UCRÂNIA
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Re: UCRÂNIA
Mais de 315 mil soldados perdidos e um retrocesso militar de 15 anos: documentos desclassificados mostram como a Rússia não consegue avançar na Ucrânia
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https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucran ... 1fc0badddd
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Re: UCRÂNIA
Esta dizendo que os ucranianos estão construindo linhas de defesa tentando imitar as linhas de defesas russas.
Ucranianos questionam os discursos “rosados” de Volodymyr Zelenskyy
11 de dezembro de 2023
Durante mais de 650 dias consecutivos, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy fez pelo menos um discurso em vídeo à nação – elogiando as suas tropas, celebrando os avanços ao longo das linhas da frente e reafirmando a determinação face à agressão russa.
A mensagem é sempre “estamos avançando”, com o objetivo de manter o otimismo no país e no exterior, segundo três pessoas familiarizadas com a estratégia de comunicação. A política é aplicada em todos os níveis estaduais, desde ministérios e administrações locais até comandantes militares, e inclui censura estrita de más notícias, como o número de vítimas ucranianas ou ataques russos bem-sucedidos.
Mas com a Ucrânia a registar poucas conquistas militares este ano e o apoio ocidental a vacilar, a estratégia de comunicações está a criar um fosso entre a administração presidencial e a liderança militar, dizem responsáveis das forças armadas, antigos funcionários presidenciais e estrategas de comunicação.
“Precisamos adicionar mais realismo . . . e temos de ser tão corajosos quanto fomos em 24 de Fevereiro [2022]”, disse uma pessoa ligada à estratégia de comunicação presidencial em referência ao dia em que a Rússia iniciou a sua invasão em grande escala da Ucrânia.
Os rivais políticos começaram a criticar abertamente Zelenskyy, com o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, recentemente a acusar o presidente de autoritarismo e até a compará-lo ao líder russo Vladimir Putin.
Entretanto, os líderes militares argumentaram que a lacuna entre as mensagens oficiais e a situação no terreno já não é convincente e, portanto, não motiva os ucranianos ou os parceiros ocidentais do país.
Comandante-geral das forças armadas ucranianas observa um momento de silêncio após colocar uma vela na estátua da criança
Mas Zelenskyy vê uma mensagem optimista como a única forma de tranquilizar os que duvidam da Ucrânia no Ocidente e de reforçar a confiança das empresas ucranianas, uma fonte vital de receitas fiscais para o esforço de guerra.
“Se formos pessimistas, podemos esperar que [as pessoas] parem de desenvolver os seus negócios na Ucrânia e parem de pagar impostos, e não teremos dinheiro suficiente para continuar a lutar”, disse um responsável.
As diferenças surgiram no mês passado, quando o principal general da Ucrânia, Valeriy Zaluzhnyi, disse ao The Economist que a guerra terrestre estava num “impasse” – uma palavra tabu em Kiev, apesar do facto de as linhas da frente no leste da Ucrânia mal terem se movido desde a invasão do país. a contra-ofensiva começou em junho.
A franqueza de Zaluzhnyi surpreendeu muitos ucranianos, e alguns líderes ocidentais até telefonaram para Kiev para perguntar o que isso significava e se as negociações eram agora uma prioridade, segundo o responsável.
Iryna Zolotar, conselheira e chefe de comunicações do ex-ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, disse que a estratégia de otimismo funcionou inicialmente, ajudando os ucranianos a acreditarem em si mesmos e na sua capacidade de resistir à invasão.
Mas criou agora uma narrativa confusa onde “as expectativas são exageradas e não correspondem à situação real”, disse Zolotar. Artigos da mídia descrevendo as coisas como “não tão boas” quanto a linha oficial foram considerados falsos, disse ela. Em vez disso, o governo precisava de demonstrar “realismo equilibrado”.
“Para que a sociedade não construa castelos no ar e tire os óculos rosa . . . é preciso parar de ter medo de falar a verdade”, afirmou. “Essa vitória virá com dificuldade, que é uma maratona e é longa e exaustiva.”
Zolotar disse que a estratégia actual deixou o público no Ocidente a perguntar por que deveriam contribuir com o dinheiro dos seus contribuintes se a Ucrânia estava sempre “prestes a vencer”.
Outros conselheiros de comunicação dizem que a estratégia protege os ucranianos e a opinião pública ocidental da urgência da situação e mina a confiança.
“Às vezes a luta – comunicar o que está acontecendo na vida real – conta mais do que apenas uma bela foto da luta”, disse um ex-funcionário sênior.
Um exemplo foi o uso frequente de “contrapropaganda” pela Ucrânia durante a batalha de 10 meses pela cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, disse o ex-funcionário. Isto reflectia as tácticas russas na tentativa de manter uma imagem de sucesso, enquanto os parceiros ocidentais diziam a Kiev que Bakhmut não valia a pena as enormes perdas.
Os canais oficiais do Telegram e outras redes sociais marcaram a luta com slogans como “Fortaleza Bakhmut” e “inquebrável” Bakhmut – que desapareceram dias antes de a Rússia declarar vitória em maio. Zelenskyy nunca reconheceu oficialmente a retirada da Ucrânia de Bakhmut e, em Junho, o Ministério da Defesa apresentou os contínuos ataques ucranianos a partir da periferia da cidade como prova de que não tinha perdido a batalha.
O pacote de comunicações encobriu “os incríveis níveis de exaustão, o sofrimento de milhares de famílias, o enorme número de mortes diárias, a tensão e a dúvida”, disse o antigo funcionário. Ao encobrir as más notícias, a visão do exterior era a de “dois propagandistas combatendo narrativas de propaganda”.
As notícias sobre a guerra chegaram ao público ucraniano através das redes sociais e do boca-a-boca, apesar da censura, disse Oksana Romaniuk, diretora do Instituto de Informação de Massa da Ucrânia, uma organização de monitorização dos meios de comunicação.
“Quase todas as pessoas na Ucrânia têm familiares ou amigos que lutaram ou que sofreram diretamente com a guerra”, disse Romaniuk. “Se não houver informações negativas, isso matará a confiança no governo.”
Romaniuk destacou a diminuição das audiências do “Teleton” nacional da Ucrânia – boletins de notícias aprovados pelo governo e transmitidos pelos principais canais – bem como uma sondagem recente do Instituto Republicano Internacional, com sede nos EUA, que mostrou um declínio do apoio a Zelenskyy.
Maryna Brylova, uma professora de língua ucraniana de 61 anos, disse que não assistia ao Teleton desde os primeiros dias da invasão, mas compreendia a necessidade do presidente de galvanizar a nação.
“Acho que pertenço [aqueles] que gostariam de receber notícias positivas, mas é impossível viver sem realidade”, disse ela.
Fonte: Financial Times
https://westobserver.com/business/ukrai ... -speeches/
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Re: UCRÂNIA
cabeça de martelo escreveu: ↑Qua Dez 13, 2023 6:46 am Mais de 315 mil soldados perdidos e um retrocesso militar de 15 anos: documentos desclassificados mostram como a Rússia não consegue avançar na Ucrânia
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Verdade, Mariinka não caiu hoje, nem tá tudo colapsando...
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Re: UCRÂNIA
Te parabenizo por ainda ter a paciência kkkk.
Os caras estão fabricando T-90M e modernizando tudo que eles tem, nada mais de pé-de-bói, basicamente os primeiros VBCs com sistema de GE anti-drone em combate, novos drones, novos armamentos...
Nem é opinião minha, mas até de membros da OTAN (Áustria, República Tcheca e Polônia), não apenas a SV, mas a VDV, VKS, MPR e VMF são muito superiores ao que eram a um ano atrás, não só quanto a equipamento, mas algo que os Russos nunca tiveram: integração. Na ofensiva da AFU em Zaporizhzhia, vimos defesa coordenada entre SV, MPR e VKS, com apoio de mísseis de cruzeiro da Frota do Mar-Negro (VMF), contra HUBs em Orikhiv, Zaporizhzhia e Povrosk, isso nunca existiu para os Russos. Agora em Avdiinvka, estão integrando a VKS com o 1AK (Exército da DPR) e a PMC Wagner, algo que só vejo o EUA fazendo bem hoje em dia.
Aliás, esse avanço forte ao Sul de Mariinka já era bola cantada (viewtopic.php?p=5645233#p5645233), os Russos vão querer avançar contra Vuhledar - hoje a principal fortaleza da AFU em Donetsk, fora Avdiinvka - pelo Norte, onde a AFU não tem defesas preparadas e prepare-se para ocorrer o mesmo pós-Avdiinvka.
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Re: UCRÂNIA
Rússia adverte com retaliações se for atacada a partir de bases da NATO
O Governo russo alertou hoje que vai retaliar no caso de ser atacada por caças F-16 ao serviço da Ucrânia a partir de bases da NATO em países-membros da Aliança Atlântica.
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... es-da-nato
O Governo russo alertou hoje que vai retaliar no caso de ser atacada por caças F-16 ao serviço da Ucrânia a partir de bases da NATO em países-membros da Aliança Atlântica.
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Triste sina ter nascido português
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Re: UCRÂNIA
Que povos bem estranhos: os UKIES fizeram de conta que retomaram uma espécie de terreno baldio ou coisa assim, onde hastearam sua bandeira para fazer uma propagandinha básica; os Russos foram lá, arrancaram a josta de bandeira, a rasgaram, pisotearam e ainda mijaram nela!!!
PS: notar que foi meio que de molecagem, os UKIES foram de fininho na calada da noite, botaram a bandeira e deram no pé. No dia seguinte, no que os caras viram já foram lá e arrancaram.
PS: notar que foi meio que de molecagem, os UKIES foram de fininho na calada da noite, botaram a bandeira e deram no pé. No dia seguinte, no que os caras viram já foram lá e arrancaram.
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Re: UCRÂNIA
A SV nem está avançando, segundo a CNN Portugal:
Outro fator é o crescente número de ataques de Geran-2 e, logo após, mísseis de cruzeiro. Parece que os Russos estão fazendo a AFU gastar suas reservas AAe pra lançar um ataque massivo, pois foram vistos vários vôos de Il-76 do Irã para a Rússia, o que faz pensar dos Russos também estarem acumulando mais Shahed 131 e 136, talvez até mísseis balísticos. Ontem foi Kiev, onde a AFU "abateu" 100% dos alvos e hoje também devem ter "abatido" 100% em Odessa e Ismail, como sempre.
Outro fator é o crescente número de ataques de Geran-2 e, logo após, mísseis de cruzeiro. Parece que os Russos estão fazendo a AFU gastar suas reservas AAe pra lançar um ataque massivo, pois foram vistos vários vôos de Il-76 do Irã para a Rússia, o que faz pensar dos Russos também estarem acumulando mais Shahed 131 e 136, talvez até mísseis balísticos. Ontem foi Kiev, onde a AFU "abateu" 100% dos alvos e hoje também devem ter "abatido" 100% em Odessa e Ismail, como sempre.
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Re: UCRÂNIA
Acalma-te e lembres do que te falei ainda na metade do ano passado: DE VITÓRIA EM VITÓRIA ATÉ A DERROTA FINAL.
E reitero: não entendo nem nunca vou entender por que os tugas têm tanto medo e raiva de serem conquistados por malvados invasores Russos quando já estão a ser conquistados DESDE DENTRO por monhés, zucas, muslims e pretos de África, e com a cumplicidade dos próprios governantes que elegem livremente.
Enfurecem-se com guerras a muitos milhares de km enquanto em casa as cousas ficam cada vez mais tenebrosas...
E reitero: não entendo nem nunca vou entender por que os tugas têm tanto medo e raiva de serem conquistados por malvados invasores Russos quando já estão a ser conquistados DESDE DENTRO por monhés, zucas, muslims e pretos de África, e com a cumplicidade dos próprios governantes que elegem livremente.
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Re: UCRÂNIA
Fala com o Pzito que ele é que é do departamento da emigração.
Já agora:
Talvez, apenas talvez os europeus tenham finalmente aberto os olhos para o que o Putin e o seu regime são. É um regime ditatorial e expansionista, um verdadeiro perigo para todo o continente europeu.
Ainda estou à espera do pessoal que andou a dizer que o tio Biden era lunático porque acreditava que a Rússia ia invadir, vir aqui dizer que afinal o tio Putin é um pulha, um criminoso de guerra... mas isso já era pedir muito.
Já agora:
Sabes quem disse isto? Apenas o Chanceler Alemão. Sabes aquele país que comprava todo o gás natural e petróleo que vinha da Rússia e que teve que inverter brutalmente essa politica. Todos sabemos que os alemães adoram perder dinheiro como quem dá aquela palha...NOT!Russia's attack on Ukraine is not just any war. It's about the question of whether borders will be secure in the future - it's about the security of Europe and Germany. I will therefore advocate reliable support for Ukraine in #EUCO
Talvez, apenas talvez os europeus tenham finalmente aberto os olhos para o que o Putin e o seu regime são. É um regime ditatorial e expansionista, um verdadeiro perigo para todo o continente europeu.
Ainda estou à espera do pessoal que andou a dizer que o tio Biden era lunático porque acreditava que a Rússia ia invadir, vir aqui dizer que afinal o tio Putin é um pulha, um criminoso de guerra... mas isso já era pedir muito.
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Re: UCRÂNIA
Rússia atraindo migrantes da fronteira finlandesa para a guerra na Ucrânia
Publicados 6 dias atrás
Muitos migrantes que se reuniram no lado russo da fronteira finlandesa foram detidos devido a vistos desatualizados
Por Oleg Boldyrev
BBC russo
A Rússia está a tentar recrutar migrantes estrangeiros, detidos numa recente operação na sua fronteira com a Finlândia, para a sua guerra na Ucrânia.
A BBC viu provas de vários casos em que estrangeiros foram levados às pressas para um campo militar na fronteira com a Ucrânia, dias depois de terem sido detidos por violarem as leis de imigração.
A prática de coagir pessoas em centros de detenção pré-deportação a assinarem contratos de serviço militar na Ucrânia não é nova, mas os números aumentaram à medida que migrantes estrangeiros chegaram à fronteira de 1.340 km (833 milhas) da Rússia com a Finlândia.
A Finlândia fechou temporariamente todas as oito passagens da fronteira russa, acusando Moscovo de canalizar migrantes e requerentes de asilo para lá como parte de uma campanha de desestabilização depois de o governo de Helsínquia ter aderido à NATO no início deste ano.
A análise das audiências judiciais na Carélia, uma das três regiões russas que fazem fronteira com a Finlândia, mostrou que nas últimas três semanas, 236 pessoas foram presas por permanecerem na Rússia sem vistos válidos, destinadas à deportação. O quadro era semelhante nas outras duas regiões fronteiriças de Leningrado e Murmansk.
Entre os que compareceram ao tribunal na Carélia estava um homem somali de 40 anos, que foi preso em meados de Novembro, condenado a uma multa de 2.000 rublos (17 libras; 20 euros) e detido enquanto aguardava a deportação - um procedimento padrão para qualquer pessoa sem um documento de segurança adequado. visto.
Awad e pelo menos uma dúzia de outros presos detidos no centro de pré-deportação em Petrozavodsk, capital da Carélia, foram abordados por representantes militares logo após a sua prisão e receberam "um emprego para o Estado". Foram-lhes prometidos bons salários, cuidados médicos e permissão para permanecer na Rússia após completarem um contrato militar de um ano.
Awad não é seu nome verdadeiro, mas a BBC confirmou sua identidade.
Ele chegou à Rússia em meados de julho e foi para a vizinha Bielorrússia, tentando durante meses entrar na Polónia. No início de Novembro, ele disse que os grupos de chat na Internet populares entre os requerentes de asilo estavam alvoroçados com notícias de que a fronteira da Rússia com a Finlândia se tinha tornado mais acessível.
A última das oito passagens de fronteira finlandesas foi temporariamente fechada na semana passada
Um número sem precedentes de migrantes começou a aparecer na fronteira da Finlândia e a solicitar o estatuto de refugiado.
As autoridades finlandesas acusaram a Rússia de encorajar o influxo e de abandonar os habituais controlos de vistos para os viajantes que entram na zona fronteiriça.
Eles destacaram a distribuição organizada de bicicletas, a maioria delas novas, que os migrantes usaram para cobrir o último trecho da zona fronteiriça russa, contornando a proibição da Rússia de se aproximar a pé dos seus postos fronteiriços.
A última passagem fronteiriça da Finlândia em Raja-Jooseppi foi encerrada a 29 de Novembro, embora as autoridades de Helsínquia estivessem a planear reabrir a fronteira no final deste mês. Aqueles que chegam por via aérea ou marítima ainda podem pedir asilo.
Awad disse à BBC que alugou um táxi no dia 14 de Novembro e, juntamente com outro migrante somali, foi conduzido durante várias horas de São Petersburgo para Lakhdenpokhya, uma cidade na Carélia, a 30 quilómetros da fronteira finlandesa.
Eles estavam agindo por conta própria e ninguém os ajudou, afirmou.
Seu caso era típico. Seu visto de um mês expirou em agosto e quando o táxi foi parado pela polícia para uma verificação, ele foi preso. Awad e uma dúzia de outras pessoas foram condenadas no dia seguinte e transferidas para o centro de detenção.
Grupos de direitos humanos afirmam que os estrangeiros que utilizam a Rússia como ponto de trânsito na sua viagem para o Ocidente ultrapassam rotineiramente os seus vistos de curto prazo enquanto tentam atravessar as fronteiras com países da UE.
Assim, quando a polícia começou a prender aqueles que não tinham vistos russos válidos, em meados de Novembro, marcou uma mudança na abordagem da Rússia aos migrantes na fronteira finlandesa.
Os documentos oferecendo um emprego que foram apresentados por funcionários aos somalis e outros estavam em russo, o que ninguém do grupo conseguia entender. Ele e outros presumiram que receberiam trabalho relacionado ao exército dentro da Rússia, disse ele.
“Não nos foram entregues os documentos do contrato e [eles] nem sequer foram mostrados adequadamente. Perguntamos [quais serão os empregos], mas eles nos disseram que é simples e bom”, disse ele à BBC.
Temendo ser deportado para a Somália, onde disse que a sua vida foi ameaçada diversas vezes por militantes da Al-Shabab, ele assinou a oferta, juntamente com outros cinco somalis, cinco homens de países árabes e um cidadão cubano. Eles foram colocados em um ônibus e levados para o sul.
A BBC pediu ao Ministério do Interior da Rússia na Carélia informações sobre quantos outros presos foram libertados desses centros de detenção, mas até agora não houve resposta.
Também confirmamos a identidade de outro homem do grupo, cujo nome corresponde aos autos do tribunal na Carélia.
Centenas de migrantes chegaram à fronteira finlandesa em bicicletas no espaço de algumas semanas
Separadamente, um homem iraquiano que também foi preso perto da fronteira com a Finlândia disse a activistas de direitos humanos que também estava a ser pressionado a assinar um contrato militar como forma de anular a ordem de deportação.
Ele disse que sua vida correria grave perigo se retornasse ao Iraque. Não se sabe se ele concordou em assinar.
No início desta semana, a Rádio Kulmiye da Somália entrevistou um representante não identificado da comunidade somali na Bielorrússia, que disse que pelo menos 60 cidadãos somalis estavam detidos em centros de detenção russos e abordados por recrutadores militares.
Segundo ele, pelo menos oito homens concordaram em assinar um contrato com o exército russo.
Awad disse à BBC que a sua viagem de autocarro terminou na fronteira com a Ucrânia, num acampamento militar lamacento feito de grandes tendas.
Foi quando o seu grupo percebeu que estavam sendo enviados para lutar, ele disse: "Disseram-nos um ano de contrato com treinamento e opções com bons salários e cuidados, mas sem fronteiras ucranianas e guerra. Tudo o que nos disseram era mentira."
A BBC contactou novamente o Ministério do Interior russo para comentar as alegações de que estão a ser oferecidos contratos militares a detidos estrangeiros em troca da sua libertação.
Os estrangeiros então exigiram a anulação de seus contratos. Awad disse que os funcionários do campo os ameaçaram com longas penas de prisão por violarem as leis militares, mas depois recuaram, dizendo que as ofertas de emprego seriam canceladas e os procedimentos de deportação seriam retomados.
Quatro homens do grupo receberam cartas confirmando isso, disse ele. A BBC não viu essas cartas.
Por enquanto, eles permanecem no acampamento militar. Awad disse que foi informado que uma “sessão de vídeo com um tribunal” seria realizada em breve, mas não foi capaz de fornecer detalhes sobre o assunto da audiência.
Ele está convencido de que foi enganado para se alistar no exército russo, embora a sua única defesa seja o facto de não ter compreendido completamente a oferta que lhe foi feita.
“Eu disse não, porque não sei o que assinei e não está escrito na minha língua”, disse ele. "Sou um requerente de asilo, não um soldado."
https://www.bbc.com/news/world-europe-67647379
Parece que e tudo esquematizado desde 2015, se paga de 2000/3000 euros para entrar na Rússia fica em quartos compartilhados com outors migrantes quando chegar a hora você e levado a fronteira e eles te entregam uma bicicleta para atravessar, depois de atravessar a fronteira se deve deixar a bicicleta em um local determinado, depois russos atravessam de carro a fronteira com vários russos e eles retornam para a Rússia com as bicicletas para serem reutilizadas por outros migrantes.
Pelo menos 254 soldados contratados pelo exército russo do Nepal, Uzbequistão, etc. morreram.
Quarta-feira, 13 de dezembro de 2023
Foi revelado que estrangeiros do Nepal, do Uzbequistão e de outros países se juntaram ao exército russo como soldados na invasão em curso da Ucrânia, resultando em mais de 250 mortes até agora. Parece que o lado russo está a recrutar estrangeiros em troca da nacionalidade russa e de remunerações elevadas.
No dia 5 deste mês, o site russo da BBC britânica informou que havia coletado dados sobre soldados estrangeiros contratados juntamente com a mídia independente russa e confirmado pelo menos 254 mortes até o momento.
O número real de mortos “provavelmente será significativamente maior”.
O maior número foi de 61 do Uzbequistão, com outros países como o Tajiquistão, Cuba e Somália na África também participando das forças armadas russas.
No dia 11, o primeiro-ministro do Nepal, que confirmou que seis deles estavam mortos, disse: “Mais de 200 pessoas juntaram-se ao exército russo”, e o governo nepalês está a apelar a todos eles para regressarem a casa.
A Rússia tomou medidas para permitir que estrangeiros que participaram em combates como soldados contratados adquirissem sem problemas a nacionalidade russa, e parece que estrangeiros estão a ser recrutados para se juntarem às forças armadas em troca dessa cidadania e de elevadas compensações.
A Rússia decidiu mobilizar 300.000 soldados em Setembro do ano passado, mas isso causou o caos em que muitas pessoas fugiram do país, e à medida que se aproximam as eleições presidenciais de março do próximo ano. O objetivo é preencher as lacunas há uma escassez de soldados e estrangeiros e prisioneiros são contratados para evitar reações públicas.
https://newsdig.tbs.co.jp/articles/-/890528?display=1
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Re: UCRÂNIA
Teve chuva de KINZHAL outra vez, nem Kiev escapou (parece que a temporada de turismo dos ricos e famosos por lá acabou).
Enquanto isso...
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Re: UCRÂNIA
Putin admite que a Rússia sofreu enormes perdas na Ucrânia
14 de dezembro de 2023 às 17h15 EST
Putin compartilha demandas para acabar com a guerra
Por Aila Slisco
O presidente russo, Vladimir Putin, pode ter admitido acidentalmente a perda de mais de 360 mil soldados na guerra do seu país com a Ucrânia.
Putin fez a admissão durante uma conferência de imprensa anual de quatro horas em Moscovo, na sexta-feira. As supostas perdas seriam ordens de magnitude superiores às anteriormente reivindicadas pela Rússia, tendo o Kremlin apenas admitido oficialmente a morte de cerca de 6.000 soldados.
As perdas recentemente reivindicadas – que podem incluir mortes, ferimentos graves ou deslocações para fora do campo de batalha – foram calculadas numa publicação na conta do Telegram “Maps and Arrows” do analista militar russo Ian Matveev.
Reivindicação de admissão de vítimas da guerra Rússia-Ucrânia, Vladimir Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, é retratado durante uma entrevista coletiva em Moscou, Rússia, em 14 de dezembro de 2023. Putin supostamente admitiu a perda de "363.000" tropas na Ucrânia durante o evento, de acordo com o analista militar Ian Matveev.
“A Rússia perdeu 360 mil pessoas na guerra, segundo Putin”, escreveu Matveev. "244 mil mobilizados. 486 mil voluntários. E há apenas 617 mil na frente. Matemática militar divertida de Putin.
“As perdas foram de 113 mil pessoas”, continuou. “Mas teve também o grupo invasor e os que foram recrutados antes da mobilização. E isso gira em torno de 250 mil. Ou seja, Putin admitiu literalmente perdas irrecuperáveis da ordem de 363 mil pessoas”.
Apesar dos números de Matveev, não está claro se Putin admitia 363 mil soldados perdidos. No entanto, o número aproxima-se das 315.000 vítimas alegadas de tropas russas que foram reveladas num documento desclassificado da inteligência dos EUA que vazou esta semana.
O Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia afirmou numa publicação no Facebook na quarta-feira que a Rússia tinha perdido 342.800 soldados desde o lançamento da sua invasão em 24 de Fevereiro de 2022. Os militares do Reino Unido também estimaram em meados de Novembro que 302.000 militares russos tinham sido perdidos.
A Newsweek não consegue verificar de forma independente nenhum dos números de vítimas, que são notoriamente difíceis de determinar com precisão durante qualquer guerra.
“É muito difícil determinar as vítimas num conflito em curso, uma vez que ambos os lados tentarão manter os dados secretos e aumentar o número de vítimas do adversário”, disse Marina Miron, investigadora de pós-doutoramento no Departamento de Estudos de Guerra do King’s College London. disse à Newsweek no início deste ano.
A Rússia também afirmou que a Ucrânia está a sofrer um elevado número de mortes de tropas durante a guerra, com Putin a dizer em Outubro que Kiev tinha perdido 90.000 soldados desde o início da sua última contra-ofensiva, só em Junho.
Putin disse que o número de mortos ucranianos foi "simplesmente enorme" e de "aproximadamente um para oito como proporção" das mortes russas, provavelmente sugerindo inadvertidamente que as perdas de Moscou foram superiores a 11 mil desde o início da contra-ofensiva.
O presidente russo apresentou anteriormente o que parecia ser uma estimativa exagerada das perdas de equipamento ucraniano em Setembro, gabando-se da destruição de 18.000 veículos blindados e 543 tanques num período de três meses com início em Junho.
O Ministério da Defesa da Rússia apresentou um número um pouco mais modesto dois dias antes, alegando que a Ucrânia perdeu um total de 11.773 veículos blindados de combate durante toda a guerra, incluindo tanques.
https://www.newsweek.com/putin-admits-r ... ne-1852660
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Re: UCRÂNIA
Os Ucranianos estão neste momento a pensar que se não fosse o tio Putin isto iria demorar décadas!
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