EUA ajudam investigação queda avião na Indonésia

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EUA ajudam a investigar queda misteriosa de avião na Indonésia
sábado, 06 de janeiro de 2007 - 11:59 - Folha On Line
Especialistas americanos chegaram neste sábado à ilha de Sulawesi, na Indonésia, para ajudar nas investigações da misteriosa queda de um Boeing 737-400 com 102 pessoas a bordo.
Uma equipe da Agência Nacional de Transportes e Segurança a Bordo dos EUA chegou a Sulawesi para ajudar a apurar o desaparecimento do avião, que transportava 96 passageiros --85 adultos e 11 crianças-- e seis tripulantes.
Entre os passageiros, estavam um cidadão americano do Estado do Oregon e suas duas filhas.
A equipe de seis pessoas --que incluem representantes da Boeing, da General Electric e da Administração Federal de Aviação Civil dos EUA-- não deram declarações após chegar a Makassar. Segundo a Embaixada dos EUA, a equipe auxiliará a Indonésia no que for preciso.
As buscas aéreas se concentram neste sábado nas terras e águas ao longo dos 500 km de costa entre a cidade de Palu (norte) até Makassar (sul).
Nesta sexta-feira, foi divulgado que o piloto foi forçado a mudar duas vezes o curso do vôo devido ao mau tempo, que causava ventos de até 130 km/h na região.
A tripulação emitiu um pedido de socorro quando o Boeing sobrevoava a área de Mamuju, na Província de Sulawesi Sul, 750 km ao sudoeste do término da viagem.
Após cinco dias de buscas, ainda não havia indícios do avião da companhia Adam Air, que decolou na segunda-feira (1) de Surabaya (ilha de Java) com destino a Manado (Célebes).
"O que quer que tenha acontecido ao avião, foi rápido e catastrófico", afirmou Patrick Smith, piloto e especialista em aviação americano. Segundo ele, em muitos casos de acidentes não há pedido de socorro porque a tripulação está "muito ocupada tentando contornar a situação".
Alarme falso
Na terça-feira (2), autoridades militares, policiais e da aviação indonésia --inclusive a própria companhia aérea-- afirmaram que o Boeing havia sido localizado em uma parte remota de Sulawesi. De acordo com as informações, 90 pessoas a bordo haviam morrido, e 12 teriam sobrevivido.
No entanto, ao longo do dia, o relato foi desmentido e as autoridades informaram que os destroços não haviam sido encontrados.
No dia seguinte, a imprensa indonésia criticou duramente o governo por ter divulgado em escala nacional e internacional a informação errada sobre a localização dos destroços.
"Apresentamos nossas desculpas à população", declarou Eddy Suyanto, comandante da base Hassanuddin da Força Aérea indonésia, em Makassar, que também é porta-voz da Agência Nacional de Buscas e Socorros.
Ele havia anunciado que ao menos 90 das 102 pessoas a bordo do avião estavam mortas.
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Avião pode ter caído no mar
Navio americano deve avaliar hoje se metal encontrado a 1,5 mil metros de profundidade pertence à aeronave desaparecida há uma semana, com 102 a bordo.
Depois de uma semana, o misterioso desaparecimento de um Boeing 737 com 102 pessoas na Indonésia pode vir a ser esclarecido com a descoberta de pedaços de metal a 1,5 mil metros de profundidade, a oeste das Ilhas Célebes.
Para ter certeza de que se trata do avião da empresa Adam Air, um navio oceanográfico da marinha dos EUA fará uma análise detalhada a partir de hoje. O material foi encontrado em três pontos, a uma profundidade de 1,5 mil a 2 mil metros. Os pedaços foram detectados por um navio da marinha indonésia, por meio de um sonar, ao norte da cidade litorânea de Mamuju.
- Se o metal for o que nós estamos procurando, devemos agradecer a Deus - afirmou um oficial da marinha indonésia, Gatot Sudijanto.
O Boeing 737-400 decolou de Surabaya, na Ilha de Java, com destino a Manado, nas Célebes, às 12h59min (3h59min em Brasília) do dia 1º. O vôo deveria durar duas horas, mas, a partir da metade do percurso, enfrentou ventos de até 130 km/h, o que obrigou o avião a mudar de rota duas vezes. Conforme as autoridades do país, o piloto não enviou um sinal de socorro ou informou sobre problemas técnicos antes que o avião saísse do radar, perto da cidade de Majenee, nas Célebes.
Sem sinais que pudessem servir como referência para a busca, mais de 3,6 mil soldados, policiais e voluntários espalharam-se em um raio de 80 mil quilômetros quadrados. Florestas, montanhas e o mar em torno das Célebes estão sendo vasculhados, com a ajuda de navios, helicópteros, caças e aviões.
As autoridades indonésias estão cautelosas diante da descoberta de ontem. Elas anunciaram erroneamente que o avião havia sido encontrado dois dias depois do desaparecimento, enfurecendo os familiares.
- Claramente é metal, mas não podemos confirmar o que é. Nós devemos baixar também um minissubmarino para observação - disse o porta-voz da frota oriental da marinha indonésia, Tony Syaiful.
Em meio à angústia dos familiares, o piloto Lucky Setiandika sofre duplamente. Casado há dois meses, sua mulher está entre os desaparecidos.
- Voltamos de mãos vazias, e vocês podem imaginar como eu me sinto. Eu espero que ela esteja viva, comendo qualquer coisa na floresta. Quero levá-la para casa viva - disse.
Este não é o primeiro caso de aviões que desaparecem sem deixar vestígios na Indonésia, arquipélago com mais de 17 mil ilhas, ao longo de 5 mil quilômetros de extensão. Em janeiro de 1995, um avião da companhia aérea Merpati Nusantara, com 14 pessoas a bordo, desapareceu quando ia da ilha de Sumbawa à de Flores. A aeronave jamais foi localizada.
fonte: jornal "Zero Hora" 9 jan 2007
Um abraço e até mais...