Portugal: FAP- O Adeus ao PUMA

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Portugal: FAP- O Adeus ao PUMA

#1 Mensagem por P44 » Sex Fev 03, 2006 8:08 am

in http://www.correiodamanha.pt

30 anos a salvar vidas
Adeus ao Puma

ImagemImagem

O som chega a ser ensurdecedor e a visão da enorme aeronave pode mesmo assustar, mas para mais de 4500 pessoas nos últimos 30 anos a fúria do Puma foi a diferença entre a vida e a morte. Hoje, cruzam-se duas histórias na Base Aérea do Montijo.

A que começa tem no EH 101– Merlin, novo helicóptero da Força Aérea, o personagem principal. A que está prestes a acabar fala de um helicóptero que nasceu para a guerra, mas que obteve as suas maiores vitórias em tempo de paz. O render da guarda faz-se no ar até ao fim do ano.

A distância não altera o lema das duas esquadras que operam os Pumas. No Montijo, a 751, nos Açores, a 711 voam há mais de 30 anos ‘Para que outros vivam’. De acordo com as contas da Força Aérea Portuguesa, as dez aeronaves reabilitadas da Guerra Colonial para as missões de Busca e Salvamento (SAR) ajudaram mais de quatro mil pessoas.

A partir do Montijo, os seis Pumas atribuídos à Esquadra 751 voaram para salvar mais de 1800 vidas, em transporte de doentes, evacuações e salvamentos. Nos Açores, as quatro aeronaves deixaram a pista da Base das Lajes para o transporte de 2300 doentes entre as várias ilhas do arquipélago e para salvarem 339 vidas – o caso mais recente ocorreu ontem.

“Às vezes, é difícil perceber a dificuldade que é operar uma aeronave e tentar mantê-la estabilizada, em condições de temporal, com vagas de nove metros. Mas isso faz-se. O que prova quer o valor do aparelho, quer a perícia das tripulações”, contou ao CM um militar da Força Aérea. “Mas a tecnologia mudou e é preciso acompanhá-la”, disse.

O futuro, para todos os efeitos, chega hoje, com a entrada ao serviço dos oito primeiros EH 101 Merlin, quatro anos depois de ter sido assinado o contrato de aquisição para 12 aeronaves. As quatro restantes deverão chegar até ao final deste ano, substituindo, em definitivo, os Puma nas missões de busca e salvamento em ambiente hostil (CSAR).

Mas nem com todas as valências, incluindo a capacidade de voo autónomo desde o Continente aos Açores e o reabastecimento em voo, as novas aeronaves conseguirão ‘beliscar’ a História dos Puma. Nas últimas três décadas, as dez aeronaves da Força Aérea somaram 55 mil horas de voo e, por vezes, o trabalho feito longe de tudo e de todos, no meio do mar, deu lugar a missões mediáticas, como a visita do Papa João Paulo II.

Hoje, as aeronaves que chegaram com a Guerra Colonial voltam a estar no centro das atenções, mas por razões distintas. Esta manhã, uma cerimónia de duas horas na Base Aérea 6, no Montijo, assinala o princípio do fim de 30 anos de missões dos Puma. O novo ‘Senhor dos Céus’ chama-se EH 101 Merlin. Até ao final deste ano, a Força Aérea espera ter 12 destas aeronaves a operar. Seis, vocacionadas para busca e salvamento, começam a voar hoje. Duas, para fiscalização das pescas, devem descolar até Dezembro. As quatro restantes ainda estão na fábrica.

PASSADO E PRESENTE

ESTREADOS NA GUERRA

O primeiro protótipo do Puma, de origem francesa, voou pela primeira vez a 15 de Abril de 1965. Portugal recebeu-os em plena guerra do Ultramar e foi o primeiro país do mundo a utilizá-los em situações reais de combate. Os 13 Puma comprados pela Força Aérea chegaram entre 1969 (2 de Agosto) e 1971. O objectivo da compra foi dispor de um helicóptero com maior capacidade de transporte que os 150 Alouette III que voavam na guerra. Foram usados com sucesso em Angola e Moçambique.

SABOTAGEM

Dos 13 aparelhos iniciais sobram ‘apenas’ dez. A primeira baixa ocorreu na, então, Base Aérea n.º 3 de Tancos. O Puma com a matrícula 9507 da FAP foi alvo de uma sabotagem em Março de 1971 e ficou destruído. A segunda baixa deu-se a 18 de Dezembro de 1973, no Aeródromo Base n.º 7, em Tete, Moçambique. Com o fim da guerra, os Puma foram empenhados em missões de busca e salvamento no Montijo e nos Açores. A terceira baixa ocorreu nos anos 80.

PROTECÇÃO CIVIL

O futuro dos dez Puma que vão agora ser abatidos ao efectivo da FAP é ainda incerto. Pelo menos alguns dos aparelhos podem vir a ser entregues ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, para combate a fogos florestais e outras missões de interesse público. A FAP disse já que não está em condições de fornecer as tripulações.

O ROLLS-ROYCE

O substituto dos Puma, o EH-101 Merlin, é considerado o Rolls-Royce dos helicópteros (o presidente dos Estados Unidos tem uma frota para uso exclusivo). Portugal encomendou 12 – custam 446 milhões de euros – e já recebeu oito: seis para busca e salvamento (SAR) e dois para fiscalização das pescas (SIFICAP). Os restantes quatro – com blindagem para combate (CSAR) – chegam nos próximos meses. A Esquadra 751, do Montijo, começa hoje a operar com seis Merlin. No fim do mês será colocado um na Madeira e no decurso do segundo semestre outros três nas Lajes, Açores. Estão formadas cinco das 15 tripulações (piloto, co-piloto, mecânico, operador de guincho e recuperador) previstas.

PORMENORES

O Merlin é um ‘heli’ de transporte médio. Tem flutuadores de emergência, dois barcos internos de 20 pessoas, um guincho primário e um secundário. Tem um radar de busca que identifica e monitoriza 32 alvos em simultâneo. Tem sistemas que permitem actuar durante a noite.

MISSÕES

As tripulações da Esquadra 751 – ‘Pumas’ (sediada no Montijo e com destacamento na Madeira) cumpriram nos Puma mais de 30 mil horas de missão. Transportaram João Paulo II, salvaram mais de 1800 vidas e foram homenageados pelo Governo como ‘Novos Heróis do Mar’.

MARINHEIRO EVACUADO

O Puma e o navio Hekabe tinham encontro marcado ontem, ao nascer do sol, a cerca de 250 quilómetros a sudoeste da ilha terceira, nos Açores. A missão da aeronave era evacuar do navio um tripulante russo com sintomas de uma crise de apendicite. Depois de um reabastecimento no Faial, devido às distâncias previstas na missão, o Puma, apoiado por um C-212 Aviocar, alcançou o Hekabe pelas 08h25. Setenta minutos depois, o helicóptero aterrou no aeroporto da Ilha do Faial e o paciente, que durante o voo fora assistido por uma equipa médica da Força Aérea, seguiu para o Hospital da Horta.

'TIROU-NOS DE UM SUFOCO QUANDO O NAVIO ENCALHOU'

“Estávamos com os nervos à flor da pele, preocupados que o navio se afundasse. Não sabíamos o que fazer, nem tínhamos para onde ir. Mas fomos socorridos pelo helicóptero [Puma], que nos tirou do sufoco”, recordou ontem Joaquim Quitério, ex-mestre do Vougamar, um arrastão que encalhou há anos ao largo de Peniche.

A acompanhar o mestre, residente na Costa de Lavos, Figueira da Foz, estavam mais oito pescadores que temeram pela vida até serem socorridos por um Puma.

Entre o alerta e o início do socorro passaram-se três horas. “Pareceu-nos uma eternidade, mas finalmente vimos a salvação a chegar e não morremos naquele barco preso em seco”, recorda o mestre.

Joaquim Quitério tem outros familiares na pesca. Em Outubro de 2004, o arrastão de pesca Sinamar encalhou ao largo de Odemira. Nesse dia, perdeu um cunhado no mar. Ainda assim, um Puma da Força Aérea conseguiu resgatar outros cinco pescadores.

O mestre lamenta que o socorro seja muito demorado e sujeito a inúmeros procedimentos burocráticos, “ao contrário do que acontece no estrangeiro”.

Mas, as mulheres dos pescadores da Costa de Lavos, algumas das quais viram os seus familiares serem salvos pelo helicóptero, não têm dúvidas: os Puma são “guardiães que zelam pela segurança dos nossos homens”.

Ricardo Marques/Sérgio A. Vitorino, com Jorge Lemos (Figueira da Foz)

..............

Fotos
http://www.emfa.pt

WALLPAPER do Puma sobrevoando o Mar
:arrow: http://www.emfa.pt/www/imagens/galeria/ ... 22006z.jpg

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GALERIA :arrow: http://www.emfa.pt/www/aeronaves/aerona ... t&key=puma

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Triste sina ter nascido português 👎
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#2 Mensagem por Jose Matos » Sex Fev 03, 2006 3:54 pm

Olá

É um momento histórico esta passagem de testemunho.

Um abraço





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#3 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Fev 07, 2006 8:42 am

Honra para esse aparelhos que tantos e tão bons serviços têm tido.

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Será importante que se aproveitem alguns para colocar ao serviço da Protecção Civil.

E que se reserve pelo menos uma unidade para o Museu do Ar.

Foram excelente aeronaves.
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Motor:

2 motores Turbomeca Makila com a potência de 1900 CV.

Dimensões:

Comprimento.................. 18,15 m
Altura........................... 5,14 m
Diametro........................ 15,0 m

Performances:

Velocidade máxima.......... 310 Km/h (167kts)
Velocidade cruzeiro......... 220 Km/h (120kts)
Raio de acção................ 313 NM
Autonomia maxima........... 05H00
Passageiros.................... 16
Tropas de infantaria......... 20
Macas/paramédicos..... 6/4
Combustivel.................... 2.250 litros/liters

Até que sejam recebidos os 4 aparelhos CSAR, os Puma manter-se-ão ao serviço da FAP nos Açores e Madeira.




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#4 Mensagem por VICTOR » Ter Fev 07, 2006 12:41 pm

Rui Elias Maltez escreveu:Motor:

2 motores Turbomeca Makila com a potência de 1900 CV.

Esse motor Makila é só do Super Puma (Cougar) em diante. Esse Pumas da foto (SA330) usam Turmo IV.

http://en.wikipedia.org/wiki/A%C3%A9rospatiale_Puma

No Global Security está confuso, misturando dados do Cougar/Super Puma e do Puma




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#5 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Fev 07, 2006 12:46 pm

Victor:

Estes dados foram retirados da página da FAP:

http://www.emfa.pt

Eu, de motores para helis e aviões não percebo nada. :?




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#6 Mensagem por Charlie Golf » Ter Fev 07, 2006 7:35 pm

VICTOR escreveu:
Rui Elias Maltez escreveu:Motor:

2 motores Turbomeca Makila com a potência de 1900 CV.

Esse motor Makila é só do Super Puma (Cougar) em diante. Esse Pumas da foto (SA330) usam Turmo IV.

http://en.wikipedia.org/wiki/A%C3%A9rospatiale_Puma

No Global Security está confuso, misturando dados do Cougar/Super Puma e do Puma

Não VICTOR, é mesmo verdade.

Os Puma portugueses sofreram um upgrade entre finais da década de 80, princípios da de 1990, incorporando assim os motores Makila, filtros de ar e vários outros sistemas do AS-332 Super Puma (ou melhor, do AS-532 Cougar). Inicialmente, a FAP adquiriu o SA-330C em 1969; mais tarde, quando os helicópteros regressaram de África e foram adaptados à missão SAR, a sua modernização elevou-os ao padrão SA-330H. Com o último upgrade efectuado nas OGMA (no meio de grande controvérsia devido ao embargo de venda de armas à África do Sul aquando do regime apartheid), a variante do Puma na FAP passou a ser designada por SA-330S1. :wink:

Assim, o SA-330S1 será uma espécie de híbrido.




Editado pela última vez por Charlie Golf em Ter Fev 07, 2006 8:54 pm, em um total de 1 vez.
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#7 Mensagem por Charlie Golf » Ter Fev 07, 2006 8:50 pm

A propósito da versão SA-330S1, socorri-me da investigação que o meu amigo José Matos fez para o fórum 9G's há quase um ano atrás. [009]

Jose Matos escreveu:Os Puma da FAP foram alvo de três actualizações desde do fim da guerra em África.

1- Transformação em aparelho SAR com a introdução do radar ORB-31;
2- Equipamentos autónomos de navegação e estacionário automático;
3- Novos motores Makila 1A1 (os mesmos do AS-532 Cougar).

Os Pumas originais eram SA-330C. O último padrão que tenho referência é o SA-330H. A designação S1 não é reconhecida pelo fabricante como já foi dito e penso que a versão L não se pode aplicar nos nossos Pumas, dado que se trata de uma versão com as pás do rotor feitas de material compósito. A versão J é a versão civil da L.

Portanto, S1 é capaz de ser a mais correcta embora não reconhecida pelo fabricante. Já agora para vos dar uma ideia penso que designação tem sentido desde da alteração dos motores. Isto porque os Puma originais tinham na C o Turmo IIIC4, de 1320 HP. Depois a versões seguintes (G e H) tinham o Turmo IVC de 1575 HP. As versões J e S tinham os rotores em fibra de vidro, os que as diferenciava das outras. Já agora mais uma pequena nota sobre o ORB-31. Parece que Portugal foi o único país a equipar o SA 330 com este tipo de radar. O Brasil também usou radares nos seus Puma, mas não eram ORB-31.

(...)Tal como eu suspeitava e confirmei hoje os motores dos nossos Pumas são Makila 1A1, ou seja, o mesmo que equipa o Cougar. Ora isto torna os Pumas da Força Aérea Portuguesa num caso muito interessante, pois trata-se do único C que deve ter sido mais modernizado no mundo inteiro.


E a prova:
:arrow: http://www1.airpics.com/showimg.php?imgid=26257

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#8 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Fev 08, 2006 1:24 pm

Charlie:

Se esses motores Makila são do início dos anos 90, e considrando as horas de voo que possam ter, acha viável que pudessem, com boa manutenção, servir para o SNBPC, como se fala?

E assim sendo, o que eu acharia bem, não faria sentido destituí-los dos radares que têm no "nariz"?

Ou poderiam ao serviço do SNBPC fazer missões SAR também?

O que se fala é que seriam exclusivamente utilizados pra ajudar no combate a fogos florestais. :?




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#9 Mensagem por VICTOR » Qui Fev 09, 2006 8:16 am

Obrigado pela clarificação Charlie, eu realmente não sabia da remotorização.

Um fóssil mesozóico como eu, ao ler "SA330", logo associa a sigla àquele heli que tinha Turmo e não Makila... :mrgreen: Foi uma boa idéia de upgrade. Que o Puma tenha uma aposentadoria digna e saudável.




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#10 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Fev 09, 2006 10:19 am

Victor:

Parece que continuarão a ser utilizados, mas já não ao serviço da FAP, mas sim da Protecção Civil.




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#11 Mensagem por Jose Matos » Sáb Fev 11, 2006 12:03 pm

Olá a todos

Ainda sobre esta temática, a transferência para a Protecção Civil não é um processo fácil. É preciso ver quem vai pilotá-los e quem assegura a manutenção. Ora a FAP não vai fazer nada disso. Portanto, vamos ver como o governo vai resolver isso.

Rui, a questão do SAR está completamente afastada para os Puma. Isso compete a partir da agora aos Merlin e à FAP.

Carlos, obrigado por recordares essas minhas memórias.

Um abraço





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#12 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Fev 11, 2006 12:13 pm





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#13 Mensagem por Charlie Golf » Sáb Fev 11, 2006 10:11 pm

Jose Matos escreveu:Carlos, obrigado por recordares essas minhas memórias.

Ora essa Zé. Aqui o mérito é todo teu. :wink:




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#14 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Fev 23, 2006 11:31 am

José Matos

Olá a todos

Ainda sobre esta temática, a transferência para a Protecção Civil não é um processo fácil. É preciso ver quem vai pilotá-los e quem assegura a manutenção. Ora a FAP não vai fazer nada disso. Portanto, vamos ver como o governo vai resolver isso.

Rui, a questão do SAR está completamente afastada para os Puma. Isso compete a partir da agora aos Merlin e à FAP.




Realmente a FAP já fez saber que com os actuais meios de que dispõe não poderá assegurar a operação dos 10 PUMA que serão retirados, para efeitos de Protecção Civil.

A serem aproveitados para o SNBPC, ou o Estado dota este serviço com meios humanos técnicos para essa operação, ou já que estão na calha a aquisição de mais meios aéreos, e nomeadamete aviões (pelo menos é o que está anunciado pelo Governo e alguma comunicação social) poderia ser viável o Governo criar uma entidade pública para a gestão e operação desses meios aéreos, ainda que a sua manutenção ficasse a cargo das OGMA?

Ou então, em alternativa, dotar a FAP desse meios financeiros e humanos?

É que se é verdade que a FAP pode não ter essa funções, também não me parece que compita à Polícia de Fronteiras alemã vir a Portugal de 2 em 2 anos para nos ajudar a apagar os incêndios.

Portanto, a FAP (e eu quero acreditar que teria toda boa vontade em colaborar com esse combate) teria de deixar de ser tão "de capelinhas", do estilo, esta função é para mim e esta já não é.

Porque para salvar náufragos junto da costa, também não vejo porque que tenha que ser a FAP a fazer esse seerviço, em vez de uma entidade civil pública com meios aéreos.

Portanto, ou faz tudo, ou nada.

Não se pode é passar a vida a escolher missões.




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#15 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Fev 24, 2006 12:02 pm

NACIONAL
Futuro dos helicópteros 'Puma' continua a ser uma incógnita
DN Online, 12/02/06


Os ministros António Costa, da Administração Interna, e Luís Amado, da Defesa, continuam a discutir o futuro dos helicópteros Puma, um ano após a chegada a Portugal (11 de Fevereiro de 2005) do primeiro EH101 da frota que já os substituiu no continente. Os dois governantes assinaram, em Maio de 2005, um protocolo para definir até Dezembro "os termos de utilização, a partir de 2006, dos helicópteros Puma da Força Aérea" na prevenção e combate aos fogos e missões de protecção civil. Mas esta semana, questionado pelo DN, o ministro da Defesa disse que o destino dos Puma "continua a ser discutido dentro do Governo. Há um relatório que aponta várias soluções".

Quanto à existência de uma data-limite para a decisão, Luís Amado afirmou não estar pressionado por isso. "Eu tenho tempo. Pergunte ao Ministério da Administração Interna", tutelado por António Costa - o que não se conseguiu.

Com a GNR a precisar de hélis para equipar o Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (a criar até finais de Abril), uma das soluções passa por atribuir os Puma à Guarda - sendo operados por pilotos do Exército na época de fogos, explicou uma das fontes ouvidas pelo DN.

Esta solução favorece a estratégia do Exército de garantir o treino e as qualificações das suas tripulações, enquanto continua à espera de receber os helicópteros ligeiros e médios destinados ao seu Grupo de Aviação Ligeira (GALE).

Outra solução seria a de os Puma irem para o Exército até à chegada dos novos hélis - o que o ramo considera absurdo, pois esses hélis não cumprem missões de observação e segurança, estão velhos e são caros. Contudo, o DN sabe que a Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN) recomendou expressamente essa solução em finais de 2003.

Num relatório com mais de 30 páginas, assinado pelo coronel Álvaro Prata Mendes (FAP), propunha-se a transferência para o Exército dos Puma da Força Aérea à medida que esta os fosse substituindo pelos EH101 Merlin - garantindo transitoriamente a formação, treino e qualificações dos efectivos do GALE.

O documento, com base numa inspecção realizada ao GALE no último trimestre de 2003, sustentava que essa solução permitia ao Exército ganhar experiência e tradição aeronáutica até à chegada dos "seus" helicópteros. A IGDN recomendava ainda que a FAP cedesse três dos seus hélis ligeiros Alouette III, um piloto instrutor e dois outros técnicos com experiência no aparelho em que a Força Aérea forma os seus pilotos e os dos outros ramos.

Num clima de desconfiança e mesmo hostilidade mútua entre os dois ramos, aquelas recomendações não foram seguidas. Pelo meio, o ex--ministro da Defesa Paulo Portas anulou o concurso de compra dos hélis ligeiros EC635, porque o construtor tardava em os certificar para uso militar.

E ficou sem efeito a solução alternativa dos Black Hawk americanos - apesar de se ter chegado à fase de escrever o pré-contrato de aquisição, revelou uma das fontes envolvidas no processo.

O Sistema de Forças/2004 atribui ao Exército dois esquadrões de hélis (dez médios e nove ligeiros).




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