caminhões em uso pelo EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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eligioep
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Re: caminhões em uso pelo EB

#1351 Mensagem por eligioep » Qui Mar 01, 2018 2:07 pm

FCarvalho escreveu:........................................................................

Mas esta foto aqui em baixo, diz que nada mudou. E pelas últimas compras feitas, com VW e MB se alternando como fornecedores, vai realmente ficar muito dificil alguma coisa mudar no curto prazo.

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT-kBWUmlHld0ElzU5RALnimHhgfBUkGwJpDUZHxkNlczXch9-u

abs
Salvo melhor juízo, isso é na BR 163.
Creio que para a finalidade a que se destinam estes caminhões, atendem perfeitamente ao que dele os BEC necessitam.
Os BEC são como qualquer outra empresa de construção de estradas, e assim sendo, usa veículos de características mais off road, sem serem puro off road, que as indústrias disponibilizam.
Se fores ao pátio de um BEC e depois num da Odebrecht, por exemplo, verás equipamentos similares, se não iguais.
Os BECmb que tem recebido alguns veículos especiais, como VW 31.360 6x6, em versões de transporte e basculantes, bem como as viaturas MB de transporte das portadas táticas, que vem junto com ela. Mas também são veículos civis militarizados, porém essencialmente off road.




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1352 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 01, 2018 9:57 pm

eligioep escreveu:Flávio,
o P360 não é o único homologado, se é que seja, pois nunca vi nada publicado nos Boletins do Exército - BE à este respeito.
Sempre leio todos os BE, e lá são publicadas as aprovações, com suas restrições, quando há.
Assim, vi que toda a linha Agrale está homogada, os 4x4 MBB 1721 e 1725, os VW 15.180 e 15.210, bem como o 6x6 VW Constelation 31.360/320. Aliás, este o único 6x6 com homologação publicada.
E não lembro de nenhuma solicitação de proposta de oferta e/ou licitação para adquirir caminhões 6x6.

Bem, então deve ser conversa de vendedor mesmo, pois a Scania em todos as postagens que vi sobre o o cito caminhão faz questão de dizer que ele é homologado pelo EB. Então, se dizes que não está, por mim caso encerrado. A Scania que se vire para dar conta do seu produto.

Sobre termos mais de 2 modelos, particularmente sou contra, pois torna a cadeia logística um inferno com nossos parcos recursos.

Aqui eu vou descordar do amigo. Como coloquei acima, a concorrência sempre foi e será um ótimo negócio para o mercado e mais ainda para as ffaa's. Não apenas em função de preços, mas também em função da não dependência de poucos fornecedores. A não ser a Shacman, Iveco e Scania, assim como outras montadoras mais antigas tem oficinas e concessionárias em qualquer esquina do país, então, logística a meu ver não seria exatamente um problema. Desde é claro, que haja um mínimo de planejamento quanto a escolha dos modelos e seus respectivos empregos.

À propósito, em outro post falastes da possibilidade de as FFA contemplarem mais a Agrale, em vista do previsto pela Lei de que regulamenta a BID, onde se prevê vantagens para industrias "estabelecidas no Brasil", e não necessariamente genuinamente nacionais. Assim, a VW e MBB se enquadram, contrario à TATRA, por exemplo. Um fato de não termos veículos genuinamente militares é o preço $$$$ e a pouca necessidade de real de uso deles.

Isso me preocupa e muito. Não temos uma cultura de defesa no país e ainda por cima a falta de interesse social e político sobre o tema, com a consequente falta de verbas e o sentido de necessidade de apronto dos sistemas militares de que dispomos, cria um círculo vicioso do qual não conseguimos sair. Agora, se não conseguirmos quebrar essa lógica, não sei se acompanhas o tópico do guerra da Ucrânia, vamos praticamente repetir a mesma situação logística e industrial deles, só que sem a mesma logística e industria que eles tem! Já pensaram nisso? Essa nossa lógica do bom, nem tão bonito assim, mas essencialmente barato ainda pode nos levar a uma situação irreversível em m conflito. E não teremos tempo e nem recursos para quem sabe, talvez, conseguir ao menos a permanência do status quo.

Os 4x4 e 6x6 VW e MBB atendem ao que necessitamos, com desempenho suficiente em nosso território.
Inclusive na Amazonia, mais em particular na BR 230 (Transamazonica) e BR 163 (Cuiabá-Santarém) é muito comum nossas viaturas ultrapassarem os atoleiros e obstáculos, e depois auxiliarem aos caminhões ali atascados. No youtube há diversos vídeos.
Inclusive eu fiz isso diversas vezes, no trajeto Itaituba-Marabá/PA, de 800 km, aproximadamente, em duas jornadas de 10 a 12 horas, com parada em Altamira para pernoite.

Pois é, assim como existem muitos vídeos também deles sendo rebocados por M-113 e coisas afins. :mrgreen:
Mas sério, podem até atender nossas necessidades básicas, mas isso não significa que eles sejam suficientes para preencher todas as demais lacunas da pirâmide de nossas necessidades. Até quando vamos achar que o mínimo básico necessário será sempre o suficiente para nós? O que nos fará dar um passo adiante? A missão no Haiti ao que parece nos ensinou alguma coisa. Tomara que não demore muito para que isso não se torne uma realidade concreta no EB. Já estiveste lá fora e sabes melhor que eu que as vezes a nossa lógica do bom e barato pode sair muito caro em situações reais que exijam mais que isso.


Além dos Shacman, teve também dos KIA, mas não passaram de testes preliminares, sem despertar um real interesse por parte dos militares. Como curiosidade, os KIA estão rodando em uma fazenda, no RS, de propriedade da GABARDO Transportes, que os comprou e emplacou. Também está com o protótipo do VW 15.180 e 31.320.
Best Regard's!

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: caminhões em uso pelo EB

#1353 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 01, 2018 10:29 pm

eligioep escreveu:
FCarvalho escreveu:........................................................................
Mas esta foto aqui em baixo, diz que nada mudou. E pelas últimas compras feitas, com VW e MB se alternando como fornecedores, vai realmente ficar muito dificil alguma coisa mudar no curto prazo.
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT-kBWUmlHld0ElzU5RALnimHhgfBUkGwJpDUZHxkNlczXch9-u
abs
Salvo melhor juízo, isso é na BR 163.
Creio que para a finalidade a que se destinam estes caminhões, atendem perfeitamente ao que dele os BEC necessitam. Os BEC são como qualquer outra empresa de construção de estradas, e assim sendo, usa veículos de características mais off road, sem serem puro off road, que as indústrias disponibilizam.
Se fores ao pátio de um BEC e depois num da Odebrecht, por exemplo, verás equipamentos similares, se não iguais. Os BECmb que tem recebido alguns veículos especiais, como VW 31.360 6x6, em versões de transporte e basculantes, bem como as viaturas MB de transporte das portadas táticas, que vem junto com ela. Mas também são veículos civis militarizados, porém essencialmente off road.
Bem, como sou leigo nesse assunto, não dá para debater questões técnicas consigo que é prof na matéria. :wink:

Mas posso dar um pitaco e um fazer uma pergunta.

Primeiro a pergunta: o quão mais caro seria para o EB a aquisição de veículos nacionais totalmente off road para equipar OM's como os BEC e logística que via de regra são as que mais usam seus veículos em uma diversidade de terrenos, mas principalmente fora de estrada? E se o valor não for tão diferente assim para a sua militarização, não valeria a pena o negócio, já que seria mais fácil fazer isso em um veículo já dedicado do que em outro que não tem as mesmas capacidades?

O pitaco é o seguinte: a inf tem a maior quantidade de undes do EB. Neste caso, os veículos são mais básicos e não precisam de algo maior que um caminhão de 5 ton. Neste caso, a Agrale, que possui uma linha que vai dos 500kgs a 2,5 ton poderia ser a empresa de referencia para equipar todas estas OM's integralmente com a sua linha de produtos, além de algumas versões que penso ainda podem/devem ser desenvolvidas a fim de cobrir algumas lacunas deixadas/preenchidas por veículos importados. E para acrescentar, solicitar o desenvolvimento de versões militares de toda a sua linha de caminhões médio, que vão de 5 a 22 tons de PBT, tanto 4x4 como 6x6. Poderia a posterior evoluir para 8x8 e acima desde que isso seja vantajoso para a empresa e para as ffaa's. Este seria um compromisso não do exército mas do MD para todas as ffaa's de forma a garantir a vida da empresa e torná-la a nossa cada de veículos mecanizados de referência. Pode parecer ufanista e mesquinho, e é mesmo. Se pela END é para dar dinheiro para "empresas estabelecidas no Brasil" prefiro então que isso seja para as realmente brasileiras e não que o nosso courinho de rato vá parar simplesmente no bolso de estrangeiros. já bastante enricados com o nosso mercado civil.

abs




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1354 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 02, 2018 4:29 pm

Falando em off road, dois modelos que acho devem interessar ao EB no futuro.

http://www.matogrossodiario.com.br/wp-content/uploads/2017/10/VW-Constellation-33.440-Tractor-Fenatran-696x418.jpg
http://www.matogrossodiario.com.br/vw-c ... hassi-man/

https://planetacaminhao.com.br/wp-content/uploads/2015/10/air3zetros-highres7219-1024x684.jpg

https://planetacaminhao.com.br/zetros-3643-6x6/

abs




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1355 Mensagem por jauro » Sex Mar 02, 2018 6:17 pm

Bem, como sou leigo nesse assunto, não dá para debater questões técnicas consigo que é prof na matéria. :wink:

Mas posso dar um pitaco e um fazer uma pergunta.

Primeiro a pergunta: o quão mais caro seria para o EB a aquisição de veículos nacionais totalmente off road para equipar OM's como os BEC e logística que via de regra são as que mais usam seus veículos em uma diversidade de terrenos, mas principalmente fora de estrada? E se o valor não for tão diferente assim para a sua militarização, não valeria a pena o negócio, já que seria mais fácil fazer isso em um veículo já dedicado do que em outro que não tem as mesmas capacidades?

O pitaco é o seguinte: a inf tem a maior quantidade de undes do EB. Neste caso, os veículos são mais básicos e não precisam de algo maior que um caminhão de 5 ton. Neste caso, a Agrale, que possui uma linha que vai dos 500kgs a 2,5 ton poderia ser a empresa de referencia para equipar todas estas OM's integralmente com a sua linha de produtos, além de algumas versões que penso ainda podem/devem ser desenvolvidas a fim de cobrir algumas lacunas deixadas/preenchidas por veículos importados. E para acrescentar, solicitar o desenvolvimento de versões militares de toda a sua linha de caminhões médio, que vão de 5 a 22 tons de PBT, tanto 4x4 como 6x6. Poderia a posterior evoluir para 8x8 e acima desde que isso seja vantajoso para a empresa e para as ffaa's. Este seria um compromisso não do exército mas do MD para todas as ffaa's de forma a garantir a vida da empresa e torná-la a nossa cada de veículos mecanizados de referência. Pode parecer ufanista e mesquinho, e é mesmo. Se pela END é para dar dinheiro para "empresas estabelecidas no Brasil" prefiro então que isso seja para as realmente brasileiras e não que o nosso courinho de rato vá parar simplesmente no bolso de estrangeiros. já bastante enricados com o nosso mercado civil.


A Engenharia divide-se em duas vertentes: [destacar]de combate e de construção.[/destacar]
A de combate apoia as armas-base, facilitando o deslocamento das tropas amigas, reparando estradas, pontes e eliminando os obstáculos à progressão e, ainda, dificultando o movimento do inimigo. Uma operação de grande envergadura, e que depende diretamente da Engenharia, é a transposição de cursos de água obstáculo.

A Engenharia de Construção, em tempo de paz, colabora com o desenvolvimento nacional, construindo estradas de rodagem, ferrovias, pontes, açudes, barragens, poços artesianos e inúmeras outras obras.

Donde se conclui que a ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO, em tempos de PAZ vai trabalhar com material civil o mais possível.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: caminhões em uso pelo EB

#1356 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 02, 2018 6:48 pm

jauro escreveu:
A Engenharia divide-se em duas vertentes: [destacar]de combate e de construção.[/destacar]
A de combate apoia as armas-base, facilitando o deslocamento das tropas amigas, reparando estradas, pontes e eliminando os obstáculos à progressão e, ainda, dificultando o movimento do inimigo. Uma operação de grande envergadura, e que depende diretamente da Engenharia, é a transposição de cursos de água obstáculo.
A Engenharia de Construção, em tempo de paz, colabora com o desenvolvimento nacional, construindo estradas de rodagem, ferrovias, pontes, açudes, barragens, poços artesianos e inúmeras outras obras.
Donde se conclui que a ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO, em tempos de PAZ vai trabalhar com material civil o mais possível.
Jauro, eu contei 11 btl de engenharia, sendo 5 de combate, 5 de construção e 1 btl escola de engenharia.

Como eu não conheço a composição de cada um deles, eu posso intuir por suas explicações, e pelo pouco que conheço do trabalho delas, que tanto um tipo quanto outro podem utilizar veículos civis off road, desde que equipados devidamente para tanto, sem maiores problemas.

Agora, me parece que eng de combate tem mais necessidades desses veículos, posto que deve utilizar uma miríade de equipamento que necessitam versões especializadas de tais veículos, e a característica off road é um item quase que mandatório.

Por outro lado, embora a engenharia de construção tenha menos demandas para tais tipos de veículos, me parece que a sua adoção mesmo em tempos de paz não é de todo má ideia, já que via de regra seu principal TO é fora de zona urbana.

Neste sentido, penso que os ganhos em adquirir veículos civis off road desde fábrica para ambas não seja de todo um mal investimento. Pelo contrário, é até uma economia de recursos, posto que, uma vez instada a apoiar o combate com seus meios, não vai haver tempo para buscar-se meios termos ou soluções para os equipamentos puramente civis de seu uso.

Ao menos neste aspecto, me parece que o mais caro pode sair barato lá a frente.

abs




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1357 Mensagem por jeanscofield » Sáb Mar 03, 2018 10:49 am

O problema é a falta de verba, pra que gastar com veículos especiais, sendo que os civis dão conta do trabalho? E realmente dão conta, como já foi dito anteriormente, se compararmos o estacionamento duma grande construtora com o estacionamento dum batalhão de construções veremos praticamente os mesmos equipamentos. (Basculantes 6x4 / 8x4, motoniveladoras, carregadeiras de rodas, tratores de esteira, escavadeiras hidráulicas...)
Basculante 6x4
Imagem
Cavalo mecânico 6x4
Imagem
Escavadeira
Imagem

Já quando falamos da Engenharia de combate em si, se faz necessário o uso de equipamento mais especializados. Como vivemos em berço esplendido, não há tanto investimento.
Lançadores de pontes, veículos de resgate, veículos removedores de minas entre outros que precisariam de plataformas puramente off road e militares.




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1358 Mensagem por saullo » Sáb Mar 03, 2018 11:21 am

No organograma do EB, aquele cheio de retângulos coloridos para cada unidade, temos 2 batalhões ferroviários, 7 batalhões de engenharia de combate e 12 batalhões de engenharia de construção.
Está certo essa composição ?

Abraços




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1359 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 03, 2018 11:50 am

jeanscofield escreveu:O problema é a falta de verba, pra que gastar com veículos especiais, sendo que os civis dão conta do trabalho? E realmente dão conta, como já foi dito anteriormente, se compararmos o estacionamento duma grande construtora com o estacionamento dum batalhão de construções veremos praticamente os mesmos equipamentos. (Basculantes 6x4 / 8x4, motoniveladoras, carregadeiras de rodas, tratores de esteira, escavadeiras hidráulicas...)
Já quando falamos da Engenharia de combate em si, se faz necessário o uso de equipamento mais especializados. Como vivemos em berço esplendido, não há tanto investimento.
Lançadores de pontes, veículos de resgate, veículos removedores de minas entre outros que precisariam de plataformas puramente off road e militares.
Jean, o problema da falta de verba é congênito a todas as ffaa's e justamente por isso diria que um melhor direcionamento e racionalidade dos investimentos deve ser sempre o objetivo final.

Neste aspecto, embora os veículos hoje utilizados pela eng const sejam em sua grande maioria os mesmos de qualquer construtora, o problema central é que a eng de construção não é uma construtora civil, mas uma unidade militar. Assim, inopinadamente, seus veículos podem se ver de uma hora para outra instados a realizar tarefas para as quais não foram projetados, ou seja, submetidos a um esforço tal que com certeza irá fazer com que sua vida útil se desgaste muito antes do previsto. E qualquer adaptação e/ou melhoria que se queira ou possa fazer nos mesmos de improviso sempre irá custar muito mais caro do que simplesmente comprar estes veículos já prontos de fábrica. Seriam quatro gastos: Um para comprar, outro para reparar, outro para adaptar e mais outro para comprar comprar novos em caso de necessidade. Se tivermos tempo, claro.

Não estou querendo aqui que se mude a frota inteira, longe disso, não seria sequer necessário, mas onde e sempre que possível for, que os caminhões off road sejam empregados nas missões em que realmente eles sejam mais adequados na eng de construção. E para isso não faltam necessidades e funções.

Como disse no final do meu post anterior, as vezes o mais caro pode sair mais barato lá na frente. E se isso nos garantir que as nossas engenharias consigam fazer o seu trabalho de pronto sem precisar do famigerado "jeitinho", melhor.

Assim como esquadras não se improvisam, exércitos também não. E o fato de empregarmos caminhões off road desde de origem desde a fábrica já é um bom sinal de que entendemos que o velho "jeitinho" nosso de cada dia não garante ganharmos as guerras que teremos de lutar amanhã ou depois. Sejam nossas ou a dos outros.

A Minustah e suas duras lições para nossas ffaa's não me deixar mentir.

abs.




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1360 Mensagem por Centauro » Sáb Mar 03, 2018 8:30 pm

Os caminhões civis 6x4 e 8x4 podem dar conta de grande parte do trabalho da engenharia e da logística, mas haveria necessidade de um 6x6 na logística de "linha de frente"?

Explicando melhor

Uma unidade blindada(lagartas) agrupada a retaguarda da linha de frente para abastecimento, em local de difícil acesso onde os cisternas de combustível 6x4 tem dificuldade em chegar, um 6x6 com cisterna de combustível poderia fazer o serviço recebendo a carga dos outros veículos, já que foi explicado que apenas um cisterna vai até o local de abastecimento por vez, por questão de segurança do trem logístico.

Não estou falando de todos os cisternas tenham que ser 6x6, mas que apenas alguns bem distribuídos poderiam fazer a diferença, comida, água, peças e munição também precisão de reposição, mas na hora do desespero da até pra amarrar em cima do tanque, mas sem combustível nem recuar é possível.




“Quero a ordem e a liberdade, mas quando esta perigar, minha espada estará pronta para defendê-la. As dificuldades não me quebrantam o ânimo” Marechal Manoel Luis Osorio
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Re: caminhões em uso pelo EB

#1361 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 03, 2018 11:46 pm

Eu acho que cabe sim, mas teria de ser feito todo um planejamento no sentido de distribuir quantidades e tipos pelas OM's que precisariam dele.

Modelos é que não faltam.

http://www.transportabrasil.com.br/wp-content/uploads/2013/12/man-exercito-caminhoes.jpg

http://www.revistaoperacional.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Viatura-Cisterna.jpg

Estes são os modelos que consegui encontrar e que estão em uso no EB.

abs




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1362 Mensagem por FCarvalho » Dom Mar 04, 2018 12:13 am

Alguém no EB, ou nas demais ffaa's já chegou a pensar nas vantagens de se ter um caminhão 5 ton 6x6?
Algo como o Worker já utilizado ou outro modelo não seriam de interesse para certas funções onde esse tipo de tração traria melhor desempenho e qualidades funcionais a um veículo assim equipado?

http://www.caminhoesecarretas.com.br/PortalVeiculos/Fotos/696067_20171205_100140_big.jpg http://transportemundial.com.br/wp-content/uploads/2017/05/15.210-2-4x4.jpg

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Re: caminhões em uso pelo EB

#1363 Mensagem por RobsonBCruz » Dom Mar 04, 2018 10:03 am

saullo escreveu:No organograma do EB, aquele cheio de retângulos coloridos para cada unidade, temos 2 batalhões ferroviários, 7 batalhões de engenharia de combate e 12 batalhões de engenharia de construção.
Está certo essa composição ?

Abraços
Salvo algum equivoco, são 9 de Engenharia de Combate e 11 de engenharia de construção (incluindo nesses últimos os 2 denominados ferroviários). Temos também 10 companhias de engenharia de combate orgânicas de brigadas e 1 companhia de engenharia de construção. Segue a relação:

1º Batalhão de Engenharia de Combate (Escola) Rio de Janeiro RJ CML / 1ª DE / GUES 9ª Bda I Mtz
2º Batalhão de Engenharia de Combate Pindamonhangaba SP CMSE / 2ª DE
3º Batalhão de Engenharia de Combate Cachoeira do Sul RS CMS / 4º Gpt E
4º Batalhão de Engenharia de Combate Itajubá MG CML / 5º Gpt E
5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindados Porto União SC CMS / 5ª DE / 5ª Bda C Bld
6º Batalhão de Engenharia de Combate São Gabriel RS CMS / 4º Gpt E
7º Batalhão de Engenharia de Combate Natal RN CMNE / 1º Gpt E
9º Batalhão de Engenharia de Combate Aquidauana MS CMO / 3º Gpt E
12º Batalhão de Engenharia de Combate Blindados Alegrete RS CMS / 3ª DE / 6ª Bda I Bld

1ª Companhia de Engenharia de Combate pára-quedista Rio de Janeiro RJ CML / Bda I Pqdt
1ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada São Borja RS CMS / 3ª DE / 1ª Bda C Mec
2ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Alegrete RS CMS / 3ª DE / 2ª Bda C Mec
3ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Dom Pedrito RS CMS / 3ª DE / 3ª Bda C Mec
4ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Jardim MS CMO / 9ª RM / 4ª Bda C Mec
10ª Companhia de Engenharia de Combate São Bento do Uma PE CMNE / 7ª RM / 10ªBda I Mtz
11ª Companhia de Engenharia de Combate Leve Pindamonhangaba SP CMSE / 2ª DE / 11ª Bda IL
12ª Companhia de Engenharia de Combate Leve Pindamonhangaba SP CMSE / 2ª DE / 12ª Bda IL Amv
15ª Companhia de Engenharia de Combate Palmas PR CMS / 5ª DE / 15ª Bda I Mec
23ª Companhia de Engenharia de Combate Ipameri GO CMP / 11ª RM / 3ª Bda I Mtz

1º Batalhão Ferroviário Lages SC CMS / 4º Gpt E
1º Batalhão de Engenharia de Construção Caicó RN CMNE / 1º Gpt E
2º Batalhão Ferroviário Araguari MG CMP / 11ª RM
2º Batalhão de Engenharia de Construção Teresina PI CMNE / 1º Gpt E
3º Batalhão de Engenharia de Construção Picos PI CMNE / 1º Gpt E
4º Batalhão de Engenharia de Construção Barreiras BA CMNE / 1º Gpt E
5º Batalhão de Engenharia de Construção Porto Velho RO CMA / 2º Gpt E
6º Batalhão de Engenharia de Construção Boa Vista RR CMA / 2º Gpt E
7º Batalhão de Engenharia de Construção Rio Branco AC CMA / 2º Gpt E
8º Batalhão de Engenharia de Construção Santarém PA CMA / 2º Gpt E
9º Batalhão de Engenharia de Construção Cuiabá MT CMO / 3º Gpt E

21ª Companhia de Engenharia de Construção São Gabriel da Cachoeira AM CMA / 2º Gpt E




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Re: caminhões em uso pelo EB

#1364 Mensagem por saullo » Dom Mar 04, 2018 10:24 am

Valeu o obrigado Robson.

Abraços




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FCarvalho
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Re: caminhões em uso pelo EB

#1365 Mensagem por FCarvalho » Dom Mar 04, 2018 11:11 am

Se os colegas não se importarem, vou passar este post para o tópico da engenharia.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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