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Comprei a última Avião Revue e lá tem uma reportagenzinha sobre o T-6 atual, aquele que ganhou do ALX na concorrência JPATS. Acho que seria bacana agente comparar os dois aqui, já que o T-6 é o principal concorrente do nosso ALX nas concorrências internacionais por um treinador avançado.

Aquele que "ganhou" do ALX. Esse ganhou está entre aspas porque foi levado o aspecto político. Ao que me parece, o Tucano era melhor. E na verdade nem era o ALX, era uma versão do Tucano. O ALX foi um novo desenvolvimento.

O Secretario de Defesa dos EUA na epoca, era Texano, e a Raytheon que fez o T-6 II, é do Texas. Pelo que me lembre é isso, ou alguma outra besteira parecida.

O EMB-314 é MUITO, MUITO mais avião que o T-6, e se ele ganhasse o projeto, seria construido nos EUA com ajuda da Northrop Grumman.

Abaixo vão as características do Texan II. A versão B possui o mesmo desempenho, diferindo apenas pelos aviônicos mais avançados:

RAYTHEON T-6A TEXAN II

Motor: Pratt & Whitney Canada PT6A-68
Comprimento: 10,14 m
Largura: 10,15 m
Altura: 3,26 m
Peso vazio: 2.136 Kg
Carga máxima: 1.415 Kg
Combustível máximo: 499 Kg
Peso normal de decolagem: 2.950 Kg
Peso máximo de decolagem: ??? Kg
Vel. Máxima: 574 Km/h
Vel. Máxima de cruzeiro: 426 K/h ???
Vel. Econômica de cruzeiro: ??? Km/h
Taxa de subida: 20 m/s ou 15,7 m/s de acordo com USAF
Teto de serviço: 35.000 ft
Distância de decolagem: 437 m
Distância de pouso: 740 m ou 580 m
Alcance: 1.574 Km
Autonomia: 3:00 h ???
G-limits: + 7/- 3,5
Custo: +- U$ 6,2 mi (para versão B)

O que estiver com ponto de interrogação indica um valor muito estranho ou não encontrado.

fonte:http://www.flug-revue.rotor.com/FRTypen/FRT-6A.htm

E agora as características do ALX, de acordo com a mesma fonte:

ALX SUPER TUCANO

Motor: Pratt & Whitney Canada PT6A-68/1
Comprimento: 11,30 m
Largura: 11,14 m
Altura: 3,97 m
Peso vazio: 2.420 Kg
Carga máxima: 1.500 Kg
Combustível máximo: 538 Kg
Peso normal de decolagem: 3.160 Kg
Peso máximo de decolagem: 4.918 Kg
Vel. Máxima: 557 Km/h
Vel. Máxima de cruzeiro: 530 K/h
Vel. Econômica de cruzeiro: 422 Km/h
Taxa de subida: 24 m/s
Teto de serviço: 35.000 ft
Distância de decolagem: 350 m
Distância de pouso: 550 m
Alcance: 1.568 Km com 30 min de reserva ou 2.770 Km com tanques subalares
Autonomia: 6:30 h
G-limits: + 7/- 3,5 ou + 4/-2.2 com cargas externas
Custo: +- U$ 5 mi

Não te nem comparação, o ALX é superior, e pode ser armado com uma boa gama de armamentos. Ja pergunto... o texan II pode usar que tipo de armas?


Um abraço e t+

Vamos lá, agora que já pesquisei alguma coisa, diminuí um pouco minhas dúvidas. Quem venceu o JPATS foi o T-6A Texan II, uma aeronave estritamente de treinamento. Da mesma forma como o Super Tucano evolui para o atual ALX, com o conceito de glass cokpit, a Raytheon está propondo a versão T-6B Texan II, basicamento o mesmo avião, mas com aviônica digital (entenda-se por HOTAS, HUD, e 3 MFD).Também adicionou ao treinador a capacidade de ataque leve, o que o tornou um concorrente direto do ALX no mercado internacional. Seu primeiro vôo foi ano passado, estando nesse momento realizando uma espécie de turnê mundial para apresentação do produto a várias forças aéreas da Europa e Asia. Obviamente ele fez sua aparição em Le Bourget (coisa que o ALX não fez).
Divulga-se que o T-6B possui 6 pontos duros sob as asas e capacidade de usar armamento ar-ar e ar-solo, mas ainda não consegui nada mais específico.
Este parece ser um competidor de peso, e se a Embraer não abrir o olho vai acabar perdendo muitos negócios pelo mundo

Sobre os aviônicos encontrei isso:

The all-glass cockpit is anchored by two powerful CMC Electronics' FV-4000 Mission Computers. The FV-4000 is a rugged, military qualified mission system that uses a 500 Mhz G4 PowerPC Processor and CompactPCI/PMC modules. The HUD and the six Multifunction Displays in the front and rear cockpits are driven directly from the FV-4000 Mission Computers, thereby providing a powerful and flexible architecture for the centralized display and control of navigation and mission data, including the primary flight display, digital maps, tactical maps, stores management, and engine and caution warning data. The centralized control provided by the FV-4000 allows navigation, mission and communication functions to be controlled from the Up Front Control Panel (UFCP) and Hands On Throttle And Stick (HOTAS). As a result, cockpit management is greatly simplified.

http://www.cmcelectronics.ca/En/News/2004/pr040719_10_en.html

acho que já comentei isso, mas nesta revista AVIÃO REVUE, uma vez fizeram um comparativo de outros caças com o mig-29, e colocaram o F-15 com o teto máximo de "30.000m". depois desta e mais algumas reportagens muito fracas não comprei mais a revista.

O ALX possui metalhadoras internas, o que é um grande diferencial comparado com o T-6B, além de ser mais barato.

O ALX saiu pra FAB por US$6 milhões, a Venezuela tava negociando a versão de exportação (um pouco mais fraca) por US%7,5 milhões, não sei onde isso é mais barato que o T-6...
A concorrência não é justa, o T-6 é fabricado la e por isso saira mais barato que o ALX para os americanos, da mesma forma que o ALX sai mais barato para nós.

Marechal-do-ar escreveu:O ALX saiu pra FAB por US$6 milhões, a Venezuela tava negociando a versão de exportação (um pouco mais fraca) por US%7,5 milhões, não sei onde isso é mais barato que o T-6...
A concorrência não é justa, o T-6 é fabricado la e por isso saira mais barato que o ALX para os americanos, da mesma forma que o ALX sai mais barato para nós.

O Super Tucano seria produzido lá nos EUA, no joint Embraer-Northcop Grumman.

Bolovo escreveu:

Marechal-do-ar escreveu:O ALX saiu pra FAB por US$6 milhões, a Venezuela tava negociando a versão de exportação (um pouco mais fraca) por US%7,5 milhões, não sei onde isso é mais barato que o T-6...
A concorrência não é justa, o T-6 é fabricado la e por isso saira mais barato que o ALX para os americanos, da mesma forma que o ALX sai mais barato para nós.

O Super Tucano seria produzido lá nos EUA, no joint Embraer-Northcop Grumman.

Exato!


Pela Lei Americana, os produtos comprados pelo Estado devem ter pelo menos 50% de Nacionalização, e serem montados lá!

Ei mas a proposta não é discutir o JPATS, e porque um ganhou e outro perdeu. Estamos falando de aviões diferentes dos que participaram da concorrência, e que atualmente são os expoentes de sua categoria e lutam pelos mesmos mercados.

FinkenHeinle escreveu:Exato!


Pela Lei Americana, os produtos comprados pelo Estado devem ter pelo menos 50% de Nacionalização, e serem montados lá!

Isso mesmo!

A Raytheon só ganhou porque a Fabrica fica no Texas e o Ministro da Defesa tinha um irmão que era o Governador do Texas... sei lá, algo assim, ganhou por questões Politicas. A Embraer praticamente já tinha ganho o contrato.

A-29 escreveu:Ei mas a proposta não é discutir o JPATS, e porque um ganhou e outro perdeu. Estamos falando de aviões diferentes dos que participaram da concorrência, e que atualmente são os expoentes de sua categoria e lutam pelos mesmos mercados.

Na questão Caça Leve, o ALX ganha, ele tem as metralhadoras internas (que livra 2 pontos duros nas asas), alem de já estar operacional na FAB e em breve na Colombia, Venezuela, Bolivia e outros paises que tem interesse por ele.