Russia Allocates $380 Million For Glonass In 2007

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Koslova
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Russia Allocates $380 Million For Glonass In 2007

#1 Mensagem por Koslova » Ter Mar 27, 2007 11:04 pm

Algumas informações sobre aquela questão que comentei tempos atrás sobre a estratégia de continuidade da rede Glonass


Russia Allocates $380 Million For Glonass In 2007


by Staff Writers

Moscow (RIA Novosti) Mar 26, 2007

Russia has earmarked 9.88 billion rubles ($380 million) for its global navigation system Glonass program in 2007, the Russian space agency said Monday.

Glonass is a Russian version of the U.S. Global Positioning System (GPS), which is designed for both military and civilian use, and allows users to identify their positions in real time. The system can also be used in geological prospecting.

"A total of 24.4 billion rubles ($938 million) has been earmarked from the federal budget for the federal space program in 2007, and 9.88 billion rubles for Glonass," said Anatoly Perminov, head of the Federal Space Agency.

In 2006, the figures were 23 billion rubles and 4.72 billion, respectively.

Perminov also said that an additional 1.8 billion rubles ($69 million) had been allocated to secure the launch of Glonass satellites in 2008-2009.

In December 2005, President Vladimir Putin ordered the system to be ready by 2008, and First Deputy Prime Minister Sergei Ivanov said Glonass would be available to domestic users for military as well civilian purposes by the end of 2007.

Perminov said earlier that Russia was also in talks with the United States and the European Space Agency to prepare agreements on the use of Glonass jointly with the GPS and Galileo satellite navigation systems.

The agency plans to have 18 satellites in orbit by late 2007 or early 2008, and a full orbital group of 24 satellites by the end of 2009, he said.

Ivanov said late last year that Russia will lift all precision restrictions on Glonass beginning in 2007, which will enable accurate and unlimited commercial use of the military-controlled global positioning system.

Current restrictions limit the accuracy for civilian users of Glonass to 30 meters.

The first launch under the Glonass program took place October 12, 1982, but the system was only formally launched September 24, 1993.

Andrei Kozlov, the head of the Reshetnev Research and Production Center in the Siberian city of Krasnoyarsk, Russia's leading spacecraft manufacturer, said earlier the Glonass system currently has 13 satellites in orbit.

The satellites currently in use are of two modifications - Glonass and its updated version Glonass-M. Glonass-M has a longer service life of seven years and is equipped with updated antenna feeder systems and an additional navigation frequency for civilian users.

A future modification, Glonass-K, is an entirely new model based on a non-pressurized platform, standardized to the specifications of the previous models' platform, Express-1000.

Glonass-Ks' estimated service life has been increased to 10-12 years, and a third, "civilian" L-range frequency has been added.

Tests on Glonass-K satellites are scheduled for 2007.




alcmartin
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#2 Mensagem por alcmartin » Qua Mar 28, 2007 10:04 pm

Boa noite, Koslova!

Desculpe-me a ignorância neste campo, mas tire-me uma dúvida: os americanos (e concorrentes) nunca falaram nada a respeito de cobrarem por este serviço, dos satélites?

Digo, pretendem ficar "bonzinhos" e bancarem todas as despesas, ganhando só na venda dos utilitários?

Obrigado desde já!
Abs!




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Koslova
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#3 Mensagem por Koslova » Qua Mar 28, 2007 11:55 pm

alcmartin escreveu:Boa noite, Koslova!

Desculpe-me a ignorância neste campo, mas tire-me uma dúvida: os americanos (e concorrentes) nunca falaram nada a respeito de cobrarem por este serviço, dos satélites?

Digo, pretendem ficar "bonzinhos" e bancarem todas as despesas, ganhando só na venda dos utilitários?

Obrigado desde já!
Abs!




O ganho financeiro do GPS para os EUA decorre dos bilhões de dólares que a industria civil de aplicações para GPS movimenta anualmente, como é uma industria basicamente americana, o seu impacto na economia dos EUA é por si só uma bela recompensa.

A Europa no seu projeto Galileu tem planos de cobrar por uma faixa mais precisa de localização, mas existem serias duvidas se comercialmente é viável, o projeto simplesmente esta parado.

Paradigmas existem para serem quebrados, e os EUA são mestres nisto, a própria passagem da internet de um padrão militar para um padrão comercial mundial e os ganhos para a economia americana são outro exemplo.

A industria espacial russa também tem mudado alguns paradigmas que a tempos atrás eram impensáveis na antiga URSS.

São formados na Rússia por ano 2 gestores de programas espaciais. São turmas de 4 alunos e o curso é de 2 anos. São necessários 3 gestores ano, mas o governo russo caprichosamente só forma 2. Também é um curso muito disputado, é necessário um diploma de engenharia, e uma matéria de provas alem de varias e varias entrevistas e seleções psicológicas. Depois do cargo de Cosmonauta é o posto do programa espacial mais disputado.

Pois bem, mesmo formando menos gente que o ideal, e sendo a maior graduação de um formando em engenharia, os Russos em meados dos anos 90 passaram a aceitarem um estrangeiro a cada 6 russos nas turmas.

Claro que a chiadeira foi geral, afinal de contas, porque os estrangeiros?

Antes de mais nada, porque 2 e não 3 gestores?

Por um simples motivo, todos os 65 gestores hoje em atividade estão extremamente sobrecarregados de trabalho, então não existe “desemprego” nesta área, mesmo que a industria espacial russa encolha por alguma crise de orçamento não vão perder pessoal em hipótese alguma, logo não irão perder conhecimento.

Porque dos estrangeiros?

Bem, ai entra um outro lado da historia que eu conheço bem.

Quando o primeiro Atlas-5 deixou a plataforma em Cabo Canaveral em 2002, uma mexicana naturalizada americana, de 1,60m, sorriso de menina, voz calma, chamada Liza Ramos, estava assistindo o lançamento e pode olhar com enorme orgulho o foguete subir.

Liza é Project Mannager da Lockheed Martin, formada em engenharia espacial pelo MIT e Gestora de Programas Espaciais pela Academia de Ciências Espaciais de Moscou.

Ela era uma das estrangeiras que a Rússia aceitou em seu programa espacial, e responsável direta pela escolha do motor RD-180, projetado e fabricado na Rússia que equipa o foguete mais moderno da Lockheed.

Alguns meses antes do VLS voar por apenas 3500m no seu primeiro lançamento a partir de Alcântara, o governo Russo tinha em mãos um mapa de oportunidades sobre o programa espacial brasileiro, suas características, potencialidades e necessidades, feito por uma brasileira, que na época de estudante, dividia de apartamento com a mexicana que hoje trabalha na Lockheed.

Tempos depois, Brasil e Rússia assinam um acordo de transferência de tecnologia espacial, onde os Russos tem um potencial de mercado de pelo menos US$ 300mi por 15 anos para explorar em contratos com o Brasil.

Programas espaciais modernos são isto, altamente dinâmicos, e mudaram muito seus paradigmas nos últimos 15 anos para se adequarem a novos horizontes orçamentários e políticos.

A cada bolsa concedida para algum estrangeiro na Rússia o governo de lá fatura algumas centenas de milhões de dólares, detalhe importante NÃO EXISTEM COTAS você participa do processo e se não tiver conhecimento técnico e perfil piscologico adequado, TÁ FORA!!

Um detalhe curioso, dos 3 estrangeiros que foram aceitos nos ultimos 10 anos pela Academia de Ciências Espaciais, coecidentemente 2 são mulheres, irônicamente naquela época o ITA não aceitava mulheres, muito menos estrangeiros.

A cada concessão comercial dos EUA em cima de aplicações militares, eles criam industria bilionárias.

Estes países estão em constante mutação de seus programas, no Brasil estamos presos a visões de 30 anos atrás.




alcmartin
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#4 Mensagem por alcmartin » Qui Mar 29, 2007 1:00 pm

Muitíssimo obrigado e parabéns a AMBAS cientistas, se estou correto no que entendi, he,he!

Decepções á parte, ainda tenho esperança que aprendamos as lições (mas podia não ser a tão duras penas, não é verdade?)...

Abs,




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