TV digital

[Bacteria]

http://www2.camara.gov.br/internet/agenciacamara/chamadaExterna.html?link=http://www.camara.gov.br/internet/agencia/default.asp

Tem varios links falando de como será a tv digital no brasil e quando será a 1 transmissão se tudo der certo, as emissoras de tv do canal aberto estavam xiando porque queriam cobrar mensalidades assim como os canais por assinatura com o argumento de que os equipamentos para esse tipo de transmissão são caros demais mas o governo interviu e não será cobrado nada. Outro ponto de destaque e que as pessoas que não tiverem condições de comprar um tv digital comprarão um adptador que custa em torno de R$ 500 o preço está salgado por isso o governo esta negociando sua redução.

falow

[The Baaz]

Tem que mudar muita coisa pra TV digital ainda. Lá na casa do meu pai tem duas antenas parabólicas, uma no BrasilSat B1 e outra no B3. O primeiro tem transmissão digital e analógica, o segundo é só digital.

Bem, só de emissoras da Globo, Record e Bandeirantes deve ter umas 20, entre Band minas, Globo Minas, Record RS e por ai vai...

É bizarro

[César]

TV digital? O que é isso?

(Eu realmente não dou certo como jornalista! ).

Abraços

César

[guigo]

Pela tv aberta não mas pelo governo.

[YOHAM]

César escreveu;

TV digital? O que é isso?

É um novo sistema de transmissão de sons e imagens que será o futuro das atuais transmissões em RF (rádio freqüência). Além de maior qualidade haverá possibilidade de interatividade. Existe atualmente 4 sitemas de transmissões de tv digitais no mundo; o japonês, o americano, o europeu e o chinês. Sendo que o japonês é o preferido pelos donos da mídia nacional. Por ser mais abrangente em alguns quesitos técnicos que não saberia explicar aqui. O que está pegando na verdade é o imenso mercado de tv brasileiro. O que o Brasil decididr aqui provavelmente toda a Amércia do Sul vai junto. Isso pq para se receber os sinais digitais vc terá que adquirir um novo receptor (tv) ou um adaptador digital, que também não é barato. O atual governo tenta negociar o barateamento desse equipamento. Mas só haverá progressão nessa questão quando se decidir qual o padrão que o governo vai querer para sistema digital de TV brasileiro. Ao assumir o governo o atual presidente da República tinha um Ministro com um viés mais nacionalista e queria desenvolver um sitema próprio. O tempo foi passando as crises aparecendo e os ministros mudando. O atual, na minha avaliação não tem o interesse de atender os interesses nacionais. Está muito mais para interesses corporativos (das organizações Globo) do que do intresse da maioria do povo brasileiro. Acredito que o padrão brasileiro seria o ideal. Mas como isso não é mais possível, devido a desistência deste governo em desenvolver essa tecnologia, acredito que o chinês seria o mais ideal. Pena que ele já está descartado. Ele tem a tecnologia desenvolvida com um pouco de todos os outros padrões. O mais defasado é o dos americanos; foi desenvolvido há mais tempo e está mais desatualizado.
Para compreender um pouco mais a respeito desse assunto click nos links abaixo;

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u101875.shtml

http://www.anatel.gov.br/radiodifusao/tv_digital/default.asp?CodArea=29&CodTemplate=447&CodMenuServico=64

http://sbtvd.cpqd.com.br/

[Vinicius Pimenta]

Ah, Yoham, estava indo tão bem na explicação mas tinha que descambar para o lado político.

A Austrália gastou 700 milhões de dólares tentando desenvolver um sistema próprio, não chegou nem perto. Adotou um padrão importado.

O Brasil segue o mesmo caminho por falta de condições técnicas e financeiras. Faremos o que nós fazemos sempre, obter os melhores produtos e integrá-los por meio de softwares nacionais.

Seria melhor ter um padrão próprio? Talvez sim. Mas há outras prioridades, inclusive sociais, esquece?

[YOHAM]

Vinícius saudações!

Pode até ser que vc tenha razão. Mas acredito que o investimento nessa área capacitaria nossos institutos e universidades a desenvolver tecnologias que poderiam dar retornos econômicos, tecnológicos e até sociais para o país. Alguns dizem que não adianta reiventar a roda. Mas não foi isso que os japoneses pensaram nem os europeus quando os americanos desenvoveram sua tecnologia nessa área.

Saudações novamente.

[Einsamkeit]

Os Japoneses tem dinheiro em caixa sobrando para investimentos, assim como os Europeus.

[Vinicius Pimenta]

Yoham, como o Eins disse, eles têm dinheiro de sobra. E eu suponho que tenham muito menos questões sociais sérias para serem resolvidas. Não que não tenham, certamente têm como exemplo da França, mas têm muito menos que nós. Além disso, têm muito mais capacitação tecnológica para tal.

O Brasil tem que investir em tecnologia sim. E muito. Acredito que seria bom termos nosso próprio sistema. Mas caiamos na real que não dá. É a mesma coisa de um caça nacional. Seria magnífico, mas inviável.

Nós não produzimos nem televisões nacionais (digo por empresas nacionais, projetadas e produzidas no país com os componentes críticos sob domínio), que dirá todo um sistema de transmissão. Acho que o Brasil deve fazer sua base tecnológica para depois reinventar a roda.

É mais interessante do ponto de vista do custo/benefício, obtermos o total domínio do software, fazer a integração de tudo que tem de bom em cada sistema e termos nossa rede de satélites póprios. Acho que daria muito mais vantagens do que tentar desenvolver um sistema inteiro do zero.

Como você disse, toda a América Latina deve seguir a nossa escolha. Veja se não seria bom exportarmos nosso modelo para eles? Não deixaria de ser um sistema brasileiro de TV digital. Não 100% nacional, mas que de qualquer forma traria diversos benefícios ao país. E, dividindo os custos com países da região, seria melhor ainda para todos.

O restante do dinheiro que seria utilizado nesse projeto, a gente pode investir em projetos de capacitação tecnológica da indústria nacional.

O que achas?

[Arthur]

Só para ressaltar aqui, o que o Brasil quer não é desenvolver um sistema próprio, o que sairia mto caro, mas fazer um híbrido, isto é, pegar partes de diversos sistemas diferentes e montar um sistema que melhor atenda os interesses nacionais.

Por exemplo, o sistema brasileiro, devido ao tamanho do território e a precariedade de infraestrutura em alguns locais têm que ser bastante robusto. Têm também que ser barato o suficiente para sua adoção em larga escala. Deve tb permitir alto grau de interatividade, permitindo, por exemplo, que o usuário seja informado de um programa governamental e possa se cadastrar no mesmo logo em seguida. Finalmente, têm que ter interfaces simples o suficientes para que os brasileiros de menor instrução possa operar seus recursos.

Basicamente, o que os pesquisadores brasileiros estão fazendo é testar diversos sistemas de forma a montar o que melhor nos atenda. Feito isso, há a parte dois que é a negociação por parte do Brasil de acordos p/ produção local e transferência de tecnologia dos componenter.

Com certeza se tudo der certo, o padrão brasileiro vai virar uma boa base para todos os sistemas a serem implantados em países subdesenvolvidos como o nosso. Além disso, apesar de o sistema ser híbrido surgirão com certeza algumas soluções de engenharia (seja de hardware seja de software) genuinamente nacionais.

Arthur

[FinkenHeinle]

Vinícius saudações!

Pode até ser que vc tenha razão. Mas acredito que o investimento nessa área capacitaria nossos institutos e universidades a desenvolver tecnologias que poderiam dar retornos econômicos, tecnológicos e até sociais para o país. Alguns dizem que não adianta reiventar a roda. Mas não foi isso que os japoneses pensaram nem os europeus quando os americanos desenvoveram sua tecnologia nessa área.

Saudações novamente.

É óbvio que sim, YOHAM!


Mas de onde tu vai tirar a grana?!

[YOHAM]

Redução de imposto deverá facilitar TV digital no País

Agência Estado
Seg, 21 Nov - 12h45


O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse hoje que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, provavelmente vai aprovar uma redução de impostos referentes a peças e equipamentos ligados à TV digital para facilitar a implantação desse sistema no Brasil. De acordo com ele, os tributos devem cair para algo em torno de 0,1%.

"Nós conversamos amplamente sobre o assunto, e o ministro acenou com a redução de impostos para essas ferramentas de informática e instrumentos que vão compor a TV digital", afirmou o ministro ao deixar, hoje, o I Seminário Fiesp de Telecomunicações, realizado pela manhã em São Paulo. "Ele (Palocci) vai certamente aprovar isso, segundo informação que me passou."


Costa afirmou que tem insistido na relevância dessa medida junto ao presidente Lula, o que deve facilitar a aprovação da redução. "Acho que não vamos ter nenhum problema nesse sentido." Ainda em referência à TV digital, Costa disse que o Ministério das Comunicações está levando em consideração a proposta feita pelo governo japonês de oferecer isenção de royalties para que seu sistema seja aplicado no Brasil.


O ministro esclareceu que ainda não há decisão sobre o assunto, mas disse que espera que os governos europeu e americano sigam o mesmo caminho. "Os japoneses enviaram carta ao governo brasileiro, abrindo mão dos royalties das ferramentas incluídas na formação da TV digital, e isso, evidentemente, ajuda muito na composição dessas ferramentas, pois elas são muito caras."

Quando se tem um mercado grande, podendo se ampliar para outros também, os interesses financeiros são os que acabam ditando as regras. Por isso acredito que acima desses interesses deveria estar aquilo que mais beneficiaria o povo. Estrategicamente deveria se pensar a longo prazo, dessa forma o povo e seu país seriam os maiores beneficiados.

[YOHAM]

O SILÊNCIO SOBRE A TV DITIGAL
http://www.fazendomedia.com/diaadia/nota271105.htm

Por Marcelo Salles

Pela lei brasileira, empresas de comunicação são autorizadas pelo governo a operar veículos de radiodifusão. Assim como as empresas de transporte, elas trabalham numa concessão pública e, portanto, devem atender aos interesses do público. Pode até parecer óbvio, mas, pelo menos nesse caso, o Brasil não tem se revelado um país afeito às obviedades.

Aqui, historicamente as grandes empresas de comunicação mantêm vínculos estreitos com o poder político-econômico, sobretudo aquele ligado às forças de direita. Como o país é uma colônia de exploração, o povo é pobre e poucos têm acesso à imprensa escrita. Apenas 15% da população têm acesso à internet. Por isso, a esmagadora maioria se informa por rádio e tevê. De acordo com dados do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação, 81% da população assiste à TV e 88% ouvem rádio todos os dias. O mercado de TV no Brasil movimenta mais de R$ 6 bilhões ao ano e está concentrado nas mãos de apenas seis empresas (Globo, STB, Band, Record, Rede TV! e CNT).

É diante desse quadro que surge a discussão sobre TV Digital, sistema que será implantado no Brasil no ano que vem. Nesse sentido, ressalte-se o informativo especial publicado pelo Coletivo Intervozes. Disponível em PDF na página da entidade (http://www.intervozes.org.br), o documento também seguiu encartado na edição de novembro da revista Caros Amigos.

O informativo vem a ser o material mais importante publicado até o momento sobre o tema, pois além de promover um debate sério sobre o panorama da mídia no Brasil, enfatiza a possibilidade real que a TV Digital possui no âmbito da democratização da comunicação. Isso porque o novo espectro digital irá do canal 7 do VHF ao 69 do UHF e cada deles poderá transmitir até quatro programações diferentes. Entretanto, como explica o documento, "nas poucas reportagens em que aborda o tema, a mídia brasileira trata desta mudança de maneira limitada, como se ela [TV Digital] representasse apenas uma melhoria da qualidade da imagem (...)".

Às empresas da mídia grande, de fato, não interessa o debate sobre a TV Digital. Elas estão satisfeitas com o quadro atual da comunicação no Brasil e, por isso, silenciam enquanto podem. Quando são obrigadas a dar uma nota, fazem como ressaltou o Intervozes, de maneira a desvirtuar o potencial democratizante da nova tecnologia. Em 1984, tivemos um exemplo muito parecido. Milhares de pessoas nas ruas pedindo eleições diretas para presidente e a Globo não cobria. Não cobriu enquanto pôde. Mas quando se juntaram quinhentas mil pessoas na Praça da Sé, em São Paulo, ela teve que cobrir. E o Jornal Nacional anunciou: "A cidade de São Paulo está em festa".

Vidente ou não, George Orwell escreveu em seu clássico "1984" (publicado em 1949) que a teletela era o principal instrumento do Partido para a alienação coletiva e que os funcionários do governo, mais precisamente os que trabalhavam no Ministério da Verdade, tratavam de reescrever a história e manipular as notícias sempre de acordo com os interesses do Grande Irmão.

Daqui pra frente, fiquemos atentos à condução do debate público sobre a TV Digital. Também não custa nada ficarmos espertos quando anunciarem o aniversário de uma cidade qualquer.


Intervozes lança encarte sobre TV Digital na revista Caros Amigos
http://www.intervozes.org.br/arquivos/TVDigital.pdf

Nem preciso comentar, o texto acima já diz quase tudo. Para saber o restante é só mergulhar nas informações que os links dispõe e se despir de qualquer preconceito em relação aos interesses estratégicos de quem quer garantir o melhor para o Brasil.

[thicogo]

Só para ressaltar aqui, o que o Brasil quer não é desenvolver um sistema próprio, o que sairia mto caro, mas fazer um híbrido, isto é, pegar partes de diversos sistemas diferentes e montar um sistema que melhor atenda os interesses nacionais.

Por exemplo, o sistema brasileiro, devido ao tamanho do território e a precariedade de infraestrutura em alguns locais têm que ser bastante robusto. Têm também que ser barato o suficiente para sua adoção em larga escala. Deve tb permitir alto grau de interatividade, permitindo, por exemplo, que o usuário seja informado de um programa governamental e possa se cadastrar no mesmo logo em seguida. Finalmente, têm que ter interfaces simples o suficientes para que os brasileiros de menor instrução possa operar seus recursos.

Basicamente, o que os pesquisadores brasileiros estão fazendo é testar diversos sistemas de forma a montar o que melhor nos atenda. Feito isso, há a parte dois que é a negociação por parte do Brasil de acordos p/ produção local e transferência de tecnologia dos componenter.

Com certeza se tudo der certo, o padrão brasileiro vai virar uma boa base para todos os sistemas a serem implantados em países subdesenvolvidos como o nosso. Além disso, apesar de o sistema ser híbrido surgirão com certeza algumas soluções de engenharia (seja de hardware seja de software) genuinamente nacionais.

Arthur

Arthur sabe como se chama isso?Jeitinho brasileiro.VALEU

[lelobh]

Pelo que eu li o Brasil iria sim desenvolver um sistema nosso, mas realmente outros interesses falaram mais alto. Pena...
Esse é o Brasil, bem vindo ao país do faz-de-conta.