Página 1 de 1

Exército Português - vêm aí os helicópteros

Enviado: Qua Mai 24, 2006 10:11 am
por Rui Elias Maltez
Exército promete helicópteros para as tropas pára-quedistas

http://jn.sapo.pt/2006/05/24/nacional/e ... ara_t.html


Carlos Varela

O chefe de Estado-Maior do Exército, general Valença Pinto, prometeu ontem, em Tancos, dar um novo fôlego às tropas pára-quedistas, através do emprego de helicópteros, que, garantiu, vão chegar ao ramo terrestre das Forças Armadas no âmbito da revisão da Lei de Programação Militar.

Valença Pinto fez esta promessa no discurso que marcou as cerimónias dos 50 anos das tropas pára-quedistas, na Escola de Tropas Pára-quedistas, em Tancos, a casa-mãe dos "boinas-verdes", onde milhares de antigos militares rumaram para festejar a data.

Da mesma forma, Valença Pinto anunciou o fim da de-signação de forças aerotransportadas para voltar a ser conhecida por pára-quedistas, o nome de origem quando a força foi criada em 1956 enquadrada na Força Aérea, depois de a chefia do Exército de então não ter reconhecido interesse à nova unidade.

No entanto, se bem que esta última informação tenha sido recebida com agrado, já a questão dos helicópteros foi rodeada de cepticismo, uma vez que o processo de aquisição das aeronaves já dura há vários anos sem resultados aparentes.

Questionado pelo JN sobre o programa de aquisição, Valença Pinto explicou que "estão previstos dez helicópteros médios e nove ligeiros, que poderão ser armados".

Eventualmente, estar-se-á perante o prosseguir do programa NH-90 e pela aquisição de uma aeronave ligeira, que ainda não está definida.

As aeronaves serão mantidas no Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), que, no âmbito da reestruturação do Exército em curso, passará a chamar-se Unidade de Aviação Ligeira do Exército (UALE), dando apoio directo à Brigada de Reacção Rápida (BRR), onde surgem integrados os pára-quedistas.

A BRR, que substitui a antiga Brigada Aerotransportada Independente (BAI), surge, no entanto, praticamente na mesma orgânica aquando da transferência dos pára-quedistas da Força Aérea para o Exército, em 1994, com dois batalhões de infantaria, acrescidos com um esquadrão de reconhecimento.

Para trás ficaram um terceiro batalhão de infantaria, o grupo de artilharia de campanha, a companhia de artilharia antiaérea, reduzida a um pelotão, e o batalhão de apoio e serviços - substituído pelo batalhão aeroterrestre -, que tinham sido criados pelo próprio Exército.

Os comandos irão também integrar a BRR - assim como as operações especiais -, mas mantendo apenas duas companhias, tal como o general Valença Pinto confirmou ao JN, recusando a hipótese de a força crescer para batalhão.

Enviado: Qua Mai 24, 2006 9:32 pm
por jomite
È uma boa noticia, mas já se fala dos helis para o exército à tanto tempo que fico um pouco na dúvida. Eles prometem mas depois cumprir...Espero que seja desta!

Quanto ao número de helicópteros referidos parece-me ser bastante bom tendo em conta as nossa possibilidades.

Continu-o a achar que não seria má ideia adquirir helicópteros de ataque, tipo Apache, Super Cobra ou como parece que agora a prioridade é armamento de origem europeia talvez o Mangusta ou Tiger.

Curioso o facto de o GALE sem nunca ter operádo os helicópteros já vai mudar de nome.

[quote]As aeronaves serão mantidas no Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), que, no âmbito da reestruturação do Exército em curso, passará a chamar-se Unidade de Aviação Ligeira do Exército (UALE)[quote]

Enviado: Qui Mai 25, 2006 7:34 am
por Rui Elias Maltez
Continu-o a achar que não seria má ideia adquirir helicópteros de ataque, tipo Apache, Super Cobra ou como parece que agora a prioridade é armamento de origem europeia talvez o Mangusta ou Tiger.


Isso seria o ideal, mas se tiver que ser a "porra" dos A-129, que sejam :?

Quanto aos 10 NH-90, parece que o programa continua, e nada se fala relativamente a adiamento para a sua entrega que sempre foi apontada para 2008.

Não sei é se são todos entregues ao longo desse ano, ou se vêem às "pinguinhas".

Enviado: Qui Mai 25, 2006 12:35 pm
por old
Rui Elias Maltez escreveu:
Continu-o a achar que não seria má ideia adquirir helicópteros de ataque, tipo Apache, Super Cobra ou como parece que agora a prioridade é armamento de origem europeia talvez o Mangusta ou Tiger.


Isso seria o ideal, mas se tiver que ser a "porra" dos A-129, que sejam :?

Quanto aos 10 NH-90, parece que o programa continua, e nada se fala relativamente a adiamento para a sua entrega que sempre foi apontada para 2008.

Não sei é se são todos entregues ao longo desse ano, ou se vêem às "pinguinhas".


Existe algun concurso abierto para dotarse de helicopteros de ataque?

Enviado: Qui Mai 25, 2006 12:57 pm
por Rui Elias Maltez
Existe algun concurso abierto para dotarse de helicopteros de ataque?



Ainda não, Old.

Para já, só os NH-90, mais os helis ligeiros para o Exército e para a FAP.

Nada sobre helis de ataque.

Enviado: Qui Mai 25, 2006 10:02 pm
por jomite
È confusão minha ou à alguns anos atrás falou-se da aquisição de AH-1 Cobra, alguém sabe?

mas se tiver que ser a "porra" dos A-129, que sejam


Pois... são os mais fraquinhos, mas para a FAP já seria uma boa evolução.

Enviado: Ter Mai 30, 2006 6:51 am
por joaolx
Sim efectivamente á anos atrás foi equacionada a compra de Cobras mas a coisa depois não avançou para a frente o que é pena...

Enviado: Qui Jun 01, 2006 6:31 pm
por pt
E agora não há nem GALE, nem helicopteros da Força Aérea ou da Marinha.
Um comando para os Helicópteros, parece-me ser das melhores noticias que houvi nos ultimos tempos sobre helicopteros.

Um comando para este tipo de arma, que coordena a sua operação e cedência aos vários ramos das forças armadas conforme as necessidades.

Assim junta-se o parque de helicopteros, que nunca ultrapassará os 40, uniformizam-se compras de materiais e manutenção onde possível.

Creio que isto quer dizer que acaba o GALE, porque o modelo de aviação ligeira do exército (baseado em helicopteros) pura e simplesmente deixa de fazer sentido com esta nova estrutura.

Cumprimentos

Enviado: Qua Jun 07, 2006 12:30 pm
por Rui Elias Maltez
E se passar a haver um comando conjunto, fará sentido manter Portugal no programa dos NH-90?

Não faria sentido cancelar esse programa (que aliás parece que vai ser adiado pra entregas a partir de 2011) e comprar mais 12 Merlin, para que com 24 aparelhos todos semelhantes passemos a ter helis médios para os 3 ramos, e "expecializando" 4 ou 5 unidades para a Marinha, para SAR, e embarcar no LPD?

E se passar a haver "comando conjunto" como é que fica a argumentação de que a FAP não pode operar os 10 Puma's que temos?

Como se explica então a sua venda?

Enviado: Qua Jun 07, 2006 4:32 pm
por JNSA
Rui Elias Maltez escreveu:E se passar a haver um comando conjunto, fará sentido manter Portugal no programa dos NH-90?

Não faria sentido cancelar esse programa (que aliás parece que vai ser adiado pra entregas a partir de 2011) e comprar mais 12 Merlin, para que com 24 aparelhos todos semelhantes passemos a ter helis médios para os 3 ramos, e "expecializando" 4 ou 5 unidades para a Marinha, para SAR, e embarcar no LPD?

E se passar a haver "comando conjunto" como é que fica a argumentação de que a FAP não pode operar os 10 Puma's que temos?

Como se explica então a sua venda?


Rui, não é por haver um comando conjunto que a FAP passa a ter milagrosamente mais uma dúzia de pilotos e mais uns milhões de euros em verbas de operação. É por isso que a FAP não fica com os Puma...


Quanto ao cancelamento dos NH-90 e sua substituição por 12 Merlin, só posso dizer que me suscita um leve sorriso :wink: (não leves a mal, Rui).

Então em alturas de "vacas magras" íamos cancelar a compra de 10 helicópteros bi-turbina para adquirir 12 helicópteros tri-turbina (devo ter acabado de inventar uma palavra nova :mrgreen: ), muito mais caros de adquirir e de operar... Já para não dizer que isto não é só trocar o aparelho X pelo Y - a escolha dos NH-90TTH para uma missão e a dos EH-101 para outra deve-se a exigências operacionais completamente diferentes; não se deve apenas ao facto de o Exército "gostar" mais do aspecto de uma ou de outra aeronave...

Enviado: Sex Jun 09, 2006 10:25 am
por Rui Elias Maltez
JNSA:

Se o Estado tem verba para alugar meios e comprar outros para missões civis e de protecção civil, como é que o mesmo Estado não tem verbas para permitir que a FAP não possa continuar já nem digo com os 10 Puma's, mas pelo menos com 5 ou 6?

E se se diz que os Puma's estão velhos demais para nós, que custa muito a sua manutenção, e a sua operação, quanto se espera que os romenos ou outros paguem por eles?

Enviado: Sex Jun 09, 2006 11:21 am
por JNSA
Rui:
1ª Pergunta - o problema da continuidade da operação dos Puma da FAP não se limita a verbas. Existem outras duas dimensões a considerar:
:arrow: o número de pilotos de helicóptero formados pela FAP, que está pensado em função de uma necessidade operacional muito clara - os 12 EH-101 (o que já exige mais pilotos que os 10 Puma) - e que muito possivelmente não tem margem de manobra para manter mais 5, 6 ou 10 helicópteros
:arrow: o próprio leque de missões atribuído à FAP, na qual não se enquadram os Puma. Face aos EH-101, os Puma tornam-se redundantes (e portanto, um fardo orçamental e logístico desproporcional em comparação com a sua utilidade) nas missões de SAR, CSAR e transporte. Ter uma frota de Pumas envelhecidos exclusivamente (ou quase) dedicados a combate a incêndios numa Força aérea reduzida como a nossa não me parece a opção mais racional.

Quanto a sua utilização pelo SNBPC, duvido que estes tenham pilotos qualificados para operar os Puma, bem com uma estrutura logística para os manter (claro que se podiam usar os técnicos de manutenção da FAP, mas nesse caso alguns dos EH-101 ficariam certamente em terra... :roll: )

Não me cabe a mim fazer as contas, e sim ao Governo (ou então, paguem-me um ordenado 8-] ), e de qualquer modo, não tenho dados suficientes para fazer essas contas... Mas mesmo assim, não me parece muito difícil acreditar que o aluguer de meios aéreos (e pilotos) a uma empresa civil possa eventualmente sair mais barato do que converter aeronaves envelhecidas, formar pilotos e criar uma estrutura logística para os suportar.

2ª Pergunta - o problema da venda dos Puma é do Ministro, não é meu... :wink: Se ele acha mesmo que consegue vender estes helicópteros à Roménia ou a outro país, por um preço razoável, então eu estarei cá à espera para ver e, eventualmente, para aplaudir, caso a venda se concretize.

Enviado: Sex Jun 09, 2006 4:46 pm
por Strider
Qual o valor dos NH-90 :?:

Sei que os PAH-1 Tiger custam US$ 33 milhões cada :!: