FALUJA

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Mateus Dias
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#1 Mensagem por Mateus Dias » Sex Abr 02, 2004 11:21 am

Pessoal, viram o destino de mercenários em Faluja ????

Aqueles caras eram ex-forças especiais, contratados como mercenários para dar segurança a empresas de petróleo....

Pra mim foi merecido e pra vcs ????

No Estadão saiu a algum tempo que estiveram sondando brasileiros para esse serviço, mas acabaram contratando chilenos....




Mateus Dias
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Re: FALUJA

#2 Mensagem por Guilherme » Sex Abr 02, 2004 12:36 pm

Mateus Dias escreveu:Pessoal, viram o destino de mercenários em Faluja ????

Aqueles caras eram ex-forças especiais, contratados como mercenários para dar segurança a empresas de petróleo....

Pra mim foi merecido e pra vcs ????

No Estadão saiu a algum tempo que estiveram sondando brasileiros para esse serviço, mas acabaram contratando chilenos....


São aqueles que foram queimados e pendurados na ponte?

Não vejo nenhum problema em ser mercenário, se você respeita as convenções de guerra. Muita gente que conheço faz cara feia quando ouve a palavra "mercenário", mas para mim não existe problema nisso.
É uma profissão, como ser médico, engenheiro ou advogado.

Não estou com isso dizendo que mercenários são sempre éticos e respeitam os civis e os inimigos, pois sei que existem muitas reclamações contra eles, como no antigo Zaire, Libéria e Angola. Há sempre as maçãs podres.




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#3 Mensagem por Spetsnaz » Sex Abr 02, 2004 1:08 pm

Meu explica melhor... q q houve??




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#4 Mensagem por Guilherme » Sex Abr 02, 2004 1:20 pm

Spetsnaz escreveu:Meu explica melhor... q q houve??


http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2004/04/040401_iraquerg.shtml

Fotos do incidente (são fotos fortes, já vou avisando):

http://www.ogrish.com/index2.php?include=view_include.php&view=15602




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#5 Mensagem por Clermont » Sex Abr 02, 2004 1:45 pm

Isso é um pouco mais complicado. À princípio, esses homens eram agentes de segurança particular. Contratados por ume empresa privada. Da mesma forma como são os guardas de carro-forte, aqui no Brasil, ou os caras parrudos que protegem as "boites", ou os "shopping-centers".

Por outro lado, é possível que em outras áreas como a Colômbia, pessoal assim, possa estar sendo utilizado em missões irregulares, que caibam melhor na categoria de "mercenarismo". Seria preciso aprofundar a diferença que faz de alguém, não um guarda-costas, mas um mercenário.

Esses homens, em particular, faziam parte de uma agência de segurança particular, fundada por ex-integrantes dos SEAL da Marinha americana.

Quanto a merecerem morrer ou não, bem, isso eram riscos da profissão, exercida em zona de guerra.

Agora, o que eles não mereciam - e nem ninguém - era a imoral e desumana violação de seus corpos após a morte. Isso é imoral, em qualquer religião, inclusive na islâmica.

Quando os somalis arrastaram um soldado americano morto, em Mogadiscio, uma guarnição de um M-113 saudita, os condenou, dizendo que o Profeta Mohammad proíbia isso.

Da mesma forma, todos os religiosos muçulmanos estão proclamando que os que participaram do ato incorreram em "haram", em pecado perante o Profeta.

Foi dito que, os próprios guerrilheiros iraquianos que armaram a emboscada não gostaram do que foi feito pela turba, após eles se retiraram da zona de ação.




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#6 Mensagem por Guilherme » Sex Abr 02, 2004 2:31 pm

Clermont escreveu:Por outro lado, é possível que em outras áreas como a Colômbia, pessoal assim, possa estar sendo utilizado em missões irregulares, que caibam melhor na categoria de "mercenarismo". Seria preciso aprofundar a diferença que faz de alguém, não um guarda-costas, mas um mercenário.


O que seriam missões irregulares, na sua opinião?

Eu não consideraria irregular utilizar mercenários para complementar forças armadas regulares, onde os mercenários iriam realizar os mesmos tipos de missões e estariam sujeitos aos mesmos códigos de conduta dos soldados regulares. Eu acho irregular usar mercenários para torturar ou executar inimigos e aterrorizar civis em áreas de conflito.




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#7 Mensagem por Mateus Dias » Sex Abr 02, 2004 4:24 pm

Também não acho errado a idéia do mercenário.....

Mas no caso eles fazem parte de uma força de ocupação... Se existissem mercenários em minha cidade a serviço de uma força de ocupação não sei se agiria diferente....

" Quanto maior a crueldade do combate, maior será o temor do seu inimigo "

... do livro A Arte da Guerra




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#8 Mensagem por Spetsnaz » Sex Abr 02, 2004 5:22 pm

SE FUDERAM! HUAHUAHUAHUA SE FUDERAM MESMO.. VIRARAM CHURRASCO :lol:




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#9 Mensagem por Clermont » Sex Abr 02, 2004 7:05 pm

O que seriam missões irregulares, na sua opinião?

Eu não consideraria irregular utilizar mercenários para complementar forças armadas regulares, onde os mercenários iriam realizar os mesmos tipos de missões e estariam sujeitos aos mesmos códigos de conduta dos soldados regulares


Salve, Guilherme.

Pra falar a verdade, todo o conceito de "mercenarismo" é irregular. Existe uma convenção da ONU, considerando crime internacional o emprego de mercenários. Infelizmente, ela parece ainda não ter sido ratificada pela maioria dos países.

Portanto, a pergunta deve ser: quais missões seriam adequadas para
seguranças particulares e quais já indicariam um comportamento de mercenários?

Na Colômbia, alguns americanos foram seqüestrados. As notícias indicavam que eles eram agentes de segurança particular, mas que foram capturados pelas FARC enquanto tentavam destruir laboratórios de cocaína.

Como eles não eram agentes oficiais do Governo americano, se isso for verdade, então isso é comportamento de mercenário. Não vem ao caso se é uma coisa boa, ou não, explodir laboratórios de cocaína (de preferência, com alguns traficantes dentro...)

O perigo em toda essa proliferação de agências particulares de ex-militares é que elas podem acabar sendo fachada para uma nova onda de mercenários de verdade.

Sobre códigos de conduta, lembre-se que já é difícil manter esses códigos entre militares regulares de um país soberano. Imagine então, entre homens armados pagos por empresas particulares, operando em territórios que sejam palcos de uma guerra civil como a da Colômbia.




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#10 Mensagem por Guilherme » Sex Abr 02, 2004 8:47 pm

Uma seção da Convenção de Genebra regula a atuação de mercenários.




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#11 Mensagem por Brasileiro » Dom Abr 04, 2004 10:43 am

Eu acho que foi muito bem merecido, parece até que isso era tudo o que eles queriam durante todo esse tempo!

Spetsnaz: Você é demais mesmo não? Spetsnaz e seu anti-americanismo!!! ha ha ha ha, se vc é assim, eu também sou. Voce se interessa em sites anti-americanos? Pois eu conheco um bocado deles.

Eu acho muito manero quando um americano morre no Iraque, isso prova que eles estão se dando mal mesmo, pois o Bush que ordenou a guerra, ou seja: O Bush e o Blair são os principais responsáveis pelas mortes de inocentes e de seus soldados compatriotas, que a cada dia morrem, sem motivo, pois a guerra não teve motivo, e a dupla BushXBlair sabe muito bem disso: Seus compatriotas estão morrendo sem motivo, e o pior: por ordem de seus próprios líderes, então conclui-se: A morte dos soldados britânicos e estadunidenses foi a mando de Bush e Blair, eles foram os mentores de um crime contra seus compatriotas, um suicídio internacional.


abraços




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#12 Mensagem por Clermont » Seg Mai 10, 2004 5:57 pm

O SIGNIFICADO DE FALLUJAH

Posted: May 5, 2004

1:00 a.m. Eastern

Por Patrick J. Buchanan.


Em algumas noticiários de TV à cabo, estão comparando Fallujah com a Batalha de Stalingrado, o que é um absurdo. Em Stalingrado, 500 mil soldados do Exército Vermelho morreram, juntamente com 147 mil alemães. Outros 91 mil germânicos se renderam, poucos dos quais foram vistos novamente.

Não, Fallujah não é Stalingrado. Nem mesmo parece com Bull Run, em 1861, onde matronas da sociedade cavalgaram para ver os rebeldes desbaratados e, ao contrário, viram um exército da União correndo, em pânico, de volta pela estrada para Washington. Os mortos da União e da Confederação foram quase 900.

Em Fallujah, os mortos americanos foram um punhado, se muito.

Ainda assim, da mesma forma que Stalingrado foi o ponto de virada da guerra e Bull Run significou que Lincoln precisava travar uma longa guerra ou deixar a Confederação ir, Fallujah pode se mostrar a batalha decisiva na guerra e na presidência de Bush.

Pois, após a matança dos empreiteiros e a profanação de seus corpos, nos foi dito que a punição era certa e vindoura. E, se Fallujah se recusasse a entregar os matadores, ela seria tomada. Quando uma superpotência dá um ultimato, ela precisa cumprí-lo.

Ainda assim, quando os insurgentes desafiaram os Fuzileiros Navais, e esses se prepararam para abrir caminho lutando e acabar com os 1500 combatentes, os comandantes americanos ordenaram-lhes que se retirassem. Na última semana, um general da Guarda Republicana foi enviado para Fallujah a fim de fazer as coisas funcionarem.

Os insurgentes ridicularizaram uma oferta de trégua, enviando um pequeno caminhão cheio de armas inúteis. Eles tem montado assaultos todas as noites contra os Fuzileiros. E, após estes se retirarem, as fotos de seus inimigos jubilantes foram divulgadas por todo o Oriente Médio. A mensagem para o mundo islâmico: a superpotência pode ser desafiada.

Fallujah pertence aos insurgentes. O inimigo estabeleceu um santuário, uma base em território ocupado pelos EUA, numa zona de guerra, como fez o xiita radical Xeque Moqtada al-Sadr em Najaf.

A mensagem de Fallujah é que, ou os americanos estão receosos de sofrer baixas ou estão receosos de infligi-las, pesadamente, num campo de batalha urbano, por temor de que as imagens de mesquitas esmagadas e mulheres e crianças mortas, possam converter qualquer eventual vitória tática dos Fuzileiros em uma derrota estratégica dos Estados Unidos, na batalha por corações e mentes.

Mas, se é essa a escolha feita pelo presidente, como vamos ganhar a guerra? Como iremos parar as provocações fora de Fallujah? Como vamos responder aos ataques montados a partir das cidades santas de Najaf e Karbala?

Se os americanos, com todo seu poder de fogo, não se mostram dispostos a matar ou desarmar os insurgentes, milícias e combatentes estrangeiros nas cidades, como iremos esperar que um regime iraquiano formado pelas Nações Unidas faça o trabalho?

Abril trazia promessas e esperanças quando nenhuma delas se justificava. Consideremos o que Abril nos trouxe no Iraque:

. Tantas mortes e ferimentos de americanos quanto sofremos na invasão e ocupação inicial.

. Percepção de derrotas americanas em Fallujah e Najaf, onde o inimigo se abrigou após lançar mortíferos assaltos contra tropas americanas.

. Pesquisas entre os iraquianos mostrando que, fora do norte curdo, 81% dos sunitas e xiitas nos vêem como ocupantes, dois terços nos querem fora de seu país, e metade pensa que há ocasiões quando os americanos merecem serem mortos.

. Pesquisas de opinião nos EUA mostram que um terço dos americanos, agora acreditam que o Iraque nunca foi uma ameaça. Metade de nós acredita que a guerra foi um erro, 41 % acredita que as políticas de Bush aumentaram a ameaça do terrorismo, e 71 % diz que suas políticas prejudicaram nossa imagem no mundo árabe.

. A crescente hostilidade à presença dos EUA no Iraque e o decrescente apoio à guerra em casa foram registrados antes do surgimento das dolorosas histórias e imagens gráficas de soldados americanos abusando de prisioneiros de guerra iraquianos, do modo mais humilhante e depravado.

O presidente do Egito disse que os Estados Unidos nunca foram mais odiados nessa parte do mundo. O Rei da Jordânia recusou-se a ir a Casa Branca para protestar contra o que os árabes vêem como a traição de Bush aos palestinos para Sharon.

As questões criadas por esses eventos de abril são de longo alcance, mesmo histórico. Estarão os Estados Unidos próximos de perderem o Iraque? Estará a política da América para o Oriente Médio, à beira do desabamento?

Com o ódio à América e a hostilidade contra nós se tornando pandêmica, quanto tempo poderemos permanecer no Iraque? Quais são agora, as chances de que Bush possa construir um governo que seja livre, democrático, pró-americano e desejoso de permitir a presença permanente de bases dos EUA em solo iraquiano? Quem, agora, está ganhando a batalha pelo Oriente Médio: Bush ou bin Laden?

Alguém poderia imaginar se o presidente, alguma vez, se perguntou: por quê ninguém no meu gabinete de guerra me avisou que as coisas poderiam ficar assim?




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#13 Mensagem por Balena » Seg Mai 10, 2004 10:32 pm

Prezados colegas,


Se existe um tipo de combatente que odeio mais que os BISONHOS, é o chamado "Soldado da Fortuna" (ou mercenário). Atualmente existe umas tais de "Military Private Company" (acho que é assim que escreve) que reunem um bando de indivíduos que se autodenominam paramilitares. Eu digo, são todos uns BOSTAS que, de fato, não substituem as tropas regulares de um Estado Nacional. A nação que contrata esses caras, geralmente é dirigida por OTÁRIOS, pois não tem capacidades de inserir sua própria população na defesa da pátria. Fora isso esses mercenários podem ser contratados para impor a vontade do capital privado sobre povos mais fracos, para ser tropa particular de narcotraficante e para dar instrução particular às diversas organizações armadas do mundo. Mercenários não são confiáveis porque:
1) Lutam por dinheiro, e;
2) Não têm compromisso ou vínculo com algo em que possam acreditar e que faça valer a pena lutar.

Confio muito mais em tropas profissionais treinadas por um Estado Nacional, pelo menos na hora da luta elas não irão te abandonar.

Mercenário tem mais é que morrer com faca na caveira, principalmente mercenário que presta serviço pra traficante. Hahahahahaha!!!!!!!

"Mercenários do Brasil,

vão todos para piiiiiiii que pariu!!!!!!!!!!!!!!!!!"




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