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Voando à pilha
EFE
Os céus da Espanha conhecerão uma novidade ainda este ano. Oito universidades e empresas do país ibérico desenvolveram, em conjunto com a Boeing, um avião movido apenas por uma pilha de combustível e baterias. Os primeiros vôos experimentais dos aparelhos deverão ocorrer nos próximos meses na cidade espanhola de Ocaña.
O protótipo tem 16,3 metros de envergadura e poderá voar a uma velocidade de cruzeiro de 100 km/h, graças a um sistema híbrido de potência no qual a pilha de combustível da Membrana de Troca de Prótons (Proton Exchange Membrane, PEM, em inglês) proporciona a energia necessária.
O sistema é complementado por baterias de íon-lítio que entram em funcionamento nos momentos de maior necessidade energética, como a decolagem. Conforme o responsável por tecnologias ambientais do centro europeu da Boeing, Nieves Peña, as pilhas PEM não produzem emissões e são mais silenciosas do que os tradicionais motores impulsionados por hidrocarbonetos.
A divisão de Engenharia Eletrônica da Universidade Politécnica de Madri (UPM) colaborou na construção da caixa de gestão e distribuição de potência, e seu Instituto Universitário de Pesquisa do Automóvel (INSIA) fez os testes em banco de pós-integração da aeronave. O maior desafio do projeto e da construção do protótipo será resolver problemas como a dissipação de calor, a distribuição de potência, o acoplamento de peças e a segurança.
Apesar de o projeto estar sendo bem-sucedido até agora, a tecnologia das pilhas de combustível ainda está longe de poder ser usada no transporte aéreo de passageiros, ao contrário do que já ocorre com o terrestre.
- Em cerca de cinco anos será possível ter carros circulando movidos com essa tecnologia - acredita Peña.
Uma pilha de combustível é um dispositivo eletroquímico que transforma diretamente o hidrogênio em eletricidade e calor sem combustão, o que proporciona benefícios ambientais porque não há emissões de dióxido de carbono - um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. Os motores que utilizam essa tecnologia também são mais silenciosos do que os impulsionados por combustíveis a base de hidrocarbonetos, como o tradicional querosene de aviação.
Além da PEM, os pesquisadores consideram promissoras outras tecnologias de combustível, como as células de óxido sólido. Esse sistema poderia ser aplicado na geração de energia elétrica para iluminação, e teria condições de ser utilizado em aviões comerciais em 10 ou 15 anos.
http://www.clicrbs.com.br/pdf/2815155.pdf
fonte: jornal "Zero Hora" 9 abr 2007
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Voando à pilha
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