Novo Fuzil para o EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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A.K. for T-7
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Novo Fuzil para o EB

#1 Mensagem por A.K. for T-7 » Sex Jul 14, 2006 3:29 pm

Senhores,

Considerando:

Que o EB jamais procurará sequer se inteirar a cerca do que é um AN-94 e qual o potencial desta excelente e revolucionária arma;
Que o G-36 é um dos melhores Fuzis de Assalto em produção no Ocidente, se não for o melhor;
Que o preço de aquisição da versão “E” é compatível com o de um M-16 A4, e o da versão KV é compatível com um M-4 básico; e
Que estas armas começam a aparecer por aqui, tendo sido adotadas pelo 1º BFEsp e pelo DPF.

Penso, seria este um bom fuzil para ser produzido no lugar do MD-97 L ou LC (“L” = Lixão e “C” =Cacareco) ? Como creio que sim, fiz um Photoshop daquilo que considero o ideal, para a apreciação e comentários de vocês:

1) Para as tropas de selva (todas as armas) e para as armas e serviços de apoio, sugiro o G-36 KV, compacto e leve o suficiente para não ser um “fardo” nas marchas na selva, travessias de cursos d’água e em outras atividades que uma “âncora” como o FAL costuma atrapalhar. Também com um sistema de miras mais simples, mecânicas, para não “dar pau” no meio do nada verde que é a Amazônia, e para não quebrar na mão dos motoristas, operadores de rádio, sentinelas e outros não envolvidos diretamente em atividades de combate, que não zelam tanto por suas armas.

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2) Para a “linha de frente” um G-36E, que com seu cano de 18 polegadas extrai uma melhor performance do 5,56x45mm, equipado com a mira ótica Hensoldt padrão de 3,5x embutida na alça de transporte, com as seguintes modificações:
a) trilho picatinny sobre a alça de transporte com o sistema de miras mecânicas do G36KV, com alça para 150 e 300m, e inserts de trítio na massa e na posição 150m, a fim de facilitar o tiro em baixa visibilidade. Este sistema de miras seria utilizado para curto alcance, até 100m, devido à maior facilidade de enquadramento de alvos próximos.
b) mira ótica Hensoldt de 3,5 aumentos padrão da H&K para o G36, com a cor do retículo modificada para vermelho, de forma a aumentar o contraste quando disparando em pouca luminosidade, ou contra alvos ocultos em sombras durante um dia ensolarado. Esta mira ótica faria as vezes de uma muito mais cara Trijicon ACOG, e um outro adicional interessante seria fazer seu retículo também iluminado por trítio, para facilitar o tiro em baixa visibilidade. Seria usada para bater alvos a mais de 100 m com maior precisão que o sistema de miras mecânicas.

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3) Para as Forças Especiais (Comandos) e similares, um G-36KE com as modificações propostas para o G-36E acima, além de uma mira de visada rápida EO Tech, para dar aquela vantagem nos combates de curto alcance.

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Para as Forças Especiais, também aquilo que já se usa hoje, o G-36C, mas com uma EO Tech... E para as tripulações de blindados e aeronaves o G-36C sem a EO Tech...

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Que tal?




Se chiar resolvesse, Sonrisal não morria afogado.
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#2 Mensagem por talharim » Sex Jul 14, 2006 3:52 pm

Quanto custaria a aquisição de 500.000 G-36 para o EB + licença de produção local via IMBEL ?




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#3 Mensagem por Brasileiro » Sex Jul 14, 2006 4:31 pm

Alexandre, eu simplesmente adoro essa G-36, muito linda! E parece ser muito boa pelos dados que estão disponíveis. Essa versão que você citou me parece muito boa para o "grosso" do Exército, pois é uma arma robusta e simples.
Mas eu gostaria de saber se a produção do MD-97L seria mais barata do que a do G-36. Quais são os custos de cada arma?

Quanto custaria a aquisição de 500.000 G-36 para o EB + licença de produção local via IMBEL ?

Putz Talha!!! 500 mil?? De acordo com algumas especulações, a Imbel não produziu mais do que 200 mil FALs. Talvez uns 200 mil seriam suficientes para as necessidades atuais, depois, se precisar fabrica-se mais para a reserva.



abraços]




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#4 Mensagem por Túlio » Sex Jul 14, 2006 5:03 pm

Sei não, Beraldi véio, G36 é muito bonitinho & quetales, deve também funcionar maravilhosamente, maaaaaaassss...

AN94 É O FUZIL!

Aquela burst-furadeira-de-Interceptor é, para mim, um MUST!
Contra um Exército maciçamente equipado com proteção balística seria, ao menos a meu ver, item NO GO!

Ademais, continuo a crer naquilo que escreveste naquele antológico artigo no Sistemas de Armas: produzi-lo aqui, com melhor acabamento e interface seria um baita dum pulo-do-gato. O problema é a Imbel, tradicional fabricante de armamento obsoleto. Vejamos o caso do MD97, destarte algumas dúvidas sobre a sua fiabilidade, seria, creio eu, um fuzil moderníssimo...para os anos 80... :twisted:

E tenho dúvidas também sobre ESSE trecho do teu post:




Beraldi escreveu:

Senhores,

Considerando:

Que o EB jamais procurará sequer se inteirar acerca do que é um AN-94 e qual o potencial desta excelente e revolucionária arma;


Minha dúvida se chama IGLA. Se se inteiraram sobre uma arma que creio ser apenas um pouco mais eficaz que um bodoque, chegando mesmo a comprá-la, por que não o Abakan?

Na boa, como descobriram o Igla? Num poderiam ser levados a descobrir o AN também? Quem é o índio que bota pilha neles? Ele tem email?

Não me entendas mal, cupincha, o fato é que, para o véio Túlio, FORA DO ABAKAN NÃO HÁ SALVAÇÃO, POWS!

Tirando esse da jogada, para mim qualquer outro está bom, eis que, em linhas gerais, todos parecem fazer a mesma coisa e do mesmo jeito, seja G36, SCAR ou mesmo aquele fuzil chinês que me parece um xerox do LAPA... :twisted:




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#5 Mensagem por FinkenHeinle » Sex Jul 14, 2006 5:45 pm

Que Abakan, Kubanakan, Can Can que nada...

G-36 é o bixo...




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#6 Mensagem por Bolovo » Sex Jul 14, 2006 5:47 pm

Enquanto alguns sonham com AN-94, outros com G-36 e o EB pensa em MD-97... olhem o México, fazendo suas G-36 sobre licensa com a designação local de FX-05 Xicóatl.

"Another future user is the Mexican Army, which will be producing it under license as the FX-05 Xicóatl."

http://en.wikipedia.org/wiki/Heckler_&_Koch_G36


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Os caras estão com o melhor fuzil ocidental (junto com a HK416) e fabricando eles sobre licensa, enquanto nós estamos aqui sonhando com AN-94 e vivendo com MD-97... :roll:




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#7 Mensagem por FinkenHeinle » Sex Jul 14, 2006 5:51 pm

Bolovo escreveu:Enquanto alguns sonham com AN-94, outros com G-36 e o EB pensa em MD-97... olhem o México, fazendo suas G-36 sobre licensa com a designação local de FX-05 Xicóatl.

"Another future user is the Mexican Army, which will be producing it under license as the FX-05 Xicóatl."

Os caras estão com o melhor fuzil ocidental (junto com a HK416) e fabricando eles sobre licensa, enquanto nós estamos aqui sonhando com AN-94 e vivendo com MD-97... :roll:

E quer saber de um troço?!


Esses dados do AN-94 num me convencem...




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#8 Mensagem por talharim » Sex Jul 14, 2006 5:57 pm

500.000 Fuzis sim senhor.

O EB deve ter esse número de FALs.

Daria para equipar todo o contingente do EB + alguns reservistas e policiais militares.




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#9 Mensagem por FinkenHeinle » Sex Jul 14, 2006 5:59 pm

talharim escreveu:500.000 Fuzis sim senhor.

O EB deve ter esse número de FALs.

Daria para equipar todo o contingente do EB + alguns reservistas e policiais militares.

E não se esqueça das outras duas Forças: FAB e MB!




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#10 Mensagem por Bolovo » Sex Jul 14, 2006 6:17 pm

FinkenHeinle escreveu:
talharim escreveu:500.000 Fuzis sim senhor.

O EB deve ter esse número de FALs.

Daria para equipar todo o contingente do EB + alguns reservistas e policiais militares.

E não se esqueça das outras duas Forças: FAB e MB!

Temos que padronizar tudo.

Odeio essa coisa de MB ter a M-16, o EB a FAL, a FAB a HK-33... MB os Toyota Bandeirante, o EB a Land Rover... cada um ter seu proprio padrão de camuflagem e etc.

Assim fica foda.




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#11 Mensagem por Plinio Jr » Sex Jul 14, 2006 6:40 pm

Bolovo escreveu:
FinkenHeinle escreveu:
talharim escreveu:500.000 Fuzis sim senhor.

O EB deve ter esse número de FALs.

Daria para equipar todo o contingente do EB + alguns reservistas e policiais militares.

E não se esqueça das outras duas Forças: FAB e MB!

Temos que padronizar tudo.

Odeio essa coisa de MB ter a M-16, o EB a FAL, a FAB a HK-33... MB os Toyota Bandeirante, o EB a Land Rover... cada um ter seu proprio padrão de camuflagem e etc.

Assim fica foda.


Tem que haver padronização, enquanto as 03 forças continuarem falando linguagens diferentes, dificilmente conseguirão algo em termos de equipamentos modernos que poderiam beneficiar as mesmas...




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#12 Mensagem por A.K. for T-7 » Sáb Jul 15, 2006 10:17 am

tulio escreveu:
Sei não, Beraldi véio, G36 é muito bonitinho & quetales, deve também funcionar maravilhosamente, maaaaaaassss...

AN94 É O FUZIL!

Aquela burst-furadeira-de-Interceptor é, para mim, um MUST!
Contra um Exército maciçamente equipado com proteção balística seria, ao menos a meu ver, item NO GO!

Ademais, continuo a crer naquilo que escreveste naquele antológico artigo no Sistemas de Armas: produzi-lo aqui, com melhor acabamento e interface seria um baita dum pulo-do-gato. O problema é a Imbel, tradicional fabricante de armamento obsoleto. Vejamos o caso do MD97, destarte algumas dúvidas sobre a sua fiabilidade, seria, creio eu, um fuzil moderníssimo...para os anos 80... :twisted:


Concordo absolutamente contigo, Túlio, mas temso que considerar que o EB procura um fuzil que seja simples operação e de produção fácil, o que infelizmente o AN94 não é. O número de componentes empregados em seu mecanismo de disparo é muito maior, sendo muitos deles usinados (maiores custos de produção). Não obstante isto, o mecanismo de fincionamento extremamente mais elaborado (complexo, com mais partes móveis) torna sua compreensão/manutenção por recrutas extremamente difícil, senão impossível, pois nem o simples "tilting bolt" do FAL o pessoal não consegue compreender. Se possuíssemos um exército profissional e uma reserva composta de pessoas com um grau de instrução melhor do que se verifica na média do Brasil, seria o AN94, de fato, o ideal. São considerações estas que me foram passadas por um Coronel do EB ligado à IMBEL, e tenho que concordar com seus argumentos, mas não aceitá-los como justificativa para o MD-97. O G-36 é de mais fácil e barata produção que o MD-97, pois boa parte de seus componentes são em polímero injetado (moldou, tá pronto, não precisa de usinagem, polimento ou ajuste), enquanto os do IMBEL são em aço ou alumínio. Seu mecanismo de fincionamento (do gatilho ao ferrolho/pistão) tem menos, e menores peças móveis, sendo boa parte delas de desenho mais simples. A arma como um todo tem menos componentes, que, como um todo, são mais simples de produzir, portanto mais baratos.

Quanto ao "fucking killing mega-death Interceptor destroying system", concordo, é uma vantagem imensurável, principalmente no curto alcance. Mas como todo o colete, e você como usuário sabe bem disso, é f... de ser usado o tempo todo em atividades dinâmicas. Já é uma m... só com a parte soft da blindagem, que dá o nível 3A (o kevlar/spectra/dyneema), agora se você acrescenta as placas na frente e atrás (mais 4 a 5 kg), aí sim fica insuportável. É como um Carro de Combate, se o motor e a suspensão são os mesmos, quanto mais blindagem você põe, mais mobilidade você perde. Então usar o sistema de coletes e placas completo, torna você bem menos ágil...acrescente o peso do equipamento, munição e armamento e você tem um alvo fácil. Um disparo no centro de massa, se atingir a placa, que é pequena, medindo 25x30 cm, já vai desetabilizar o cara ou jogá-lo no chão... Se cair, o que é mais provável, devido ao peso que carrega, aí você tem um alvo fácil para finalizar (cabeça ou coxas) ou para ferir (braços e pernas) e deixar os companheiros dele desesperados e com mais um problema...Se só bobear, dá para finalizar...Lembre-se, não tem capacete nível 3, e da parte superior do externo até o topo da cabeça não tem proteção de placa, nem nos membros e parte inferior do abdomen, e nas laterais do colete não há placa, bem como a placa cobre apenas 70% da frente e não a frente toda do colete... Aí que esta mira Hensoldt 3,5x vai fazer a diferença... você bem sabe o que faz um 5,56x45mm na coxa a menos de 200m, quando o projétil fragmenta e tem cavitação supersônica, é "game over" para o fulano: fragmentação total do fêmur e rompimento de todos os vasos, inclusive a femural, ou seja, 4 a 5 minutos de vida...


Também tenho dúvidas também sobre ESSE trecho do teu post:

Senhores,

Considerando:

Que o EB jamais procurará sequer se inteirar acerca do que é um AN-94 e qual o potencial desta excelente e revolucionária arma;

Minha dúvida se chama IGLA. Se se inteiraram sobre uma arma que creio ser apenas um pouco mais eficaz que um bodoque, chegando mesmo a comprá-la, por que não o Abakan?

Na boa, como descobriram o Igla? Num poderiam ser levados a descobrir o AN também? Quem é o índio que bota pilha neles? Ele tem email?


O IGLA é resulatdo de requisito específico para uma situação específica que só poderia ser atendida por ele ou pelo Stinger norte-americano. Queriam um míssil portátil (não transportável, como o Mistral), fire-and-forget, guiado por calor e de baixo custo. Aí tinha ou o russo, ou o americano, ou o chinês (que a Bolívia acabou comprando). O americano era bem mais caro e não vinha na última versão, além de não ter a resistência ambiental (umidade e calor) que o russo tinha... Aí comprou-se o russo.
Quanto à precisão e eficiência, nosso SA-16 Igla é a quarta geração desta arma. A primeira geração é o SA-7 Grail, a segunda o SA-14 Gremilin e a terceira o SA-18 Grouse (apesar de ser numerado com dígito maior, é mais antigo que o SA-16). A primeira geração, o SA-7 Grail, pos abaixo um bom número de Skyhawks israelenses por aquelas bandas do Oriente Médio, inclusive em disparos além da altitude máxima de engajamento, de 3.500m, além de ter deitado um Sea Harrier Inglês nas Malvinas e um Mirage 2000 na primeira Guerra do Golfo. A segunda geração, O SA-14, foi feito para derrubar os caras de frente também, e assim foi... Imagina o que não faz esta quarta geração...Creio que estes dados iniciais do índice de acerto do IGLA se deveram ao uso/alvo inadequado. Com alvos adequados, numa campanha de tiro que ocorreu o mês passado, o IGLA teve índice de acerto de 90%...




Se chiar resolvesse, Sonrisal não morria afogado.
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#13 Mensagem por FinkenHeinle » Sáb Jul 15, 2006 5:19 pm

Alexandre Beraldi escreveu:Concordo absolutamente contigo, Túlio, mas temso que considerar que o EB procura um fuzil que seja simples operação e de produção fácil, o que infelizmente o AN94 não é. O número de componentes empregados em seu mecanismo de disparo é muito maior, sendo muitos deles usinados (maiores custos de produção). Não obstante isto, o mecanismo de fincionamento extremamente mais elaborado (complexo, com mais partes móveis) torna sua compreensão/manutenção por recrutas extremamente difícil, senão impossível, pois nem o simples "tilting bolt" do FAL o pessoal não consegue compreender. Se possuíssemos um exército profissional e uma reserva composta de pessoas com um grau de instrução melhor do que se verifica na média do Brasil, seria o AN94, de fato, o ideal. São considerações estas que me foram passadas por um Coronel do EB ligado à IMBEL, e tenho que concordar com seus argumentos, mas não aceitá-los como justificativa para o MD-97. O G-36 é de mais fácil e barata produção que o MD-97, pois boa parte de seus componentes são em polímero injetado (moldou, tá pronto, não precisa de usinagem, polimento ou ajuste), enquanto os do IMBEL são em aço ou alumínio. Seu mecanismo de fincionamento (do gatilho ao ferrolho/pistão) tem menos, e menores peças móveis, sendo boa parte delas de desenho mais simples. A arma como um todo tem menos componentes, que, como um todo, são mais simples de produzir, portanto mais baratos.

Quanto ao "fucking killing mega-death Interceptor destroying system", concordo, é uma vantagem imensurável, principalmente no curto alcance. Mas como todo o colete, e você como usuário sabe bem disso, é f... de ser usado o tempo todo em atividades dinâmicas. Já é uma m... só com a parte soft da blindagem, que dá o nível 3A (o kevlar/spectra/dyneema), agora se você acrescenta as placas na frente e atrás (mais 4 a 5 kg), aí sim fica insuportável. É como um Carro de Combate, se o motor e a suspensão são os mesmos, quanto mais blindagem você põe, mais mobilidade você perde. Então usar o sistema de coletes e placas completo, torna você bem menos ágil...acrescente o peso do equipamento, munição e armamento e você tem um alvo fácil. Um disparo no centro de massa, se atingir a placa, que é pequena, medindo 25x30 cm, já vai desetabilizar o cara ou jogá-lo no chão... Se cair, o que é mais provável, devido ao peso que carrega, aí você tem um alvo fácil para finalizar (cabeça ou coxas) ou para ferir (braços e pernas) e deixar os companheiros dele desesperados e com mais um problema...Se só bobear, dá para finalizar...Lembre-se, não tem capacete nível 3, e da parte superior do externo até o topo da cabeça não tem proteção de placa, nem nos membros e parte inferior do abdomen, e nas laterais do colete não há placa, bem como a placa cobre apenas 70% da frente e não a frente toda do colete... Aí que esta mira Hensoldt 3,5x vai fazer a diferença... você bem sabe o que faz um 5,56x45mm na coxa a menos de 200m, quando o projétil fragmenta e tem cavitação supersônica, é "game over" para o fulano: fragmentação total do fêmur e rompimento de todos os vasos, inclusive a femural, ou seja, 4 a 5 minutos de vida...

Concordo! É essa a minha idéia sobre o AN-94... Questões semelhantes às do Flanker, por exemplo. Mal conseguimos manter em vôo metade de uma frota composta por sua grande maioria de aeronaves comuns, e queremos uma aeronave como o Flanker, que tem um custo alto em termos de manutenção, e especialmente combustível, nosso grande calcanhar de aquiles!

O mesmo ocorre nesse caso. O AN-94 é uma arma complexa, cara, e se tivermos de adestrar TODOS os recrutas nas atividades de lida diária com esta arma mais complexa, o custo ficará bastante salgado.

Quanto ao Interceptor, reafirmo, não fico na frente de Fuzil NENHUM nesse Mundo usando ele, hehehe...


Alexandre Beraldi escreveu:O IGLA é resulatdo de requisito específico para uma situação específica que só poderia ser atendida por ele ou pelo Stinger norte-americano. Queriam um míssil portátil (não transportável, como o Mistral), fire-and-forget, guiado por calor e de baixo custo. Aí tinha ou o russo, ou o americano, ou o chinês (que a Bolívia acabou comprando). O americano era bem mais caro e não vinha na última versão, além de não ter a resistência ambiental (umidade e calor) que o russo tinha... Aí comprou-se o russo.
Quanto à precisão e eficiência, nosso SA-16 Igla é a quarta geração desta arma. A primeira geração é o SA-7 Grail, a segunda o SA-14 Gremilin e a terceira o SA-18 Grouse (apesar de ser numerado com dígito maior, é mais antigo que o SA-16). A primeira geração, o SA-7 Grail, pos abaixo um bom número de Skyhawks israelenses por aquelas bandas do Oriente Médio, inclusive em disparos além da altitude máxima de engajamento, de 3.500m, além de ter deitado um Sea Harrier Inglês nas Malvinas e um Mirage 2000 na primeira Guerra do Golfo. A segunda geração, O SA-14, foi feito para derrubar os caras de frente também, e assim foi... Imagina o que não faz esta quarta geração...Creio que estes dados iniciais do índice de acerto do IGLA se deveram ao uso/alvo inadequado. Com alvos adequados, numa campanha de tiro que ocorreu o mês passado, o IGLA teve índice de acerto de 90%...

Aí faço o seguinte comentário:

- O Igla é EXCELENTE... Porém não como Espinha Dorsal da AAAé, como ocorre no Brasil ao lado da Artilharia de Tubo!




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#14 Mensagem por juarez castro » Sáb Jul 15, 2006 6:02 pm

FinkenHeinle escreveu:
Alexandre Beraldi escreveu:Concordo absolutamente contigo, Túlio, mas temso que considerar que o EB procura um fuzil que seja simples operação e de produção fácil, o que infelizmente o AN94 não é. O número de componentes empregados em seu mecanismo de disparo é muito maior, sendo muitos deles usinados (maiores custos de produção). Não obstante isto, o mecanismo de fincionamento extremamente mais elaborado (complexo, com mais partes móveis) torna sua compreensão/manutenção por recrutas extremamente difícil, senão impossível, pois nem o simples "tilting bolt" do FAL o pessoal não consegue compreender. Se possuíssemos um exército profissional e uma reserva composta de pessoas com um grau de instrução melhor do que se verifica na média do Brasil, seria o AN94, de fato, o ideal. São considerações estas que me foram passadas por um Coronel do EB ligado à IMBEL, e tenho que concordar com seus argumentos, mas não aceitá-los como justificativa para o MD-97. O G-36 é de mais fácil e barata produção que o MD-97, pois boa parte de seus componentes são em polímero injetado (moldou, tá pronto, não precisa de usinagem, polimento ou ajuste), enquanto os do IMBEL são em aço ou alumínio. Seu mecanismo de fincionamento (do gatilho ao ferrolho/pistão) tem menos, e menores peças móveis, sendo boa parte delas de desenho mais simples. A arma como um todo tem menos componentes, que, como um todo, são mais simples de produzir, portanto mais baratos.

Quanto ao "fucking killing mega-death Interceptor destroying system", concordo, é uma vantagem imensurável, principalmente no curto alcance. Mas como todo o colete, e você como usuário sabe bem disso, é f... de ser usado o tempo todo em atividades dinâmicas. Já é uma m... só com a parte soft da blindagem, que dá o nível 3A (o kevlar/spectra/dyneema), agora se você acrescenta as placas na frente e atrás (mais 4 a 5 kg), aí sim fica insuportável. É como um Carro de Combate, se o motor e a suspensão são os mesmos, quanto mais blindagem você põe, mais mobilidade você perde. Então usar o sistema de coletes e placas completo, torna você bem menos ágil...acrescente o peso do equipamento, munição e armamento e você tem um alvo fácil. Um disparo no centro de massa, se atingir a placa, que é pequena, medindo 25x30 cm, já vai desetabilizar o cara ou jogá-lo no chão... Se cair, o que é mais provável, devido ao peso que carrega, aí você tem um alvo fácil para finalizar (cabeça ou coxas) ou para ferir (braços e pernas) e deixar os companheiros dele desesperados e com mais um problema...Se só bobear, dá para finalizar...Lembre-se, não tem capacete nível 3, e da parte superior do externo até o topo da cabeça não tem proteção de placa, nem nos membros e parte inferior do abdomen, e nas laterais do colete não há placa, bem como a placa cobre apenas 70% da frente e não a frente toda do colete... Aí que esta mira Hensoldt 3,5x vai fazer a diferença... você bem sabe o que faz um 5,56x45mm na coxa a menos de 200m, quando o projétil fragmenta e tem cavitação supersônica, é "game over" para o fulano: fragmentação total do fêmur e rompimento de todos os vasos, inclusive a femural, ou seja, 4 a 5 minutos de vida...

Concordo! É essa a minha idéia sobre o AN-94... Questões semelhantes às do Flanker, por exemplo. Mal conseguimos manter em vôo metade de uma frota composta por sua grande maioria de aeronaves comuns, e queremos uma aeronave como o Flanker, que tem um custo alto em termos de manutenção, e especialmente combustível, nosso grande calcanhar de aquiles!

O mesmo ocorre nesse caso. O AN-94 é uma arma complexa, cara, e se tivermos de adestrar TODOS os recrutas nas atividades de lida diária com esta arma mais complexa, o custo ficará bastante salgado.

Quanto ao Interceptor, reafirmo, não fico na frente de Fuzil NENHUM nesse Mundo usando ele, hehehe...


Alexandre Beraldi escreveu:O IGLA é resulatdo de requisito específico para uma situação específica que só poderia ser atendida por ele ou pelo Stinger norte-americano. Queriam um míssil portátil (não transportável, como o Mistral), fire-and-forget, guiado por calor e de baixo custo. Aí tinha ou o russo, ou o americano, ou o chinês (que a Bolívia acabou comprando). O americano era bem mais caro e não vinha na última versão, além de não ter a resistência ambiental (umidade e calor) que o russo tinha... Aí comprou-se o russo.
Quanto à precisão e eficiência, nosso SA-16 Igla é a quarta geração desta arma. A primeira geração é o SA-7 Grail, a segunda o SA-14 Gremilin e a terceira o SA-18 Grouse (apesar de ser numerado com dígito maior, é mais antigo que o SA-16). A primeira geração, o SA-7 Grail, pos abaixo um bom número de Skyhawks israelenses por aquelas bandas do Oriente Médio, inclusive em disparos além da altitude máxima de engajamento, de 3.500m, além de ter deitado um Sea Harrier Inglês nas Malvinas e um Mirage 2000 na primeira Guerra do Golfo. A segunda geração, O SA-14, foi feito para derrubar os caras de frente também, e assim foi... Imagina o que não faz esta quarta geração...Creio que estes dados iniciais do índice de acerto do IGLA se deveram ao uso/alvo inadequado. Com alvos adequados, numa campanha de tiro que ocorreu o mês passado, o IGLA teve índice de acerto de 90%...

Aí faço o seguinte comentário:

- O Igla é EXCELENTE...

Não é o que o pessoa da CAAD acha, mas se vocês acham....



Porém não como Espinha Dorsal da AAAé, como ocorre no Brasil ao lado da Artilharia de Tubo!


Grande abraço




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#15 Mensagem por FinkenHeinle » Sáb Jul 15, 2006 6:07 pm

juarez castro escreveu:Não é o que o pessoa da CAAD acha, mas se vocês acham....

Juarez,


O Igla, assim como o Stinger, é excelente na SUA FUNÇÃO ESPECÍFICA.

Se sair daí, ele terá um desempenho sofrível...




Atte.
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Thomas Sowell
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