Versão “SIMPLEX” a pedido do “Prepe Veio”:twisted:
1- AEGIS é um sistema, APAR é um radar, não são a mesma coisa.
2- Os radares presentes no sistema AEGIS são as iteracções mais recentes do AN/SPY-1D ou AN/SPY-1F, equipamentos PESA. No caso dos “Ticos” existe também um AN/SPS-49 como apoio na função de radar de vigilância aérea, este ultimo funciona na banda L.
3- O sistema Europeu é uma mistura de dois radares, o APAR, um equipamento AESA, que funciona na banda X e que funciona como um radar director de tiro muito sofisticado e o SMART-L que é o radar de vigilância aérea de volume.
4- Pelo seu tamanho e potência qualquer uma destas duas variantes do SPY pode criar mais “canais de tiro” do que o APAR, sensivelmente algo como <100 para o radar americano e 30/32 para o radar Europeu. Isto implica que o radar Americano é capaz de fazer um “mid flight update” do posicionamento de <100 alvos, o Europeu “apenas” o pode fazer a 30/32 . (vantagem AEGIS)
5- Pelas mesmissimas razões, tamanho, potência e pelo posicionamento fixo da antena, o SPY conseguirá (em teoria) manter contactos de melhor qualidade a médias/longas distâncias do que o SMART-L, a isto chama-se Track While Scan. (vantagem AEGIS)
6- Tendo maior nº de canais de tiro, o SPY pode, teoricamente, manter um maior nº de misseis no ar, mais para a frente vamos ver que isto, em determinadas situações, pode não ser verdade.
7- Os misseis (ESSM, SM2 IIIA, SM2 IIIB) utilizados por ambos os sistemas, actualmente, são SARH, ou seja, não têm um radar activo na “cabeça”, o sistema é passivo. O alvo tem de ser iluminado por um radar externo, o APAR no caso do sistema Europeu, o SPY-1 em combinação com o MK-99 Fire Control System no caso Americano. Este ultimo utiliza vários AN/SPG-62 Fire Control Radar´s que funcionam como ilumindores “finais” do vôo do missil, sendo o “mid flight update” garantido pelo SPY-1.
8- Brevemente estará disponivel o Standard SM-6 que é activo, combina o radar de um Amraam (alterado) com o “corpo” de um SM2 IIIB
9- O nº de iluminadores AN/SPG-62 presentes em cada navio, varia de classe para classe, 2 nas F100, 3 nas “AB” e 4 nas “Tico”.
10- Estes iluminadores são necessários para fazer o “homing” final (sensivelmente os dois ultimos segundos de vôo dos ESSM/SM2). Cada um dos iluminadores AN/SPG-62 apenas pode fazer este “homing” final a um unico alvo, o APAR consegue fazer o homing final a quatro alvos por cada uma das suas quatro faces, ou seja 16 alvos no total. (Vantagem APAR/SMARTL)
11- O APAR é um radar relativamente pequeno e leve o que lhe permite ser colocado bastante alto por comparação com o sistema Americano, mesmo o AN/SPY-1F, mais pequeno que o “D”. Aumenta o horizonte ao nivel do mar em relação a sistemas maiores, o que é extremamente util se o alvo a ser abatido for um missil anti navio que voa a 10 metros de altura. (Vantagem APAR/SMARTL)
12- O facto de ser mais pequeno e leve também traz desvantagens, o APAR só consegue ver a uma distância de 150 km´s, o SPY-1D alcança perfeitamente o dobro. Isto é em parte compensado pelos 450 km´s do SmartL, mas existe uma real perda de qualidade de “contacto”. Este ultimo radar é rotativo o que faz com que exista uma perda de visualização do alvo durante parte da rotação do SMARTL. Com a introdução do SM6 esta situação tende a esbater-se. (Vantagem AEGIS).
Resumindo
O AEGIS consegue colocar mais misseis no ar ao mesmo tempo, mas pode ver-se na eventualidade de não conseguir fazer o “homing final” de todos eles. O que pode ser gravissimo. Isto pode ser remediado se tiver o apoio de uma plataforma do tipo AWACS que lhe transfira os alvos que voem a muito baixa altitude a distâncias elevadas. Se este apoio não existir um navio pode ver-se na contigência de descobrir que está a ser atacado quando o missil anti navio está a uma distância extremamente curta (25/30 km´s) e neste caso o que conta é a quantidade de “homing´s” que o navio consegue fazer e neste caso o sistema Europeu é muitissimo superior, 16 versus 2/3/4. Por outro lado, a média/longa distância o AEGIS consegue efectuar o seguimento de mais alvos em melhores condições. Isto para a US Navy é óptimo, para uma marinha sem o apoio de AWACS e respectivas “networks” de troca de informações o sistema Europeu parece trazer vantagens claras.
Abraços