Brasil e Ucrânia criam empresa para lançamentos espaciais
Enviado: Sex Set 08, 2006 8:22 pm
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Brasil e Ucrânia criam empresa binacional para lançamentos espaciais
sexta-feira, 08 de setembro de 2006 - 11:16
Brasília - A Agência Espacial Brasileira (AEB) apresentará no próximo dia 29 o Projeto Ciclone. Trata-se da criação da empresa binacional Alcântara Ciclone Space, um consórcio entre o Brasil e a Ucrânia para o lançamento de foguetes e satélites a partir da base de Alcântara, no Maranhão.
De acordo com o presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi, o primeiro lançamento será do foguete Ciclone IV, no final de 2008 ou início de 2009. O foguete, segundo Gaudenzi, já fez mais de 300 testes com sucesso e poderá colocar em órbita um satélite brasileiro geoestacionário, que faz trabalho de segurança de vôos, meteorologia e na área de comunicação.
“É um grande avanço para o que representa, inclusive, para o domínio da tecnologia de lançamentos, que é uma coisa que é realmente difícil. Poucos países no mundo têm foguetes, fazem lançamentos, porque eu diria que essa é uma parte crítica dentro do programa”, afirma Gaudenzi.
A expectativa brasileira é fazer lançamentos comerciais de foguetes e satélites. O lucro obtido será dividido pela metade entre o Brasil e a Ucrânia. A expectativa é que a empresa gere lucros nos próximos oito anos da ordem de US$ 10 bilhões. “A empresa opera conseguindo clientes, que tenham satélites para lançar. Ela faz os lançamentos a partir de Alcântara e, abatidos os custos, o lucro final é dividido meio a meio entre Brasil e Ucrânia”, explicou.
Segundo Gaudenzi, a previsão inicial para a montagem da empresa é de US$ 100 milhões, divididos entre os dois países. O Brasil vai entrar com a área de lançadores, situada em Alcântara (MA) e a Ucrânia com a tecnologia do lançador, que foi desenvolvida por eles. Mas os benefícios irão muito além dos ganhos financeiros.
“Nós vamos ter o que se chama de acesso ao espaço, que é fundamental para um país que deseja ser de fato independente da área espacial”, afirma o presidente a AEB.
Outra vantagem para o Brasil é a possibilidade da nova empresa contratar profissionais brasileiros como cientistas, técnicos e engenheiros. Para que isso aconteça, no entanto, o Brasil terá que melhorar a remuneração da área espacial, que atualmente não atrai os profissionais.
Além da Ucrânia, o Brasil possui acordos com a Rússia, um satélite em conjunto com a China, com a União Européia, com a Índia, a Ucrânia e também com a Nasa, dos Estados Unidos. “Nós temos uma gama muito grande de acordos de cooperação e estamos trabalhando bem com todos esses países”.
Fonte: Agência Brasil
Um abraço e até mais...
Brasil e Ucrânia criam empresa binacional para lançamentos espaciais
sexta-feira, 08 de setembro de 2006 - 11:16
Brasília - A Agência Espacial Brasileira (AEB) apresentará no próximo dia 29 o Projeto Ciclone. Trata-se da criação da empresa binacional Alcântara Ciclone Space, um consórcio entre o Brasil e a Ucrânia para o lançamento de foguetes e satélites a partir da base de Alcântara, no Maranhão.
De acordo com o presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi, o primeiro lançamento será do foguete Ciclone IV, no final de 2008 ou início de 2009. O foguete, segundo Gaudenzi, já fez mais de 300 testes com sucesso e poderá colocar em órbita um satélite brasileiro geoestacionário, que faz trabalho de segurança de vôos, meteorologia e na área de comunicação.
“É um grande avanço para o que representa, inclusive, para o domínio da tecnologia de lançamentos, que é uma coisa que é realmente difícil. Poucos países no mundo têm foguetes, fazem lançamentos, porque eu diria que essa é uma parte crítica dentro do programa”, afirma Gaudenzi.
A expectativa brasileira é fazer lançamentos comerciais de foguetes e satélites. O lucro obtido será dividido pela metade entre o Brasil e a Ucrânia. A expectativa é que a empresa gere lucros nos próximos oito anos da ordem de US$ 10 bilhões. “A empresa opera conseguindo clientes, que tenham satélites para lançar. Ela faz os lançamentos a partir de Alcântara e, abatidos os custos, o lucro final é dividido meio a meio entre Brasil e Ucrânia”, explicou.
Segundo Gaudenzi, a previsão inicial para a montagem da empresa é de US$ 100 milhões, divididos entre os dois países. O Brasil vai entrar com a área de lançadores, situada em Alcântara (MA) e a Ucrânia com a tecnologia do lançador, que foi desenvolvida por eles. Mas os benefícios irão muito além dos ganhos financeiros.
“Nós vamos ter o que se chama de acesso ao espaço, que é fundamental para um país que deseja ser de fato independente da área espacial”, afirma o presidente a AEB.
Outra vantagem para o Brasil é a possibilidade da nova empresa contratar profissionais brasileiros como cientistas, técnicos e engenheiros. Para que isso aconteça, no entanto, o Brasil terá que melhorar a remuneração da área espacial, que atualmente não atrai os profissionais.
Além da Ucrânia, o Brasil possui acordos com a Rússia, um satélite em conjunto com a China, com a União Européia, com a Índia, a Ucrânia e também com a Nasa, dos Estados Unidos. “Nós temos uma gama muito grande de acordos de cooperação e estamos trabalhando bem com todos esses países”.
Fonte: Agência Brasil
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