Página 1 de 3

Petain, de heroi a traidor

Enviado: Ter Jan 10, 2006 5:31 pm
por Pasquale Catozzo
Philippe Pétain

Henri-Philippe Pétain

data de nascimento: 24-Apr-1856
local: Cauchy-à-la-Tour, Pas-de-Calais, França
morte: 23-Jul-1951
local da morte: Île d'Yeu, Vendée(ilha de Yeu), França
Causa da morte: não especificada

Imagem

Petain tem uma historia muito, muito especial, ele foi o heroi francês da primeira guerra mundial, ajudou o seu pais a vencer a guerra contra os alemães de Guilherme II. Porém, na 2° guerra mundial tudo mudou, ele para salvar paris da destruição, teve que aceitar imediatamente o durissimo tratado de paz imposto por Hitler, que queria se vingar dos franceses por causa da 1° guerra.
Petain foi o chefe de estado da França de Vichy, e durante esse periodo de "colaboracionismo" com os alemães ele foi considerado um traidor e no final da guerra foi preso e condenado a morte por ter traido a pátria.
Ele só não foi condenado definitivamente por causa da sua idade.

Agora eu pergunto, se vc fosse Petain, o que vc faria???enfrentar os alemães era suicidio...(ele alegou que os alemães ameaçaram destruir toda Paris se ele não se arrendesse!) Então ele fez o justo ou errado???


Para mais informações:
Em 14 de agosto de 1945, Philippe Pétain, chefe do regime de Vichy, é condenado à morte por um tribunal de guerra francês, por colaboração com a Alemanha nazista. Posteriormente a pena foi comutada em prisão perpétua

"Deixem o réu entrar", ordenou o juiz. Mal começava o processo contra o marechal Henri Philippe Pétain, chefe de Estado francês durante os quatro anos do regime de Vichy, quando algo inusitado acontece na sala da 1ª Câmara do Tribunal de Apelação de Paris.

Por uma estreita porta, aparece o acusado de alta traição, vestido de uniforme cáqui, com medalhas e condecorações, bainha de seda e luvas brancas, e cumprimenta a todos com um gesto imponente. O efeito de sua presença é tão magnético, que os presentes - em sua maioria contrários ao réu - se levantam instintivamente, em sinal de respeito. Esta cena ilustra bem a personalidade de Pétain.

Marechal não pede perdão

Com voz rouca, ele lê a seguinte declaração: "Um marechal francês jamais pede perdão. Só Deus e as próximas gerações poderão julgar. Isso basta à minha consciência e à minha honra. Deposito toda a minha confiança na França." Pétain se entrega à França, mas a situação não é tão fácil assim.

Charles de Gaulle teme que a nação se divida. Depois de ser humilhada pela Alemanha, a França é ridicularizada pelos aliados, que apenas a toleram como parceira. Vichy - o regime que executou as ordens de Hitler na França - é o símbolo desta humilhação, uma cicatriz na consciência nacional francesa e Pétain é o representante de Vichy. De herói nacional a bode expiatório: apesar de Pétain desempenhar o papel de pai da nação, a razão de Estado acaba de exigir uma vítima.

Popularidade contra colaboração

Para os militares, uma condenação de Pétain à morte seria parricídio. Afinal, o marechal - filho de agricultor com uma carreira militar impecável - é venerado pelos soldados. Pétain já conquistara sua fama em 1916, como "salvador de Verdun", por ter resistido a uma ofensiva das tropas alemãs. Graças a este mérito, Petáin torna-se marechal, assumindo o comando das forças francesas.

Após a Primeira Guerra, o marechal já é uma das personalidades mais populares da França. Apesar da idade avançada, Pétain mantém o comando militar e assume o Ministério francês da Guerra em 1934.

Armistício com Hitler e jogo duplo

Quando as tropas nazistas invadem o país pelas Ardenas, em março de 1940, e tomam o país de assalto, cresce o apelo por um "salvador". Em julho do mesmo ano, Pétain assume - aos 86 anos - o cargo de chefe de Estado francês, mas a derrota militar já estava selada. Em Compiègne, no famoso vagão de trem em que a Alemanha se submetera ao Tratado de Versalhes, Pétain assina o armistício com Hitler. Com isso, a França é dividida numa parte ocupada e em outra livre, o "Etat Français", com sede na cidade de Vichy.

Por trás da fachada do "Etat Français", Pétain faz um suspeito jogo duplo, de recusa e colaboração com o regime nazista, tolerando inclusive a deportação de judeus para campos de concentração alemães. Ao incentivar as estruturas camponesas e patriarcais, ele segue à risca a ideologia nazista do "solo e sangue".

Pétain consegue - por um lado - excluir a França dos planos de Hitler e - por outro - manter o contato com os aliados, até a libertação, em 1944. Por fim, ele acaba por fugir das tropas aliadas e passa os últimos meses da guerra na Alemanha, retornando à França, através da Suíça, logo após a capitulação alemã. O Tribunal de Guerra o acusa de colaboracionismo e alta-traição.

O marechal só se manifesta poucas vezes durante o julgamento. Ele se considera o "escudo da França", deixando a De Gaulle o papel de ser a "espada". "Os alemães me chamavam de raposa velha. Eu sou mesmo uma raposa velha. Mas se vocês acham que Vichy foi fácil, estão muito enganados. Eu jamais mostrei minhas verdadeiras intenções. Como na infantaria, nunca se deve colocar a cabeça para fora da trincheira antes da hora."

Uma sentença e uma surpresa

Em 14 de agosto de 1945, os jurados se reúnem pela última vez, pronunciando a sentença, às quatro da manhã do dia seguinte: "O tribunal condena o marechal Philippe Pétain à morte, suspende seus direitos de cidadão e confisca seus bens." Mas o fim do processo também foi inusitado: após anunciar a sentença, os jurados expressam o desejo de que ela não seja executada. Então, De Gaulle lança mão de seu direito de indulto e comuta a pena de morte em prisão perpétua.

Pétain ouve o pronunciamento da sentença, impassível. E cumpre a pena de prisão, até a sua morte, em julho de 1951, na ilha de Yeu.

Enviado: Ter Jan 10, 2006 5:40 pm
por pafuncio
Eu sabia que a pena de morte havia sido comutada. Não sabia - e isso causa-me surpresa -, que o velho tenha morrido na prisão.

Quantas feridas abertas não devem ter sido sangradas, quando do ocaso do velho marechal. De herói da pátria a colaboracionista. :(

Enviado: Ter Jan 10, 2006 5:51 pm
por Einsamkeit
Ele fez o Melhor, o Gaulle colaborou la fora, nao ficou em solo patrio na resistencia, o Petain deu o melhor para a frança, nunca vi relatos de maus tratos aos franceses, Mantiveram sua frota, governo autonomo e suas colonias, frota que foi destruida pelos Ingleses

Enviado: Ter Jan 10, 2006 6:22 pm
por Pasquale Catozzo
Eu também acho que Petain fez o melhor que ele podia, mas Vichy foi uma ferida muito grande para os franceses e alguem tinha que pagar, e nesse caso Petain que a representava! Ele foi um bode expiatorio.

Enviado: Ter Jan 10, 2006 6:23 pm
por Einsamkeit
Pasquale Catozzo escreveu:Eu também acho que Petain fez o melhor que ele podia, mas Vichy foi uma ferida muito grande para os franceses e alguem tinha que pagar, e nesse caso Petain que a representava! Ele foi um bode expiatorio.


Totalmente, Alias, todo mundo que foi preso era bode Expiatorio, Engraçado, Muita gente que era do NSDAP foi "incorporada" aos Eua e URSS, como cientistas, espioes, e outros especialistas............

Enviado: Ter Jan 10, 2006 7:57 pm
por rodrigo
Só salvar Paris já foi um grande gesto. Pior seria perder de qualquer jeito e ainda ter sua principal cidade em ruínas.

nunca vi relatos de maus tratos aos franceses
São célebres no mundo jurídicos os falsos julgamentos cometidos pelo judicuário francês a mando dos alemães: quando morria um soldado alemão, vítima da resistência francesa, e não era possível prender o culpado, era julgada e executada uma pessoa comum, para servir de exemplo.

Enviado: Ter Jan 10, 2006 10:40 pm
por Einsamkeit
Mais devem ter sido milhoes de pessoas nao? Se Havia resistencia era ilegal, o governo frances tinha se rendido, e alias Dente por dente

Enviado: Ter Jan 10, 2006 10:55 pm
por Paisano
Marechal Henri Philippe Pétain, héroi nacional francês na Iª GM e traidor da França na IIª GM.

Enviado: Ter Jan 10, 2006 10:58 pm
por Einsamkeit
Paisano escreveu:Marechal Henri Philippe Pétain, héroi nacional francês na Iª GM e traidor da França na IIª GM.


Traidor? Ele salvou a frança da destruiçao, ele foi a melhor alternativa, Paris continua linda graças ao Petain, e muitos franceses viveram por causa da "traiçao" dele

Enviado: Ter Jan 10, 2006 11:06 pm
por Paisano
Colaboracionista = traidor. :evil: :wink:

Enviado: Ter Jan 10, 2006 11:11 pm
por Einsamkeit
Paisano escreveu:Colaboracionista = traidor. :evil: :wink:


Mais que visao mais incoerente? voce sugere que deveriam continuar em guerra contra a alemanha e fossem massacrados e a frança destruida? mais que humanitaria visao

:D

Enviado: Ter Jan 10, 2006 11:15 pm
por Paisano
Eins, creio o franceses, os mais interessados, concordaram com essa minha tese, pois o marechal, após a guerra, foi julgado e condenado a morte, tendo, porém, a pena comutada para prisão perpétua, pelo que ele fez na Iª GM.

Enviado: Ter Jan 10, 2006 11:16 pm
por Einsamkeit
Paisano escreveu:Eins, creio o franceses, os mais interessados, concordaram com essa minha tese, pois o marechal, após a guerra, foi julgado e condenado a morte, tendo, porém, a pena comutada para prisão perpétua, pelo que ele fez na Iª GM.


hahah Povo Frances? qual é paisano, quem decidiu isso foi o De Gaulle e os Aliados

Enviado: Ter Jan 10, 2006 11:23 pm
por Slip Junior
Eu tenho uma posição bastante semelhante ao do Paisano apesar de acreditar que a atitude de Petain realmente ajudou os franceses. Deixa eu explicar melhor:

Realmente Petain foi um traidor ao entregar o território francês aos invasores nazistas. É óbvio que Paris estava a beira da destruição mas como seria sido a Segunda Guerra se Stalin tivesse rendido quando os alemães se aproximavam rapidamente de Moscou em 1941? Ou quando devastavam Stalingrado em 1942? Oras, ao se entregar ao poder nazista, ele não pode ser considerado nada menos que um traidor.

Já cá podemos admitir que possivelmente (e, vejam bem, eu disse 'possivelmente' pois é bastante dificil predizer com exatidão o que teria acontecido se os rumos da história tivessem sido diferentes) o povo francês foi aliviado de um massacre ainda maior com o acordo franco-alemão.

Então fiquemos com as duas principais definições dadas à Petain em sua vida não deixando nenhum deles no esquecimento: Herói e Traidor.

Abraços

Enviado: Qua Jan 11, 2006 8:32 am
por Rui Elias Maltez
Declarar Paris e outras cidades como territórios abertos, abdicando de uma resistência militar convencional, após as derrotas, e aopós os alemães tre ultrapassado as "linha Maginot", para pupar as cidades e salvar vidas não é traição, mas bom senso.

Agora aceitar ser etronizado um regime fantoche - o de Vichi, tal como o regime da república de Saló, em que Mussolini aceitou ser personagem de opereta dos desejos de Hiter, já é traição.

Que entregasse França e aceitasse o armistício.

Ninguém é traidor por se render, sa as evidências militares no terreno assim o ditarem.

Mas depois, sairia e teria dois caminhos:

Ou deixava a política, ou seguia os passos de De Gaullle e de outros resistentes que dentro ou fora do território nunca desistiram de devolver a França à liberdade.

Petáin esteve mal ao aceitar ser fantoche de Berlim.

E a prova do seu colaboracionismo activo, foi aceitar e colaborar nas perseguições aos judeus, e ao se ter refugiado na Alemaha, após o avanço dos aliados.