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AEB 29 Março 2006
Estados Unidos recebem imagens do satélite sino-brasileiro
Uma equipe coordenada pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia) realiza esta semana testes de recepção de imagens do CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), nos Estados Unidos. É a primeira vez que o satélite CBERS-2 transmite suas imagens para um país que não Brasil ou China.
Os testes estão sendo feitos no "EROS Data Center" do U.S.Geological Survey (USGS), órgão do Departamento do Interior dos Estados Unidos, na cidade de Sioux Falls, estado de South Dakota. A missão faz parte da estratégia de internacionalização das imagens CBERS, que vem sendo discutida por Brasil e China. A idéia é comercializar o produto para países interessados, entre eles os Estados Unidos. O Brasil é o maior distribuidor de imagens de satélite do mundo, graças à política de distribuição gratuita implantada em junho de 2004. Até março deste ano, haviam sido distribuídas 200 mil imagens a usuários do território nacional.
Com a falha dos satélites americanos LANDSAT-5 e LANDSAT-7 (que têm características próximas às do CBERS) e as incertezas sobre o futuro do Programa LANDSAT, que é dirigido pelo próprio USGS, diversos países têm demonstrado interesse no programa sino-brasileiro. O Programa CBERS prevê o lançamento de mais três satélites até 2011: CBERS-2B, CBERS-3 e CBERS-4.
O CBERS-2B tem lançamento previsto para 2006 e será uma quase réplica do CBERS-2, que está em órbita e gerando imagens desde outubro de 2003. Assim como este, o CBERS-2B possui três câmeras a bordo: CCD, WFI e HRC. As duas primeiras são câmeras que já voam no CBERS-2, enquanto que a HRC é uma câmera pancromática de alta resolução (2,5 m) que substitui a câmera IRMSS (Infrared Multispectral Scanner).
O Catálogo de Imagens é a interface do sistema com os usuários. Acessado através da Internet (www. http://www.dgi.inpe.br/CDSR/), permite a consulta e solicitação do acervo de imagens disponíveis. As imagens solicitadas são enviadas em poucos minutos, também pela Internet.
"Esta primeira Missão CBERS fora do Brasil é de extrema relevância para o futuro do Programa CBERS, que pretende se internacionalizar, oferecendo dados relevantes para os cientistas e mesmo leigos do mundo inteiro realizarem um melhor monitoramento do sistema terrestre para avaliar as conseqüências das ações humanas sobre o planeta" afirmou o engenheiro do INPE José Bacellar, coordenador das atividades nos Estados Unidos.
Sobre o Programa CBERS
O Programa Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS) teve início em julho de 1988, quando foi assinado um acordo de cooperação entre Brasil e China para o desenvolvimento conjunto de dois satélites de observação da Terra. O programa previa o uso dos recursos financeiros e da capacidade técnica dos dois países para estabelecer um sistema completo de sensoriamento remoto competitivo e compatível com as necessidades de cada um.
Na China, a implementação do Programa CBERS ficou a cargo da CAST (Chinese Academy of Space Technology/Academia Chinesa de Tecnologia Espacial) e no Brasil, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O primeiro satélite, CBERS-1, foi lançado da China em outubro de 1999 e operou com sucesso por quase quatro anos, até agosto de 2003. A vida útil prevista para esse satélite era de dois anos. O segundo satélite, CBERS-2 - uma réplica do CBERS-1, foi lançado em outubro de 2003 e opera com total êxito.
Os dois primeiros satélites da família CBERS estão equipados com três câmeras para observação da superfície do planeta, nas regiões do espectro eletromagnético correspondentes ao infravermelho e ao visível. A câmera CCD fornece imagens de uma faixa de 113 km de largura, com uma resolução de 20 m. A câmera de varredura IRMSS tem quatro faixas espectrais e estende o espectro de observação do CBERS até o infravermelho termal.
O IRMSS produz imagens de uma faixa de 120 km de largura com uma resolução de 80 m (160 m no canal termal). A câmera WFI, de largo campo de visada, produz imagens de uma faixa de 890 km de largura, permitindo a obtenção de cartas-imagens com resolução espacial de 260 m.
Cada satélite foi equipado com um repetidor para coleta de dados, em apoio à operação do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais.
As aplicações das imagens obtidas a partir dos satélites CBERS são as mais variadas, desde mapas de queimadas e desflorestamento da região amazônica, até estudos na área de desenvolvimento urbano nas grandes capitais do país.
Em 2006, está previsto o lançamento do CBERS-2B, com o objetivo de garantir a continuidade do fornecimento das imagens geradas pelo CBERS-2. Paralelamente, serão desenvolvidos os CBERS-3 e CBERS-4, com características mais avançadas do que seus três antecessores. O lançamento do CBERS-3 está previsto para 2008 e o do CBERS-4, para 2010.
Enquanto que na cooperação relativa aos satélites CBERS-1 e CBERS-2 as participações brasileira e chinesa foram de 30% e 70%, respectivamente, no novo acordo a participação brasileira foi ampliada para 50%, igualando a nossa responsabilidade à do lado chinês. O investimento do lado brasileiro para os CBERS-3 e CBERS-4 será da ordem de US$ 150 milhões.
Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambock@brturbo.com.br
Estados Unidos recebem imagens do satélite sino-brasileiro
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Jambocks dixit:
Com a falha dos satélites americanos LANDSAT-5 e LANDSAT-7 (que têm características próximas às do CBERS) e as incertezas sobre o futuro do Programa LANDSAT, que é dirigido pelo próprio USGS, diversos países têm demonstrado interesse no programa sino-brasileiro. O Programa CBERS prevê o lançamento de mais três satélites até 2011: CBERS-2B, CBERS-3 e CBERS-4.
O CBERS-2B tem lançamento previsto para 2006 e será uma quase réplica do CBERS-2, que está em órbita e gerando imagens desde outubro de 2003. Assim como este, o CBERS-2B possui três câmeras a bordo: CCD, WFI e HRC. As duas primeiras são câmeras que já voam no CBERS-2, enquanto que a HRC é uma câmera pancromática de alta resolução (2,5 m) que substitui a câmera IRMSS (Infrared Multispectral Scanner.
Eh, eh, eh.
Tecnologia dual.
Com a falha dos satélites americanos LANDSAT-5 e LANDSAT-7 (que têm características próximas às do CBERS) e as incertezas sobre o futuro do Programa LANDSAT, que é dirigido pelo próprio USGS, diversos países têm demonstrado interesse no programa sino-brasileiro. O Programa CBERS prevê o lançamento de mais três satélites até 2011: CBERS-2B, CBERS-3 e CBERS-4.
O CBERS-2B tem lançamento previsto para 2006 e será uma quase réplica do CBERS-2, que está em órbita e gerando imagens desde outubro de 2003. Assim como este, o CBERS-2B possui três câmeras a bordo: CCD, WFI e HRC. As duas primeiras são câmeras que já voam no CBERS-2, enquanto que a HRC é uma câmera pancromática de alta resolução (2,5 m) que substitui a câmera IRMSS (Infrared Multispectral Scanner.
Eh, eh, eh.
Tecnologia dual.
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"