Aneel nega que usinas do Madeira poderiam prejudicar Bolívia

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Aneel nega que usinas do Madeira poderiam prejudicar Bolívia

#1 Mensagem por antunsousa » Seg Nov 27, 2006 11:53 pm

Aneel nega que usinas do Madeira poderiam prejudicar Bolívia


De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, a inundação que será causada pelas usinas não atingirá o país. Entidades criam "falsos problemas"
Leonardo Goy e Agnaldo Brito





BRASÍLIA - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, defendeu nesta quinta-feira o projeto do complexo hidrelétrico do rio Madeira contra as críticas de organizações não governamentais da Bolívia, segundo as quais as duas usinas a serem construídas em Rondônia (Santo Antonio e Jirau) poderiam causar prejuízos ecológicos em território boliviano. "O projeto do Madeira foi concebido de forma a não acumular um lago muito extenso", disse Kelman.

Acrescentou que a inundação que será causada pelas usinas não atingirá a Bolívia. Segundo Kelman, a oposição à obra é feita, algumas vezes, por entidades bem intencionadas, mas, também, por outras que criam "falsos problemas, seja porque preferem que o Brasil gere energia por termelétricas, ou porque não querem que o Brasil se desenvolva, ou porque tem alguma objeção estética em relação às usinas."


Nova avaliação vai atrasar usinas
Relatório produzido por especialistas em recursos hídricos e reservatórios a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) de Rondônia aponta dezenas de falhas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) encomendado pelos empreendedores Furnas e o Grupo Odebrecht sobre o complexo hidrelétrico do Rio Madeira, na região Amazônica.

O relatório ao qual o Estado teve acesso faz duas determinações básicas: cobra estudos mais detalhados dos efeitos das hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau no Bioma Amazônico e afirma categoricamente que os estudos devem incluir o impacto do empreendimento no lado boliviano. Isso poderá atrasar o licenciamento e as obras, que, segundo Furnas, demorará pelo menos sete anos cada uma.

A avaliação é assinada por 12 especialistas: Bruce Forsberg, José Galizia Tundisi, Philip Fearnside, Ronaldo Barthem, Horácio Schneider, Alceu Ranzi, Josuel Ravani, Michael Hopkins, Nelson Jorge da Silva, Reinaldo Soeiro, Michael Gouling e Vitor Py Daniel.

Segundo eles, a construção de barragens deverá elevar a concentração de mercúrio, proveniente dos garimpos no Rio Madre de Dios, na Bolívia. Tundisi afirma que o estudo feito pelos empreendedores desconsideraram os riscos de acumulo de mercúrio na água. A presença de mercúrio, e a ampliação desse metal na água, em razão das barragens, deve ser observada, já que a fonte de proteína dos ribeirinhos é o peixe. O acúmulo de mercúrio pode contaminar as populações, alerta Tundisi.

Os efeitos das barragens sobre a fauna aquática não são, segundo Ronaldo Barthem, do INPA, mensurados no Estudo de Impacto Ambiental. O pesquisador alerta para a interrupção de rotas migratórias de várias espécies. ´É importante conhecer quais são as espécies que conseguem ultrapassar Santo Antonio e Jirau e quais as que não conseguem´, adverte.

O pesquisador e hidrólogo Jorge Molina, da Universidade Mayor de San Andrés, de La Paz, afirma que as barragens podem comprometer a atividade pesqueira existente no Departamento de Beni, na Bolívia.


Deveriam fazer um complexo hidrelétrico que inundasse a Bolívia inteira :twisted: :twisted: :twisted:




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