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Patton - Old Blood and Guts

Enviado: Qui Ago 31, 2006 12:23 am
por Einsamkeit
George Smith Patton, Jr. (11 de novembro de 1885, San Gabriel, Califórnia, EUA – 21 de dezembro de 1945, Heidelberg, Alemanha) foi o general do 3º exército dos Estados Unidos da América durante a Segunda Guerra Mundial. Conhecido como "Old Blood and Guts", era amado e odiado pelos seus soldados. Amado por tratar-se de um guerreiro nato e odiado pelo fato de ser rígido ao ponto de não admitir que seus soldados sofressem fadiga de batalha, "este é um santuário para guerreiros, tirem estes covardes daqui, eles fedem" declarou certa vez sobre internos por fadiga de batalha na tomada de Palermo ao visitar um dos hospitais montados para receber feridos. Foi cotado para ser o líder da operação Overlord mas perdeu o cargo para o seu então vice-comandante Omar Bradley.

Patton, gênio militar da Segunda Guerra Mundial, foi um artista. E sua obra-prima? O avanço do 3º Exército dos EUA Operação Cobra durante os anos de 1944 e 45. Os homens de Patton cruzaram a Europa numa velocidade espantosa, libertando cerca de 12 mil cidades e povoados.

Num curto espaço de tempo percorreram 2 mil quilômetros e reconquistaram 200 mil quilômetros quadrados de território. Patton e sua tropa fizeram 1.2 milhão de prisioneiros, deixaram 386 mil feridos e mais de 144 mil soldados mortos. Em resumo, retiraram em combate mais de 1.8 milhão de prisioneiros. Estes números tão impressionantes, só foram conseguidos com dois de seus principais traços de personalidade: a capacidade de liderança e a extrema ousadia para ignorar ordens superiores.





Um general de contrastes
Por trás do general sisudo escondía-se um homem de contrastes. De um lado, um herói americano: patriota, casado, duas filhas e um bull terrier - chamado: Willie. De outro, um homem cheio de extravagâncias: falava francês, fazia poesias e gostava de desenhar seus uniformes, usava uma pistola Colt 45, com cabo revestido de marfim e suas iniciais gravadas em preto. Acreditava em reencarnação! Jurava ter lutado em Tróia, tomado parte das legiões romanas de Júlio César contra Átila e participado das guerras napoleônicas, orava de joelhos, mas xingava como um caminhoneiro. Era um dos generais mais ricos do exército dos Estados Unidos e foi graduado pela academia militar de Westpoint.


Esquicites à parte
O general Patton não era um sujeito que podia dispensar uma briga de proporções inimagináveis. Ele dominava uma novidade no cenário de batalhas: a artilharia motorizada. Quando os EUA entraram em campo, dois anos depois do início da guerra, o general Dwight Eisenhower -, companheiro dos tempos de caserna e comandante supremo dos aliados, convocou-o imediatamente. Eisenhower sabia que Patton estava entre os poucos homens do mundo capazes de manobrar um exército de tanques blindados. A estréia do general não foi decepcionante. Em novembro de 1942, sob sua liderança, o Marrocos, a Argélia e boa parte da Tunísia foram libertados. O general alemão Erwin Römmel e seu famoso agrupamento de tanques: Afrika Korps, ficaram encurralados em Túnis, que caiu em maio de 1943, deixando um saldo de aproximadamente 200 mil soldados alemães como prisioneiros.

Como reconhecimento, o general Eisenhower deu a Patton o comando do 7.º Exército na Operação Husky na qual libertou as cidades de Messina e Palermo do controle nazista e para o desembarque das tropas aliadas na Sícilia, sul da Itália. Ali a rivalidade entre o general Patton e o general britânico Bernard Montgomery havia se acirrado. Na Sícilia, a ordem era clara: Patton deveria defender os flancos de Montgomery, que avançaria até a cidade de Messina, cujo a localização norte era estratégica, encurralando o inimigo e impedindo uma retirada organizada. Patton detestou à idéia de ficar com o papel de coadjuvante. Todavia, nada saiu como planejado. Montgomerry encontrou resistência e pediu ao general Harold Alexander que enviasse Patton para ajudá-lo. Alexander emitiu ordens. O general americano simulou problemas na transmissão e seguiu travando uma guerra pessoal contra os alemães, italianos e, de quebra, contra o "aliado" Montgomerry. A intenção era chegar na frente do britânico. Sucesso! Conseguiu resgatar o restante da ilha, libertou Palermo e ainda atingiu o destino, reividicando a glória.



Eu cheguei primeiro!
Patton teve mais uma chance de exibir sua astúcia na batalha das Ardenas, na fronteira da Bélgica com a Alemanha. Durante cinco dias, os alemães isolaram 18 mil soldados americanos na cidade de Bastogne. Patton foi convocado para salvá-los. Em apenas três dias, resgatou os compatriotas. O próximo destino era o coração da própria Alemanha. Quando cruzou o Reno, Patton violou novamente ordens que proibiam que o 3º Exército de atravessar o rio. Uma noite, ouvindo uma transmissão da BBC, escutou um discurso de Churchill atribuindo a Montgomerry a façanha de ser o primeiro general a atingir o Reno. Patton se enfureceu e, diante dos auxiliares arriou as calças e urinou no Reno gritando: Eu fui o primeiro!





Batalha das Ardenas
Em 16 de dezembro de 1944, num gesto desesperado Hitler quis cortar as linhas do inimigo e conquistar a cidade de Antuérpia. Ele havia percebido corretamente a fragilidade dos aliados na floresta das Ardenas, fronteira da Bélgica com a Alemanha. O local era de difícil acesso e de fato estava mal guarnecido. Foi um risco calculado. justificou-se depois o general Bradley.



Operação Torch
Em julho de 1942, o presidente americano: Franklin Roosevelt, e o primeiro-ministro britânico: Winston Churchill, decidiram que os aliados deveria abrir uma segunda frente de batalha. A intenção era dividir as atenções do exército nazista e ajudar a União Soviética. Stálin queria uma segunda frente na Europa, mas Roosevelt e Churchill preferiram começar pelo norte da África. O comando ficou com Dwight Eisenhower.



Inimigo: Montgomerry
"Monty" como era conhecido, era herói nacional e amigo de Winston Churchill, sabia usar como ninguém suas relações pessoais para obter vantagens do Alto Comando aliado. Eisenhower se curvava a quase todas as suas exigências, o que irritava Patton profundamente. Patton e Eisenhower, antes velhos amigos, foram se afastando. Muito de dizia que a "britanização" de Eisenhower se devia a um tórrido caso com sua motorista inglesa, Kay Summersby. De qualquer maneira, pouco souberam se aproveitar disso como Montgomerry, que facilmente conseguia impor suas idéias.



Patton: um senhor da guerra
A Alemanha estava se esfacelando e a guerra se aproximava do fim. Mas Patton queria chegar antes dos soviéticos a Berlim. O Alto Comando tinha outros planos. O 3º Exército foi enviado para Áustria. Praga, capital da antiga Tchecoslováquia, estava ao alcance das mãos, mas reservado à esfera de influência de Stálin. Quando percebeu que a guerra terminaria sem um confronto com os comunistas, o velho Patton atacou a política de Eisenhower e do presidente Harry Truman, que assumiu o cargo em abril de 1945. Com o 3º Exército, varreríamos o que restou dos soviéticos - disse em discurso. Depois da guerra, o general ganhou um posto administrativo na Baviera, Alemanha. Insastifeito, voltou a críticar a política de Eisenhower, que defendia a não-participação de filiados ao partido nazista na reconstrução da Europa. Como na Baviera boa parte da população era filiada, ficava impossível administrar. Assim Patton antecipou sua aposentadoria. Três meses depois de sair da ativa, em dezembro de 1945, um tanque sem freios esmagou o jipe do general, nos arredores de Heidelberg, na Alemanha. Gravemente ferido, ele faleceu em 21 de dezembro e foi enterrado em Hamm, Luxemburgo, junto aos combatentes mortos na Batalha das Ardenas. É o único general americano sepultado fora de sua terra natal. Em tempos de paz, George Patton nasceu para guerra e sem a guerra deixou de ter uma razão para existir.


O General Patton escreveu um diário de Guerra, que foi compilado e organizado pela sua esposa Beatrice Ayer Patton chamado " A guerra que eu vi ( War as I Knew it ,1974)". São memórias deste no período em que participou da Segunda Guerra Mundial. Contém impressões pessoais, táticas e estratégias de guerra além de "macetes de combate". Conta também em detalhes as estratégias utilizadas nas campanhas da África e Sicília, operação Overlord, campanha do Palatinado e outras.


Imagem

http://www.youtube.com/watch?v=YDecLiA_Qbw

Enviado: Qui Ago 31, 2006 6:26 am
por cabeça de martelo
Sou um fã deste General, acho que a sua forma pessoal e lunática de encarar a guerra lhe valeu muitos inimigos mas tb sinceros admiradores. Foi um dos melhores generais da 2ª GM e é pena que tenha morrido por causa de um acidente com um camião. Eu acho que se ele tivesse ido para os EUA, o próximo Presidente teria sido ele. O mundo seria muito diferente... :wink:

Enviado: Qui Ago 31, 2006 2:29 pm
por Wingate
Corre a lenda (ou fato real, não posso provar) de que o General Patton teria aconselhado que o Exército Brasileiro adotasse os caminhões Chevrolet/GMC 6x6 QT em vez dos Ford, Studebaker ou qualquer outra marca.

Lenda ou verdade, o fato é que o Exército Brasileiro acertou, na época, ao adotar caminhões GM.

Roberto

Enviado: Qui Ago 31, 2006 2:53 pm
por Guerra
cabeça de martelo escreveu:Sou um fã deste General, acho que a sua forma pessoal e lunática de encarar a guerra lhe valeu muitos inimigos mas tb sinceros admiradores. Foi um dos melhores generais da 2ª GM e é pena que tenha morrido por causa de um acidente com um camião. Eu acho que se ele tivesse ido para os EUA, o próximo Presidente teria sido ele. O mundo seria muito diferente... :wink:


em 1974 quando os EUA revelaram a existencia do ULTRA que decodificava as mensagens dos alemães derrubou o mito da genealidade dos generais americanos. ele era bom. o cara certo para a epoca certa, mas genio por genio fico com Rommel (e olha que eu critiquei o Rommel).
se ele fosse presidente. é provavel que estariamos morando em cavernas, porque o objetivo dele era entrar em guerra com a Urss

Enviado: Qui Ago 31, 2006 3:52 pm
por Sverdlov
Mas Patton queria chegar antes dos soviéticos a Berlim.


Ora. Sonhar não custa nada.

Enviado: Qui Ago 31, 2006 4:06 pm
por Carlos Lima
Realmente eu admiro muito esse Patton,

Estava vendo umas semanas atrás o DVD do filme dele com comentários do Copolla (quem escreveu o roteiro), e só como curiosidade o Copolla seria o diretor do filme, mas aquela cena inicial da bandeira americana com o Patton à frente (aonde o discurso na verdade era uma compilação de vários discursos e coisas que ele disse ao longo de sua carreira), era tão "arrojada" para a época em que o filme foi dirigido, que o estúdio demitiu o Copolla (na época um cineasta iniciante).

A cena dava a impressão de que o Patton estava se dirigindo as pessoas assistindo o filme como forma de "ditar" como seria o tom do filme :wink:

Anos depois, ele estava novamente para ser demitido pelo estúdio por ser tão "polêmico" quando estava dirigindo o 1º Poderoso Chefão, mas nesse momento o seu roteiro por Patton havia virado filme e ganhado um Oscar, e por conta disso os chefões do estúdio decidiram manter o emprego dele. 8-]

Comprei o War I knew it, e espero que chegue nos próximos dias.

Existem polêmicas quanto aos que afirmam que o Patton chegaria primeiro ou não à Berlin... a verdade é que não chegou, mas não há como duvidar do potencial dele.

[]s
CB_Lima

Enviado: Qui Ago 31, 2006 4:18 pm
por hancelo
realmente ele foi o cara.
o filme paton com george c.scott memoravel o desempenho dele como patton.
ganhador do oscar de melhor filme em 1971.




[/quote]"Monty" como era conhecido, era herói nacional e amigo de Winston Churchill

quem vai se lembrar dele daqui á 50 anos,para mim só dois generais serão lembrados
PATTON e ROMMEL
os outros serão figurantes


tomado parte das legiões romanas de Júlio César contra Átila


só uma observação ele disse isto no sitio arqueologco da antiga cidade de cartago.
ele falou que esteve ali com as legiões romanas.

Enviado: Qui Ago 31, 2006 4:23 pm
por hancelo
Sverdlov escreveu:
Mas Patton queria chegar antes dos soviéticos a Berlim.


Ora. Sonhar não custa nada.


olha que ele chegava mesmo.
masssssss a politica falou mais alto
o 3 exercito americano era o mais bem preparado e com melhores recursos.
era só dar a ordemque em poucas semanas ele estaria no coração de berlim.
não duvide :wink:

Enviado: Qui Ago 31, 2006 4:35 pm
por Morcego
hancelo escreveu:
Sverdlov escreveu:
Mas Patton queria chegar antes dos soviéticos a Berlim.


Ora. Sonhar não custa nada.


olha que ele chegava mesmo.
masssssss a politica falou mais alto
o 3 exercito americano era o mais bem preparado e com melhores recursos.
era só dar a ordemque em poucas semanas ele estaria no coração de berlim.
não duvide :wink:


A questão era o ORGULHO COMUNISTA, que foi sábiamente usado pela politica.

Deixem os RUSSOS e ALEMÃES se matarem, a guerra esta ganha.

foi assim que pensaram.

Enviado: Qui Ago 31, 2006 5:28 pm
por Raposa_do_Deserto
Que eu sabia Patton e Rommel nunca se encontraram...
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Na citação do Einsamkeit:
...O general alemão Erwin Römmel e seu famoso agrupamento de tanques: Afrika Korps, ficaram encurralados em Túnis, que caiu em maio de 1943, deixando um saldo de aproximadamente 200 mil soldados alemães como prisioneiros....
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Apenas corrigindo que Rommel não estava la, estaria cuidando da sua Saude em sua residencia.

Enviado: Dom Set 03, 2006 2:11 pm
por Sverdlov
A propósito da 2º Guerra. Foram mortos 6 milhões de judeus no holocausto nazista. Mas o mesmo hitlerismo eliminou 20 milhões de cidadãos soviéticos -entre civis e soldados- mas isso poucos lembram.

Enviado: Dom Set 03, 2006 2:34 pm
por zela
Sverdlov escreveu:A propósito da 2º Guerra. Foram mortos 6 milhões de judeus no holocausto nazista. Mas o mesmo hitlerismo eliminou 20 milhões de cidadãos soviéticos -entre civis e soldados- mas isso poucos lembram.


Isso se deve pq essas mortes não foram de "propósito": não foram colocadas propositalmente em campos de concentração para serem cobaias de experimentos e depois executadas ( sim muitos foram, mas não 6 milhões). Tantos morreram em batalhas urbanas, e outros tantos morreram a mando de Stalin, o carniceiro; era só algum general discordar dele que ele mandva executar; ou mesmo etnias interias eram executadas a mando dele.
Ou quem não se lembra das ordens dadas aos soldados soviéticos, que se recuassem, eram mortos por um oficial na retarguada?
A grande maioria desses milhões foram mortos por Stalin.


http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Stalin#Number_of_victims

Se vc ler esse artigo da Wikipedia terá uma noção do que realmente foi esse MONSTRO.

Enviado: Dom Set 03, 2006 3:12 pm
por Einsamkeit
O Filme é realmente otimo, era esse tipo de americano que construiu o imperio, nao esses adolescentes gays que reclamam de comer a professora :roll:

Enviado: Dom Set 03, 2006 3:27 pm
por zela
hancelo escreveu:quem vai se lembrar dele daqui á 50 anos,para mim só dois generais serão lembrados
PATTON e ROMMEL
os outros serão figurantes


Não se esqueça de Eisenhower
comandou o Dia-D e foi presidente. Num dá pra esquecer

Enviado: Dom Set 03, 2006 5:11 pm
por LeandroGCard
zela escreveu:
Sverdlov escreveu:A propósito da 2º Guerra. Foram mortos 6 milhões de judeus no holocausto nazista. Mas o mesmo hitlerismo eliminou 20 milhões de cidadãos soviéticos -entre civis e soldados- mas isso poucos lembram.


Isso se deve pq essas mortes não foram de "propósito": não foram colocadas propositalmente em campos de concentração para serem cobaias de experimentos e depois executadas ( sim muitos foram, mas não 6 milhões). Tantos morreram em batalhas urbanas, e outros tantos morreram a mando de Stalin, o carniceiro; era só algum general discordar dele que ele mandva executar; ou mesmo etnias interias eram executadas a mando dele.
Ou quem não se lembra das ordens dadas aos soldados soviéticos, que se recuassem, eram mortos por um oficial na retarguada?
A grande maioria desses milhões foram mortos por Stalin.


http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Stalin#Number_of_victims

Se vc ler esse artigo da Wikipedia terá uma noção do que realmente foi esse MONSTRO.


Na verdade, grande parte destas mortes foi de propósito sim. Apenas os encarregados alemães não se davam ao trabalho de levar suas vítimas para longe de testemunhas, como faziam com os judeus. Na maior parte dos casos eles simplesmente forçavam a população das cidades conquistadas a cavar enormes buracos na terra, perfilavam todos na borda destes buracos, fuzilavam-nos com metralhadoras (inclusive mulheres e crianças) e cobriam os buracos usando tratores.

Como não se tomou o cuidado de fazer registros detalhados desta "limpeza étnica" é possível que jamais se possa dizer quantos milhões morreram desta forma, mas seu número foi grande o suficiente para fazer com que vários oficiais alemães enviassem protestos às autoridades do III Reich contra isto (não eram tropas da Wehrmacht que fazim isto, mas "unidades especiais" recrutadas entre psicopatas, presos condenados por assasinato, etc...), sem no entanto conseguir parar as atrocidades.

É verdade que Stalin foi um monstro, mas os nazistas não foram menos do que isto, e os povos da antiga União Soviética sofreram muito nas mãos de ambos.