EMBRAER: Notícias de Aviação Civil

[Cassio]

Esta semana, com a entrega de um E175 E1 para a Republic (United Express) e de um E195E2 para a Porter, a empresa atingiu a marca de 1.800 Ejet´s entregues (incluindo os Lineage). Com certeza uma marca incrível.

Com as aeronaves ainda por entregar, a marca do 2.000 Ejet´s será ultrapassada.

[FCarvalho]

muito curioso para saber o que vira depois dos E-2.
Parece que o desing atual chegou ao limite,
a ver.

[Cassio]

O momento é de se firmar no mercado com o que se tem... pois muito foi investido e a linha de produtos é super atual nos três mercados em que atua com o KC390, os Praetor e os E2. Além da dedicação ao desenvolvimento do EVTol.

Com certeza já se avaliam quais os próximos passos nos três mercados, e as possibilidades são muitas.

[FCarvalho]

O momento é de se firmar no mercado com o que se tem... pois muito foi investido e a linha de produtos é super atual nos três mercados em que atua com o KC390, os Praetor e os E2. Além da dedicação ao desenvolvimento do EVTol.
Com certeza já se avaliam quais os próximos passos nos três mercados, e as possibilidades são muitas.

Com russos e chineses entrando no mercado de narrow body no médio e longo prazo, este mercado continuará fechado para a Embraer, o que me faz pensar que a aviação regional continuará sendo o nosso foco principal, até porque a concorrência é menor e mais light.

Em todo caso, a vida operacional dos E-2 é de no mínimo 20 anos, então, um substituto para eles ainda leva tempo, é algo para entrar em produção pensando na segunda metade deste século. Estamos apenas no começo da produção da segunda geração destes jatos, e temos muitas encomendas a realizar. Uma versão E-3 talvez ainda seja cabível neste meio tempo, como aperfeiçoamento, se é que ainda cabe mais algum neles com o desing atual.

Acredito que o KC-390 possa inspirar novos projetos para substituir os E-2 no futuro, assim como espero que ele mesmo tenha novas versões no futuro, que hora ainda não se pode vislumbrar.

Só lamento que nosso deletério país siga a sua sina de quinto mundo sem tomar as rédeas do uso de todos os produtos da Embraer. É de lamentar e envergonhar, e muito.

[Cassio]

Acredito que as intenções de para onde ir já tenham sido deixadas claras quando da divulgação do projeto do turboélice regional.

Dados os custos, acho que olhar para algo maior que os E2 não seria uma opção no momento.

Vejo como caminhos para o futuro: Se consolidar no mercado de aviação regional (com novos produtos), aumentar o portfolio e ampliar a participação no mercado de aviação executiva, mais contratos e vendas para o KC390, emplacar o AEW&C com base na plataforma Praetor, entregar os EVTols, explorar novos produtos de defesa, e diversificar mais indo para outros campos de atividade (mesmo fora da aviação).

[FCarvalho]

Concordo. A Embraer hoje tem cacife para sair voando para outros setores de empreendimento, no mercado civil e militar.

Me parece ser bem acertada a opção pela família Energia, que cobre vetores de 9 a 50 pax, o que demanda o atendimento de uma vasta gama de aviões que podem ser substituídos no médio e longo prazo, principalmente no mercado norte americano. Os ERJ-145 e família devem começar a ser substituídos nos próximos dez anos.

O projeto do novo regional é também uma aposta certa, visto que os ATR 42\72 estão em final de carreira e a empresa europeia ainda não sentiu nenhum pressão para fazê-lo, já que a Embraer deixou para mais a frente arrumar motores que sejam um diferencial ao projeto. Isto feito, o avião deve se tornar um novo referencial neste mercado.

Espero que a Embraer possa apresentar novas versões do KC-390 no médio prazo, como uma versão alongada, que acredito será algo que mais para frente será demandado, talvez para o mercado privado de carga, em um primeiro momento, e por tabela para o militar em seguida. Dentro do atual contrato da FAB com apenas 19 aviões, se poderia pensar na possibilidade de voltar às 28 unidades acrescidas a novas unidades dentro da margem de 25% que o negócio permite. Seria o caso de dispor estes últimos na versão alongada para a FAB, que a meu ver é necessária e complementar, já que não vamos ter cargos militares pesados.

Meu sonho do consumo é a aviação naval dispor dos seus próprios KC-390, visto que em algum momento os A-4 serão substituídos e neste aspecto, contar com aviões de carga e revo é sempre um plus a mais, e diminui a dependência da FAB. Aí deve-se pensar se uma versão AEW deste avião seria viável, mas acho que os custos seriam proibitivos. O Praetor já faz isso e bem para as necessidades da aviação naval, desde que comprado em quantidades suficientes para cobri-las de forma decente e não esse me engana que eu gosto da FAB. Versões SAR marítimo também são bem vindas, com capacidade SINGINT\ELINT\COMINT.

Quanto aos E-2, penso que esta família trás para nós a chance de dispor à aviação naval de nossos próprios vetores ASW\ASupW, e que podemos comprar os mesmos em quantidades razoáveis, em substituição aos P-3. Como a FAB tem apenas 3 esquadrões, repassar isso para a aviação naval e quem sabe retomar o quarto esquadrão nos dá a oportunidade de pensar em 16 a 24 unidades a serem compradas. Uma versão AEW dos E--195 E2 também não é de se descartar. Caso a FAB demande o desenvolvimento do seu radar AEW, tal como reza o seu planejamento estratégico. E a Embraer tem capacidade para isso.

[Cassio]

Acho que uma versão alongada do KC390 apenas se houver demanda de alguma Força Aérea. Não o vejo sendo utilizado em larga escala (que compense o investimento numa versão alongada) no mercado civil.
Para este mercado a Embraer já está ofertando seus Ejet´s convertidos em Cargo. E este, aliás, pode ser um mercado bem atrativo. Primeiro para EJets de primeira geração usados.

Mas existem muitos campos para onde a empresa pode se expandir...

[FCarvalho]

Acho que uma versão alongada do KC390 apenas se houver demanda de alguma Força Aérea. Não o vejo sendo utilizado em larga escala (que compense o investimento numa versão alongada) no mercado civil.
Para este mercado a Embraer já está ofertando seus Ejet´s convertidos em Cargo. E este, aliás, pode ser um mercado bem atrativo. Primeiro para EJets de primeira geração usados.
Mas existem muitos campos para onde a empresa pode se expandir...

A versão strech do KC-390 mais uma vez se revela uma necessidade para a FAB neste exato momento em que ela foi incumbida de retirar mais de 1700 cidadãos de Israel e Cisjordânia, e que deve aumentar com o tempo. As limitações impostas pela pouca quantidade de KC-30 e de KC-390 - estão falando em enviar até mesmo os VC-2, uma clara atitude de quem está tentando tapar o sol com a peneira - demonstra a necessidade de se dispor de vetores, e capacidades, mais flexíveis, para complementar a frota atual.

Como disse, é possível fazer isso sem maiores problemas no contrato original de 28 aviões, voltando à quantidade inicial e acrescentando os 25% possíveis ao contrato. Não sei quantos aviões exatamente seriam, já que a FAB estaria se referenciando no valor do contrato dos Gripen E para aumentar as quantidades do caça no contrato atual, e não a quantidade de vetores encomendadas.

Em todo caso, no mínimo estamos falando em repor os 9 aviões cortados, com talvez a mesma quantidade ou mais até no caso de se aditivar o contrato. Creio que dá para pagar as modificações a serem feitas e o reprojeto da célula. Enfim, é algo que fica patente, a meu ver, nossas necessidades, tendo em vista a eterna falta de importância da Defesa no cenário político tupiniquim. E para a FAB seria um plus a mais em suas hoje parcas e limitadas capacidades de transporte tático e estratégico.

Lembrar que a FAB não vislumbra em seu planejamento estratégico o uso e aquisição de vetores de transporte pesado militares de origem, apenas os KC-30 comprados por oportunidade e que serão transformados em MRTT. Uma versão strech se justifica também tendo em vista esta questão. Apor à fuselagem um espaço adicional do tamanho da rampa de carga a meu ver seria o ideal. E não forçaria o total reprojeto do avião, podendo se aproveitar praticamente quase tudo do modelo original, principalmente os motores, que ainda tem uma folga para crescer em potência.

A ver.

[Cassio]

Luxair encomenda quatro jatos E195-E2 da Embraer, com opções para mais cinco aeronaves

Assembleia Geral da ERA, Innsbruck, Áustria, 11 de outubro de 2023 – A Embraer e a Luxair, companhia aérea do Grão-Ducado de Luxemburgo, assinaram um pedido firme para quatro E195-E2, o jato de corredor único mais eficiente do mercado. Os jatos da Embraer complementarão a frota de aviões narrowbody de maior porte encomendados recentemente pela Luxair.

A companhia aérea de Luxemburgo encomendou quatro E195-E2, incluindo duas opções de compra e três direitos de compra para jatos adicionais. O negócio também contempla direitos de conversão para o E190-E2, caso solicitado pela Luxair. A primeira entrega está programada para o quarto trimestre de 2025.

“Continuamos a trabalhar no desenvolvimento e no futuro de longo prazo da nossa companhia aérea. Esses jatos de última geração são mais uma prova do nosso compromisso com a sustentabilidade e com o conforto dos nossos passageiros. O E195-E2 é o jato regional mais silencioso com o menor consumo de combustível e, por isso, proporcionará a flexibilidade que precisamos em nossa malha aérea. Nossos passageiros se beneficiarão de uma cabine espaçosa e silenciosa e também dos amplos bagageiros superiores. O E195-E2 é o jato ideal para a Luxair e para nossos passageiros”, afirma Gilles Feith, CEO da Luxair.

“Estamos muito satisfeitos em termos a Luxair novamente como cliente da Embraer, pois no passado a companhia já operou o ERJ-145 e o EMB-120. O E2 adapta-se perfeitamente às operações e aos objetivos da Luxair, de forma a complementar a frota atual e futura da Luxair, assegurando um alto nível de otimização da frota e de sua malha aérea no longo prazo. Com tecnologia de ponta, baixo nível de ruído e de emissões, o E2 permite às companhias aéreas conciliar metas de expansão e de sustentabilidade”, afirma Martyn Holmes, CCO da Embraer Aviação Comercial.

[Cassio]

Ainda sem confirmação pela Embraer, mas a mídia argentina informa que a Aerolíneas Argentinas confirmou a aquisição de 12 Embraer E195E2.

Resta saber se são novas encomenda ou estão dentro das encomendas de alguma empresa de leasing.

De qualquer forma excelente notícia.

[FCarvalho]

Incrível que conseguimos vender aviões da Embraer até para a Argentina, mas em casa que é bom, só a Azul quer.

[Cassio]

Pois é, mas em termos de encomendas, a Azul é a maior cliente dos E2.

O fato de só ela ter encomendado os E2 por aqui é até lógico.

[FCarvalho]

Pois é, mas em termos de encomendas, a Azul é a maior cliente dos E2.
O fato de só ela ter encomendado os E2 por aqui é até lógico.

Lógico porque é a continuidade de uma lógica de trabalho que começou com os E-1 e que por incrível que pareça conseguiu se sustentar em um país como o nosso, onde tudo que é nacional é tudo que não presta antes mesmo de existir.

Excelente sacada a deles de investir em setores do mercado de aviação que as outras grandes do setor não se interessam ou simplesmente não querem saber. Ela está sozinha neste aspecto e não tem concorrentes.

Uma lástima que a GOL continue sendo este interbairros da vida e a LATAM virou algo muito longe do que o Cmte Amaro sonhou para ela.

Fazer o que.

[Cassio]

SkyWest encomenda 19 aeronaves E175 da Embraer para operação com a United Airlines.

São José dos Campos, 26 de outubro de 2023 – A Embraer (NYSE: ERJ; B3: EMBR3) fechou um acordo para a venda de 19 novos jatos E175 para a Sky West, Inc (NASDAQ: SKYW). As novas aeronaves irão integrar a malha da United Airlines (NYSE: UAL), que já conta com 90 E175 em operação. Os jatos irão voar pela United exclusivamente sob Contrato de Compra de Capacidade (CPA, na sigla em inglês). O valor do contrato, que foi incluído na carteira de pedidos da Embraer do terceiro trimestre, é de US$ 1,1 bilhão, conforme preço de lista.

Os jatos de 70 assentos serão entregues na configuração de três classes, com as entregas sendo iniciadas no quarto trimestre de 2024.

“A SkyWest já é a maior operadora do E175 no mundo e, quando as entregas forem completadas, nós teremos mais de 250 jatos desse modelo. Esperamos continuar avançando para oferecer uma experiência de voo mais confortável e sólida aos nossos clientes”, afirma Chip Childs, Presidente e CEO da SkyWest.

“Estamos satisfeitos com a evolução de nossa excelente parceria com a SkyWest. O E175 é uma aeronave muito versátil e é a espinha dorsal da aviação regional norte-americana”, afirma Martyn Holmes, CCO da Embraer Aviação Comercial.

[FCarvalho]

Com tantos E-175 vendendo que nem pão de queijo, o mercado para o E-2 E-175 está em boas mãos, se um dia ele vir a ser efetivamente lançado comercialmente.
A mim esta configuração de três classes em um avião deste porte é um chamariz que se aplicada no Brasil com os E-2 seria espetacular, e ganharia nichos de mercado que hoje não são atendidos plenamente pelas grandes.
Tem um monte de gente saudosa e órfã da Varig que adoraria viajar em um E-Jet com três classes.
Mas o pessoal aqui não gosta de aviação regional e muito menos de avião brasileiro.