se dá por problemas orçamentários. A simples ausência do São Paulo não mudaria em nada esse panorama.
E se sair da Doca?! Que diferença faz termos um A-12 + A-4Ku?! Só serve para deixar o Almirantado feliz. Só serve pra estufar o peito e dizer: "O Brasil tem um NAe", como se isso fosse fazer alguma diferença. A ausência do NAe talvez não implicasse em nenhuma diferença (muito embora fosse amenizar os problemas), mas certamente não acho que investir num caminho falido de ter o A-12 como Nau Capitânea seja a melhor escolha.
Fala-se que o A-12, com algum investimento, poderia tornar-se operacional. O problema é que não há disponibilidade financeira que contemple as necessidades de Modernização do A-12 e sua Ala Aérea. Portanto, se não há perspectiva alguma de que ele venha à tornar-se uma arma verdadeiramente operacional, não entendo porque mantê-lo na Ativa, à não ser é claro explicações psicológicas sobre o Alter Ego do Almirantado.
Vinicius Pimenta escreveu:Para você o BRASIL não tem futuro. Então não faz diferença...
Faz toda a diferença. Nunca disse que o BRasil não tem futuro, muito embora, à cada opção que se interpõe, o Brasil geralmente faz a escolha errada. Não por coincidência, manter na Ativa o A-12 é apenas mais uma dessas opções equivocadas.
Vinicius Pimenta escreveu:E uma mais forte ainda com um.
No demais na sua mensagem, você falou muito e disse pouco. E você não tem o direito de chegar de megalomaníaco quem defende a presença de um NAe. Até porque há muita gente mundo afora que entende muito mais que nós de guerra naval e que pensa exatamente ao contrário de você. É mais útil você discutir com argumentos.
Vinícius, entenda que essa questão não é uma questão de Estratégia Naval, mas sim uma questão de Bom Senso. Se não podemos contar com um NAe bem equipado, moderno, com uma Ala Aérea igualmente moderna, e um GT capaz de escoltá-lo, então não quero ter uma lata flutuante que, em termos de Valor Militar, é nulo.
É, sim, megalomaníaco querer ter algo que está fora de nosso alcance, e sacrificar o Bom Senso para ter isso!
Poderia, eu, pedir que comprássemos/desenvolvêssemos um Bombardeiro Supersônico Intercontinental, embora qualquer pessoa com algum senso da realidade vá compreender que isso é apenas uma peça megalômana, e não uma opção baseada em um Planejamento Criterioso. Seria, afinal, prudente sacrificarmos o restante de nossa já combalida FAB para ter um Bombardeiro Intercontinental?!
Da mesma forma, não quero que a MB gaste seus já escassos recursos com seu NAe, que não tem nenhum valor militar, e apenas serve para inflar o peito e o Ego dos Almirantes.
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell