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Proposta de força militar sul-americana

Enviado: Sex Nov 17, 2006 7:32 pm
por Guilhermerb
opa
Está sendo elaborada a proposta de criação de uma força militar única para a América do Sul. A idéia, em elaboração no Núcleo de Assuntos Estratégicos, órgão que assessora a Presidência da República sobre planos de longo prazo.

O projeto deve ficar pronto em 2007, quando será apresentado aos governos dos países vizinhos. “Essa integração pode talvez impedir uma aventura militar ou uma pressão de um país sobre a região ou sobre uma nação sul-americana”, acredita o coordenador-geral do NAE, coronel Oswaldo Oliva Neto.

O programa de defesa militar dos países sul-americanos é um dos 50 temas estratégicos desenvolvidos pelo NAE para tornar o Brasil um país desenvolvido em quinze anos, e que estão englobados no projeto denominado Brasil 3 Tempos.

Este projeto foi divulgado no seminário Brasil-União Européia: Estratégias e Políticas de Longo Prazo, que terminou hoje (14), em Brasília.

Entre as 50 ações a serem desenvolvidas pelo governo brasileiro até 2022, o plano de integração militar da América do Sul faz parte do item Sistema de Defesa Nacional.

O programa vai seguir o modelo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que foi criada na época da Guerra Fria pelos Estados Unidos e países do Ocidente europeu para conter o avanço soviético. Para fazer frente a Otan, a ex-URSS formou o bloco comunista oriental com o Pacto de Varsóvia.

A idéia é integrar os países vizinhos na defesa de suas riquezas naturais. O coronel Oliva acredita que o continente tem um volume respeitável de petróleo, a maior reserva de água do planeta e uma rica biodiversidade.

“Então, quando esses problemas, fora da América do Sul, começam a gerar um estresse internacional, volta-se os olhos para essa região. Isso em função de uma crescente redução da demanda de matéria-prima, de tipos de energia”, sublinha para destacar, enigmático, em seguida: “Há uma tendência, em médio prazo, de risco de uma tentativa de pressão internacional sobre a América do Sul, através da área militar”.

O coronel Oliva acredita que, se o pacto militar de proteção for efetivado, os países locais gastariam menos com defesa e seriam mais fortes do que são atualmente, “por atuarem isolados”. Além disso, assinala o coordenador do NAE, haveria espaço para um mercado de venda de material bélico na região.

Oliva ressalta que o estudo do núcleo ainda deve durar mais alguns meses para sua conclusão, quando será levado aos países do Cone Sul e do Pacto Andino. Quanto às iniciativas para a implementação do projeto, o coronel é enfático em afirmar: “Para acontecer, é preciso a liderança política do presidente do Brasil”.

Questionado de como seria possível conciliar tantos interesses regionais para se conseguir efetivar um sistema único de defesa, Oliva respondeu com outra pergunta: “A Europa, como todos os seus antagonismos, não conseguiu? Por que a gente não pode?”.


Agência Brasil


http://www.pt.org.br/site/noticias/noti ... ?cod=46358

obs:se ja existir um topico sobre esse assunto moderação pode apagar fazendo o favor

Enviado: Sex Nov 17, 2006 7:41 pm
por Malandro
A idéia, em elaboração no Núcleo de Assuntos Estratégicos, órgão que assessora a Presidência da República sobre planos de longo prazo.


Estou sentindo o dedo do Marco Aurélio garcia e Samuel Pinheiro aqui... Os mesmos que defendem o "direito soberano"da Bolívia :roll: Seria bom perguntar às FAs o que elas acham disso

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 11:15 am
por Alcantara
Imagina o Hugo Chaves arranjando problema com o EUA e nós termos que entrar nessa ao lado deles por força da OTAS? hehehe :lol:

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 12:21 pm
por Sniper
Um exército Sul americano ? :roll: :?

Creio que um exército do Mercosul ( excluíndo a Venezuela ) podería ser algo a se pensar... Mas incluir aí Venezuela e Bolívia Sou totalmente contra ! :?

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 12:39 pm
por torres_thiago
mas pelo que diz a materia, seria algo mais como uma aliança militar.
pode-se colocar nas normas da aliança que pra qualquer tipo de intervenção seja feita umqa votação entre os paises integrantes, isso dificultaria uma aventura de qualquer um dos integrantes.
Como não é para agora, muita água ainda vai rolar, em 15 anos muita coisa pode mudar, a venezuela pode virar um simples corderinho, chaves pode sair do governo, o mercosul pode finalmente decolar, o Brasil pode recuperar influencia, ou então pode acontecer tudo ao contrario. 15 anos é muito tempo pra mudança de mentalidade politica para a america latina.

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 1:34 pm
por CFB
Sniper escreveu:Um exército Sul americano ? :roll: :?

Creio que um exército do Mercosul ( excluíndo a Venezuela ) podería ser algo a se pensar... Mas incluir aí Venezuela e Bolívia Sou totalmente contra ! :?


Tb sou, era so o q nos faltava, os caras nos feram legal e nos ainda temos q apoialos em caso de querra, realmente isso é um absurdo

Re: Proposta de força militar sul-americana

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 2:36 pm
por Koslova
Tudo isto é bonitinho na retórica e seria ate interessante de acontecer.

A realidade é que em paises como o Brasil as suas FA´s não conseguem nem se integrarem entre elas, isto é, Marinha, Exercito e Aeronáutica em poucos procedimentos em comum como forma de racionalização de meios.

O processo de integração econômica e política na região também esta sendo posto em cheque diante desta “água morna” que virou o Mercosul.

Integrar militarmente a região? Bem a idéia no papel é ótima, na pratica tem tudo para ficar só no papel.

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 2:42 pm
por 3rdMillhouse
Excluindo-se Bolívia, Venezuela e Paraguai desse processo eu não fico contra tal iniciativa.

Foi como eu disse agora mesmo lá no "Militaryphotos", temos que isolar esses malucos do resto do continente, a única coisa que os mantem fazendo cagadas é o nosso aval, nossa proteção e vista grossa que fazemos a eles.

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 2:51 pm
por Koslova
3rdMillhouse escreveu:Excluindo-se Bolívia, Venezuela e Paraguai desse processo eu não fico contra tal iniciativa.

Foi como eu disse agora mesmo lá no "Militaryphotos", temos que isolar esses malucos do resto do continente, a única coisa que os mantem fazendo cagadas é o nosso aval, nossa proteção e vista grossa que fazemos a eles.




E a opinião publica brasileira tem alguma noção disto? E aquele comissio pró Chavez que o nosso queridissimo presidente participou na Venezuela? Como explicar aquela coisa patética?

Você tem razão, paises como o Brasil e a Argentina deveriam ser os lideres desta causa na América do Sul.

Na pratica porem todo chefe de estado, seja no Brasil ou na Argentina não descarta a hipótese de mancar o "salvador da patria" no estilo Chaves e Morales se um dia o mar politico engrossar.

São todos originários do mesmo DNA politico, muda apenas o tamanho de cada dinossauro na evolução economica e social do continente.

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 3:49 pm
por Brasileiro
Concordo com o que foi dito acima, se queremos a união, precisamos antes de tudo estabilidade e confiabilidade política.
Sou favorável à criação desse pacto, o mais interessante é que "diminuiria os gastos com defesa", pois atuariam não isolados, mas unidos. Não precisa da Venezuela nem da Bolívia. Podemos fazer um pacto nosso com a Argentina, o Chile, Uruguai, Paraguai e Colômbia, sem contar Guiana e Suriname.
A cooperação já existe entre nossas forças armadas, a exemplo dos exercícios da Marinha e FAB.
Agora, para que haja essa integração, além da estabilidade política, é preciso integração. Integração nas comunicações, nos meios, no setor de inteligência. Isso seria mais interessante ainda (socialmente falando) se a integração englobasse os serviços de inteligência das forças policiais e legislação, atuando contra tráfico de armas, drogas e carros roubados. Todos nós sairiamos ganhando.
Poderíamos ser a base para o fornecimento de material bélico de alta tecnologia no continente (mísseis: A-Darter e MSS-1.2; radares; comunicações seguras; aeronaves; blindados; viaturas leves, navios e barcos de patrulha; escoltas; submarinos, etc) e cooperando com o desenvolvimento tecnológico mútuo dos membros com transefência de conhecimento.
Se tivéssemos pelo menos um padrão de operações, comunicações e software, e equipamentos mais intercambiáveis, poderíamos por exemplo ter uma força de coalizão com a participação das principais marinhas (Brasileira, Chilena e Argentina), utilzando nosso porta-aviões como base comum (dessa forma ficaria muito mais útil do que é hoje) e muitíssimos outros meios possíveis.
É uma proposta genial para o continente mais desmilitarizado do planta.
Mas é preciso me lambrar de que propostas são propostas, tivemos muitos planos, e tomara que este dê resultado.


abraços]

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 3:52 pm
por Clermont
Koslova escreveu:São todos originários do mesmo DNA politico, muda apenas o tamanho de cada dinossauro na evolução economica e social do continente.


Pois é. E, se levarmos em conta, o quão demorado foi a evolução européia (aquelas coisas que a gente aprende no 2. Grau, de "benelux" e congêneres) para chegar a esse modelo de "União" (aliás, fortemente questionado, em países chaves como França e Grã-Bretanha) a gente fica imaginando, que fantasia seria essa de um "exército sul-americano"?

Na Europa, uma forte integração econômica precedeu as propostas de integração política. Como a América do Sul pretenderia seguir um modelo, justamente o oposto?

Militarmente pelo que eu sei, excluindo-se a estrutura da OTAN, só existe um esqueleto de "exército europeu", além da antiga brigada franco-alemã e alguns comandos de operações especiais.

Questionado de como seria possível conciliar tantos interesses regionais para se conseguir efetivar um sistema único de defesa, Oliva respondeu com outra pergunta: “A Europa, como todos os seus antagonismos, não conseguiu? Por que a gente não pode?”.


Por quê a gente não pode? Talvez porque a gente não tenha passado por duas guerras mundiais que foram um suicídio para a Europa. E que deixaram esse continente "sanduichado" entre duas superpotências: uma a leste e a outra no além-mar.

É um pouco difícil comparar a preocupação atual, recíproca (vamos usar termos suaves) entre chilenos e peruanos, ou entre colombianos e venezuelanos, ou pior ainda, entre peruanos e equatorianos, com a hostilidade de ontem, entre franceses e alemães, ou entre britânicos e franceses. Eu creio que o coronel Oliva está "supersimplificando" as coisas.

E olha que nem preciso mencionar a situação de Bolívia e Venezuela, Sniper, 3rdMilhouse e Koslova já disseram tudo. Só faria uma pergunta: qual seria a atitude de uma hipotética aliança militar sul-americana, diante de uma eventual ofensiva vitoriosa de alguma guerrilha esquerdista, tipo FARC ou MST?

Um Brasil governado por um Tarso Genro ou um Jaques Wagner (Cruz Credo, Mangalô Três Vezes!) enviaria tropas para salvar o governo "neoliberal" colombiano? E uma Argentina, governada por algum peronista de esquerda, (digamos um "coronel Nhonho") se aliaria à Venezuela do Coronel Chavez, para ajudar um governo brasileiro de José Serra, a derrotar uma insurreição armada bem-sucedida do MST, santificada pela Pastoral da Terra?

Enviado: Sáb Nov 18, 2006 9:49 pm
por César
Alcantara escreveu:Imagina o Hugo Chaves arranjando problema com o EUA e nós termos que entrar nessa ao lado deles por força da OTAS? hehehe :lol:

Como já disseram outra vez aqui, estaríamos criando a OTARIO(ou OTARIOS) :lol: :lol:

Enviado: Dom Nov 19, 2006 12:35 pm
por CFB
César escreveu:
Alcantara escreveu:Imagina o Hugo Chaves arranjando problema com o EUA e nós termos que entrar nessa ao lado deles por força da OTAS? hehehe :lol:

Como já disseram outra vez aqui, estaríamos criando a OTARIO(ou OTARIOS) :lol: :lol:
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Enviado: Dom Nov 19, 2006 1:31 pm
por Centurião
Koslova escreveu:
3rdMillhouse escreveu:Excluindo-se Bolívia, Venezuela e Paraguai desse processo eu não fico contra tal iniciativa.

Foi como eu disse agora mesmo lá no "Militaryphotos", temos que isolar esses malucos do resto do continente, a única coisa que os mantem fazendo cagadas é o nosso aval, nossa proteção e vista grossa que fazemos a eles.




E a opinião publica brasileira tem alguma noção disto? E aquele comissio pró Chavez que o nosso queridissimo presidente participou na Venezuela? Como explicar aquela coisa patética?


Simples. Coisas como a construção do metrô de Caracas, a exploração conjunta de novos campos de petróleo por parte da Petrobrás e PDVSA na Venezuela. Ou ainda a inauguração, nesse dia em que o Lula visitou o Chaves, da ponte construída por uma empreiteira brasileira. Enfim, negócios. Se estamos lucrando, vale a pena fazer vista grossa para algumas coisas.

Enviado: Dom Nov 19, 2006 4:28 pm
por Túlio
Tigrada, um dia vocês vão entender que o Lula é tão comuna quanto o Jet véio ou o Mestre Bat...

Bobear e ELES é que são comunas... :twisted:

Eis que são idealistas... :roll:

O Lula vai é na direção do $$$... :wink: