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Traficante brasileiro vai vestir paletó de madeira

Enviado: Qui Fev 09, 2006 10:27 pm
por rodrigo
09/02/2006 - 07h54
Indonésia rejeita perdão a brasileiro condenado à morte

da Efe, em Jacarta

O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, rejeitou o pedido de clemência feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 42, não seja executado por tráfico de drogas.

"O presidente rejeitou a medida e o promotor-geral tem a competência para ordenar a execução", informou o ministro da Justiça da Indonésia, Yusril Ihza Mahendra, à imprensa em Jacarta.

Moreira foi condenado à morte por um tribunal indonésio em junho de 2004, ao ser declarado culpado por tentar entrar no país com 13,4 kg de cocaína escondidos em seu equipamento de asa-delta, em agosto do ano anterior.

As apelações à Justiça indonésia foram rejeitadas pela Suprema Corte em janeiro de 2005.

O país tem uma legislação muito severa com os delitos de tráfico de entorpecentes, que prevê pena de morte para os casos mais graves. A maior parte das aproximadamente 30 pessoas que esperam no corredor da morte no país foi condenada por narcotráfico.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 2416.shtml


Entenda o caso do brasileiro preso na Indonésia
Outros dois brasileiros encontram-se presos no país por tráfico de drogas

São Paulo - O instrutor de vôo livre Marco Archer Cardoso Moreira, de 44 anos, foi preso em agosto de 2003 no aeroporto de Jacarta, capital da Indonésia, ao tentar entrar no país com 13,4 kg de cocaína. A droga, que foi avaliada pela polícia em US$ 3,5 milhões, estava escondida em seu equipamento de asa-delta.

Embora tenha conseguido fugir após a apreensão, o instrutor foi capturado duas semanas mais tarde na ilha Sunbawa, na casa de um amigo. Para a polícia, ele confessou que recebera US$ 10 mil para transportar a droga. Moreira alegou ainda que estava "desesperado" com dívidas hospitalares contraídas em 1997 após sofrer um acidente em Cingapura.

Julgado em 2004, ele foi condenado à morte. Embora tenha recorrido, a pena foi confirmada pela Corte Suprema de Jacarta em março de 2005.

A última tentativa para evitar a medida extrema veio pouco tempo depois, quando o presidente Luis Inácio Lula da Silva encaminhou um pedido de clemência ao governo da Indonésia. De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, o objetivo do pedido era a "comutação da pena". Segundo o artifício, a punição não deveria ser aplicada porque a lei brasileira não prevê a pena capital.

Não adiantou. Nesta quinta-feira as autoridades do maior país muçulmano do planeta rejeitou a apelação brasileira. Agora, resta ao Itamaraty avaliar se todas as possibilidade de abrandamento foram esgotadas.


Outros casos
Moreira não é o primeiro brasileiro a ser condenado na Indonésia por tráfico de drogas. Além dele, outros dois cidadãos do País encontram-se sob custódia da Justiça indonésia, ambos presos e condenados por tráfico de drogas.

O caso mais preocupante é o do paranaense Rodrigo Gularte, condenado à morte em primeira instância, no início de fevereiro de 2005. Rodrigo foi preso em julho de 2004, também no Aeroporto de Jacarta, com 6 quilos de cocaína escondidos em sua prancha de surfe. Atualmente ele aguarda o julgamento do caso pela segunda instância.

A Indonésia é um dos países com legislação anti-drogas mais rigorosas do planeta. Nesta quinta-feira, após o anúncio da decisão de manter a pena de morte à Moreira, o site da embaixada do país muçulmano no Brasil publicou um comunicado em que justifica a utilização desse tipo de punição. "O tráfico de drogas destrói muito a vida de um país e é uma ameaça para o futuro de uma geração, portanto o tráfico de drogas é considerado como um crime muito sério", diz o comunicado.

Em setembro de 2004 o general Susilo Bambang Yuahoyono foi eleito presidente da Indonésia com um forte discurso de combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas. Nos últimos meses de sua administração, a ex-presidente Megawati Sukarnoputri autorizou vários fuzilamentos, incluindo os de dois indianos, por tráfico. O fuzilamento é tido como uma versão "menos bárbara" de execução. Tradicionalmente, a pena é cumprida com o esmagamento do crânio pela pata de um elefante.
http://www11.estadao.com.br/ultimas/mun ... 09/349.htm

Enviado: Qui Fev 09, 2006 11:21 pm
por Clermont
Tradicionalmente, a pena é cumprida com o esmagamento do crânio pela pata de um elefante.


Eca! :?

Ainda bem que o povo de lá se preocupou com os pobres dos Dumbos e mudaram para o fuzilamento. Já imaginaram? Arriscar a saúde dos bichinhos com miolos de traficante de tóxicos?

Que povo bonzinho! :twisted:

Enviado: Qui Fev 09, 2006 11:34 pm
por Carlos Mathias
Menos um, he, he! 8-]

Enviado: Sex Fev 10, 2006 12:34 am
por The Baaz
Quem dera traficantes sofressem pena assim em Terras Brasilis também...

Enviado: Sex Fev 10, 2006 12:36 am
por Vinicius Pimenta
Esse nunca mais vai traficar. :roll:

Enviado: Sex Fev 10, 2006 9:24 am
por Rui Elias Maltez
Há uns anos uma cidadã portuguesa, mas de origem chinesa e residente em Macau, com 24 anos, foi detida em Singapura na posse de heroina.

Foi logo condenada à morte.

O governo português bem apelou pediu, houve campanhas, mas o Estado de Singapura manteve-se irredutível.

Ela acabou mesmo por ser executada.

Enviado: Sex Fev 10, 2006 10:57 am
por cabeça de martelo
Tens a certeza Rui? Olha que eu penso que depois isso não aconteceu.

Enviado: Seg Fev 13, 2006 9:01 am
por Guilherme
“IA SER A VIAGEM DA MINHA VIDA”

Marco Archer tem o apelido chinfrim de Curumim. Cresceu classe média na Ipanema dos ricos. Queria ser um deles. Em 1980, aos 17 anos, foi à Colômbia disputar um campeonato de asa-delta. Voltou campeão, mas entrou no narco – sacou como ganhar dinheiro fácil.

“Nunca fiz outra coisa na vida, tenho mais de mil gols”, exagera. Ele foi mula no Havaí, em Nova York, na Europa toda. “Fazia viagens rentáveis, ficava meses sem trabalhar.”

Marco passa os dias na cadeia exibindo fotos de suas viagens, de belas mulheres, de carrões: “Não posso me queixar da vida que levei.”

Orgulha-se: “Nunca tive CPF, nem cheque, não servi ao Exército”.

Com o dinheiro do tráfico manteve apartamentos em três continentes, abertos pra patota: “Nunca perguntaram de onde vinha meu dinheiro.”

Em 1997 caiu da asa, sofreu fraturas. Recuperado, preparou o que seria seu último golpe. No Peru, comprou 15 quilos de cocaína por uma bagatela. Meteu nos tubos de sua asa-delta e tentou levar tudo para Bali, esperando faturar US$ 3 milhões. “Tava tudo pronto pra ser a viagem da minha vida.”


Ele viaja com a asa para Jacarta. No desembarque: “Meu mundo caiu por causa de um guardinha desgraçado.” A asa tinha tubos de alumínio e carbono, este metal mais rijo e impermeável ao raio X. “O cara perguntou porque a foto do tubo saía preta. Eu respondi que era o carbono. Aí ele puxou um canivete, bateu no alumínio, fez tim tim, bateu no carbono, fez tom tom.”Foi o fim da carreira de 25 anos. Marco procura levar seus dias na cadeia na maior paz com os carcereiros, sempre fazendo piadas, cozinhando-lhes pratos especiais. Acabou pro Curumim? “Vou fazer tudo pra continuar vivo e sair dessa.”

“ECSTASY É LEGAL, COCA É DO MAL”

Rodrigo é de Foz do Iguaçu (PR), neto de fazendeiro, filho de milionária. Aos 13, já em Curitiba, começa a cheirar solventes. “Era um garoto maravilhoso, nunca levantou a voz”, é só o que a mãe lembra da época.

Com 18 anos, é preso fumando baseado num parque. A mãe suborna um delegado: “Se fossem prender todos que fumam...”

O garoto ganha seu primeiro carro. Sai pela América Latina bebendo e se drogando. “Fiz cada loucura”, lembra.

Aos 20 era um rapaz de 1,84 m, magrão, modos educados, cheio de namoradas. Teve um breve romance com Maria do Rocio, 13 anos mais velha, fazendo Jimmy, hoje com 12, autista. Raramente o via.

Rodrigo viaja muito e pira total: “No Marrocos fumei o melhor haxixe.” No Peru: “Coca da pura.” Na Holanda: “Ecstasy de primeira.”

Aos 24, sai bêbado e drogado de uma festa, bate o carro, corre pra casa da mãe. É internado. Um médico anota: “Mostrou onipotência.”

A mãe abre pra ele uma creperia. Não deu. Uma casa de massas. Não deu. Mandou pra fazenda com um tio. Não deu. Ele começa no tráfico: “Fiz várias viagens à Europa só para trazer skunk”, confessa. “Se ele fazia isso, não sei onde metia o dinheiro, porque nunca tinha um tostão”, rebate a mãe.

A prisão: “Os carinhas me deram as pranchas com cocaína dentro. Embarquei em Curitiba, onde o raio X é ruim, pra desembarcar em Jacarta.” Não deu. Agora ele se lamenta: “Só depois soube que os japoneses doaram um raio X potente pros indonésios, eles pegaram a droga.”

Ele filosofa: “Meu erro foi a coca. O skunk é energia positiva, o ecstasy dá um barato legal, mas a cocaína é do mal.”

Um desabafo: “Se a parada tivesse dado certo, eu estaria surfando em Bali, cercado de mulheres.”

http://www.terra.com.br/istoe/1849/brasil/1849_ultima_balada_01.htm

Enviado: Seg Fev 13, 2006 9:15 am
por Guilherme
"A comida não é má, até porque Marco tem curso de chef na Suíça e dá um show na cozinha. Na semana retrasada, seu cardápio incluía salmão, arroz à piemontesa e leite achocolatado com castanhas para sobremesa. O fornecedor dos alimentos é Dênis, um ex-preso tornado amigão. Por celular, ele pega a lista e traz as compras do supermercado Hypermart. Quando Dênis está ocupado e a geladeira vazia, Marco telefona a cobrar para a mãe, no Rio, que liga para a mãe de Rodrigo, em Curitiba, que aciona a Embaixada do Brasil, que despacha um motorista para garantir o fome zero da dupla."

Interessante saber que o dinheiro dos impostos que pago é usado pela Embaixada do Brasil na Indonésia para levar comida para traficante preparar pratos requintados na cadeia.

Enviado: Seg Fev 13, 2006 11:58 am
por Clermont
Marco passa os dias na cadeia exibindo fotos de suas viagens, de belas mulheres, de carrões: “Não posso me queixar da vida que levei.”

Orgulha-se: “Nunca tive CPF, nem cheque, não servi ao Exército”.


E é esse o elemento que ontem, no Fantástico, apareceu chorando, dizendo que "eu tenho o direito a uma nova chance".

E eu ainda tenho de me sentir deprimido porque vão executar o meu "compatriota"?

Interessante saber que o dinheiro dos impostos que pago é usado pela Embaixada do Brasil na Indonésia para levar comida para traficante preparar pratos requintados na cadeia.


Que coisinha tão humanitarista! Espero que alguém entre no Reino dos Céus por essa boa ação...

Enviado: Seg Fev 13, 2006 12:52 pm
por lelobh
Nova chance! Até parece!

E eu ainda tenho de me sentir deprimido porque vão executar o meu "compatriota"?


Para você ver!

Interessante saber que o dinheiro dos impostos que pago é usado pela Embaixada do Brasil na Indonésia para levar comida para traficante preparar pratos requintados na cadeia.


É dose!

Enviado: Seg Fev 13, 2006 2:23 pm
por Vinicius Pimenta
Fogo nele! Está arrependido porque foi preso. Se não, não estaria. Na próxima vida ele tenta ser melhor. Quem dera que aqui fosse assim... E se eu fosse presidente, não ia pedir clemência coisa nenhuma!

Enviado: Seg Fev 13, 2006 2:32 pm
por rodrigo
Não deviam gastar nada na execução, era só enfiar a cocaína na goela abaixo.

Enviado: Seg Fev 13, 2006 2:52 pm
por pafuncio
1) Ou fazer como um determinado ex-presidente: consumir cocaína via anal.

O Casseta e Planeta, a propósito, lançou o seguinte ditado:

"O que vicia não é a cocaína e sim o supositório" ...

2) Torno a repetir: o carinha aí entregou uns traficantes grandões, informalmente.

O legal seria ouví-lo por precatória/rogatória, para que confirmasse a versão. Seria uma maneira de purgar um pouco pelo mal cometido, entregando inclusive o pessoal que o colocou no esquema.

Mas duvido muito, seja porque não vai delatar, seja porque acho difícil cumprirem a deprecata a tempo.

Enviado: Seg Fev 13, 2006 8:14 pm
por FinkenHeinle
Rui Elias Maltez escreveu:Há uns anos uma cidadã portuguesa, mas de origem chinesa e residente em Macau, com 24 anos, foi detida em Singapura na posse de heroina.

Foi logo condenada à morte.

O governo português bem apelou pediu, houve campanhas, mas o Estado de Singapura manteve-se irredutível.

Ela acabou mesmo por ser executada.

Já foi tarde...


Quanto ao Brasileiro, não me comove nem um pouco o vídeo transmitido pela Globo no Fantástico.

Isso serve de lição: não adianta chorar e se arrepender no corredor na morte.

Pense duas vezes antes de chegar nesse estágio...