FRAGATAS "AEGIS" PODEM DEFENDER UMA CIDADE ?
Moderador: Conselho de Moderação
- Rui Elias Maltez
- Sênior
- Mensagens: 13951
- Registrado em: Ter Nov 16, 2004 1:38 pm
- Localização: Sintra, Portugal
- Agradeceram: 1 vez
- Contato:
FRAGATAS "AEGIS" PODEM DEFENDER UMA CIDADE ?
Esta é uma questão e gostaria de ver respondida por quem percebe da matéria:
Sei que pode parecer, e será uma questão meio estranha, e provavelmente muito heterodoxa, para os conceitos militares modernos.
Mas ainda assim, a questão é esta:
Numa cidade costeira, perante um ataque aéreo por parte de uma potência inimiga, e se esse país hipotético não tivesse um sistema de defesa aérea suficientemente forte para defender essa cidade, será que a posse de duas fragatas AEGIS separadas entre si 10 milhas, poderiam através das suas antenas e radares e dos sistemas de armas associados ao AEGIS poder ajudar a defender a cidade desse ataque aéreo, mesmo que de saturação?
Ou seja:
O AEGIS apenas funciona bem no mar aberto, ou as linhas de costa e orografia terrestre poderiam prejudicar a acção e potencialidades do sistema?
Por exemplo:
Uma fragata fundeada no Tejo e outra junto de Cascais poderiam proporconar a Lisboa uma cobertura e defesa aérea suficiente?
Sei que pode parecer, e será uma questão meio estranha, e provavelmente muito heterodoxa, para os conceitos militares modernos.
Mas ainda assim, a questão é esta:
Numa cidade costeira, perante um ataque aéreo por parte de uma potência inimiga, e se esse país hipotético não tivesse um sistema de defesa aérea suficientemente forte para defender essa cidade, será que a posse de duas fragatas AEGIS separadas entre si 10 milhas, poderiam através das suas antenas e radares e dos sistemas de armas associados ao AEGIS poder ajudar a defender a cidade desse ataque aéreo, mesmo que de saturação?
Ou seja:
O AEGIS apenas funciona bem no mar aberto, ou as linhas de costa e orografia terrestre poderiam prejudicar a acção e potencialidades do sistema?
Por exemplo:
Uma fragata fundeada no Tejo e outra junto de Cascais poderiam proporconar a Lisboa uma cobertura e defesa aérea suficiente?
- old
- Sênior
- Mensagens: 1479
- Registrado em: Seg Nov 14, 2005 7:55 am
- Localização: Barcelona, Spain.
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 34 vezes
Re: FRAGATAS "AEGIS" PODEM DEFENDER UMA CIDADE ?
Rui Elias Maltez escreveu:Esta é uma questão e gostaria de ver respondida por quem percebe da matéria:
Sei que pode parecer, e será uma questão meio estranha, e provavelmente muito heterodoxa, para os conceitos militares modernos.
Mas ainda assim, a questão é esta:
Numa cidade costeira, perante um ataque aéreo por parte de uma potência inimiga, e se esse país hipotético não tivesse um sistema de defesa aérea suficientemente forte para defender essa cidade, será que a posse de duas fragatas AEGIS separadas entre si 10 milhas, poderiam através das suas antenas e radares e dos sistemas de armas associados ao AEGIS poder ajudar a defender a cidade desse ataque aéreo, mesmo que de saturação?
Ou seja:
O AEGIS apenas funciona bem no mar aberto, ou as linhas de costa e orografia terrestre poderiam prejudicar a acção e potencialidades do sistema?
Por exemplo:
Uma fragata fundeada no Tejo e outra junto de Cascais poderiam proporconar a Lisboa uma cobertura e defesa aérea suficiente?
Es perfectamente posible y supongo que estara contemplado en diversas doctrinas de uso el utilizar plataformas Aegis para proteger Ciudades o Islas. Algo asi como un escudo antimisiles que controlaria todo el espacio aereo a su alcance y lo protegeria de aeronaves y milises enemigos.
El SM-3 tiene capacidades antibalisticas.
Le pongo un grafico para ilustrar mi explicación donde se muestra la cobertura de un F100 situada en el mediterraneo y su radio de accion, como podra comprobar varios buques de este tipo pueden otorgar un escudo antimisiles.
Un saludo
Devido aos acidentes do terreno como montes, edifícios altos etc a altitude mínima a que os radares podem detectar o aparelho inimigo será bastante maior. Imaginemos por exemplo uma fragata localizada no estuário do Tejo. Se estivermos nela não temos ângulo de visão para ver (mesmo com binóculos) um aparelho a voar a baixa altitude na zona da 2ª circular / colombo, devido aos prédios no caminho e às naturais elevações do terreno. Assim, apesar do radar ter alcance teórico muito maior, na prática nesta situação o seu alcance efectivo contra um alvo a baixa altitude (100m, por exemplo ?, isto é só especulação minha, nem sou de Lisboa ) será bastante reduzido, apenas alguns km ou nem isso.
Por outro lado também tenho a ideia que os radares como o Spy do Aegis ou semelhantes estão fortemente optimizados para missões marítimas, em parâmetros como filtragem do "eco" devolvido pela superfície, efeitos das ondulações etc. Parâmetros estes totalmente diferentes em terra... Não é a toa que os modernos sistemas AAW terrestres são completamente diferentes dos navais.
Portanto, sim é possível, mas contra alvos a voarem a altitudes decentemente baixas ( que é o único método seguro hoje em dia de atacar um navio destes ) terão muitas dificuldades e limitações.
Por outro lado também tenho a ideia que os radares como o Spy do Aegis ou semelhantes estão fortemente optimizados para missões marítimas, em parâmetros como filtragem do "eco" devolvido pela superfície, efeitos das ondulações etc. Parâmetros estes totalmente diferentes em terra... Não é a toa que os modernos sistemas AAW terrestres são completamente diferentes dos navais.
Portanto, sim é possível, mas contra alvos a voarem a altitudes decentemente baixas ( que é o único método seguro hoje em dia de atacar um navio destes ) terão muitas dificuldades e limitações.
- ferrol
- Sênior
- Mensagens: 1144
- Registrado em: Qui Dez 16, 2004 1:11 pm
- Localização: Galicia-España
- Agradeceu: 9 vezes
- Agradeceram: 45 vezes
Sendo curto e conciso:
A un SPY-1D(V) nun ataque desde o mar hacia terra, a partir de 20 metros de altura non se lle escapa nada a menos de 200 millas do radar. Desde terra hacia o mar, dependendo do cuttler terrestre, sí pode colárselle algo a maior altura, segundo haxa cobertura terrrestre ou non.
A un SPY-1D(V) nun ataque desde o mar hacia terra, a partir de 20 metros de altura non se lle escapa nada a menos de 200 millas do radar. Desde terra hacia o mar, dependendo do cuttler terrestre, sí pode colárselle algo a maior altura, segundo haxa cobertura terrrestre ou non.
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55370
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2783 vezes
- Agradeceram: 2456 vezes
ferrol escreveu:Sendo curto e conciso:
A un SPY-1D(V) nun ataque desde o mar hacia terra, a partir de 20 metros de altura non se lle escapa nada a menos de 200 millas do radar. Desde terra hacia o mar, dependendo do cuttler terrestre, sí pode colárselle algo a maior altura, segundo haxa cobertura terrrestre ou non.
Bom, dado o raio de acção em cima mostrado do SPY, então com 2 F-100, uma em Lisboa e outra no Porto, defendia-se Portugal continental inteiro, certo ...até se calhar a P. Ibérica toda!
(se bem que eu não veja o interesse de ter uma F-100 a proteger o Porto... )
Triste sina ter nascido português
Rui, es una pregunta similar a si un Patriot o S-300 puede “defender” una ciudad, pero considerando que el sistema no está optimizado para operar en tierra.
Todo depende de que se quiera proteger, pero tal como dice Spectral, siempre existirán rutas de acercamiento que no solo permitirán el ataque a la ciudad, sino que harán más vulnerable al buque en sí….
En resumen, puede ser una ayuda, pero está muy lejos de ser optima.
Saludos cordiales,
Todo depende de que se quiera proteger, pero tal como dice Spectral, siempre existirán rutas de acercamiento que no solo permitirán el ataque a la ciudad, sino que harán más vulnerable al buque en sí….
En resumen, puede ser una ayuda, pero está muy lejos de ser optima.
Saludos cordiales,
Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
-
- Sênior
- Mensagens: 2470
- Registrado em: Qui Mar 23, 2006 12:01 am
- Localização: portugal:
- Agradeceram: 9 vezes
Interesante tabla Spectral.....
Ese es el llamado "efecto tubo", pero es muy específico y depende mucho de las condiciones admosféricas.
Otras "técnicas" son los de rebote en la admosfera....se consiguen distancias enormes, pero baja resolución.
Saludos cordiales,
Ese es el llamado "efecto tubo", pero es muy específico y depende mucho de las condiciones admosféricas.
Otras "técnicas" son los de rebote en la admosfera....se consiguen distancias enormes, pero baja resolución.
Saludos cordiales,
Chile, fértil provincia y señalada, de la región antártica famosa, que no ha sido por rey jamás regida, ni sus tierras y dominios sometida!!!.
- Rui Elias Maltez
- Sênior
- Mensagens: 13951
- Registrado em: Ter Nov 16, 2004 1:38 pm
- Localização: Sintra, Portugal
- Agradeceram: 1 vez
- Contato:
Portanto, pode ser útil para defender uma cidade ou ilha, mas pode não ser totencializado ao máximo dadas as condições envolventes, como as elevações de terreno à volta.
É isso?
Um sistema AAW terrestre seré sempre muito melhor.
__________________
Eu levantei esta questão, porque no caso concreto português, não temos um sistema de cobertura do território ligado a um sistema de defesa anti-aérea moderno.
Possuimos o Chaparral.
No caso de Portugal adquirir futuramente 2 ou 3 fragatas AEGIS seria vantajoso o custo dessa compra, porque permitiria que Portugal tivesse capacidade de defesa aérea no mar, para escoltas e participações NATO, e ainda poder proporcionar alguma (ainda que porventura limitada) capacidade de defesa nalguns pontos vitais de costa ou nas ilhas?
É isso?
Um sistema AAW terrestre seré sempre muito melhor.
__________________
Eu levantei esta questão, porque no caso concreto português, não temos um sistema de cobertura do território ligado a um sistema de defesa anti-aérea moderno.
Possuimos o Chaparral.
No caso de Portugal adquirir futuramente 2 ou 3 fragatas AEGIS seria vantajoso o custo dessa compra, porque permitiria que Portugal tivesse capacidade de defesa aérea no mar, para escoltas e participações NATO, e ainda poder proporcionar alguma (ainda que porventura limitada) capacidade de defesa nalguns pontos vitais de costa ou nas ilhas?