Novo Fuzil para o EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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nveras
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Re: Novo Fuzil para o EB

#15076 Mensagem por nveras » Qui Mai 18, 2017 11:32 am

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O problema pode estar no carregamento da 223, e não na pressão.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15077 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Mai 18, 2017 11:50 am

Alitson escreveu:A IMBEL lançou uma nova lei da física, explodir por falta de pressão!!! :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
Sem pressão suficiente a arma pode não completar o ciclo e não "trancar".

Lembro de, algum tempo atrás, em um forum sobre pistolas alguns membros reclamarem de falhas nas glocks, a resposta era de que a munição .380 da CBC era uma merda e não tinha pressão suficiente para fazer a pistola funcionar...

Mas, isso não isenta totalmente a Imbel por dois motivos:
1) Disparar sem trancar ainda é uma falha no mecanismo de trancamento, o fuzil deveria simplesmente não disparar, como é o caso das Glock.
2) Há munição 5,56 mais fracas, as especificações são para pressão máxima, não para pressão mínima, o fuzil precisa ser capaz de operar com uma certa diversidade de munições.


E por fim, acho que estão deixando passar batido um detalhe importante, o que não está funcionando é justamente o que o fuzil tem de novo em relação ao FAL.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15078 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qui Mai 18, 2017 12:54 pm

Alitson escreveu:
Ilya Ehrenburg escreveu: Sim... Uma arma que calça 5.56 calça .223...
O 223 oferece menor pressão, é uma munição mais branda...
Todavia a Imbel no seu informe argumenta que a arma só tem a sua ciclagem perfeita com a munição de maior pressão.
A IMBEL lançou uma nova lei da física, explodir por falta de pressão!!! :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
Mas, não é isso que a Imbel alega.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15079 Mensagem por dalton romao » Qui Mai 18, 2017 2:38 pm

Boa nveras




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15080 Mensagem por Túlio » Qui Mai 18, 2017 3:27 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Alitson escreveu:A IMBEL lançou uma nova lei da física, explodir por falta de pressão!!! :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
Sem pressão suficiente a arma pode não completar o ciclo e não "trancar".

Lembro de, algum tempo atrás, em um forum sobre pistolas alguns membros reclamarem de falhas nas glocks, a resposta era de que a munição .380 da CBC era uma merda e não tinha pressão suficiente para fazer a pistola funcionar...

Mas, isso não isenta totalmente a Imbel por dois motivos:
1) Disparar sem trancar ainda é uma falha no mecanismo de trancamento, o fuzil deveria simplesmente não disparar, como é o caso das Glock.
2) Há munição 5,56 mais fracas, as especificações são para pressão máxima, não para pressão mínima, o fuzil precisa ser capaz de operar com uma certa diversidade de munições.


E por fim, acho que estão deixando passar batido um detalhe importante, o que não está funcionando é justamente o que o fuzil tem de novo em relação ao FAL.

Eu não vi nada sobre estes incidentes com Glocks .380 mas, pelo que vi com as Taurus (.40), devem ter usado a munição DE TREINAMENTO da CBC, a qual barateiam diminuindo a carga de pólvora e o peso/formato do projétil. Não é à toa que todo mundo a DETESTA, pois, pelo menor recuo (menos pólvora empurrando um projétil de menor peso = menos recuo), pode perfeitamente causar - e volta e meia causa - panes de trancamento incompleto, ou seja, o ferrolho destranca mas não recua com força suficiente para completar a ciclagem. A espoleta também parece diferente, provavelmente tão vagabunda quanto o resto do cartucho. O resultado mais comum é o estojo não recuar com força suficiente contra o ejetor para ser rapidamente expelido, ficando na verdade "atravessado" na abertura de ejeção. Em casos assim (INCIDENTES de tiro) qualquer Instrutor competente já vai ter insistido até todo mundo ficar de saco cheio que o Procedimento é padrão: no que a arma "negar", seja por que motivo for, se mantém a empunhadura apenas da mão "forte" (no meu caso, por ser destro, a direita) com o indicador de volta à posição de descanso (esticado ao longo do chassis) e a arma apontada para o alvo; então ergue-se o outro braço e se aguarda a chegada do Instrutor ou seu Auxiliar. Este dá ordem de cessar fogo aos demais Instruendos, chega, faz uma inspeção visual (não importa se eu já fiz e tenho opinião, importa o que ELE acha) e dita o procedimento. Já me aconteceram de dois tipos:

1 - ESTOJO ATRAVESSADO - Aguardo a ordem para retirar o carregador e a executo; depois a de ciclar manualmente o ferrolho, tentando soltar o estojo, via de regra amassado pela pressão da mola/ferrolho; nem sempre dá, então vem a ordem de desmontar, que significa apenas acionar as alavancas e executar aqueles procedimentos cheios de frescura das Taurus, tipo girar e retirar uma peça, puxar de leve o ferrolho para trás, pressionar de leve o gatilho e finalmente remover o conjunto cano/ferrolho (Taurus 24/7 Police; com a 940 e 840 não me aconteceu nada disso). Pronto, só retirar o estojo defeituoso e entregar ao Instrutor (ou Aux) junto com a arma, ainda desmontada. Eles fazem a observação para ver se há defeito aparente ou algo suspeito na própria. Não havendo, retoma-se o Treinamento normalmente (mas sempre com o aviso "se notares qualquer coisa diferente, por menor que seja, ergas o braço"); havendo, a arma é substituída.

2 - "NEGA" - O mais perigoso dos Incidentes, pelo potencial de se tornar ACIDENTE DE TIRO. Me aconteceu também apenas uma vez, com 940, em 2002, no primeiro Treinamento que tive com armas neste calibre e técnicas modernas. A munição era - :evil: PQP :evil: - recarregada (era o que o governo fornecia para Treinamentos) e vinha em caixotes tipo Militar, de madeira com "pegas" de corda. Abria-se e lá estava um montão de cartuchos soltos, a gente ia pegando e alimentando os carregadores.

Bueno, após a Instrução sobre a arma, desmontagem, inspeção visual, limpeza do que já estava limpo (mas Instrutor ADORA isso), remontagem, 3 ciclagens do ferrolho, com os consequentes acionamentos do decocking lever ao invés de acionamentos do gatilho (nos manuais da Taurus há recomendação expressa de não disparar sem nada na câmara, pois pode danificar o percussor), fomos para a linha e, após novas instruções (visando principalmente Procedimentos de Segurança) e correções de postura, empunhadura, etc, passamos à esperada hora de "sentar o dedo". Já na segunda ordem (no início era um disparo de cada vez e mediante ordem, já que todo mundo era "revolveiro") "TIRO!" vi pela periférica que a de um gadiano tinha negado. Ao invés de levantar o braço, como nos tinha sido dito a todos, o BISONHO imediatamente ciclou o ferrolho, ejetando o cartucho falhado. Pronto, tomou um festival de xixada dos TRÊS Instrutores (um da PC - o chefe do grupo; um da BM e um Auxiliar da SUSEPE), um deles Ten PM. A seguir, tomou seu BAN e teve que deixar o estande. Substituído, seguiu o Curso. Quando estávamos no Double Tap, eu estava além da metade da munição (usávamos apenas 10 cartuchos por carregador) quando ao "TIRO!" o meu primeiro projétil saiu e o segundo...silêncio. Já tinha visto o que acontecera ao gadiano e nós, da SUSEPE, éramos minoria (apenas 3), não ia ser logo EU a fazer cagada, assim, mantive a arma apontada e levantei o braço. Logo após um apito, que determinava o disparo ou cessar fogo, chega o chefão (que hoje é um grande amigo, Insp Pol Vinícius; o índio tem bolacha - Curso Antiterror - até do SEAL!!!), me olha e berra "ô bigode - eu usava bigode na época - tá de putaria? Pra que essa merda de braço todo esticado, encolhe isso, PQP! E completa essa empunhadura de novo, eu tô aqui, viado!". Eu bem quietinho, encolhi um pouco o braço direito e "fechei" uma empunhadura impecável com a mão esquerda, cuidando para que a Pst não desviasse nem de leve do alvo, apostava que ele estava doidim para eu fazer josta e tomar BAN: de jeito nenhum! Daí, enquanto eu mantinha a arma na posição, passou a uma interessante explicação sobre algo que, até onde pude julgar, só eu, leitor fanático da Revista Magnum, conhecia (mas apenas na teoria): munição, mesmo das melhores fábricas, tem prazo de validade e este é afetado por coisas como condições de estocagem e transporte. E um dos problemas mais comuns é a pólvora ou mesmo a espoleta ser contaminada por umidade ou estar velha e parcialmente degradada em seus componentes. Assim, o correto é esperar ao menos um minuto após uma "nega" para só então ciclar, pois pode estar acontecendo uma lenta queima de partes secas da pólvora que, produzindo calor, acaba secando o resto e aí é o mais inesperado e perigoso dos estrondos. Tendo ciclado imediatamente o cartucho "que nem aquele cu pelado lá" (referindo-se ao gadiano banido), o risco é de ele detonar FORA da arma, virando numa espécie de minigranada. Daí pedi permissão e perguntei, já esperando nova maré de ofensas, se seguir pressionando o gatilho não daria uma chance de sair um disparo. As ofensas não vieram, o que veio, após um quase inacreditável elogio pela pergunta, "nunca me fizeram antes, é isso aí, bigode, tá virando gente", foi uma explicação que NÃO estava na Magnum (por isso tenho reservas com conhecimentos puramente teóricos, tipo "especialistas de internet"; só com a prática e experiência se chega a uma verdadeira compreensão de coisas que não estão escritas em toda parte, de modo a se tornarem senso comum), ou seja, se havia UM problema já constatado na munição, que OUTROS não poderia haver? E se o cara que recarregou deu bobeira e entupiu o cartucho com pólvora? Melhor não provocar o diabo. A seguir, já tendo passado vários minutos, me mandou ciclar 3 vezes e travar a arma aberta (OBRIGATÓRIO); o cartucho caiu ao chão na primeira ciclagem, ele juntou, entregou ao Aux, me pediu a arma, olhou no interior, devolveu e seguimos com o Treinamento, com novas "negas" (não comigo) mas sem ninguém mais dar bobeira como o infeliz PM.

À luz do acima, que até hoje é REGRA em qualquer Treinamento SÉRIO da SegPub - BM inclusa - Gaúcha (não sei como é com a de SP), analisemos outra vez aquele vídeo com que o Ilya nos brindou: temos um praça com um IA-2, posição de tiro e empunhadura razoáveis (podiam ser melhores), no que parece ser uma sessão informal de tiro, que "senta o dedo" em full (ué, mas a IMBEL não vende só versão semi às Polícias?); saem dois disparos, depois silêncio. O índio fica com aquele ar de incredulidade, confuso, comum a quem passa por isso, não importa quantas vezes na vida. Daí se ouve alguns palpites, que comprovam não ser um Treinamento, pois aí seriam ORDENS, e bem altas, seguidas da aproximação de ao menos UM Instrutor. Até aí tudo tri, é tiro informal mesmo; então, com base nos palpites, começam as CAGADAS: sem esperar por nada, ele remove o carregador e a seguir puxa UMA VEZ SÓ o ferrolho e solta a alavanca, sem saber se extraiu algo e/ou o quê. Em seguida, reinsere o carregador (aparentando alguma dificuldade, como se algo estivesse trancando a passagem para o interior do alojamento) e torna a ciclar o ferrolho. Com a mão direita empunhando PELO CARREGADOR (eu vivo reclamando disso, não? E faz anos...) a arma (ACIDENTE DE TIRO) lhe estoura nas fuças e dá para ver que machucou legal a mão "do carregador".

MINHA OPINIÃO - Existiram óbvios erros por parte do Operador, QED. Provavelmente ele irá pagar o pato. Mas ocorreram dois disparos sem incidente, ou seja, a munição estava boa, todas as partes do ferrolho funcionando & quetales. O terceiro não disparou. Por quê?

1 - O percussor pode ter quebrado/emperrado, evidenciando má qualidade ou na fabricação ou na manutenção; pouca probabilidade, pois neste caso não teria mais saído disparo algum. Uma alternativa muito mais provável está no item 4.

2 - O cartucho poderia ter defeito de "crimpagem", que é aquele "aperto" mecânico que mantém o projétil firmemente preso ao estojo. Como o ferrolho empolga e empurra com violência cada cartucho para o interior da câmara (experimentem acionar "a seco" um ferrolho até de Pst e notem que volta com tudo, fazendo um barulhão ao impactar o batente frontal), o projétil "mal-crimpado" pode ter se soltado e invadido o cano por alguns mm/cm. Assim, ao acionar a alavanca pela primeira vez, o Operador & circunstantes teriam visto algo voando, e esse "algo" seria apenas um estojo com espoleta (falhada) e pólvora mas sem projétil. Alguém foi olhar o que saiu da arma? Não sei. Não vi. Não estava lá. Mas, por ser PRO, teria ido ver, se estivesse presente e, no caso de constatar cartucho "decapitado", com o característico restinho de pólvora saindo pelo gargalo, berraria na hora para nem recarregar a arma que ia dar josta. De qualquer modo, nunca vi nem ouvi falar de cartucho DE FÁBRICA ter esse tipo de defeito, raro até nos recarregados. Mas se fosse, o disparo faria o segundo projétil impactar o que ainda estava no cano, causando PANE CATASTRÓFICA. Assim, probabilidade bem maior do que defeito no percussor mas ainda baixa.

3 - O cartucho era (muito mal) recarregado, tipo "esgoelaram" de pólvora, superando todos os limites de segurança para o calibre. Mas não explica a falha do anterior, exceto se TODA a munição era recarregada, e pelo mesmo "ARMEIRO BISONHO". Pior, se for .223 recarregado como o descrito, estaria mesmo armado o palco para uma catástrofe. Conhecendo, ao longo da vida, "armeiros" que pegavam estojo de .38 e entupiam de pólvora para fazer "Magnum", e sabendo que a maioria era da BM, considero esta uma probabilidade bem mais alta.

4 - Por fim, pode ser também problema com aquela arma em si: como o ferrolho volta muito rápido e com muita força (e o carregador podia estar mal inserido ou mesmo com deformação, pelo que vi), o extrator pode não ter empolgado o cartucho e o transportador tê-lo impactado com tanta força (e torto) que provocou a detonação da espoleta ainda fora da câmara, o que explicaria a ejeção do carregador e aquele monte de gases quentes que vemos. Assim, erros do Operador e problemas da arma.

Para mim, ou a 3 ou a 4 explicam melhor, até FATOS (não DESCULPAS) aparecerem. 8-]




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15081 Mensagem por Viktor Reznov » Qui Mai 18, 2017 4:36 pm

Ali pra ter disparado daquela forma também talvez indica que o percussor não está cativo com uma mola, ao invés disso se movimentando livremente e nesse caso causou um slam-fire no cartucho que não estava corretamente encaixado.




Editado pela última vez por Viktor Reznov em Qui Mai 18, 2017 4:47 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Novo Fuzil para o EB

#15082 Mensagem por Túlio » Qui Mai 18, 2017 4:38 pm

Viktor Reznov escreveu:Ali pra ter disparado daquela forma também indica que o percussor não está cativo com uma mola, ao invés disso se movimentando livremente e nesse caso causou um slam-fire no cartucho que não estava corretamente encaixado.

Perae, então o IA-2 não tem barra de transferência??? :shock: :shock: :shock: :shock:




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15083 Mensagem por Duka » Qui Mai 18, 2017 4:40 pm

Túlio escreveu:2 - O cartucho poderia ter defeito de "crimpagem", que é aquele "aperto" mecânico que mantém o projétil firmemente preso ao estojo. Como o ferrolho empolga e empurra com violência cada cartucho para o interior da câmara (experimentem acionar "a seco" um ferrolho até de Pst e notem que volta com tudo, fazendo um barulhão ao impactar o batente frontal), o projétil "mal-crimpado" pode ter se soltado e invadido o cano por alguns mm/cm. Assim, ao acionar a alavanca pela primeira vez, o Operador & circunstantes teriam visto algo voando, e esse "algo" seria apenas um estojo com espoleta (falhada) e pólvora mas sem projétil. Alguém foi olhar o que saiu da arma? Não sei. Não vi. Não estava lá. Mas, por ser PRO, teria ido ver, se estivesse presente e, no caso de constatar cartucho "decapitado", com o característico restinho de pólvora saindo pelo gargalo, berraria na hora para nem recarregar a arma que ia dar josta. De qualquer modo, nunca vi nem ouvi falar de cartucho DE FÁBRICA ter esse tipo de defeito, raro até nos recarregados. Mas se fosse, o disparo faria o segundo projétil impactar o que ainda estava no cano, causando PANE CATASTRÓFICA. Assim, probabilidade bem maior do que defeito no percussor mas ainda baixa.
Já tive um incidente similar a esse. Cartucho mal recarregado, deixando o projétil no cano após nega. Felizmente inspecionei a pistola e evitei a "merda" de acontecer...
Túlio escreveu:3 - O cartucho era (muito mal) recarregado, tipo "esgoelaram" de pólvora, superando todos os limites de segurança para o calibre. Mas não explica a falha do anterior, exceto se TODA a munição era recarregada, e pelo mesmo "ARMEIRO BISONHO". Pior, se for .223 recarregado como o descrito, estaria mesmo armado o palco para uma catástrofe. Conhecendo, ao longo da vida, "armeiros" que pegavam estojo de .38 e entupiam de pólvora para fazer "Magnum", e sabendo que a maioria era da BM, considero esta uma probabilidade bem mais alta.
A fumaceira dos disparos me lembrou muito munição recarregada...




Abraços
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Re: Novo Fuzil para o EB

#15084 Mensagem por Viktor Reznov » Qui Mai 18, 2017 4:49 pm

Túlio escreveu:
Viktor Reznov escreveu:Ali pra ter disparado daquela forma também indica que o percussor não está cativo com uma mola, ao invés disso se movimentando livremente e nesse caso causou um slam-fire no cartucho que não estava corretamente encaixado.

Perae, então o IA-2 não tem barra de transferência??? :shock: :shock: :shock: :shock:

Eh, não, agora que eu vi o video. Nem tinha notado o post, só tinha me baseado mesmo pelas fotos. Não acredito mais que tenha sido um slam-fire.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15085 Mensagem por Túlio » Qui Mai 18, 2017 4:59 pm

Duka escreveu:
Já tive um incidente similar a esse. Cartucho mal recarregado, deixando o projétil no cano após nega. Felizmente inspecionei a pistola e evitei a "merda" de acontecer...
Uma legal que aconteceu comigo foi nos anos 90 (começos), quando comprei uma Rossi Pomba (cal 12); tinha uma "estande" improvisado nos fundos da BM onde todos treinávamos com nossas armas, bastava avisar ao Cb de dia. Junto com uns Colegas, fui avisar ao dito cujo e naquele dia era um baita cupincha meu, o Jorjão. Revelou que fazia anos que a BM não repunha munição 12, como a minha era novinha, que tale trocar alguns? Tri, entreguei-lhe 5 de estojo plástico, peguei os 5 cartuchos de papelão já meio descoloridos e fui atirar. Um foi mais ou menos, outro negou (e dei sorte, pois ainda não era PRO, extraí na hora, joguei pro lado, esqueci dele e segui) até que o quinto fez apenas um barulho surdo, deu para ver a olho nu a chumbada voando e caindo poucos metros à minha frente. Os Colegas também viram e apenas deram risada. Cheguei a recarregar mas algo me incomodou. Daí abri a arma, extraí o cartucho "vivo" e a seguir desmontei o cano (moleza naquela arma, o que, além de ser barata, a fazia tão popular). No que o apontei para o sol e tentei ver o outro lado, puro BREU! Peguei a vareta de limpeza e futuquei até tirar os 3 discos de papelão que serviam de bucha. Se não tivesse feito isso, o cartucho seguinte - dos meus, carga completa - teria feito a arma inteira voar pelos ares. NOTAR: eu - e qualquer outro Colega presente - era mal treinado pra burro!

Duka escreveu:A fumaceira dos disparos me lembrou muito munição recarregada...
Pura verdade e erro IMPERDOÁVEL meu: deveria ter notado! Passo agora a crer mais na hipótese 3. Tks, cupincha!!!




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15086 Mensagem por Dhoff » Sex Mai 19, 2017 12:17 am

Como recruta fui dar os 3 primeiros tiros de FAL, no estande matei a vontade em um alvo de papel. No final da aventura fui verificar o estrago no alvo de papel, somente tinha dois furos de bala. Fiquei pensando: "aonde foi parar o terceiro tiro". Depois de muito esporro de todos os graduados no estande, desisti de procurar o maldito furo da bala ou um motivo de ela não estar lá. Triste comigo fui fazer a limpeza do fuzil, quando fui passar o cordãozinho de varal com um pequeno pano preso na extremidade no cano, bingoooo....o projétil do terceiro tiro ficou parada no meio do cano do fuzil. Depois de mais esporro dos graduados (como se fosse culpa minha) o Cabo armeiro retirou o projétil do cano.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15087 Mensagem por gabriel219 » Ter Mai 23, 2017 9:29 am

É algo estranho, realmente nas falhas do fuzil que ocorreram no Exército foram negas em sua grande maioria, nada relacionado a explosão. Aliás, os fuzis da Bda Sl tem cano 1:7 e disparam munição mais pesada, não houve casos de explosões ou algo do tipo.

Mesmo assim, gostaria de um reprojeto no fuzil e uma modernização da fábrica para que isso possibilite.




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15088 Mensagem por Túlio » Ter Mai 23, 2017 2:15 pm

gabriel219 escreveu:É algo estranho, realmente nas falhas do fuzil que ocorreram no Exército foram negas em sua grande maioria, nada relacionado a explosão. Aliás, os fuzis da Bda Sl tem cano 1:7 e disparam munição mais pesada, não houve casos de explosões ou algo do tipo.

Mesmo assim, gostaria de um reprojeto no fuzil e uma modernização da fábrica para que isso possibilite.

Sei lá, até onde deu para ver, parece que foi mesmo munição (mal) recarregada (sobrecarga) e bobear com estojo incorreto (.223 Rem). Não conheço Fz algum no mundo que aguente isso inteiro, ainda mais se o cano estiver obstruído por um projétil que mal saiu do estojo...




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15089 Mensagem por dalton romao » Ter Mai 23, 2017 3:20 pm

é vero




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Re: Novo Fuzil para o EB

#15090 Mensagem por gabriel219 » Ter Mai 23, 2017 7:23 pm

Túlio escreveu:
gabriel219 escreveu:É algo estranho, realmente nas falhas do fuzil que ocorreram no Exército foram negas em sua grande maioria, nada relacionado a explosão. Aliás, os fuzis da Bda Sl tem cano 1:7 e disparam munição mais pesada, não houve casos de explosões ou algo do tipo.

Mesmo assim, gostaria de um reprojeto no fuzil e uma modernização da fábrica para que isso possibilite.

Sei lá, até onde deu para ver, parece que foi mesmo munição (mal) recarregada (sobrecarga) e bobear com estojo incorreto (.223 Rem). Não conheço Fz algum no mundo que aguente isso inteiro, ainda mais se o cano estiver obstruído por um projétil que mal saiu do estojo...
Realmente. Não tenho amigos na Polícia mas tenho no Exército e nunca ouvi falar de algo explodindo o IA2 assim. Provavelmente deve ter sido a munição, dizem que já ocorreu o mesmo com outros fuzis.

Agora duas coisas são certas: 1) as munições da CBC são um lixo, é quase unanimidade isso. 2) gostaria de um "reprojeto" do IA2, mudando algumas coisas pontuais no fuzil.




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