Que futuro para a capacidade de projecção anfíbia na MB?
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- Rui Elias Maltez
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A-29 e MCD:
Quando eu coloco estas hipóteses teóricas de compra de oportunidade para a MB, é por que não acredito que o Ceará e o Rio de Janeiro aguentem com segurança mais 10 ou 15 anos de serviço.
Ora eu penso que será muito mau para o Brail e para as suas capacidades se dentro de 7 ou 8 anos ficarem sem essa capacidade de projecção através de navios-doca.
E quando o colega MCD diz que até 2010 deveriam incororar na MB um LPD e depois iniciar a contrução de um segundo (podendo ser um modelo inspirado no Rotterdam, que já tem projecto feito), imaginem:
Se agora já em 2006 o Governo disponibilizasse verbas para a construção no Brasil teria que negociar a cedência dos direitos com a Holanda para que pudessem "copiar" um ou mais LPD's.
Depois haveria o projecto de pormenor e especificações e a construção nunca se iniciaria antes de 2009 (3 anos para essa coisas) arranjar verbas, preparar e reconfigurar pessoal.
Início de construção, conclusão e provas de mar:
Mais 4 anos.
Assim, o navio nunca estaria pronto a incorporar na MB antes de 2014.
Se fosse até 2014, talvês os ceará conseguisse assegurar essa valência na MB.
Mas será que neste momento a MB e o Governo estarão interessados em proceder de imediato a manobras para a construção ou compra de LPD's novos?
Eu acho que não, e por isso o problema que levantei mais atrás mantêm-se:
Até quando poderão contar com os C-30 e C-31?
Quando eu coloco estas hipóteses teóricas de compra de oportunidade para a MB, é por que não acredito que o Ceará e o Rio de Janeiro aguentem com segurança mais 10 ou 15 anos de serviço.
Ora eu penso que será muito mau para o Brail e para as suas capacidades se dentro de 7 ou 8 anos ficarem sem essa capacidade de projecção através de navios-doca.
E quando o colega MCD diz que até 2010 deveriam incororar na MB um LPD e depois iniciar a contrução de um segundo (podendo ser um modelo inspirado no Rotterdam, que já tem projecto feito), imaginem:
Se agora já em 2006 o Governo disponibilizasse verbas para a construção no Brasil teria que negociar a cedência dos direitos com a Holanda para que pudessem "copiar" um ou mais LPD's.
Depois haveria o projecto de pormenor e especificações e a construção nunca se iniciaria antes de 2009 (3 anos para essa coisas) arranjar verbas, preparar e reconfigurar pessoal.
Início de construção, conclusão e provas de mar:
Mais 4 anos.
Assim, o navio nunca estaria pronto a incorporar na MB antes de 2014.
Se fosse até 2014, talvês os ceará conseguisse assegurar essa valência na MB.
Mas será que neste momento a MB e o Governo estarão interessados em proceder de imediato a manobras para a construção ou compra de LPD's novos?
Eu acho que não, e por isso o problema que levantei mais atrás mantêm-se:
Até quando poderão contar com os C-30 e C-31?
- Rui Elias Maltez
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Muito se tem falado na classe de LPD baseados no modelo Rotterdam.
Mas há uma outra categoria de LPD's muito interessantes na sua versatilidade, embora maiores que os Rotterdam.
Tratam-se dos LPD's da Classe Albion
Tratam-se de grandes navios de transporte anfíbio (deslocam 18.500 ton, com mais de 175 metros de comprimento), ingleses, concebidos nos finais dos anos 90 e incorporados já depois de 2.000, para substituir os navios da Fearless e Intrepid, do início dos anos 60:
L11 HMS Intrepid
São navios para transporte de homens, equipamentos, viaturas tácticas e pesadas, nomeadamente blindados, e ainda capacidade de comando e controle, podendo funcionar como navio chefe de uma força-tarefa.
As suas valências e capacidades de acomodações estão distribuidas por 6 deck's:
HMS Albion, e HMS Bulwark
Dada a tradição da Marinha brasileira em possuir navios ora oriundos dos EUA, ora da Inglaterra, ou ainda inspirados em classes de navios deste país (as Niteroi, baseadas nas type-21, da classe Amazon).
Seriam uma boa opção a aquisição das licenças para os planos para a construção no Brasil de 2 plataformas deste tipo, uma até 20015 e outra até 2020?
Como nota, esta classe de navios não permite o transporte de helis médios ou pesdados , já que o seu hangar apenas permite a operação a bordo dos helis.
Esta opção talvês decorra do facto da Inglaterra possuir plataformas do tipo LHD para este efeito.
No entanto o deck tem capacidade para que ali possa ser transportados um grande heli, como o Chinook
_____________
http://www.globalsecurity.org
http://www.naval-technology.com
Mas há uma outra categoria de LPD's muito interessantes na sua versatilidade, embora maiores que os Rotterdam.
Tratam-se dos LPD's da Classe Albion
Tratam-se de grandes navios de transporte anfíbio (deslocam 18.500 ton, com mais de 175 metros de comprimento), ingleses, concebidos nos finais dos anos 90 e incorporados já depois de 2.000, para substituir os navios da Fearless e Intrepid, do início dos anos 60:
L11 HMS Intrepid
São navios para transporte de homens, equipamentos, viaturas tácticas e pesadas, nomeadamente blindados, e ainda capacidade de comando e controle, podendo funcionar como navio chefe de uma força-tarefa.
As suas valências e capacidades de acomodações estão distribuidas por 6 deck's:
HMS Albion, e HMS Bulwark
Dada a tradição da Marinha brasileira em possuir navios ora oriundos dos EUA, ora da Inglaterra, ou ainda inspirados em classes de navios deste país (as Niteroi, baseadas nas type-21, da classe Amazon).
Seriam uma boa opção a aquisição das licenças para os planos para a construção no Brasil de 2 plataformas deste tipo, uma até 20015 e outra até 2020?
Specifications
Displacement: 18,500 tonnes Deep
21,500 tonnes [approx] Docked down
Length Overall: 176 metres
Beam: 25.6 Metres Waterline, 28.9 metres maximum
Draft 6.1 metres
Speed 18 Knots
Complement: 325
Military Lift 305 troops, with an overload of a further 405
Vehicle deck capacity for up to six Challenger 2 tanks or around 30 armoured all-terrain tracked carriers
Floodable well dock, with the capacity to take either four utility landing craft (each capable of carrying a Challenger 2 tank) or shelter a US hovercraft landing craft
Four smaller landing craft on davits, each capable of carrying 35 troops.
Interior da Doca:
Aircraft:
Two-spot flight deck able to take medium support helicopters and stow a third.
The Albion design does not have a hangar but does have equipment needed to support aircraft operations such as Flight Service Control
Deck is capable of taking Chinook.
Propulsion:
Integrated Electric, driving two shafts
Motors two 6 megaWatt, Synchro-converter Drives
Two Wartsilla 6.25MegaWatt Generators
108KW Bow Thruster
Self defence:
Two Kelvin Hughes 1007 radars
Type 996 surveillance radar
Two Goalkeeper Close In Weapon Systems
Seagnat Decoy system
UAT Electronic Warfare system
Two 20mm guns
Four machine gun positions
Como nota, esta classe de navios não permite o transporte de helis médios ou pesdados , já que o seu hangar apenas permite a operação a bordo dos helis.
Esta opção talvês decorra do facto da Inglaterra possuir plataformas do tipo LHD para este efeito.
No entanto o deck tem capacidade para que ali possa ser transportados um grande heli, como o Chinook
_____________
http://www.globalsecurity.org
http://www.naval-technology.com
Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Qua Abr 05, 2006 11:37 am, em um total de 1 vez.
Realmente o Albion parece fantástico, mas esse porém quanto à operação de helicópteros é algo a se pensar para a situação brasileira.
Se observarmos todos os últimos exercícios da MB desde que o São Paulo entrou em seu PMG, o Ceará tem sido utilizado principalmente como comandante da esquadra e base para operação dos Sea King. Percebe-se que, a par de sua função anfíbia, os NDD têm sido utilizados principalmente como "mini porta helicópteros", possibilitando a guerra ASW e ASuW a partir do ar.
Levando isso em conta, creio que um navio parecido com o Rotterdan seria mais apropriado à MB graças a seu grande hangar e capacidade de operação de 4 a 6 helis.
Se observarmos todos os últimos exercícios da MB desde que o São Paulo entrou em seu PMG, o Ceará tem sido utilizado principalmente como comandante da esquadra e base para operação dos Sea King. Percebe-se que, a par de sua função anfíbia, os NDD têm sido utilizados principalmente como "mini porta helicópteros", possibilitando a guerra ASW e ASuW a partir do ar.
Levando isso em conta, creio que um navio parecido com o Rotterdan seria mais apropriado à MB graças a seu grande hangar e capacidade de operação de 4 a 6 helis.
- Rui Elias Maltez
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A-29:
A mim tamém me parece:
Creio que esta Classe Albion tem as suas especificidades para as características da marinha inglesa, mas que para outros países, poderá ser um navio pouco atractivo.
Para já, proque tem, quanto a mim, um deslocameto e uma tripulação grande demais para a quantidade de homens embarcados para uma missão (nem chegam a 600), e esse problema da limitação de transporte de helis médios para um teatro de operações tornam-no um pouco limitado.
Se eu fosse comprador e tivesse que escolher ,preferia o modelo Rotterdam, com um deslocamento a rondar as 15.000 ton, e com capacidade para 4 helis médios, do tipo Sea-King, como os vossos, ou os nossos EH-101, e 4 lanchas de desembarque anfíbio.
A mim tamém me parece:
Creio que esta Classe Albion tem as suas especificidades para as características da marinha inglesa, mas que para outros países, poderá ser um navio pouco atractivo.
Para já, proque tem, quanto a mim, um deslocameto e uma tripulação grande demais para a quantidade de homens embarcados para uma missão (nem chegam a 600), e esse problema da limitação de transporte de helis médios para um teatro de operações tornam-no um pouco limitado.
Se eu fosse comprador e tivesse que escolher ,preferia o modelo Rotterdam, com um deslocamento a rondar as 15.000 ton, e com capacidade para 4 helis médios, do tipo Sea-King, como os vossos, ou os nossos EH-101, e 4 lanchas de desembarque anfíbio.
Perfeito seu pensamento, Rui.
Só faltava o navio vir embalado com um laço vermelho
Mas falando a sério, gostaria que nossos colegas mais bem relacionados dentro da MB nos dessem alguma dica sobre o assunto da substituição dos NDD.
Com o fim do Modfrag e entrega da Barroso ano que vem, teremos escoltas pra mais dez anos. Duvido que se adquira alguma fragata nesse período. Com a incorporação do Tikuna a arma submarina também vai bem. O São Paulo está saindo do PMG. Até os caça-minas estão sendo reformados.
Fica claro que urgente mesmo é a substituição dos Ceará e aquisição de novo Navio Tanque antes que fiquem esclerosados. Espero que esse assunto esteja com prioridade máxima no altos escalões da MB. Senão, como o Rui bem disse, daqui menos de uma década os fuzileiros não terão navio anfíbio com que operar.
Só faltava o navio vir embalado com um laço vermelho
Mas falando a sério, gostaria que nossos colegas mais bem relacionados dentro da MB nos dessem alguma dica sobre o assunto da substituição dos NDD.
Com o fim do Modfrag e entrega da Barroso ano que vem, teremos escoltas pra mais dez anos. Duvido que se adquira alguma fragata nesse período. Com a incorporação do Tikuna a arma submarina também vai bem. O São Paulo está saindo do PMG. Até os caça-minas estão sendo reformados.
Fica claro que urgente mesmo é a substituição dos Ceará e aquisição de novo Navio Tanque antes que fiquem esclerosados. Espero que esse assunto esteja com prioridade máxima no altos escalões da MB. Senão, como o Rui bem disse, daqui menos de uma década os fuzileiros não terão navio anfíbio com que operar.
A-29 escreveu:Perfeito seu pensamento, Rui.
Só faltava o navio vir embalado com um laço vermelho
Mas falando a sério, gostaria que nossos colegas mais bem relacionados dentro da MB nos dessem alguma dica sobre o assunto da substituição dos NDD.
Com o fim do Modfrag e entrega da Barroso ano que vem, teremos escoltas pra mais dez anos. Duvido que se adquira alguma fragata nesse período. Com a incorporação do Tikuna a arma submarina também vai bem. O São Paulo está saindo do PMG. Até os caça-minas estão sendo reformados.
Fica claro que urgente mesmo é a substituição dos Ceará e aquisição de novo Navio Tanque antes que fiquem esclerosados. Espero que esse assunto esteja com prioridade máxima no altos escalões da MB. Senão, como o Rui bem disse, daqui menos de uma década os fuzileiros não terão navio anfíbio com que operar.
Creio que será compra de oportunidade oriunda dos EUA. Vamos ver qual classe será.
[]'s
Padilha
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Padilha:
Se for dos EUA, creio que com a incorporação dos San Antonio, os LPD's da classe Austin, apontados mais acima neste tópico, e uma séri de LHA's da classe Tarawa poderão ficar disponíveis.
Tudo parece apontar que a Marinha americana está a apostas numa maior uniformidade e harmonização de meios, reduzindo a enorme variedade de tipologias e classes de navios no activo.
Se assim for, o Padilha acharia que os Austin ou os LHA apontados e descritos mais acima poderiam servir os interesses brasileiros e as necessidades da sua Marinha?
Se for dos EUA, creio que com a incorporação dos San Antonio, os LPD's da classe Austin, apontados mais acima neste tópico, e uma séri de LHA's da classe Tarawa poderão ficar disponíveis.
Tudo parece apontar que a Marinha americana está a apostas numa maior uniformidade e harmonização de meios, reduzindo a enorme variedade de tipologias e classes de navios no activo.
Se assim for, o Padilha acharia que os Austin ou os LHA apontados e descritos mais acima poderiam servir os interesses brasileiros e as necessidades da sua Marinha?
Rui Elias Maltez escreveu:Padilha:
Se for dos EUA, creio que com a incorporação dos San Antonio, os LPD's da classe Austin, apontados mais acima neste tópico, e uma séri de LHA's da classe Tarawa poderão ficar disponíveis.
Tudo parece apontar que a Marinha americana está a apostas numa maior uniformidade e harmonização de meios, reduzindo a enorme variedade de tipologias e classes de navios no activo.
Se assim for, o Padilha acharia que os Austin ou os LHA apontados e descritos mais acima poderiam servir os interesses brasileiros e as necessidades da sua Marinha?
Eu acho os outros navios fantásticos.
Mas na minha opinião pessoal, creio que deveremos, adquirir um dos EUA. Se será um da classe Austin eu não sei.
Assim que aparecer algum indicio mais concreto, eu digo.
Padilha
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A-29 escreveu:Perfeito seu pensamento, Rui.
Só faltava o navio vir embalado com um laço vermelho
Mas falando a sério, gostaria que nossos colegas mais bem relacionados dentro da MB nos dessem alguma dica sobre o assunto da substituição dos NDD.
Com o fim do Modfrag e entrega da Barroso ano que vem, teremos escoltas pra mais dez anos. Duvido que se adquira alguma fragata nesse período. Com a incorporação do Tikuna a arma submarina também vai bem. O São Paulo está saindo do PMG. Até os caça-minas estão sendo reformados.
Fica claro que urgente mesmo é a substituição dos Ceará e aquisição de novo Navio Tanque antes que fiquem esclerosados. Espero que esse assunto esteja com prioridade máxima no altos escalões da MB. Senão, como o Rui bem disse, daqui menos de uma década os fuzileiros não terão navio anfíbio com que operar.
---a curto prazo até 2010:
- mod SP/A-4/AEW/armamento/heli asw
- navio-tanque
- definição fragata AAW
-definição NaPOc
---até 2015
- sub novo
- navios fuzileiros
- susbtituição T22/INHAÚMA
---até 2020
-substituição Niteróis
-definição aeronave/A-13
-caça-minas
-heli transporte
---até 2025
-SNA
-NaPCost
Abraço