Forças de Operações Especiais
Enviado: Sáb Fev 11, 2006 8:11 pm
Forças de Operações Especiais
do Exército Eslovenio
A Eslovênia, um dos mais novos países da Europa, já possui uma Unidade de Operações Especiais. O desenrolar dos acontecimentos que levaram à sua ativação, em 1998, é o tema do texto que se segue.
Após um curto conflito armado com as forças armadas federais iugoslavas, a República da Eslovênia declarou a sua independência nacional em 25 de junho de 1991, apoiada, ainda, pela esmagadora maioria popular demonstrada em dois plebiscitos. Neste histórico dia para todos os eslovenos nasciam, também, as suas novas Forças Armadas, cujo batismo de fogo se deu frente ao Exército Popular Iugoslavo (JNA – Jugoslavenska Narodna Armija).
Neste conflito — de 27 de junho a 7 de julho —, que a história registrou com o nome de “Guerra dos Dez Dias” (embora, em sentido estrito, muitos historiadores não considerem uma guerra), foi fundamental e decisiva, no desfecho dos combates, a participação de uma unidade especial: a Brigada Especial MORiS(1) (Specialna Brigada MORiS). De acordo com fontes oficiais eslovenas, nesse curto embate o JNA sofreu a destruição de 31 carros de combate, 22 viaturas de transporte de pessoal, 172 veículos diversos e 6 helicópteros. Acrescente-se a estes danos materiais 45 mortos, 146 feridos e 4.693 prisioneiros. Do lado esloveno, houve 19 mortos e 182 feridos.
Esta unidade de elite — Specialna Brigada MORiS —, ativada discretamente em 1990 e constituída integralmente por soldados profissionais, recebeu uma formação intensiva e cuidadosa nas seguintes áreas:
Guerra Irregular (ministrada nas densas florestas de Kocevje, localizadas no Sudeste da Eslovênia);
Ações Diretas e de Choque;
Operações e Missões Especiais;
Curso de Pára-quedismo Militar.
No Curso de Pára-quedismo Militar, e após a realização de cinco saltos com sucesso, todos os seus integrantes recebiam o distintivo de qualificação pára-quedista MORiS (1).
Reorganização
Em 1998 a Brigada Especial MORiS foi dissolvida, depois de alguns incidentes político-militares em que estiveram envolvidos alguns dos seus militares mais carismáticos e ex-comandantes, supostamente recrutados para executarem atentados contra a vida de figuras políticas da oposição. Assim, no âmbito de ampla reorganização das Forças Armadas Eslovenas, foi constituída a 1ª Brigada do Exército Esloveno (1. Brigada SV), integrada pelas seguintes unidades:
10º Batalhão Motorizado (10. Motorizani Bataljon — 10. MOTB);
17º Batalhão de Polícia Militar (17. Bataljon Vojaske Policije — 17. BVP);
20º Batalhão Motorizado (20. Motorizani Bataljon — 20. MOTB);
Destacamento de Operações Especiais (Odred Za Specialno Delovanje — ODSD). Em 2004 a designação foi alterada para ESD — Enota Specialno Delovanje (Unidade de Operações Especiais);
14º Batalhão de Engenharia (14. Inzenirski Bataljon — 14. INZB). Em 2004 esta subunidade saiu da Brigada e passou a integrá-la o 670º Batalhão de Apoio Logístico (670. Poveljnisko Logisticni Bataljon — 670. POVLOGB).
O Destacamento de Operações Especiais (DOE)
Ativado em Agosto de 1998 com a designação inicial de Odred Za Specialno Deolvanje (Destacamento de Operações Especiais), a atual Unidade de Operações Especiais (Enota Za Specialno Delovanje — ESD) da 1ª Brigada SV herdou todas as tradições da extinta Brigada Especial MORiS, e naturalmente toda a simbologia heráldica (como por exemplo o “gato selvagem”) foi incluída nos seus símbolos.
O ESD/UOE é uma unidade especial de escalão companhia, aquartelada na Base Militar de SKrilj, próximo à vila de Kocevska Reka, e todos os seus integrantes são profissionais altamente especializados e preparados para atuar em estrita cooperação e apoio a outras unidades das Forças Armadas. Seus componentes estão habilitados a desenvolver ações especiais na retaguarda das linhas inimigas, ações anti-terroristas, operações de diversão, de resgate em combate, de contra-inteligência, e a desenvolverem ações de reconhecimento em profundidade no campo inimigo.
Para que a unidade possa realizar com êxito as principais missões atribuídas, o Ministério da Defesa da República da Eslovênia tem dado prioridade máxima ao recrutamento de profissionais voluntários, em material e equipamento, proporcionando a esta unidade de escol, também, um regular e intenso intercâmbio com outras unidades estrangeiras congêneres, como: U. S. Navy Seals (2), U. S. Army Special Forces (3) — ambos dos Estados Unidos — e o SAS (4), do Reino Unido.
Táticas de pequenas unidades, pára-quedismo militar (com destaque para o domínio das técnicas HALO/HAHO (5)) e mergulho autônomo e montanhismo constituem disciplinas obrigatórias, que são administradas com rigor e entusiasmo a todos os militares da unidade, tornando-a “a melhor das melhores unidades das Forças Armadas da República da Eslovênia”.
do Exército Eslovenio
A Eslovênia, um dos mais novos países da Europa, já possui uma Unidade de Operações Especiais. O desenrolar dos acontecimentos que levaram à sua ativação, em 1998, é o tema do texto que se segue.
Após um curto conflito armado com as forças armadas federais iugoslavas, a República da Eslovênia declarou a sua independência nacional em 25 de junho de 1991, apoiada, ainda, pela esmagadora maioria popular demonstrada em dois plebiscitos. Neste histórico dia para todos os eslovenos nasciam, também, as suas novas Forças Armadas, cujo batismo de fogo se deu frente ao Exército Popular Iugoslavo (JNA – Jugoslavenska Narodna Armija).
Neste conflito — de 27 de junho a 7 de julho —, que a história registrou com o nome de “Guerra dos Dez Dias” (embora, em sentido estrito, muitos historiadores não considerem uma guerra), foi fundamental e decisiva, no desfecho dos combates, a participação de uma unidade especial: a Brigada Especial MORiS(1) (Specialna Brigada MORiS). De acordo com fontes oficiais eslovenas, nesse curto embate o JNA sofreu a destruição de 31 carros de combate, 22 viaturas de transporte de pessoal, 172 veículos diversos e 6 helicópteros. Acrescente-se a estes danos materiais 45 mortos, 146 feridos e 4.693 prisioneiros. Do lado esloveno, houve 19 mortos e 182 feridos.
Esta unidade de elite — Specialna Brigada MORiS —, ativada discretamente em 1990 e constituída integralmente por soldados profissionais, recebeu uma formação intensiva e cuidadosa nas seguintes áreas:
Guerra Irregular (ministrada nas densas florestas de Kocevje, localizadas no Sudeste da Eslovênia);
Ações Diretas e de Choque;
Operações e Missões Especiais;
Curso de Pára-quedismo Militar.
No Curso de Pára-quedismo Militar, e após a realização de cinco saltos com sucesso, todos os seus integrantes recebiam o distintivo de qualificação pára-quedista MORiS (1).
Reorganização
Em 1998 a Brigada Especial MORiS foi dissolvida, depois de alguns incidentes político-militares em que estiveram envolvidos alguns dos seus militares mais carismáticos e ex-comandantes, supostamente recrutados para executarem atentados contra a vida de figuras políticas da oposição. Assim, no âmbito de ampla reorganização das Forças Armadas Eslovenas, foi constituída a 1ª Brigada do Exército Esloveno (1. Brigada SV), integrada pelas seguintes unidades:
10º Batalhão Motorizado (10. Motorizani Bataljon — 10. MOTB);
17º Batalhão de Polícia Militar (17. Bataljon Vojaske Policije — 17. BVP);
20º Batalhão Motorizado (20. Motorizani Bataljon — 20. MOTB);
Destacamento de Operações Especiais (Odred Za Specialno Delovanje — ODSD). Em 2004 a designação foi alterada para ESD — Enota Specialno Delovanje (Unidade de Operações Especiais);
14º Batalhão de Engenharia (14. Inzenirski Bataljon — 14. INZB). Em 2004 esta subunidade saiu da Brigada e passou a integrá-la o 670º Batalhão de Apoio Logístico (670. Poveljnisko Logisticni Bataljon — 670. POVLOGB).
O Destacamento de Operações Especiais (DOE)
Ativado em Agosto de 1998 com a designação inicial de Odred Za Specialno Deolvanje (Destacamento de Operações Especiais), a atual Unidade de Operações Especiais (Enota Za Specialno Delovanje — ESD) da 1ª Brigada SV herdou todas as tradições da extinta Brigada Especial MORiS, e naturalmente toda a simbologia heráldica (como por exemplo o “gato selvagem”) foi incluída nos seus símbolos.
O ESD/UOE é uma unidade especial de escalão companhia, aquartelada na Base Militar de SKrilj, próximo à vila de Kocevska Reka, e todos os seus integrantes são profissionais altamente especializados e preparados para atuar em estrita cooperação e apoio a outras unidades das Forças Armadas. Seus componentes estão habilitados a desenvolver ações especiais na retaguarda das linhas inimigas, ações anti-terroristas, operações de diversão, de resgate em combate, de contra-inteligência, e a desenvolverem ações de reconhecimento em profundidade no campo inimigo.
Para que a unidade possa realizar com êxito as principais missões atribuídas, o Ministério da Defesa da República da Eslovênia tem dado prioridade máxima ao recrutamento de profissionais voluntários, em material e equipamento, proporcionando a esta unidade de escol, também, um regular e intenso intercâmbio com outras unidades estrangeiras congêneres, como: U. S. Navy Seals (2), U. S. Army Special Forces (3) — ambos dos Estados Unidos — e o SAS (4), do Reino Unido.
Táticas de pequenas unidades, pára-quedismo militar (com destaque para o domínio das técnicas HALO/HAHO (5)) e mergulho autônomo e montanhismo constituem disciplinas obrigatórias, que são administradas com rigor e entusiasmo a todos os militares da unidade, tornando-a “a melhor das melhores unidades das Forças Armadas da República da Eslovênia”.