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UCRÂNIA
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Re: UCRÂNIA
E pensar que há 80 anos havia tropas brasileiras lutando no mesmo continente... parece que não evoluíram tanto assim: sempre precisando de outros pra limpar suas cagadas.
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Re: UCRÂNIA
Mas dessa vez a cobra pode fumar plutônio.EduClau escreveu: Seg Fev 17, 2025 10:08 pm E pensar que há 80 anos havia tropas brasileiras lutando no mesmo continente... parece que não evoluíram tanto assim: sempre precisando de outros pra limpar suas cagadas.
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Re: UCRÂNIA
Menos mau que é o Fritz; se fosse o Françuá, além da choradeira, acenaria com uma bandeira branca.
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Re: UCRÂNIA
Difícil algum dos lados aceitar como força de paz países que estão envolvidos no conflito.EduClau escreveu: Seg Fev 17, 2025 9:33 pm US suggests Brazil, China participate in Ukraine 'peacekeeping force' — report
According to The Economist, Washington believes peace in Ukraine would be better if not only Western troops were present along a ceasefire line
https://tass.com/world/1914411
Sds
Tropas britãnicas não iriam atirar contra ucranianos que violariam o cessar-fogo. Do mesmo modo os iranianos não fariam contra os russos. Numa eventual força de paz, provavelmente ela seria composta por indianos, brasileiros, argentinos, chilenos, uma parcela de países asiáticos que tenha capacidade militar.
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Re: UCRÂNIA
Parece que o Micron não foi à reunião de emergência convocada por ele próprio ![🤣](//cdn.jsdelivr.net/gh/twitter/twemoji@latest/assets/svg/1f923.svg)
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Re: UCRÂNIA
P44 escreveu: Ter Fev 18, 2025 4:20 am Parece que o Micron não foi à reunião de emergência convocada por ele próprio![]()
Sem problemas, parece-me que aí uma cimeira serve sempre apenas para decidir que será preciso outra cimeira para resolver o tema, que naturalmente é averiguar a necessidade de mais cimeiras. Enquanto isso, o povo perde a oportunidade de ver o Mestre das Estratégias a peitar o Zé:
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Re: UCRÂNIA
Isidro de Morais Pereira olhou para os diplomatas russos e para os americanos e acha que os russos dão goleada
O major-general Isidro Morais Pereira não se manifesta muito otimista em relação a um cessar-fogo imediato na Ucrânia. No dia em que os EUA e a Rússia se reúnem na Arábia Saudita, o especialista militar da CNN Portugal prevê "alguma dificuldade" por parte da delegação norte-americana.
Video - https://cnnportugal.iol.pt/videos/isidr ... c1d5f2e1d9
O major-general Isidro Morais Pereira não se manifesta muito otimista em relação a um cessar-fogo imediato na Ucrânia. No dia em que os EUA e a Rússia se reúnem na Arábia Saudita, o especialista militar da CNN Portugal prevê "alguma dificuldade" por parte da delegação norte-americana.
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Re: UCRÂNIA
Ucrânia 2025: meia derrota, meia vitória e reforço da NATO na Europa
![Imagem](https://images.impresa.pt/expresso/2023-04-10-Miguel-Machado.png-8c29d32f-1/1x1/mw-175)
Miguel Machado Tenente-coronel PQ na reforma
A NATO, sem disparar um tiro, teve sucesso na contenção do ataque convencional da Federação Russa em direção ao Ocidente, e está hoje mais capaz de cumprir os objetivos defensivos da democracia que se vive nos Estados-Membros.
Quando a Federação Russa invadiu em larga escala a Ucrânia em Fevereiro de 2022, a generalidade dos observadores, depois de 24 horas antes não acreditarem nessa possibilidade, imaginou uma vitória rápida. As poderosas forças convencionais russas que anualmente víamos desfilar na Praça Vermelha, mostravam ao mundo profissionalismo, material moderno e determinação política no comando. Imaginei mesmo que uma nova “fronteira da liberdade” estava a ser traçada no Flanco Leste da NATO, frágil, algures pela Roménia, Moldávia, Hungria, Chéquia, Polónia e países Bálticos. A Ucrânia e o seu povo cairiam para lá desta nova “cortina de ferro”, o sonho da Europa Ocidental, terminaria. Geórgia e Moldávia, por não serem da NATO, poderiam ser as próximas vítimas a cair sob a alçada do autoritarismo russo que se julgava imparável.
Afinal, os ucranianos quiseram lutar com uma coragem que muitos pensavam impossível, suportados pelo apoio militar (sobretudo) dos países da NATO. A dimensão do empenhamento de alguns dos países da Aliança Atlântica foi enorme e nas mais diversas vertentes. De algumas destas vertentes certamente nem tão cedo saberemos detalhes, mesmo que se possam tentar adivinhar. Também o apoio financeiro do chamado Mundo Ocidental foi enorme, o que conjugado permitiu à Ucrânia sobreviver e conter as forças russas, as quais, mesmo assim, ocupam parte significativa do país, uns 20%.
Esta ocupação, como sabemos, começou em 2014 (Crimeia, Donbass), com 7% de território ocupado e uns milhões de ucranianos a viver debaixo da tutela russa. Assunto pouco referido por cá - mesmo admitindo que parte deles se sintam russos - as condições de vida destes ucranianos transformados em russos, uns há mais de 10 anos, outros desde 2022. É difícil saber, aquelas regiões estão debaixo de férreo controlo do ocupante.
Muitos consideram não ter sido suficiente o apoio militar ocidental. Poderia ser mais significativo e atempado, diz-se. Mas na realidade foram enormes quantidades de material de guerra de diferentes tipologias – dava para equipar totalmente os exércitos de vários países da NATO, o nosso incluído – milhões de toneladas de “consumíveis” e capacidades únicas em termos de informações. Muitos milhares de milhões de euros/dólares saíram do Ocidente. O impacto disso nas nossas economias não deve ser negligenciado.
O salto tecnológico nesta guerra é tremendo, segue naturalmente o padrão de muitos outros conflitos ao longo da história. Também colhem benefícios os países da NATO, as suas forças armadas e indústrias de defesa, dos veículos aéreos não tripulados à ciberguerra, muita coisa mudou, acelerou.
Mas esta guerra veio também provar, à evidência, e com uma brutalidade que no Ocidente muitos nem acreditavam fosse possível neste século, que a capacidade individual do soldado, a sua moral e rusticidade é, continua a ser, como sempre ao longo da história, o factor-chave da vitória, da resistência de um país. O “soldado tecnológico” não é um ser franzino atrás do ecrã – embora também os haja – tem de ser um combatente capaz de resistir, em 2025, a condições de vida que lembram as de Verdun ou La Lys, há mais de 100 anos!
Admitindo que as armas se podem calar, afinal quem ganhou a guerra?
tudo parece indicar que, em breve, o conflito poderá ficar congelado, mesmo que a verdadeira paz fique para…não se adivinha quando. Ucranianos e russos perderam centenas de milhares de militares, a maioria jovens. Uma terrível ferida que vai permanecer por gerações. Muitos outros estropiados para a vida. Cada um dos mortos é uma perda irreparável, neste aspecto são ambos perdedores. Muitos milhões de ucranianos tiveram de abandonar o seu país, outros dentro da Ucrânia as suas terras de sempre, são de longe os maiores perdedores neste aspeto, mesmo que na Rússia também tenha havido alguma deslocação de habitantes. Na Rússia, como na Ucrânia, dezenas (centenas?) de milhares de jovens fugiram ao serviço militar – uns antes da convocação, outros desertaram. Poderão um dia regressar, haverá amnistia ou antes perseguições? São problemas que permanecerão no tempo de ambos os lados.
Se pensarmos nos objetivos iniciais de ambos os países, perderam os dois: um porque queria a Ucrânia integrada na Federação Russa, ou no mínimo dominada; outro porque não só não admitia perder território em 2022 como pretendia voltar às parcelas que os russos já tinham ocupado antes de lançarem o ataque de Fevereiro. Na realidade, não são dois perdedores iguais, a Ucrânia “perde mais” ou mesmo “muito mais”. Vai ficar amputada de parte importante do seu território, perde população e recursos naturais, industriais e agrícolas. Muitas cidades, vilas e aldeias estão destruídas, os problemas com minas/munições e os seus efeitos vão permanecer por muitos anos. A Federação Russa aumenta o seu território com uma área importante – embora parta também com alto grau de destruição, note-se – aumenta a sua população, recursos naturais, industriais e agrícolas e até consolida espaços com real importância estratégica e mesmo historicamente simbólica, como é o caso da Crimeia.
E agora, o que se seguirá?
As Forças Armadas da Ucrânia vão certamente consolidar no futuro próximo um formidável aparelho militar, imagino dos mais competentes exércitos europeus, a sua importância na sociedade ucraniana vai seguramente ser muito relevante. Terá isto influência na democratização do país, imprescindível no seu caminho para a União Europeia? Ou a tentação autoritária poderá voltar? Será difícil tentar prever a reação da sociedade e das suas elites ao desfecho da guerra. Veremos.
A Rússia por seu lado vai continuar com o processo de rearmamento que iniciou e modernizar o seu aparelho militar. Diga o que disser a sua propaganda, esta guerra não foi de molde a deixar uma imagem de competência nas Forças Armadas da Federação Russa e certamente vão querer mudar isso. A guerra de sombras e as interferências nos vizinhos e no Ocidente serão para continuar, ninguém duvide. O regime autoritário, esse parece estar para ficar por muitos anos, mas…nunca se sabe, lembremos a URSS. Veremos.
A NATO, sem disparar um tiro, teve sucesso na contenção do ataque convencional da Federação Russa em direção ao Ocidente, e está hoje mais capaz de cumprir os objetivos defensivos da democracia que se vive nos Estados-Membros; ganha ainda em termos de conhecimento e de material de guerra disponível, o qual está a aumentar significativamente depois de décadas de perigoso desinvestimento; acolheu dois novos países-membros, democracias consolidadas com boas capacidades militares e económicas, e, no caso da Finlândia, com uma extensa fronteira com a Rússia.
Se a NATO – sobretudo os parceiros europeus mais relevantes - mantiver a postura que tem neste momento, a probabilidade da Federação Russa entrar em novas aventuras expansionistas para Ocidente é reduzida. Sabendo que vai ser travada, não avançará. Pelo contrário, se caladas as armas na Ucrânia, a Ocidente se voltar a acreditar que a Rússia é um país como qualquer outro, arriscamos novos 24 de Fevereiro de 2022. Podemos certamente lidar com a Federação Russa em paz, como lidamos com tantas outras autocracias por esse mundo, mas nunca esquecendo a sua natureza.
Estamos sem dúvida numa nova paz armada, à falta de melhor definição, mas nesses tempos que antecederam a 1.ª Guerra Mundial, entre várias outras diferenças, os principais países europeus era rivais e não havia NATO que deve continuar a ser a aliança que evita guerras internas e defesa contra agressões externas. Quanto melhores forem as suas capacidades, maior será o tempo de paz em que todos queremos viver. E isto é naturalmente mais verdade nos pequenos países e mais ainda nos que estão na “fronteira da liberdade”.
Convém ter presente – e isto devia ser matéria escolar – que a paz é sempre, goste-se ou não, um espaço de tempo entre duas guerras. Muitos apostam no desmantelamento da NATO, na sua substituição por outra coisa qualquer, justificando-se com anteriores operações desnecessárias, lideranças políticas polémicas, erros vários. Pois parece-me que o caminho mais seguro é investir na Aliança, torná-la mais capaz de continuar a cumprir a sua missão de defesa da democracia ocidental, o que feitas bem as contas, tem cumprido com sucesso há mais de 75 anos.
https://expresso.pt/opiniao/2025-02-18- ... 1739885620
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A NATO, sem disparar um tiro, teve sucesso na contenção do ataque convencional da Federação Russa em direção ao Ocidente, e está hoje mais capaz de cumprir os objetivos defensivos da democracia que se vive nos Estados-Membros.
Quando a Federação Russa invadiu em larga escala a Ucrânia em Fevereiro de 2022, a generalidade dos observadores, depois de 24 horas antes não acreditarem nessa possibilidade, imaginou uma vitória rápida. As poderosas forças convencionais russas que anualmente víamos desfilar na Praça Vermelha, mostravam ao mundo profissionalismo, material moderno e determinação política no comando. Imaginei mesmo que uma nova “fronteira da liberdade” estava a ser traçada no Flanco Leste da NATO, frágil, algures pela Roménia, Moldávia, Hungria, Chéquia, Polónia e países Bálticos. A Ucrânia e o seu povo cairiam para lá desta nova “cortina de ferro”, o sonho da Europa Ocidental, terminaria. Geórgia e Moldávia, por não serem da NATO, poderiam ser as próximas vítimas a cair sob a alçada do autoritarismo russo que se julgava imparável.
Afinal, os ucranianos quiseram lutar com uma coragem que muitos pensavam impossível, suportados pelo apoio militar (sobretudo) dos países da NATO. A dimensão do empenhamento de alguns dos países da Aliança Atlântica foi enorme e nas mais diversas vertentes. De algumas destas vertentes certamente nem tão cedo saberemos detalhes, mesmo que se possam tentar adivinhar. Também o apoio financeiro do chamado Mundo Ocidental foi enorme, o que conjugado permitiu à Ucrânia sobreviver e conter as forças russas, as quais, mesmo assim, ocupam parte significativa do país, uns 20%.
Esta ocupação, como sabemos, começou em 2014 (Crimeia, Donbass), com 7% de território ocupado e uns milhões de ucranianos a viver debaixo da tutela russa. Assunto pouco referido por cá - mesmo admitindo que parte deles se sintam russos - as condições de vida destes ucranianos transformados em russos, uns há mais de 10 anos, outros desde 2022. É difícil saber, aquelas regiões estão debaixo de férreo controlo do ocupante.
Muitos consideram não ter sido suficiente o apoio militar ocidental. Poderia ser mais significativo e atempado, diz-se. Mas na realidade foram enormes quantidades de material de guerra de diferentes tipologias – dava para equipar totalmente os exércitos de vários países da NATO, o nosso incluído – milhões de toneladas de “consumíveis” e capacidades únicas em termos de informações. Muitos milhares de milhões de euros/dólares saíram do Ocidente. O impacto disso nas nossas economias não deve ser negligenciado.
O salto tecnológico nesta guerra é tremendo, segue naturalmente o padrão de muitos outros conflitos ao longo da história. Também colhem benefícios os países da NATO, as suas forças armadas e indústrias de defesa, dos veículos aéreos não tripulados à ciberguerra, muita coisa mudou, acelerou.
Mas esta guerra veio também provar, à evidência, e com uma brutalidade que no Ocidente muitos nem acreditavam fosse possível neste século, que a capacidade individual do soldado, a sua moral e rusticidade é, continua a ser, como sempre ao longo da história, o factor-chave da vitória, da resistência de um país. O “soldado tecnológico” não é um ser franzino atrás do ecrã – embora também os haja – tem de ser um combatente capaz de resistir, em 2025, a condições de vida que lembram as de Verdun ou La Lys, há mais de 100 anos!
Admitindo que as armas se podem calar, afinal quem ganhou a guerra?
tudo parece indicar que, em breve, o conflito poderá ficar congelado, mesmo que a verdadeira paz fique para…não se adivinha quando. Ucranianos e russos perderam centenas de milhares de militares, a maioria jovens. Uma terrível ferida que vai permanecer por gerações. Muitos outros estropiados para a vida. Cada um dos mortos é uma perda irreparável, neste aspecto são ambos perdedores. Muitos milhões de ucranianos tiveram de abandonar o seu país, outros dentro da Ucrânia as suas terras de sempre, são de longe os maiores perdedores neste aspeto, mesmo que na Rússia também tenha havido alguma deslocação de habitantes. Na Rússia, como na Ucrânia, dezenas (centenas?) de milhares de jovens fugiram ao serviço militar – uns antes da convocação, outros desertaram. Poderão um dia regressar, haverá amnistia ou antes perseguições? São problemas que permanecerão no tempo de ambos os lados.
Se pensarmos nos objetivos iniciais de ambos os países, perderam os dois: um porque queria a Ucrânia integrada na Federação Russa, ou no mínimo dominada; outro porque não só não admitia perder território em 2022 como pretendia voltar às parcelas que os russos já tinham ocupado antes de lançarem o ataque de Fevereiro. Na realidade, não são dois perdedores iguais, a Ucrânia “perde mais” ou mesmo “muito mais”. Vai ficar amputada de parte importante do seu território, perde população e recursos naturais, industriais e agrícolas. Muitas cidades, vilas e aldeias estão destruídas, os problemas com minas/munições e os seus efeitos vão permanecer por muitos anos. A Federação Russa aumenta o seu território com uma área importante – embora parta também com alto grau de destruição, note-se – aumenta a sua população, recursos naturais, industriais e agrícolas e até consolida espaços com real importância estratégica e mesmo historicamente simbólica, como é o caso da Crimeia.
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As Forças Armadas da Ucrânia vão certamente consolidar no futuro próximo um formidável aparelho militar, imagino dos mais competentes exércitos europeus, a sua importância na sociedade ucraniana vai seguramente ser muito relevante. Terá isto influência na democratização do país, imprescindível no seu caminho para a União Europeia? Ou a tentação autoritária poderá voltar? Será difícil tentar prever a reação da sociedade e das suas elites ao desfecho da guerra. Veremos.
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A NATO, sem disparar um tiro, teve sucesso na contenção do ataque convencional da Federação Russa em direção ao Ocidente, e está hoje mais capaz de cumprir os objetivos defensivos da democracia que se vive nos Estados-Membros; ganha ainda em termos de conhecimento e de material de guerra disponível, o qual está a aumentar significativamente depois de décadas de perigoso desinvestimento; acolheu dois novos países-membros, democracias consolidadas com boas capacidades militares e económicas, e, no caso da Finlândia, com uma extensa fronteira com a Rússia.
Se a NATO – sobretudo os parceiros europeus mais relevantes - mantiver a postura que tem neste momento, a probabilidade da Federação Russa entrar em novas aventuras expansionistas para Ocidente é reduzida. Sabendo que vai ser travada, não avançará. Pelo contrário, se caladas as armas na Ucrânia, a Ocidente se voltar a acreditar que a Rússia é um país como qualquer outro, arriscamos novos 24 de Fevereiro de 2022. Podemos certamente lidar com a Federação Russa em paz, como lidamos com tantas outras autocracias por esse mundo, mas nunca esquecendo a sua natureza.
Estamos sem dúvida numa nova paz armada, à falta de melhor definição, mas nesses tempos que antecederam a 1.ª Guerra Mundial, entre várias outras diferenças, os principais países europeus era rivais e não havia NATO que deve continuar a ser a aliança que evita guerras internas e defesa contra agressões externas. Quanto melhores forem as suas capacidades, maior será o tempo de paz em que todos queremos viver. E isto é naturalmente mais verdade nos pequenos países e mais ainda nos que estão na “fronteira da liberdade”.
Convém ter presente – e isto devia ser matéria escolar – que a paz é sempre, goste-se ou não, um espaço de tempo entre duas guerras. Muitos apostam no desmantelamento da NATO, na sua substituição por outra coisa qualquer, justificando-se com anteriores operações desnecessárias, lideranças políticas polémicas, erros vários. Pois parece-me que o caminho mais seguro é investir na Aliança, torná-la mais capaz de continuar a cumprir a sua missão de defesa da democracia ocidental, o que feitas bem as contas, tem cumprido com sucesso há mais de 75 anos.
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Re: UCRÂNIA
cabeça de martelo escreveu: Ter Fev 18, 2025 12:22 pm Ucrânia 2025: meia derrota, meia vitória e reforço da NATO na Europa
Miguel Machado Tenente-coronel PQ na reforma
A NATO, sem disparar um tiro, teve sucesso na contenção do ataque convencional da Federação Russa em direção ao Ocidente, e está hoje mais capaz de cumprir os objetivos defensivos da democracia que se vive nos Estados-Membros.
Quando a Federação Russa invadiu em larga escala a Ucrânia em Fevereiro de 2022, a generalidade dos observadores, depois de 24 horas antes não acreditarem nessa possibilidade, imaginou uma vitória rápida. As poderosas forças convencionais russas que anualmente víamos desfilar na Praça Vermelha, mostravam ao mundo profissionalismo, material moderno e determinação política no comando. Imaginei mesmo que uma nova “fronteira da liberdade” estava a ser traçada no Flanco Leste da NATO, frágil, algures pela Roménia, Moldávia, Hungria, Chéquia, Polónia e países Bálticos. A Ucrânia e o seu povo cairiam para lá desta nova “cortina de ferro”, o sonho da Europa Ocidental, terminaria. Geórgia e Moldávia, por não serem da NATO, poderiam ser as próximas vítimas a cair sob a alçada do autoritarismo russo que se julgava imparável.
Afinal, os ucranianos quiseram lutar com uma coragem que muitos pensavam impossível, suportados pelo apoio militar (sobretudo) dos países da NATO. A dimensão do empenhamento de alguns dos países da Aliança Atlântica foi enorme e nas mais diversas vertentes. De algumas destas vertentes certamente nem tão cedo saberemos detalhes, mesmo que se possam tentar adivinhar. Também o apoio financeiro do chamado Mundo Ocidental foi enorme, o que conjugado permitiu à Ucrânia sobreviver e conter as forças russas, as quais, mesmo assim, ocupam parte significativa do país, uns 20%.
Esta ocupação, como sabemos, começou em 2014 (Crimeia, Donbass), com 7% de território ocupado e uns milhões de ucranianos a viver debaixo da tutela russa. Assunto pouco referido por cá - mesmo admitindo que parte deles se sintam russos - as condições de vida destes ucranianos transformados em russos, uns há mais de 10 anos, outros desde 2022. É difícil saber, aquelas regiões estão debaixo de férreo controlo do ocupante.
Muitos consideram não ter sido suficiente o apoio militar ocidental. Poderia ser mais significativo e atempado, diz-se. Mas na realidade foram enormes quantidades de material de guerra de diferentes tipologias – dava para equipar totalmente os exércitos de vários países da NATO, o nosso incluído – milhões de toneladas de “consumíveis” e capacidades únicas em termos de informações. Muitos milhares de milhões de euros/dólares saíram do Ocidente. O impacto disso nas nossas economias não deve ser negligenciado.
O salto tecnológico nesta guerra é tremendo, segue naturalmente o padrão de muitos outros conflitos ao longo da história. Também colhem benefícios os países da NATO, as suas forças armadas e indústrias de defesa, dos veículos aéreos não tripulados à ciberguerra, muita coisa mudou, acelerou.
Mas esta guerra veio também provar, à evidência, e com uma brutalidade que no Ocidente muitos nem acreditavam fosse possível neste século, que a capacidade individual do soldado, a sua moral e rusticidade é, continua a ser, como sempre ao longo da história, o factor-chave da vitória, da resistência de um país. O “soldado tecnológico” não é um ser franzino atrás do ecrã – embora também os haja – tem de ser um combatente capaz de resistir, em 2025, a condições de vida que lembram as de Verdun ou La Lys, há mais de 100 anos!
Admitindo que as armas se podem calar, afinal quem ganhou a guerra?
tudo parece indicar que, em breve, o conflito poderá ficar congelado, mesmo que a verdadeira paz fique para…não se adivinha quando. Ucranianos e russos perderam centenas de milhares de militares, a maioria jovens. Uma terrível ferida que vai permanecer por gerações. Muitos outros estropiados para a vida. Cada um dos mortos é uma perda irreparável, neste aspecto são ambos perdedores. Muitos milhões de ucranianos tiveram de abandonar o seu país, outros dentro da Ucrânia as suas terras de sempre, são de longe os maiores perdedores neste aspeto, mesmo que na Rússia também tenha havido alguma deslocação de habitantes. Na Rússia, como na Ucrânia, dezenas (centenas?) de milhares de jovens fugiram ao serviço militar – uns antes da convocação, outros desertaram. Poderão um dia regressar, haverá amnistia ou antes perseguições? São problemas que permanecerão no tempo de ambos os lados.
Se pensarmos nos objetivos iniciais de ambos os países, perderam os dois: um porque queria a Ucrânia integrada na Federação Russa, ou no mínimo dominada; outro porque não só não admitia perder território em 2022 como pretendia voltar às parcelas que os russos já tinham ocupado antes de lançarem o ataque de Fevereiro. Na realidade, não são dois perdedores iguais, a Ucrânia “perde mais” ou mesmo “muito mais”. Vai ficar amputada de parte importante do seu território, perde população e recursos naturais, industriais e agrícolas. Muitas cidades, vilas e aldeias estão destruídas, os problemas com minas/munições e os seus efeitos vão permanecer por muitos anos. A Federação Russa aumenta o seu território com uma área importante – embora parta também com alto grau de destruição, note-se – aumenta a sua população, recursos naturais, industriais e agrícolas e até consolida espaços com real importância estratégica e mesmo historicamente simbólica, como é o caso da Crimeia.
E agora, o que se seguirá?
As Forças Armadas da Ucrânia vão certamente consolidar no futuro próximo um formidável aparelho militar, imagino dos mais competentes exércitos europeus, a sua importância na sociedade ucraniana vai seguramente ser muito relevante. Terá isto influência na democratização do país, imprescindível no seu caminho para a União Europeia? Ou a tentação autoritária poderá voltar? Será difícil tentar prever a reação da sociedade e das suas elites ao desfecho da guerra. Veremos.
A Rússia por seu lado vai continuar com o processo de rearmamento que iniciou e modernizar o seu aparelho militar. Diga o que disser a sua propaganda, esta guerra não foi de molde a deixar uma imagem de competência nas Forças Armadas da Federação Russa e certamente vão querer mudar isso. A guerra de sombras e as interferências nos vizinhos e no Ocidente serão para continuar, ninguém duvide. O regime autoritário, esse parece estar para ficar por muitos anos, mas…nunca se sabe, lembremos a URSS. Veremos.
A NATO, sem disparar um tiro, teve sucesso na contenção do ataque convencional da Federação Russa em direção ao Ocidente, e está hoje mais capaz de cumprir os objetivos defensivos da democracia que se vive nos Estados-Membros; ganha ainda em termos de conhecimento e de material de guerra disponível, o qual está a aumentar significativamente depois de décadas de perigoso desinvestimento; acolheu dois novos países-membros, democracias consolidadas com boas capacidades militares e económicas, e, no caso da Finlândia, com uma extensa fronteira com a Rússia.
Se a NATO – sobretudo os parceiros europeus mais relevantes - mantiver a postura que tem neste momento, a probabilidade da Federação Russa entrar em novas aventuras expansionistas para Ocidente é reduzida. Sabendo que vai ser travada, não avançará. Pelo contrário, se caladas as armas na Ucrânia, a Ocidente se voltar a acreditar que a Rússia é um país como qualquer outro, arriscamos novos 24 de Fevereiro de 2022. Podemos certamente lidar com a Federação Russa em paz, como lidamos com tantas outras autocracias por esse mundo, mas nunca esquecendo a sua natureza.
Estamos sem dúvida numa nova paz armada, à falta de melhor definição, mas nesses tempos que antecederam a 1.ª Guerra Mundial, entre várias outras diferenças, os principais países europeus era rivais e não havia NATO que deve continuar a ser a aliança que evita guerras internas e defesa contra agressões externas. Quanto melhores forem as suas capacidades, maior será o tempo de paz em que todos queremos viver. E isto é naturalmente mais verdade nos pequenos países e mais ainda nos que estão na “fronteira da liberdade”.
Convém ter presente – e isto devia ser matéria escolar – que a paz é sempre, goste-se ou não, um espaço de tempo entre duas guerras. Muitos apostam no desmantelamento da NATO, na sua substituição por outra coisa qualquer, justificando-se com anteriores operações desnecessárias, lideranças políticas polémicas, erros vários. Pois parece-me que o caminho mais seguro é investir na Aliança, torná-la mais capaz de continuar a cumprir a sua missão de defesa da democracia ocidental, o que feitas bem as contas, tem cumprido com sucesso há mais de 75 anos.
https://expresso.pt/opiniao/2025-02-18- ... 1739885620
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- Suetham
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Re: UCRÂNIA
O The Sunday Times apresentou um infográfico visual comparando os principais indicadores militares dos EUA, Rússia e Europa.
![Imagem](https://i.postimg.cc/SsHDbN0S/photo-2025-02-16-12-31-46.jpg)
O gráfico mostra os recursos financeiros, humanos e nucleares. Segundo a publicação, a Europa é significativamente inferior à Rússia e aos Estados Unidos em potencial nuclear e também enfrenta escassez de pessoal, apesar de um orçamento militar geral maior.
Gasto: Os gastos combinados com defesa da UE excedem os da Rússia, mas são distribuídos de forma desigual, o que dificulta seu uso operacional.
Pessoal: Apesar da vantagem numérica em população, a Europa é inferior à Rússia no número de militares profissionais.
Potencial nuclear: a Rússia tem um arsenal nuclear significativamente maior, enquanto a Europa o concentra apenas na França e parcialmente na Grã-Bretanha.
Neste contexto, a ideia de criar um exército europeu único parece controversa. Só que esses dados estão incoerentes.
Fontes:
https://www.imf.org/external/datamapper ... C/WEOWORLD
https://www.nato.int/nato_static_fl2014 ... 024-en.pdf
The Military Balance 2024
1) Alemanha -
População: 83,408,554
PIB: US$4.92 tri
PIB PPC: US$6.1 tri
Gasto Militar: 2.12% do PIB = US$104 bi
Gasto Militar PPC: 2.12% do PIB = US$129 bi
ACTIVE 181,000 (Army 61,900 Navy 15,550 Air 26,650 Joint Support Service 22,450 Joint Medical Service 20,050 Cyber 13,950 Other 20,450)/RESERVE 34,750 (Army 7,600 Navy 1,800 Air 4,150 Joint Support Service 13,700 Joint Medical Service 4,450 Cyber 1,650 Other 1,400)
2) Reino Unido -
População: 67,281,039
PIB: US$3.73 tri
PIB PPC: US$4.4 tri
Gasto Militar: 2.33% do PIB = US$87 bi
Gasto Militar PPC: 2.33% do PIB = US$102 bi
ACTIVE 144,400 (Army 80,350 Navy 32,350 Air 31,700)/RESERVE 70,650 (Regular Reserve 35,550 (Army 22,650, Navy 6,200, Air 6,700)/Volunteer Reserve 35,100 (Army 26,750, Navy 3,350, Air 3,050)/Sponsored Reserve 1,950
3) França -
População: 64,531,444
PIB: US$3.28 tri
PIB PPC: US$4.4 tri
Gasto Militar: 2.06% do PIB = US$67.5 bi
Gasto Militar PPC: 2.06% do PIB = US$90 bi
ACTIVE 203,850 (Army 113,800 Navy 34,650 Air 40,200, Other Staffs 15,200)/Gendarmerie & Paramilitary 95,100/RESERVE 37,300 (Army 22,550 Navy 4,900 Air
5,000 Other Staffs 4,850)/Gendarmerie & Paramilitary 31,500
4) Itália -
População: 59,240,329
PIB: US$2.46 tri
PIB PPC: US$3.6 tri
Gasto Militar: 1.49% do PIB = US$36 bi
Gasto Militar PPC: 1.49% do PIB = US$53 bi
ACTIVE 160,900 (Army 94,300 Navy 27,900 Air 38,700)/Gendarmerie & Paramilitary 178,600/RESERVES 14,500
5) Espanha -
População: 47,486,935
PIB: US$1.83 tri
PIB PPC: US$2.7 tri
Gasto Militar: 1.28% do PIB = US$23 bi
Gasto Militar PPC: 1.28% do PIB = US$34 bi
ACTIVE 124,150 (Army 71,900 Navy 20,500 Air 20,350 Joint 11,400)/Gendarmerie & Paramilitary 80,000/RESERVE 14,500 (Army 8,550 Navy 2,900 Air 2,550 Other 500)/Gendarmerie & Paramilitary 6,950
6) Turquia -
População: 84,775,404
PIB: US$1.46 tri
PIB PPC: US$3.6 tri
Gasto Militar: 2.09% do PIB = US$30 bi
Gasto Militar PPC: 2.09% do PIB = US$75 bi
ACTIVE 355,200 (Army 260,200 Navy 45,000 Air 50,000)/Gendarmerie & Paramilitary 156,800/RESERVE 378,700 (Army 258,700 Navy 55,000 Air 65,000)
7) Holanda -
População: 17,501,696
PIB: US$1.27 tri
PIB PPC: US$1.5 tri
Gasto Militar: 2.05% do PIB = US$26 bi
Gasto Militar PPC: 2.05% do PIB = US$31 bi
ACTIVE 33,600 (Army 15,350 Navy 7,350 Air 6,400 Other 4,500)/Military Constabulary 6,500/RESERVE 6,000 (Army 3,900 Navy 1,100 Air 800 Other 200)/Military Constabulary 300
8) Polônia -
População: 38,307,726
PIB: US$915 bi
PIB PPC: US$1.9 tri
Gasto Militar: 4.12% do PIB = US$37 bi
Gasto Militar PPC: 4.12% do PIB = US$82 bi
ACTIVE 100,400 (Army 71,350 Navy 6,150 Air Force 15,000 Special Forces 3,250 Territorial 4,650)/Gendarmerie & Paramilitary 14,300/RESERVE 32,450
9) Bélgica -
População: 11,611,419
PIB: US$690 bi
PIB PPC: US$889 bi
Gasto Militar: 1.34% do PIB = US$9.2 bi
Gasto Militar PPC: 1.34% do PIB = US$12 bi
ACTIVE 22,900 (Army 8,500 Navy 1,400 Air 4,600 Medical Service 1,450 Joint Service 6,950)/RESERVE 5,900
10) Suécia -
População: 10,467,097
PIB: US$638 bi
PIB PPC: US$795 bi
Gasto Militar: 2.14% do PIB = US$13 bi
Gasto Militar PPC: 2.14% do PIB = US$17 bi
ACTIVE 14,850 (Army 6,850 Navy 2,350 Air 2,700 Other 2,950)/Voluntary Auxiliary Organisations 21,500
11) Noruega -
População: 5,403,021
PIB: US$506 bi
PIB PPC: US$597 bi
Gasto Militar: 2.20% do PIB = US$11 bi
Gasto Militar PPC: 2.20% do PIB = US$13 bi
ACTIVE 25,400 (Army 8,300 Navy 4,600 Air 4,300 Central Support 7,400 Home Guard 800)/RESERVE 40,000
12) Dinamarca -
População: 5,854,240
PIB: US$431 bi
PIB PPC: US$514 bi
Gasto Militar: 2.37% do PIB = US$10.2 bi
Gasto Militar PPC: 2.37% do PIB = US$12 bi
ACTIVE 15,400 (Army 8,000 Navy 2,250 Air 3,000 Joint 2,150)/RESERVES 44,200 (Army 34,400 Navy 5,300 Air Force 4,500)
13) Romênia -
População: 19,328,560
PIB: US$406 bi
PIB PPC: US$940 bi
Gasto Militar: 2.25% do PIB = US$9.1 bi
Gasto Militar PPC: 2.25% do PIB = US$21 bi
ACTIVE 69,900 (Army 35,500 Navy 5,200 Air 11,700 Joint 17,500)/Gendarmerie & Paramilitary 57,000/RESERVE 55,000
14) República Tcheca -
População: 10,510,751
PIB: US$360 bi
PIB PPC: US$645 bi
Gasto Militar: 2.10% do PIB = US$7.5 bi
Gasto Militar PPC: 2.10% do PIB = US$13 bi
ACTIVE 26,600 (Army 14,700 Air 5,850 Other 6,050)
15) Portugal -
População: 10,290,103
PIB: US$320 bi
PIB PPC: US$529 bi
Gasto Militar: 1.55% do PIB = US$4.9 bi
Gasto Militar PPC: 1.55% do PIB = US$8.2 bi
ACTIVE 26,050 (Army 13,350 Navy 6,750 Air 5,950)/Gendarmerie & Paramilitary 22,600/RESERVE 23,500 (Army 10,000 Navy 9,000, Air Force 4,500)/Gendarmerie & Paramilitary 220
16) Finlândia -
População: 5,619,399
PIB: US$320 bi
PIB PPC: US$375 bi
Gasto Militar: 2.41% do PIB = US$7.7 bi
Gasto Militar PPC: 2.41% do PIB = US$9 bi
ACTIVE 23,850 (Army 17,400 Navy 3,150 Air 3,300)/Gendarmerie & Paramilitary 2,900/RESERVE 233,000 (Army 180,000 Navy 24,000 Air 29,000)/Gendarmerie & Paramilitary 12,000
17) Grécia -
População: 10,445,365
PIB: US$265 bi
PIB PPC: US$453 bi
Gasto Militar: 3.08% do PIB = US$8.1 bi
Gasto Militar PPC: 3.08% do PIB = US$14 bi
ACTIVE 132,200 (Army 93,500 Navy 16,700 Air 22,000)/Gendarmerie & Paramilitary 7,400/RESERVE 289,000 (Army 248,900 Navy 6,100 Air 34,000)
18) Hungria -
População: 9,709,786
PIB: US$245 bi
PIB PPC: US$469 bi
Gasto Militar: 2.11% do PIB = US$5.1 bi
Gasto Militar PPC: 2.11% do PIB = US$10 bi
ACTIVE 32,150 (Army 10,450 Air 5,750 Joint 15,950)/RESERVE 20,000
19) Eslováquia -
População: 5,447,622
PIB: US$152 bi
PIB PPC: US$256 bi
Gasto Militar: 2.0% do PIB = US$3 bi
Gasto Militar PPC: 2.0% do PIB = US$5 bi
ACTIVE 17,850 (Army 10,450 Air 4,400 Special Forces 1,200 Central Staff 1,800)
20) Bulgária -
População: 6,885,868
PIB: US$115 bi
PIB PPC: US$259 bi
Gasto Militar: 2.18% do PIB = US$2.5 bi
Gasto Militar PPC: 2.18% do PIB = US$5.6 bi
ACTIVE 36,950 (Army 17,000 Navy 4,450 Air 8,500 Central Staff 7,000)/RESERVE 3,000
21) Luxermburgo -
População: 639,321
PIB: US$97 bi
PIB PPC: US$106 bi
Gasto Militar: 1.29% do PIB = US$1.2 bi
Gasto Militar PPC: 1.29% do PIB = US$1.3 bi
ACTIVE 900 (Army 900)/Gendarmerie & Paramilitary 600
22) Croácia -
População: 4,060,135
PIB: US$96 bi
PIB PPC: US$196 bi
Gasto Militar: 1.81% do PIB = US$1.7 bi
Gasto Militar PPC: 1.81% do PIB = US$3.5 bi
ACTIVE 16,800 (Army 7,800 Navy 1,650 Air 1,600 Joint 5,750)/RESERVE 21,000 (Army 21,000)
23) Lituânia -
População: 2,786,651
PIB: US$88 bi
PIB PPC: US$161 bi
Gasto Militar: 2.85% do PIB = US$2.5 bi
Gasto Militar PPC: 2.85% do PIB = US$4.5 bi
ACTIVE 25,300 (Army 16,100 Navy 800 Air 1,700 Other 6,700)/RESERVE 7,100 (Army 7,100)
24) Eslovênia -
População: 2,119,410
PIB: US$77 bi
PIB PPC: US$123 bi
Gasto Militar: 1.29% do PIB = US$993 milhões
Gasto Militar PPC: 1.29% do PIB = US$1.5 bi
ACTIVE 6,400 (Army 6,400)/RESERVE 750 (Army 750)
25) Letônia -
População: 1,873,919
PIB: US$48 bi
PIB PPC: US$85 bi
Gasto Militar: 3.15% do PIB = US$1.5 bi
Gasto Militar PPC: 3.15% do PIB = US$2.6 bi
ACTIVE 6,600 (Army 1,500 Navy 500 Air 500 Joint Staff 2,400 National Guard 1,400 Other 300)/RESERVE 16,000 (National Guard 10,000 Other 6,000)
26) Estônia -
População: 1,328,701
PIB: US$45 bi
PIB PPC: US$67 bi
Gasto Militar: 3.43% do PIB = US$1.5 bi
Gasto Militar PPC: 3.43% do PIB = US$2.3 bi
ACTIVE 7,100 (Army 3,750 Navy 450 Air 400 Other 2,500)/RESERVE 41,200 (Defence League 21,200; Joint 20,000)
27) Islândia -
População: 370,335
PIB: US$35 bi
PIB PPC: US$31 bi
Gasto Militar: -
Gasto Militar PPC: -
ACTIVE NIL Gendarmerie & Paramilitary 250
28) Albânia -
População: 2,854,710
PIB: US$28 bi
PIB PPC: US$61 bi
Gasto Militar: 2.03% do PIB = US$568 milhões
Gasto Militar PPC: 2.03% do PIB = US$1.2 bi
ACTIVE 7,500 (Land Force 2,350 Naval Force 700 Air Force 650 Support Command 1,650 Other 2,150)
29) Macedônia do Norte -
População: 2,103,330
PIB: US$17 bi
PIB PPC: US$52 bi
Gasto Militar: 2.22% do PIB = US$377 milhões
Gasto Militar PPC: 2.22% do PIB = US$1.1 bi
ACTIVE 8,000 (Army 8,000)/Gendarmerie & Paramilitary 7,600/RESERVE 4,850
30) Montenegro -
População: 627,859
PIB: US$8.8 bi
PIB PPC: US$21 bi
Gasto Militar: 2.02% do PIB = US$177 milhões
Gasto Militar PPC: 2.02% do PIB = US$424 milhões
ACTIVE 2,885 (Army 1,850 Navy 310 Air Force 225 Other 500)/Gendarmerie & Paramilitary 4,100/RESERVE 2,800
OTAN na Europa -
População: 592.870.729
PIB: US$24.8 tri
PIB PPC: US$35.5 tri
Gasto Militar: US$512 bi
Gasto Militar PPC: US$754 bi
Forças Ativas/Paramilitares: 2.420.735
Forças Reserva: 1.484.170
Rússia -
População: 144.298.065
PIB: US$2.2 tri
PIB PPC: US$7.1 tri
Gasto Militar: 5.9% do PIB = US$130 bi
Gasto Militar PPC: 5.9% do PIB = US$420 bi
ACTIVE 1,100,000 (Army 500,000 Navy 140,000 Air 165,000 Strategic Rocket Force 50,000 Airborne 35,000 Special Operations Forces 1,000 Railway Forces 29,000 Command and Support 180,000)/Gendarmerie & Paramilitary 559,000/RESERVE 1,500,000 (all arms)
Comparativo -
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Vale destacar que não estão inclusos nem EUA e nem Canadá, apenas a OTAN da Europa.
EUA -
População: 340,110,988
PIB: US$30.3 tri
PIB PPC: US$30.3 tri
Gasto Militar: 3.38% do PIB = US$1 tri
Gasto Militar PPC: 3.38% do PIB = US$1 tri
ACTIVE 1,326,050 (Army 452,750 Navy 334,400 Air Force 319,500 Space Force 8,850 US Marine Corps 170,800 US Coast Guard 39,750)/RESERVE 806,700 (Army 501,250 Navy 94,800 Air Force 171,250 Marine Corps Reserve 33,200 US Coast Guard 6,200)
Canadá -
População: 38,155,012
PIB: US$2.33 tri
PIB PCC: US$2.69 tri
Gasto Militar: 1.37% do PIB = US$31.9 bi
Gasto Militar PPC: 1.37% do PIB = US$36 bi
ACTIVE 62,300 (Army 22,500 Navy 8,400 Air Force 12,100 Other 19,300)/Gendarmerie & Paramilitary 5,800/RESERVE 31,600 (Army 24,000 Navy 4,100 Air 2,000
Other 1,500)
Temos aqui o peso de um continente contra um único país, ou talvez dois se juntar a Belarus, a Europa com mais população, com mais PIB, seja nominal ou PPC, com mais gasto militar, tanto nominal quanto em PCC, mais forças militares ativas e com apenas uma pequena inferioridade insignificante no número de reservistas em relação ao principal inimigo, a Rússia. A Europa é capaz de se defender sem a dependência americana, basta querer, o único problema é que os políticos europeus passam mais tempo reclamando e chorando do que efetivamente tentando encontrar soluções para os problemas inerentes na arquitetura de segurança da Europa.
Vale destacar que a fase de tensões entre EUA e Europa se iniciaram no primeiro mandato do Trompete, governando entre 2017-2020, estamos no ano de 2025, passado 8 anos desde a primeira escalada de tensões, com uma invasão russa na Ucrânia no meio desse período, a Europa ainda não fez muita coisa em termos referentes a independência de segurança no continente. Vale destacar aqui, o mundo já naquela época parecia cada vez mais instável, além da falta de confiabilidade americana, o Oriente Médio já estava se tornando cada vez mais instável, a Rússia estava se tornando cada vez mais ameaçadora e a invasão provou essa ameaça e a África estava se tornando cada vez mais lotada. Tudo isso só aumentou desde então. 8 anos depois ainda estamos aqui, discutindo a dependência americana da Europa para a defesa e segurança do continente, deve ser por esse motivo de incapacidade da Europa de lidar com essas questões de forma credível que é a parte fundamental do motivo pelo qual seu povo perdeu a confiança nela.
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Re: UCRÂNIA
Ah se isso for verdade...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: UCRÂNIA
Sim, sim, nunca ouviste falar de Forças de manutenção da paz? O senhor Tenente-coronel Miguel Machado foi dos primeiros a ir para a Bósnia, pergunta-lhe a ele como é.
PS: Maria Vieira como fonte...
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Re: UCRÂNIA
cabeça de martelo escreveu: Ter Fev 18, 2025 2:46 pm Sim, sim, nunca ouviste falar de Forças de manutenção da paz? O senhor Tenente-coronel Miguel Machado foi dos primeiros a ir para a Bósnia, pergunta-lhe a ele como é.
PS: Maria Vieira como fonte...
Esta charla de FT Europeia não é de hoje nem deste ano (sei que sabes mas aparentemente preferes fazer de conta que não) e não tem nada a ver com "capacetes azuis" (idem), apenas precisa do "guarda-chuva" americano ou não tem como (ibidem), mas o Zé mudou a equação (id ibidem).
Mas OK, se não fosse a M'ria eu de nada s'b'ria (ei, rimou
).
Mas OK, se não fosse a M'ria eu de nada s'b'ria (ei, rimou
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