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Curitiba: Aeroporto Internacional Afonso Pena (CWB)

Enviado: Sex Jan 06, 2006 2:58 pm
por VICTOR
Afonso Pena terá pista maior para transporte de cargas

Obra será oficializada nos próximos dias e permitirá mais exportações pelo aeroporto

A Infraero deve divulgar nesta sexta-feira os detalhes sobre uma obra esperada há anos por empresas exportadoras do Paraná: a ampliação da pista principal do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Rumores davam conta de que a obra seria anunciada oficialmente na segunda-feira, mas a Infraero não confirma essa data. A diretora de engenharia Eleuza Loures disse apenas que a obra “será anunciada” e começa este ano. Possivelmente até abril, a julgar por um recente discurso do presidente da Infraero, Carlos Wilson. As informações são do repórter Fernando Jasper, da Gazeta do Povo.

Procurado pela Gazeta do Povo, o superintendente da Infraero em Curitiba, Antônio Felipe Bergmann Barcellos, avisou que uma nota será distribuída à imprensa nesta sexta-feira, informando em detalhes como será feita a ampliação. Na última vez em que comentou o projeto, no final de outubro, a empresa informou que estudava alargar a pista principal e ampliar seu comprimento, atualmente com 2.215 metros, para 2.590 metros – o que na prática não muda a rotina dos embarques e desembarques de passageiros no principal aeroporto do estado, mas melhora a capacidade para o transporte de cargas. Além disso, estavam nos planos um aumento do pátio para aeronaves cargueiras e outras pequenas obras.


Em discurso realizado há duas semanas, quando anunciou obras no aeroporto de Brasília, o presidente da Infraero, Carlos Wilson, incluiu o prolongamento da pista do aeroporto paranaense entre as obras que serão iniciadas até abril, quando ele deixará a direção da companhia. Também não informou como será feito esse prolongamento – se, por exemplo, começará a partir da cabeceira voltada para o centro de Curitiba ou da voltada o litoral.

O que o discurso reiterou foi a intensa disputa por obras entre os aeroportos do país, que por anos atrapalhou as pretensões paranaenses. Ao mesmo tempo em que anunciou melhorias em Brasília e Curitiba, Wilson prometeu um novo terminal de passageiros em Florianópolis (SC) e obras em Vitória (ES), Goiânia (GO), Macapá (AP), João Pessoa (PB) e “em praticamente todos os 66 aeroportos administrados pela empresa”. É verba para ano eleitoral nenhum botar defeito.

Pelo lado paranaense, a briga por obras é bastante antiga, e envolve principalmente representantes do setor empresarial. São eles os principais interessados na ampliação da pista, que facilitaria o escoamento de produtos industrializados. Como a pista atual é curta, para decolar com segurança as aeronaves não podem estar com carga completa nem com tanque cheio. Levantam vôo, com no máximo, 30 toneladas. E em seguida precisam fazer escala em outros aeroportos antes de tomar o caminho do exterior. Essa manobra encarece a operação e estimula o embarque em aeroportos paulistas.

OndaRPC

Enviado: Sex Jan 06, 2006 5:28 pm
por A-29
ALELUIA!!!!!

Enviado: Sex Jan 06, 2006 9:02 pm
por rodrigo
Duas cidades que me impressionam pelo pequeno aeroporto em relação à importância da cidade: Curitiba e Goiânia. Já os principais aeroportos do Nordeste: Fortaleza, Recife e Salvador são faraônicos, além do aeroporto de Confins de BH.

Enviado: Sex Jan 06, 2006 9:23 pm
por César
rodrigo escreveu:Duas cidades que me impressionam pelo pequeno aeroporto em relação à importância da cidade: Curitiba e Goiânia. Já os principais aeroportos do Nordeste: Fortaleza, Recife e Salvador são faraônicos, além do aeroporto de Confins de BH.

Em BH não tinham feito um outro aeroporto gigantesco(pra descongestionar Confins) que fica vazio grande parte do tempo?

Abraços

César

Enviado: Sex Jan 06, 2006 9:55 pm
por The Baaz
César escreveu:
rodrigo escreveu:Duas cidades que me impressionam pelo pequeno aeroporto em relação à importância da cidade: Curitiba e Goiânia. Já os principais aeroportos do Nordeste: Fortaleza, Recife e Salvador são faraônicos, além do aeroporto de Confins de BH.

Em BH não tinham feito um outro aeroporto gigantesco(pra descongestionar Confins) que fica vazio grande parte do tempo?

Abraços

César


Aeroporto da Pampulha :mrgreen:


Curitiba precisava mesmo de uma pista maior, agora só falta um ILS-3 pra operar em quaisquer condições climáticas.

Nunca vi lugar pra ter nevoeiro como a áre do Afonso Pena :mrgreen:

Enviado: Sáb Jan 07, 2006 11:43 am
por VICTOR
The Baaz escreveu:Nunca vi lugar pra ter nevoeiro como a área do Afonso Pena :mrgreen:

Existe até uma estória, não sei é lenda urbana ou não, acho que é, de que ele foi feito de propósito numa zona cheia de nevoeiro, dificultando para eventuais inimigos o acharem em caso de conflito... :?

Pode? Só em Curitiba mesmo... :?

Enviado: Sáb Jan 07, 2006 1:23 pm
por Arthur
César escreveu:
rodrigo escreveu:Duas cidades que me impressionam pelo pequeno aeroporto em relação à importância da cidade: Curitiba e Goiânia. Já os principais aeroportos do Nordeste: Fortaleza, Recife e Salvador são faraônicos, além do aeroporto de Confins de BH.

Em BH não tinham feito um outro aeroporto gigantesco(pra descongestionar Confins) que fica vazio grande parte do tempo?

Abraços

César


Em meados dos anos 80 construiu-se em BH um grande aeroporto internacional (Confins) com capacidade p/ 5,5 mi de passageiros/ano para descongestionar o da Pampulha e para dar algum dinheiro extra para a Andrade Gutierrez e p/ a Mendes Júnior.

Só que até o ano passado (2005) Confins era um elefante branco, já que a maioria dos vôos saia da Pampulha que apesar de mto menor é bem mais próximo do centro. As condições de segurança da PAmpulha estavam para ultrapassar o aceitável, o governo do estado queria reativar Confins e uma resolução das autoridades aeronáuticas transferindo quase todos os vôos nacionais da Pampulha p/ Confins reativou o último e resolveu o problema.

Além da reativação, o governo do estado transformou a área do aeroporto em uma zona especial, onde há menores impostos para atrair investimentos. Além disso, um acordo do Aécio Neves com o dono da GOL (Nenê Constantino) parece que vai resultar na instalação das oficinas de manutenção da GOL na área do aeroporto de Confins.

flw,

Arthur

Enviado: Sáb Jan 07, 2006 4:29 pm
por rodrigo
Existe até uma estória, não sei é lenda urbana ou não, acho que é, de que ele foi feito de propósito numa zona cheia de nevoeiro, dificultando para eventuais inimigos o acharem em caso de conflito
:lol: :lol: :lol: É só usar uma carta aeronáutica, que qualquer um sabe onde está o aeroporto!

Enviado: Sáb Jan 07, 2006 5:17 pm
por The Baaz
rodrigo escreveu:
Existe até uma estória, não sei é lenda urbana ou não, acho que é, de que ele foi feito de propósito numa zona cheia de nevoeiro, dificultando para eventuais inimigos o acharem em caso de conflito
:lol: :lol: :lol: É só usar uma carta aeronáutica, que qualquer um sabe onde está o aeroporto!


Na época da construção do AFonso Pena cartas Aeronáuticas precisas e controle aéreo eficiente eram coisas raríssimas :lol:

Enviado: Sáb Jan 07, 2006 7:25 pm
por César
Valeu galera! Acabei confundindo Confins com o Aeroporto da Pampulha. Mas tá tudo blz...

Essa história do aeroporto de Curitiba só pode ser lenda urbana mesmo. Cada coisa que falam :lol:

Enviado: Sex Jan 13, 2006 10:21 am
por Guillermo Muñoz
Victor, ¿algunas fotos del Aeropuerto de Curitiva por ahí? :D :D
¡Me encantan las imágenes de aeropuertos civiles! :D
O dame alguna dirección web para bajar!!
Saludos!!

Enviado: Sex Jan 13, 2006 1:17 pm
por The Baaz
Achei essas duas (tiradas no mesmo dia ao que parece hehe) na corrida aqui hehe:

Imagem

Imagem

mais informações em http://www.infraero.gov.br/aero_prev_home.php?ai=64

Enviado: Dom Jan 15, 2006 11:15 am
por VICTOR

Enviado: Dom Jan 15, 2006 11:35 am
por A-29
Na verdade essa lenda surgiu de uma reportagem que saiu há muitos anos naquela seção "Nostalgia" da Gazeta do Povo sobre o Afonso Pena.

Dizia que o aeroporto tinha sido construído na década de 40 sob supervisão de militares americanos, e que o local fora escolhido justamente com essa "vantagem" de se manter encoberto por neblina durante boa parte do ano.

Enviado: Ter Jan 24, 2006 12:00 am
por VICTOR
Aproveitando o embalo, um matéria que saiu no Diário Catarinenese sobre o Aeroporto Hercílio Luz, via outra lista.

Falta aeroporto

O frágil Bréguet-16 aproximava-se do campo do Campeche pela orla leste
da Ilha, acariciando a Lagoa e as dunas, depois de evitar, ao norte , o
perigoso Morro da Virgínia. Aterrissava, às vezes já sem luz natural,
numa pista debruada de archotes embebidos em óleo de baleia. No galpão
de madeira da Latécoère, futura Air France, dois manezinhos da Ilha
valiam-se na única "infra-estrutura" presente na "soit disant" gare de
passageiros: dois bules fumegantes, um de chá, outro de café. Houve
genuíno espanto dos manés no dia em que um piloto fez seu chá ser
acompanhado de um "pão dormido" que trouxe de bordo: o "pão" era um
croissant e o piloto Antoine de Saint-Exupéry, numa de suas
aterrissagens na Ilha, entre 1929 e 1931.

Quando o cirurgião paulista Roldão Consoni desceu de um Douglas DC-3 da
Panair do Brasil, 11 anos depois, o aeroporto era o mesmo, com mais um
"puxado" para o único balcão de atendimento. Mais 20 anos, em 1962, o
governador Celso Ramos recepcionou o príncipe Philip numa estação
"nova", ao lado da Base Aérea. Tomaram chá - o príncipe chegou a recusar
uma carambola - durante 40 minutos, tempo consumido para o
reabastecimento do Viscount da Royal Air Force, a caminho da Argentina.
A "estação de passageiros" não podia ser mais provinciana: um barraco
coberto de zinco, removido da paisagem só lá pelos anos 1980.

Agora que as autoridades se afeiçoaram às viagens para todos os
quadrantes da aldeia global, e que os aeroportos são "cidades", segundo
o modelo conceitual de "aeroshoppings", imaginava-se que a Ilha de Santa Catarina finalmente ganharia um aeroporto decente, digno da "operação" de cerca de 1,4 milhão de passageiros/ano e de mais de mil vôos charters somente nos meses de janeiro e fevereiro.

"Vizinho" de aeroportos futuristas, como o Afonso Penna, de Curitiba, e
o Salgado Filho, de Porto Alegre - entre os maiores e mais "funcionais
"do país, dotados de centenas de pontos de "check-in", esteiras de
bagagem que dariam livre fluxo à sapataria de Imelda Marcos, pistas
alternativas e aperfeiçoados sistemas de aproximação e navegação aérea, lojas, cinemas, hotéis e shoppings -, o "primo-pobre" Hercílio Luz vive de meia-solas, e de "Aeroporto Internacional só tem o nome", como se queixou em carta ao DC o leitor José Carlos Ferreira.

Continua sendo, proporcionalmente, o mesmo "barraco" do tempo da
Latécoère e da Panair, ou a mesma favela de zinco que assistia aos
pousos e decolagens dos Douglas DC-3, Curtiss-Camanders e Convairs da Real e da TAC-Cruzeiro do Sul.

O "degredo" a que parece condenada a Capital de Santa Catarina, no que
respeita a um aeroporto decente, está associado a uma absurda
indiferença devotada ao assunto por governos estaduais e municipais -
especialmente os de plantão, cujas autoridades enriquecem suas milhagens conhecendo os mais bem equipados aeroportos do planeta Terra.

Para viajantes tão carimbados, aeroporto de favelado. Extraordinário: a
Infraero tinha em seus cofres a dotação para construir o novo terminal,
tendo licitado o projeto e acabado o projeto final de engenharia, com
maquete e tudo. Pois bem: a maquete, que se podia admirar no Hercílio
Luz (os acanhados 6 mil metros quadrados passariam para cerca de 22
mil), com dezenas de pontos de "check" e quatro "fingers"para o acesso
às aeronaves) simplesmente sumiu. O novo terminal, concebido em 2001
para ser inaugurado em 2007, migrou para capitais onde as autoridades
não rejeitem parceria com a empresa aeroportuária. Com sorte, teremos um novo aeroporto lá por 2027...

Em matéria de aeroporto, Florianópolis é um sertão. O novo "Gilberto
Freire", no Recife, tem capacidade para 5 milhões de passageiros/ano em
52 mil m2, com seus antigos 24 pontos de "check-in" transformados em
nada menos que 64. Esculturas de Brennand e painéis de João Câmara
dominam o vão central do magnífico aeroporto recifense.

Em Maceió, o "novíssimo" Zumbi dos Palmares passou de tímidos 8 mil m2 para confortáveis 25 mil, com a intenção de atender 1,5 milhão de
passageiros - visitantes que Maceió ainda não possui, estacionada em 600
mil/ano. Mas lá, Zumbi é só o nome do aeroporto.