tanques e blindados

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: tanques e blindados

#31 Mensagem por Clermont » Seg Ago 30, 2010 11:19 pm

TANQUES CANADENSES NO AFEGANISTÃO.

Pelo Major Trevor Cadieu, Exército canadense.

Ao desdobrar tanques e engenheiros de combate blindados para o Afeganistão, em outubro de 2006, e apoiar a aquisição dos Leopard-2, a liderança das Forças Canadenses (CF), reconheceu a importância da manutenção de um componente de blindados pesados numa força equilibrada. Embora o continuado desenvolvimento de sensores e tecnologia seja extremamente importante para obter consciência situacional aperfeiçoada (SA, ou situational awareness) no campo de batalha, as experiências, duramente obtidas, do Exército canadense e nossos aliados em combate sustentado no Afeganistão e Iraque, tem provado que devemos estar preparados para botar a mão na sujeira e entrar em contato físico com o inimigo, se queremos definir a força, composição e intenções dele e, então, matá-lo. Os tanques e engenheiros de combate blindados tem protegido melhor nossos soldados desmontados de infantaria, no sul do Afeganistão, permitindo-lhes cerrar e destruir um inimigo determinado e fanático, sobre terreno extremamente complexo.

Este artigo irá analisar lições táticas aprendidas com os blindados canadenses no Afeganistão, desde outubro de 2006, fornecer uma franca avaliação dos desafios encarados pelos tanquistas neste ambiente de contrainsurgência (COIN), e considerar a introdução do Leopard 2. Em lugar nenhum deste editorial está implicado que os tanques canadenses são a arma predominante, ou que devem ser revigorados às custas dos outros elementos de campo de batalha. Ao contrário, nossa recente experiencia em combate, tem fornecido evidência irrefutável de que todos os elementos de um grupamento de armas combinadas permanece fundamental para desfechar o poder de combate decisivo no ambiente operacional contemporâneo (COE, ou Contemporary Operating Environment), e que nossos esforços em adestramento e operações precisam reforçar este grupamento.


FUNDO.

Após travar uma arrastada batalha de contrainsurgência por todo o sul do Afeganistão, o Grupamento de Batalha do 1º Batalhão da Infantaria Ligeira Canadense da Princesa Patrícia (1st Princess Patricia Canadian Light Infantry-Battle Group) foi confrontado, na primavera de 2006, um significativo aumento na atividade insurgente, no distritos de Panjwayi e Zhari da Província de Kandahar. Embora o Gpt Bat canadense trabalhando, proximamente, com o Exército Nacional Afegão (ENA) fosse capaz de desorganizar o inimigo numa série de operações ao nível do Gpt Bat, culminando na Operação ZAHAR (como parte da Operação MOUNTAIN THRUST), as forças talibans, rapidamente, reasseguraram sua presença na região, uma vez que as hostilidades tivessem cessado. A Força Internacional de Estabilização e Assistência (ISAF), não podia ignorar a ameaça representada por esta concentração de insurgents na porta de entrada para a Cidade de Kandahar, o centro de gravidade da coalizão no sul do Afeganistão. Uma significativa vitória de operação de informações (Op Info) seria concedida ao Taliban, se ele não pudesse ser desalojado destas áreas, e a capacidade da ISAF para cumprir esta missão proposta de reconstrução seria, virtualmente, impossível de ser obtida sem a confiança e o apoio do população local. Dentro de semanas após sua chegada ao teatro, em agosto de 2006, o Grupamento de Batalha do 1º Batalhão do Real Regimento Canadense (1st Royal Canadian Regiment-BG) foi encarregado da limpar o Taliban dos distritos de Panjawy e Zhari, na Operação MEDUSA, a maior ação de combate empreendida, até aquela data, pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Antes do que aderir a ataques e emboscadas de frações, e retirar-se em face da confrontação direta com as forças da OTAN, o Taliban escolheu efetuar uma resistência convencional em Pashmul. Eles ocuparam posições defensivas bem-preparadas, entre densos campos de parreiras e papoulas, e cobriram com fogo direto e IEDs todas as rotas de ingresso, adequadas para viaturas sobre rodas. O Oficial-Comandande do Gpt Bat, (OC), tenente-coronel Omer Lavoie, percebeu, rapidamente, que restaurar a mobilidade tática de campo de batalha seria essencial para desalojar o inimigo deste terreno complexo. Sem tanques à sua disposição, ele introduziu tratores sobre lagartas, de padrão civil, na luta, de modo a abrir caminho através dos parreirais e permitir aos soldados desmontados de infantaria aproximar-se dos insurgentes. A tática foi, extremamente eficaz. Avançando sob cobertura de pesado bombardeio aéreo e de artilharia, os tratores permitiram ao Gpt Bat, tomar terreno-chave e facilitaram a sistemática limpeza, pelos soldadso desmontados, de todas as instalações e infraestrutura. Por volta de 13 de setembro de 2006, as forças talibans, operando em Pashmul e Zhari tinham capitulado. Centenas de insurgentes tinham sido mortos e muitos outros forçados a fugirem para o oeste.

Embora dois sucessivos Gpt Bat canadenses, fortes em infantaria, tenham conduzido operações bem-sucedidas de contrainsurgência, por quase nove meses, sem blindados orgânicos, as lições da Operação MEDUSA reforçaram a importância de reter todos os elementos de combate em operações de espectro total. De acordo com o tenente-coronel Lavoie,

"Se você me perguntasse, cinco meses atrás, 'quer tanques para brigar com os insurgentes?' Eu teria dito, 'Não, você está doido'. Mas, como o Taliban está atuando, convencionalmente, então, elementos convencionais como tanques, viaturas blindadas de engenharia e viaturas blindadas lança-pontes, com certeza, tem lugar aqui."


A liderança das CF e o governo do Canadá concordaram com a avaliação do tenente-coronel Lavoie. À pedido do Chefe do Comando Regional do Sul (RC-S) o brigadeiro-general canadense David Fraser, o governo anunciou em 15 de setembro de 2006, o iminente desdobramento de um pacote de reforço para melhor facilitar a "os esforços de reconstrução e estabilização no Afeganistão". Além de uma companhia de infantaria, designada para fornecer proteção aproximada para uma equipe de reconstrução provincial (PRT), o pacote de reforço deveria incluir um esquadrão de tanques Leopard C2, da Cavalaria do Lorde Strathcona (Reais Canadenses) [Lord Strathcona's Horse (Royal Canadians)] e uma tropa de engenheiros de combate blindados do 1º Regimento de Engenharia de Combate (1 CER).

O Exército preparou, adestrou e desdobrou um esquadrão de 15 tanques e uma tropa (pelotão) de engenharia blindada, através do globo, dentro de seis semanas do recebimento da ordem de aviso. Em questão de dias da chegada do primeiro Leopard C2 no Aeródromo de Kandahar (KAF) em 3 de outubro de 2006, o Grupo Avançado do Esquadrão "B", tinha chegado para receber equipamento e partes sobressalentes, e estabelecer, com a liderança do Gpt Bat, o emprego tático e conceitos de sustentação para os blindados no Afeganistão. O esquadrão tirou vantagem de cada momento no KAF para preparar o equipamento para o combate, e conduzir treinamento e ensaios, com base nas experiências, duramente obtidas, do 1 RCR-BG.


(continua...)




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Re: tanques e blindados

#32 Mensagem por Clermont » Sáb Set 04, 2010 10:04 pm

BLINDADOS CANADENSES EM OPERAÇÕES DE CONTRA-INSURGÊNCIA.

Após serem desdobrados na frente, em 2 de dezembro de 2006, o esquadrão de tanques e os engenheiros blindados estrelaram, proeminentemente, em todas as maiores operações de combate empreendidas pelo grupamento de batalha canadense. O Esquadrão "B" foi encarregado, inicialmente, de estabelecer posições de ataque pelo fogo em apoio às companhias de infantaria e formar o núcleo de uma força de reação rápida capaz de responder, através de toda a área de operações canadense (AO). Muitos insurgentes talibans descobriram, do modo difícil, as capacidades do canhão principal do Leopard durante este período, ao atacarem pontos-fortes canadenses com rojões RPG e fogo indireto. As guarnições de tanques Leopard disparavam projéteis 105 mm que destruíam grupos de escaramuçadores e destacamentos de morteiro que se haviam infiltrado no Distrito de Zhari. Em 19 de dezembro de 2006, o Gpt Bat reiniciou as operações ofensivas como parte da Operação BAAZ TSUKA, uma missão com a intenção de negar um santuário para o inimigo na Província de Kandahar, e reduzir sua capacidade de concentração para uma ofensiva de primavera. Grupados com uma companhia de infantaria e uma tropa de engenheiros blindados para formar um destacamento de batalha quadrangular, o esquadrão de tanques foi encarregado de desorganizar os insurgentes em Howz-e-Madad e o Distrito de Maywand.

Por todo janeiro e fevereiro de 2007, o Esquadrão "B" trabalhou cerradamente com a Companhia "A" do 2º Princess Patricia e o ENA, numa série de operações ofensivas visando a expandir a zona de segurança do Gpt Bat. Conduzindo várias e complexas operações de isolamento e ruptura (Breaching and Cordon Operations) e operações de busca (Search Operations) no Distrito de Zhari, o ENA e os canadenses demonstraram, claramente, sua capacidade e resolução para ir atrás do Taliban, no momento e lugar de sua escolha. Após assegurar a área de Siah Chouy, com o ENA, o esquadrão de tanques, junto às forças de operações especiais americanas (FOpEsp) e o Esquadrão de Reconhecimento canadense, dominou a península de Dowrey-Arghandab, mantendo o inimigo desequilibrado na região. Seguindo-se a transição da autoridade de comando para o 2º Royal Canadian, o Esquadrão "B" permaneceu no teatro por quase um mês, conduzindo operações de desorganização ao longo da fronteira provincial Helmand-Kandahar, e reforçando as Forças de Segurança Nacional Afegãs (FSNA) em contato com insurgentes em Howz-e-Madad e Sangsar. Embora a integridade da subunidade fosse mantida para missões específicas, o Esquadrão "B" foi encarregado como elemento de apoio para estar preparado para duas operações diferentes, simultaneamente: o esquadrão desfalcado (duas tropas de 4 tanques e o comando do esquadrão) normalmente, formavam um destacamento de combate com a Companhia "A", enquanto a terceira tropa de tanques era destacada para outra subunidade alhures na AO. Os tanques nunca atuaram independentemente e o valor do destacamento de armas combinadas era evidente. O comandante do esquadrão de tanques liderava, rotineiramente, as fases de avanço e entrada das operações, enquanto os comandantes de companhia de infantaria, naturalmente, exerciam o controle da luta através das fases de limpeza e consolidação. Pelo final do desdobramento, todas as operações foram conduzidas com a infantaria canadense, o ENA e a Polícia Nacional Afegã (PNA).

O Esquadrão "A" do Lord Strathcona's Horse substituiu o Esquadrão "B", no início de março de 2007, em tempo para juntar-se à Companhia "Hotel" do Gpt Bat do 2º Royal Canadian para Operação ACHILLES, outro esforço da parte da ISAF para desgastar a capacidade do Taliban para travar uma ofensiva de primavera. Enquanto o grosso da luta, durante esta missão, fosse deixado para Força-Tarefa Helmand (FT-Helmand) e as FOpEsp, o esquadrão de tanques provou sua capacidade para conduzir operações de combate sustentado à grandes distâncias de seus nódulos de ressuprimento, em cada uma das bases de operação avançadas (FOB). De fato, o Escalão A1 do esquadrão, (responsável por ressuprimento de linha de frente, evacuação médica e defesa de QG) sob o comando do sargento-mor de esquadrão (SSM), foi chamado a ressuprir múltiplas frações, simultaneamente. Apesar da relutância inicial da parte dos planejadores do apoio, para empenhar um escalão dedicado para o esquadrão de tanques, esta organização, agora, tornou-se o modelo para apoio integral no grupo de batalha canadense. Elementos do Batalhão de Reserva da ISAF estavam, certamente, aliviados ao verem tanquesd durante a Operação ACHILLES, especialmente quando os Leopard varredores de minas foram utilizados para extrair vários das suas viaturas utilitárias e suas guarnições que haviam descoberto, do modo difícil, um velho campo minado soviético.

Desde maio de 2007, o esquadrão de tanques tem lutado, quase constantemente, ao lado das infantarias canadense e afegã, em combate cerrado com o Taliban. Apoiado por artilharia, engenheiros de combate, aviação de ataque e destacamentos de combate mecanizados e aéreos do Gpt Bat do 2º Royal Canadian tem obtido vitórias decisivas contra os insurgentes nas áreas de Howz-e-Madad, Nalgham e Sangsar do Distrito de Zhari, onde vinhedos e imponentes instalações tornavam, particularmente difícil, o movimento para viaturas sobre rodas. As guarnições dos tanques Leopard usaram, extensivamente, o projétil de Alto-Explosivo de Cabeça Esmagável (HESH, ou High Explosive Squash Head) para eliminar insurgentes tentando atacar soldados desmontados. Mais importante, os tanques limpadores de minas continuaram a reduzir os riscos para os soldados da coalizão, ao limpar rotas das IEDs detonadas por pressão, enquanto forneciam apoio aproximado e uma capacidade de ruptura para as companhias de infantaria desmontada. Um testemunho para a tremenda contribuição que os tanques estão dando para as operações de contra-insurgência e sua elevada demanda por toda a AO canadense, o Esquadrão "A" tem sido, rotineiramente, dividido em elementos valor-tropa ou menos, e anexados a cada uma das companhias de infantaria. Este emprego descentralizado dos blindados e as temperaturas, extremamamente elevadas, tem imposto tensão sobre o conceito de serviço e sustentação dos tanques, enquanto dispersa os elementos de ruptura, integrais da subunidade. O impacto deste esquadrão tem sido sentido tão longe ao oeste, quanto a fronteira de Helmand, e para o norte rumo a Ghorak e Shah Wali Kot.


AS "LIMITAÇÕES DOS BLINDADOS".

Logo após o governo do Canadá anunciar o desdobramento dos tanques Leopard para o Afeganistão, especialistas em assuntos militares correram para criticar a decisão. Um de tais estudiosos, Michael D. Wallace, um professor de ciências políticas na Universidade da Columbia Britânica, argumentou em seu artigo "Os Tanques Leopard e os Dilemas Mortais da Missão Canadense no Afeganistão de que,

"... os riscos de colocar nossos tanques Leopard 1C2 desenhados nos anos 1960, em situação de perigo, ultrapassa qualquer proteção adicional que eles possam fornecer para as Forças Canadenses no Afeganistão."


Ele continuou, afirmando que o desdobramento de blindados canadenses foi equivocado, já que os tanques são vulneráveis a uma variedade de armas empregadas pelos insurgentes, tais como munições antitanque guiadas (ATGM) e IEDs, e suas táticas, em rápida evolução. Embora Wallace estivesse correto ao dizer, "... mesmo os mais modernos e capazes tanques são vulneráveis a uma variedade de ataques", escapou a ele o fato óbvio de que não há, e nem nunca houve, um sistema no campo de batalha que seja imune ao assalto inimigo. O tanque Leopard é, indiscutivelmente, a mais bem protegida viatura, atualmente empregada pelas forças da coalizão no Afeganistão. Ele tem sido enviado para escudar nossos soldados desmontados. Canhões sem-recuo, ATGMs e IEDs são capazes de dilacerar carne humana, muito mais facilmente do que aço homogêneo laminado e carne humana caracteriza-se, de forma preponderante, no arsenal de armamentos do Taliban, no Afeganistão. Quando possuímos a vantagem de blindados pesados, seria uma insensatez eliminar, de propósito, do nosso inventário, este elemento-chave e brigar, de igual-para-igual, com uma insurgência que está acostumada a lutar nos árduos terrenos e condições do Afeganistão. Armas especializadas ou ataque concentrado podem ser capazes de destruir tanques, mas o índice de sobrevivência das suas guarnições é elevado e a proteção contra armas de fragmentação e sopro, que os tanques oferecem para a infantaria desmontada, é inquestionável

Wallace e outros tem sustentado que danos colaterais provocados pelos tanques canadenses podem voltar os habitantes locais contra os estrangeiros e isolar os soldados dos civis, a quem foram ajudar. Embora seja verdade que a perda de civis inocentes e danos excessivos à infra-estrutura pelas operações militares da OTAN possam pôr em risco nossa capacidade de obter um mandato de reconstrução no Afeganistão, sugestões de que a utilização de tanques tem alienado a população local no Afeganistão, mais do que outros sistemas de armas, tem se mostrado, completamente, infundadas. Desde o início das operações de combate, nove meses atrás, tanques canadenses já mataram dezenas de insurgentes, em combates por toda a Província de Kandahar, ainda assim, não houve nenhuma afirmação de mortes civis atribuídas ao fogo de tanques, durante todo este período. Equipados com um sistema de controle de tiro que permite aos nossos soldados adquirir e engajar alvos com precisão e discriminação, de dia e de noite, o tanque Leopard, em muitos casos, reduziu a necessidade de bombardeio aéreo e fogo indireto, que tem se mostrado instrumentos obtusos. O desdobramento de blindados para o Afeganistão tem, também, reforçado para a população civil, a resolução do Canadá e da OTAN em levar a estabilidade para a região, e enviou ao Taliban uma mensagem clara de que nós temos as ferramentas e a determinação para ir atrás dele, no momento e no lugar de nossa escolha. Um forte argumento pode ser apresentado de que os tanques canadenses, na realidade, reduziram os danos colaterais na AO canadense. Nós sabemos, por experiência, que, quanto mais poder de combate empenhamos numa missão, menos cinética a operação tende a se tornar.

Embora todo esforço tenha sido feito para minimizar danos à infra-estrutura local, tem havido e continuará a haver ocasiões quando precisamos estar preparados para utilizar as capacidades destrutivas de nossas forças blindadas para desalojar insurgentes de terreno complexo. Embora não desejemos nada mais do que encontrar o inimigo em meio a um terreno deserto, o Taliban encontra santuário em meio a densos vinhedos e instalações urbanas. Eles, com freqüência, utilizam mulheres e crianças para se escudarem do ataque da coalizão, tornando a utilização de apoio aéreo cerrado, bombardeio aéreo e fogo de artilharia, arriscados. Para mitigar danos colaterais, a liderança do esquadrão de tanques inclui, em todo planejamento operacional, uma estimativa de danos colaterais, e forças de ruptura baseiam-se, fortemente, em imagens de satélite para evitar estruturas habitadas. As regras de engajamento (ROE) que protegem nossos soldados e civis inocentes são revistas nas ordens, como, também, é a política de abertura de fogo, que delineia, com clareza, os tipos de armamentos a serem utilizados para engajar o inimigo em terreno urbano, onde um padrão de vida normal, tenha sido observado. Danos de manobra provocados pelas viaturas blindadas aos sistemas de irrigação e terras cultivadas são reparados, sempre que possível, pelos engenheiros blindados, durante a exfiltração. Elementos da PRT Kandahar (equipe de reconstrução provincial) viajam, rotineiramente, com destacamentos de combate mecanizados, para determinar as necessidades de longo prazo dos habitantes, e facilitar, se necessário, os fundos e reconstrução dos campos e infra-estruturas danificados.

A capacidade do Exército para preparar, adestrar e desdobrar um esquadrão de 15 tanques e uma tropa de engenheiros de combate blindados, através de todo o globo, em seis semanas, do recebimento de uma ordem de aviso não apoia a noção de que os blindados não podem ser, rapidamente, desdobrados. Antes de adquirir o C-17 Globemaster, as CF não possuíam uma capacidade de transporte aéreo estratégico, e todas as frotas de viaturas sofriam, igualmente. O LAV III, por exemplo, não pode ser desdobrado estrategicamente por C-130 Hercules. Esta aeronave pode transportar um LAV III, por uma curta distância, mas, com certeza, não do Canadá até o Afeganistão. Por conseqüência, uma força canadense dotada de LAV é movimentada da mesma forma que uma frota de tanques: ou pelo mar, ou com transporte aéreo alugado. Os tanques Leopard canadenses foram desdobrados para o Afeganistão, em outubro de 2006, por uma combinação de AN-124 Antonov russos alugados e aeronaves C-17 Globemaster da Força Aérea dos Estados Unidos. A recente aquisição, pelas CF, de quatro aeronaves C-17, aumentará nossa capacidade para desdobrar tanques (e LAV III à propósito), enquanto reduzirá nossa atual dependência de aliados para transporte pesado.


(continua...)




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Re: tanques e blindados

#33 Mensagem por Clermont » Sex Set 10, 2010 8:16 pm

LIÇÕES TÁTICAS E DOUTRINÁRIAS APRENDIDAS (E REAPRENDIDAS).

Embora os tanques forneçam maior poder de fogo, proteção e mobilidade para o grupamento de batalha, eles são, extremamente vulneráveis, quando operando independentemente, num ambiente de contra-insurgência. Carecendo da capacidade de desmontar soldados sem tornar as torretas inoperáveis, as guarnições de tanques sem apoio cerrado de infantaria não podem prover segurança ou proteção de forças no cenário de um ataque de IED, evacuação de baixas, emboscada inimiga ou, até mesmo, um simples acidente de carro. O que pode, normalmente, ser fricção de rotina, pode se tornar incapacitante ou mortífero quando forças blindadas não são capazes de estabelecer distância entre forças amistosas e hostis. Tão importante quanto a infantaria assegurar a proteção de forças blindadas, também é a proteção que os tanques fornecem para nossos soldados desmontados. Nunca devemos enviar nossos soldados desmontados para o confronto com o inimigo, sem, antes, tomar toda as precauções para garantir sua proteção. O inimigo, em confronto direto, tem morto muito poucos soldados canadenses. É no caminho para o combate que nossos soldados, mais regularmente, tem sido mortos ou mutilados, por minas, IEDs e fanáticos homens-bomba. Os tanques, com suas superiores proteção blindada e mobilidade, tem liderado, por norma, durante todos os movimentos, em terreno seja aberto, seja fechado. Raramente estivemos com tanta pressa que impedisse nossos engenheiros de conduzir revista de pontos vulneráveis em desfiladeiros e pontos de estrangulamento. A noção de grupar as diferentes armas para obter benefícios de sua força coletiva não é novidade; porém, foi, mais uma vez, validada em combate.

Embora, hoje, poucos comandantes argumentem contra a importância dos blindados no Ambiente Operacional Contemporâneo (COE, ou Contemporary Operating Environment), há considerável debate sobre como melhor grupar e empregar tanques. Deve a integridade do esquadrão de tanques ser mantida para permitir ao comandante do Gpt Bat emassar seus elementos de fogo direto e ruptura, enquanto assegura sua sustentabilidade, ou devem os elementos blindados serem descentralizados e anexados aos pelotões de infantaria, para garantir que os mais vulneráveis soldados desmontados possam se beneficiar das capacidades do tanque em terreno complexo e urbano? A resposta a esta questão repousa, em algum lugar entre os extremos. Passados estão os dias no qual considerávamos como sendo o esquadrão o menor grupamento tático de blindados. Combater em meio a áreas urbanas e os densos vinhedos do Afeganistão exige a descentralização de forças que são difíceis de controlar mesmo no mais baixo escalão tático. Rotineiramente expostos a intenso fogo hostil de origem desconhecida, os elementos de infantaria desmontada, com freqüência, carecem de suficiente poder de fogo para destruir posições inimigas bem-protegidas e camufladas. Os tanques fornecem o impacto exigido para romper estruturas e eles são desdobrados, especificamente, para aumentar a proteção dos soldados desmontados, mesmo se isto signifique a divisão de recursos.

Um tanque isolado pode fornecer o apoio íntimo para as seções (GC) de infantaria e engenharia, enquanto avança em terreno canalizado, mas seria um erro grave considerar esta mescla como sendo um destacamento de armas combinadas em miniatura que, suficientemente liderado, equipado e sustentado poderia obter, independentemente, a destruição de uma insurgência experiente e determinada. Há óbvias e insuperáveis restrições táticas e logísticas que determinam a exigência para preservar, no mínimo, a integridade da tropa (pelotão) de tanques. A única garantia, ao se empregar blindados no rude ambiente do Afeganistão, é que os tanques vão enguiçar. Sua oportuna recuperação no campo de batalha é dependente da imediata disponibilidade de outros elementos blindados montados sobre o chassis de Leopard. A extração de um tanque é uma tarefa de tropa: um tanque ou uma das duas viaturas blindadas de recuperação (ARVs) no teatro, são necessários para rebocar a viatura incapacitada, enquanto os remanescentes dois tanques na tropa são necessários para apoio mútuo e comando e controle. O caráter decisivo do destacamento de armas combinadas (combined arms team), também, diminui quando operando com qualquer coisa menor do que uma tropa de tanques. O comandante de destacamento de combate (combat team commander) fica impedido de emassar fogo direto, e ele não terá uma força de ruptura crível, se for necessário irromper atráves de terreno complexo (cada tropa de tanques é dotada com um conjunto de lâmina de escavadeira, arado e rolo anti-minas). A divisão do esquadrão em mais do que dois elementos cria outros problemas. Com apenas dois técnicos qualificados, de cada especialidade dos Leopard - viatura, armas, sistemas de controle de tiro (FCS) e sistemas de informação e comunicações terrestres (LCIS) - no escalão do esquadrão de tanques, os índices de manutenção deterioram-se, notavelmente, quando os tanques foram empregados em múltiplas operações simultaneamente.

Estas observações não são hipotéticas. O Esquadrão "B" do Gpt Bat 1º Royal Canadian e o Esquadrão "A" do Gpt Bat 2º Royal Canadian viram suas dificuldades de manutenção espiralarem, quando as subunidades operaram em mais do que duas localidades, ao mesmo tempo. Sem técnicos qualificados disponíveis para fornecer apoio oportuno e meticuloso para todos os elementos desdobrados, manutenção pró-ativa foi negligenciada e a disponibilidade das viaturas sofreu como resultado. De maior preocupação foi que os tanques, realmente, tornaram-se um ônus para os soldados de infantaria quando este valioso recurso foi, tênuemente, dispersado por todo o Gpt Bat. Encarregado de apoiar múltiplas operações, simultâneamente, e lutando para manter a disponibilidade da frota de viaturas Leopard no calor do verão afegão, o Esquadrão "A" foi solicitado, durante todo o mês de junho de 2007, a prover suficientes blindados para missões QRF. Numa situação, o Esquadrão "A" foi encarregado de destacar dois tanques para uma companhia de infantaria, para o reforço de um ponto de controle da PNA, que havia sido emboscado por forças talibans. Com todos os arados e rolos anti-minas desdobrados alhures, na AO, as guarnições dos tanques foram obrigadas a limpar rotas de alto-risco que a PNA recusava a atravessar, simplesmente, dirigindo por sobre elas. A importância da manutenção da integridade da tropa foi reforçada ainda mais, quando um dos tanques ficou preso num profundo sistema de wadi (riacho). Enquanto tentava extrair o Leopard atolado, o segundo tanque foi incapacitado, exigindo que a companhia de infantaria esperasse, enquanto escurecia, pelo desdobramdo de elementos de recuperação adicionais de uma FOB. Embora o destacamento de combate fosse capaz de botar na conta esta experiência, como um quase fracasso, o incidente demonstrou, claramente, os riscos de dividir os blindados.

Proponentes do emprego parcelado dos blindados podem, também, estar inclinados a relegar os comandantes do esquadrão de tanques ao papel de conselheiros de armas de apoio para o oficial-comandante, já que não terão tropas para comandar. Isto seria um equívoco. Desde que os tanques juntaram-se ao Gpt Bat canadense em dezembro de 2006, os comandantes de companhia de infantaria, atuando na qualidade de comandante de destacamento de combate, tem deixado, rotineiramente, as fase de avanço e ruptura (advance and break-in phases) das operações de combate sob o controle do comandante de esquadrão de tanques. É imperativo que um líder, com a compreensão das minúcias dos implementos de tanques e abertura de brechas (breaching in) em terreno complexo, controle esta parte da luta. Oficiais das armas de combate compreendem a manobra e são adestrados, desde cedo em suas carreiras, para apreciar as forças coletivas do destacamento de armas combinadas. Embora, ou o comandante do esquadrão de tanques ou o comandante da companhia de infantaria liderem o destacamento de combate, designação de tarefas ou o terreno poderão ditar que o controle tático gire, várias vezes, na execução de uma operação.

Tanques, independente de sua safra, são, extremamente, dependentes de manutenção intensiva e eles possuem um apetite insaciável por suprimentos. Reconhecendo as exigências de sustentação da frota de viaturas Leopard, o Elemento de Apoio Nacional (NSE) desdobrado para o Afeganistão, alocou para o esquadrão de tanques, um escalão dedicado. Comandando pelo sargento-mor de esquadrão (SSM), o escalão do esquadrão está equipado com caminhões de combustível, munição e suprimentos, equipes móveis e viaturas de recuperação e uma ambulância sobre rodas. A munição de 105 mm é, com freqüência, transportada do KAF para os elementos de manobra por meio de aviação de tranporte médio. O SSM assume a responsabilidade por todos os suprimentos de combate nas FOBs e se desdobra à frente, com os técnicos qualificados em Leopard, como exigido para condutir ressuprimento de rotina e de emergência do esquadrão. Viaturas de recuperação e socorro médico sempre viajam com o destacamento de combate para assegurar imediata respostas às necessidades dos soldados. O sistema de escalões tem funcionado, extremamente bem, para o corpo blindado, por décadas, e continha a ser eficaz em combate, até hoje.

Nenhuma das outras armas tem recebido a alocação de um escalão dedicado no Afeganistão. Sem recursos integrais de manutenção, as companhias de infantaria tem sido incapazes de conduzir reparos pró-ativos, que exijam apoio técnico para a frota de viaturas LAV. Os esquadrões de tanques sustentaram múltiplas subunidades, continuadamente (mais de quatro, ao mesmo tempo) sem um acréscimo de recursos ou técnicos qualificados. No interesse de treinar como lutamos, da construção de equipes coesas e de lidar com as intensas exigências de manutenção das operações de combate, o Chefe do Estado-Maior Terrestre (CLS) tem determinado que escalões integrais devem ser alocados para cada subunidade no Gpt Bat, incluindo, a bateria de artilharia e o esquadrão misto de engenharia. Não importa quem, tecnicamente, seja o dono dos recursos, se é o NSE ou a subunidade sendo apoiada. As subunidades, apenas, precisam saber que terão apoio integral e contínuo, sem exceções.

Enquanto as guarnições de blindados tem, tradicionalmente, preenchido as posições de liderança e ações de transporte no escalão de esquadrão de tanques, o NSE tem determinado que eles sejam substituídos por caminhoneiros. A lógica para empregar tanquistas no escalão tem, apenas, sido reforçada em combate. Como soldados qualificados em Leopards, os tanquistas servindo no escalão estão treinados para trabalhar num esquadrão de tanques, e compreendem, implicitamente, as exigências de apoio e emprego tático desta organização. Embora conduzindo operações de emergência de ressuprimento, em dezembro de 2006, os tanquistas no escalão foram capazes de repartir e distribuir diferentes tipos de munição 105 mm, rapidamente. Eles apoiaram na manutenção de emergência dos tanques e foram capazes de prever as exigências específicas de combustível, óleo e lubrificantes (POL ou petroleum, oil and lubricants) da frota de viaturas Leopard. Embora os caminhoneiros cumpram um importante papel no conceito de sustentação do Gpt Bat, eles, simplesmente, não tem uma compreensão adequada das exigências específicas dos tanques.

Embora os soldados da coalizão, na maior parte dos casos, acabem por confrontar tradicionais táticas insurgentes de bater-e-correr, no Afeganistão, não é inconcebível que o inimigo possa, novamente, emassar forças e efetuar uma resistência convencional contra a ISAF, como fez em Pashmul, em setembro de 2006. O adestramento de pré-desdobramento precisa, em decorrência, ser progressivo e preparar o Gpt Bat para conduzir ambas operações de combate, de contra-insurgência e convencionais, desde o escalão tropa de tanques/pelotão de infantaria até o de Gpt Bat. O adestramento individual deve focar na perfeição das habilidades básicas soldadescas, incluindo aptidão física, pontaria, tratamento de baixas de combate e deveres específicos da profissão, tais como direção, tiro e o manejo de implementos, no caso das guarnições de blindados. Adestramento coletivo precisa aguçar as habilidades dos comandantes de subunidades para sincronizar elementos de campo de batalha, inclusive o destacamento de armas combinadas. O adestramento deve se iniciar com uma refamiliarização da cooperação tanques-infantaria, para incluir uma revisão das capacidades e precauções de segurança do tanque Leopard, combinar os adestramentos, movimento tático, comunicações e designação de alvos. O adestramento coletivo deve validar a proficiência do Gpt Bat em operações de combate convencional (ofensivas, incluindo, ataque em terreno complexo; e defensivas, incluindo operações de interdição [counter-moves], avanço para contato e dissimulação), enquanto mantendo os soldados preparados para a fricção do espaço de batalha de COIN, (quebra/recuperação de viaturas, ataques de minas e IEDs, ataques suicidas, emboscadas, evacuação de baixas). Soldados e líderes desdobrados devem estar familizarizados com operações de armas combinadas, do escalão tropa/pelotão até o do grupamento de batalha, tanto de dia, quanto de noite.

Adestramento Específico para Missão no Teatro (TMST, ou Theatre Mission Specific Training) e procedimentos de batalha devem fornecer aos instruendos uma apreciação das complexidades da cultura afegã. Em acréscimo às leituras de consciência cultural e familiarização linguística que são, rotineiramente incorporadas no pacote TMST, especialistas devem ser empregados para doutrinar nossos soldados sobre a dinâmica e relacionamento entre os três principais grupos de ameaças no sul do Afeganistão: Forças Militares Oponentes/Taliban; líderes e soldados do narcotráfico; facções tribais. Cenários de adestramento devem incluir, ambos, elementos reais e simulados das Forças de Segurança Nacional Afegãs (ENA e PNA) e civis no espaço de batalha (mulheres/crianças, mídia e firmas de segurança privadas), tanto como uma introdução à operações com FOpEsp e outros parceiros da coalizão (que podem ou não, terem entraves de ordem nacional que afetem sua capacidade para apoiar operações terrestres canadenses). Cenários de adestramento devem estar repletos com a mesma fricção que os soldados confrontarão enquanto desdobrados, incluindo a indisponibilidade de elementos de apoio e um quadro de inteligência, rotineiramente ambíguo, aumentado, às vezes com questionáveis, ainda que importantes, fontes de inteligência humana (HUMINT) e de sinais (SIGINT).

Embora a capacidade da frota de tanques Leopard para restaurar a mobilidade tática em diferentes tipos de terreno complexo seja o ponto-forte das operações do esquadrão no Afeganistão, o adestramento coletivo pré-desdobramento incluiu limitadas oportunidades para planejar e aperfeiçoar a utilização dos implementos para tanques. Antes de desfechar os tanques para irromper por terreno complexo, todos os escalões de comando devem planejar, cuidadosamente, com imagens por satélite. Jogos de guerra são conduzidos para manter o elemento-surpresa, remover a vantagem do terreno do inimigo e minimizar os danos colaterais. É imperativo que institucionalizemos, no adestramento, as mesmas considerações de planejamento e procedimentos de batalha que serão essenciais para o sucesso da missão. A primeira vez que uma guarnição de tanque com escavadeira estiver executando uma brecha deliberada não deve ser debaixo de fogo do inimigo. O terreno complexo do Afeganistão deve ser replicado, tanto quanto possível, em adestramento no Centro de Adestramento de Manobras Canadense (CMTC, ou Canadian Manoeuvre Training Centre), e os destacamentos de combate devem ter a oportunidade durante adestramento força-contra-força e de tiro real, para conduzir operações deliberadas de abertura de brechas, com implementos de tanques, enquanto testam os efeitos da munição do canhão principal, sobre estruturas similares em composição às cabanas de vinhas secas e instalações muradas. A replicação do terreno e estruturas afegãs custará dinheiro, mas salvará vidas de soldados canadenses e da coalizão.

Imediatamente após o término do adestramento pré-desdobramento, todos os tanques e viaturas de engenharia foram limpos, postos em condição de serviço e as suspensões foram substituídas. Seguindo-se a aplicação de blindagem adicional MEXAS (Modular EXpandable Armor System) e o término da necessária manutenção, os tanques foram postos de quarentena no 1º Batalhão de Serviços, para embarque rumo ao teatro. As viaturas foram desdobradas do Aeroporto Internacional de Edmonton para uma Base de Estacionamento Intermediário (ISB) em Manas, Quirguistão, através de AN-124 Antonov civis, onde elas foram transferidas para aeronaves C-17 Globemaster da USAF, para o movimento rumo a KAF. Motoristas qualificados em Leopard acompanharam cada grupo de embarque para o teatro, enquanto um suboficial-mestre de blindados (MWO, ou Master Warrant-Officer) servia na qualidade de Oficial de Ligação (LO) em Manas, para facilitar a transferência e a movimentação oportuna das viaturas. Um ARV estava posicionado na ISB, enquanto a segunda viatura de recuperação rumava para o Afeganistão, num grupo de embarque anterior. Um elemento avançado do esquadrão de tanques uma equipe de ativação de tanques (TAT) encontrou os 17 tanques e quatro viaturas blindadas de engenharia (AEV) no KAF. A TAT consistia de um suboficial-mestre de engenharia eletro-mecânica, com prévia experiência no Afeganistão, um técnico qualificado em Leopards de ambas especialidades de armamentos e sistemas de controle de tiro (FCS), e um punhado de tanquistas qualificados em Leopard. Nas três semanas que se seguiram a chegada do primeiro tanque no Afeganistão, o elemento avançado e a TAT trabalharam, diligentemente, para identificar e estabelecer uma instalação de manutenção de tanques no KAF, receber e contabilizar todas as viaturas e preparar os tanques para operações de combate. A liderança do esquadrão de tanques tirou vantagem deste tempo para influenciar o conceito de sustentação e colaborar com a Inspetoria de Assistência Técnica (TAV) do 3º Grupo de Apoio Técnico, para armazenar suficientes peças sobressalentes e ferramentais, enquanto implementava um agressivo pacote de adestramento no teatro, e ensaios para o restante do esquadrão.

O desdobramento bem-sucedido do esquadrão de tanques em prazos, extremamente apertados, foi um testemunho da competência e determinação de incontáveis soldados e oficiais de estado-maior, em todos os escalões nas CF, tanto em casa quanto no exterior. A preparação e desdobramento antecipado de um oficial-de-ligação na base de estacionamento intermediária e uma TAT no teatro para receber e equipar os tanques foi vital para a oportuna introdução deste elemento em combate. Este conceito TAT/TAV deve ser mantido e implementado, novamente, no futuro; entretanto, há outras considerações que devem ser avaliadas, mais cuidadosamente, da próxima vez que mandarmos blindados para o combate. O mais importante destes fatores é a necessidade de lidar, bem cedo no processo de planejamento, com as exigências consolidadas de sustentação da frota de viaturas Leopard em operações continuadas. Embora instalando blindagem adicional MEXAS e efetuando reparos nas viaturas, no Canadá, uma grande quantidade de ferramentas, equipamentos de segurança e guarnições estavam ausentes, antes da quarentena das viaturas. Como partes sobressalentes, ferramentas e produtos POL não foram dimensionados, adequadamente, no Canadá, estes suprimentos críticos chegaram tarde no KAF, e, como resultado, a disponibilidade da frota de Leopards sofreu no início. Não foi até o final de novembro de 2006 que uma carga completa de munição 105 mm tinha chegado ao KAF, impedindo o oportuno desdobramento de todo o esquadrão à frente.

Embora a imagem de um tanque Leopard rolando da traseira de um C-17 seja, talvez, mais chamativa para a mídia, os primeiros grupos de embarque rumo ao teatro devem ser preenchidos com elementos de recuperação de blindados, viaturas de equipes móveis de reparo, ferramentais especializados, itens POL, e suficientes partes sobressalentes para 30 dias de operações. Sem estas partes críticas e suprimentos de combate identificados, recebidos e organizados no KAF, os tanques são inúteis. Em acréscimo à preparação do oficial de ligação para a ISB, escoltas para viaturas e uma TAT para a recepção delas, a formação de origem deve desdobrar uma equipe de ligação para Ottawa, para informar o Comando das Forças Expedicionárias Canadenses (CEFCOM) e o Comando de Apoio Canadense (CANOSCOM), sobre os procedimentos de planejamento e batalha. A equipe de ligação deve consistir de um oficial de blindados e um técnico superior de manutenção, idealmente, com experiência prévia no desdobramento de blindados em operações.

Todos os movimentos fora da relativa segurança do KAF ou de uma FOB no Afeganistão eram considerados operações de combate. Por conseguinte, ordens eram emitidas para todas as operações, utilizando-se o formato padronizado de ordens da OTAN. Quando o tempo era particularmente escasso ou quando era importante que a liderança, em todos os escalões, compreendessem, claramente, a intenção e o conceito de operação dos comandantes de subunidades, o comandante de destacamento de combate (companhia de infantaria/esquadrão de tanques) do Gpt Bat 1º Royal Canadian, freqüentemente, emitia ordens ao nível de comandante de guarnição de tanques e de seção de fuzileiros. Dada a complexidade das operações COIN e a necessidade de minimizar danos colaterais durante operações de abertura de brechas, ensaios sempre eram conduzidos, incluindo, um ensaio de conceito (ROC, ou Rehearsal of Concept), revisão de ações e jogo de guerra de potenciais cenários do tipo "o que aconteceria se". Imagens por satélite foram utilizadas, extensivamente, para planejar rotas de ruptura através de vinhedos e terreno denso, enquanto dados do Sistema de Administração de Informações para Ações de Minas (IMSMA ou Information Management System for Mine Action) fornecem consciência situacional sobre campos minados conhecidos e um histórico da localização de IEDs. O capitão de batalha
(Battle Captain, no Exército canadense, é uma função exercida por um capitão que acompanha o major comandante da companhia/esquadrão no controle da luta. Em certa medida, seria uma espécie de "S3" ou oficial-de-operações do escalão companhia/esquadrão. Em caso da morte do major comandante, ele assume o comando da subunidade, até a chegada do outro capitão, o subcomandante, que estaria exercendo o controle da logística da companhia/esquadrão.) apresenta pedidos de análise e informações do terreno, e os produtos eram, normalmente, enviados para o esquadrão, dentro de 24-48 horas da requisição. O ENA com elementos da Equipe de Ligação e Aconselhamento Operacional (OMLT, ou Operational Mentor and Liaison Team) participava, desde cedo no processo de planejamento. Representantes de elementos de escalões mais elevados de apoio (veículos aéreo não-tripulados táticos [TUAV], aviação de apoio áereo aproximado [CAS]) raramente estavam disponíveis para ordens, mas os estados-maiores operacionais de unidade e de brigada conduziam ligação intensiva para coordenar exigências de recursos, quando necessário. Imediatamente, seguindo-se ao término de uma missão, ou o oficial-comandante ou o capitão de batalha consolidava o retorno de informações de cada uma das tropas e pelotões sobre as áreas a serem aperfeiçoadas e mantidas para futuras operações. Estes pontos eram discutidos ao nível do esquadrão, mudanças eram institucionalizadas se pertinentes, e relatórios eram enviados para o Oficial de Lições Aprendidas do Exército no KAF.

Desde o desdobramento para o Afeganistão em outubro de 2006, guarnições de tanques Leopard tem combatido ao lado de soldados canadenses, americanos, britânicos, holandeses e afegãos e tem confiado, extensivamente, em elementos críticos de apoio, fornecidos por uma multidão de outras nações contribuindo com forças. A questão dos obstáculos nacionais tem recebido extensa cobertura da mídia, nos últimos meses, e tem, até mesmo, existido especulações de que o desdobramento do esquadrão de tanques para a frente do grupamento de batalha foi postergado, em parte, pelas iminentes eleições gerais holandesas de novembro de 2006. Embora seja importante ter conhecimento destes obstáculos e sensibilidades, as forças ao nível tático apenas precisam saber sobre qual apoio elas podem contar na luta contra os insurgentes. Normalmente, exigia-se das subunidades que submitessem ao estado-maior de operações do Gpt Bat, com 48-72 horas de adiantamento, os pedidos por apoio de TUAV, aviação e de inteligência. Embora o apoio de TUAV fosse, em geral, acessível à subunidade quando solicitado, a aviação de ataque e o CAS eram, normalmente, mantidos em reserva, respondendo em curto-prazo, diante da declaração de elementos em contato (TIC, ou Troops in Contact). O oficial de observação avançada / Equipe de Controle Combinada de Ataque Terminal (FOO / JTAC, ou Forward Observation Officer / Joint Terminal Attack Controller), normalmente controlavam a alocação de fogo indireto, CAS e aviação de ataque; entretanto, pedidos por fogo de canhões e de ataque aproximado (Apaches) era, rotineiramente, conduzido pelos elementos no terreno.

O risco de fratricídio num ambiente de coalizão, exige que os comandantes, em todos os escalões, planejem, cuidadosamente, as operações. Barreiras de linguagem, diferenças táticas, fadiga de batalha, e o nevoeiro da guerra, tudo conspira para obscurecer a consciência situacional da tropa em combate aproximado com o inimigo. Para mitigar a ameça de fogo "azul-no-azul", o Gpt Bat canadense padronizou as marcações IFF (Identification Friendly Force) para viaturas e pessoal e as Normas Gerais de Ação (SOP ou Standard Operating Procedures). Os esquemas de marcação IFF são comunicados aos parceiros da coalizão durante ordens e ensaios, e a diretiva relacionada à política de abertura de fogo e as ROE autorizadas também são revistas para minimizar o potencial de dano colateral. É imperativo que transmissões de informações sejam intercambiadas durante ordens e que checagens dos rádios sejam conduzidas durante o procedimento de batalha, antes da travessia da linha de partida. FOpEsp americanas e OMLT, por exemplo, rotineiramente, reportam como estações externas (outstations) na rede-rádio de combate do esquadrão de tanques, quando operando com os blindados.

O tanque Leopard C2 permite-nos alcançar e acertar o inimigo com fogo direto de precisão, nos alcances de 4 mil metros, quase o dobro do alcance efetivo do canhão 25 mm montado em nossa frota de LAV. O Taliban escolheu não nos enfrentar em terreno aberto, por razões óbvias. Antes, nosso inimigo busca santuário em cabanas de vinhas secas e instalações com muros concretados, medindo mais de um metro de espessura. Antes do desdobramento dos tanques Leopard, um volume maciço de fogo de 25 mm dos LAV obtinha resultados limitados contra estas estruturas, freqüentemente, exigindo que o Gpt Bat recorresse ao uso de bombardeio aéreo ou arriscasse o desdobramento de soldados desmontados à frente para efetuar uma brecha com armas antitanque ou demolições. Um projétil 105 mm HESH do Leopard C2 pode abrir um buraco que passa de 5 x 5 m, através de uma cabana de vinhas secas ou muro de instalação, penetrando estruturas com reduzido dano colateral, à infraestrutura próxima, e menos risco para os nossos soldados desmontados. Embora a importância da infantaria na limpeza e combate no interior das áreas-objetivo seja irrefutável, faz pouco sentido enviar soldados desmontados contra um objetivo inimigo sem, antes, eliminar a resistência conhecida à distância, com os HESH 105 mm. Os esquadrões de tanques anexados à FT 3-06 (Gpt Bat 1º Royal Canadian) e FT 1-07 (Gpt Bat 2º Royal Canadian) tem sido capazes de matar numerosos insurgentes nos alcances de 150-3800 metros, enquanto reduziam a exposição de nossos soldados de infantaria desmontados ao fogo direto inimigo. Ambas as metralhadoras de emprego geral (GPMGs) C6 de 7,62 mm, coaxial e antiaérea, montadas no Leopard C2 foram utilizadas para engajar e suprimir insurgentes à curto-alcance. As coronhas de madeira de todas as Mtr AAé foram substituídas por punhos de disparo e gatilho-borboleta

Imagem

para permitir às guarnições colocarem a arma em posição, mais rapidamente, enquanto mantendo um perfil baixo na torreta.

Um percepção errônea comum, é a de que o tanque é, primordialmente, uma plataforma antitanque. Isso é falso, especialmente, no ambiente no qual, atualmente, estamos combatendo. O Taliban procura obter vantagem tática num terreno intransponível para viaturas sobre rodas, e quando é capaz de prever as vias de acesso da ISAF, eles tem utilizado, com eficácia, táticas de bater-e-correr, que incluém o uso de emboscadas com armas leves/RPGs e ataques sucidas e IEDs. Dotados com uma lâmina de escavadeira, rolo e arado antiminas em cada tropa de 4 tanques, a frota de viaturas Leopard tem restaurado a mobilidade tática para o destacamento de armas combinadas no Afeganistão, graças à sua capacidade de penetrar campos de vinhedos e maconha, limpar faixas de minas e IEDs e romper muros de lama e instalações que eram, antes, intransponíveis para os LAV III. As opções de mobilidade criadas pelos tanques e os engenheiros de combate blindados, concedem ao comandante do destacamento, rotas de ingresso adicionais, tornando mais difícil para o inimigo instalar posições defensivas, enquanto diminui os riscos para os menos protegidos soldados da coalizão. Destacamentos de combate, grupados com blindados, tem criado, em numerosas ocasiões, por todo o ano passado, estradas improvisadas, adequadas para o movimento de viaturas sobre rodas, durante operações ofensivas e de isolamento e busca (cordon and search). O inimigo foi mantido desequilibrado, constantantemente, tendo de adivinhar por onde o destacamento de combate avançaria, e os tanques foram capazes de formar um "anel de aço", em volta da infantaria, enquanto esta conduzia operações de limpeza em áreas urbanas. Ambos os esquadrões de tanques tem utilizado as lâminas de escavadeira e arados antiminas, extensivamente, para conduzir aberturas de campos minados, imediatas e preparadas, e irromper em terreno complexo de forma a destruir o inimigo e extrair baixas de pessoal e viaturas.

A experiência no Afeganistão tem demonstrado que as atuais doutrinas canadenses de abertura de brechas, funcionam. Por norma, destacamentos de combate mecanizados e blindados movem-sem em coluna, com os tanques na ponta, a não ser que haja extrema confiança na ausência de minas e IEDs. Quando necessário irromper através de terreno complexo, para cerrar e destruir insurgentes ou extrair baixas da coalizão, os destacamentos de combate sempre tentaram duas pistas para assegurar liberdade de movimento. Uma equipe de abertura de brecha consistia de um elemento de comando e controle; tropa de tanques; Viatura Blindada de Engenharia (AEV) Badger; seção de engenharia de combate; pelotão de infantaria e elementos de recuperação e saúde eram destacados para cada pista. Tanques-escavadeira ou AEVs lideravam em terreno fechado, de modo a irromper através de vinhedos e sistemas de irrigação, e tanques-arado eram levados à frente em terreno aberto/plano, para confirmar as rotas em busca da presença de minas/IEDs. Posições eram preparadas, afastadas da pista, cada 50 m, assegurando que a rota permanecesse limpa para as viaturas de recuperação e de saúde efetuarem as extrações, e para assegurar proteção circular do destacamento de combate, enquanto ele progride em terreno complexo. A seção de engenharia de combate, com proteção cerrada desmontada, conduz buscas em pontos vulneráveis, em todos os pontos de estrangulamento e áreas suspeitas para confirmar a presença de minas/IEDs. A menos que o destacamento de combate possa manter observação na pista inteira, por toda a duração da operação, ele deve exfiltrar a área através de outra rota ou deve averiguar as pistas com o tanque-arado na liderança. O comandante do esquadrão de tanques controlava o movimento e ruptura sobre os objetivos inimigos, enquanto o comandante da companhia de infantaria, naturalmente, retinha a responsabilidade sobre as fases de combate e consolidação.

Há limitações para os implementos de tanques. Como já discutido neste documento, os danos colaterais provocados pelos tanques e a utilização agressiva de seus implementos podem prejudicar nossa capacidade de obter sucesso da missão no Afeganistão, onde a reconstrução é o foco de nossos esforços. Igualmente importante, não há nenhum sistema no campo de batalha que tenha a capacidade de neutralizar, sem exceções, todas as ameaças de minas/IEDs. Embora os arados tenham limpado incontáveis minas antitanque, em seu rastro, salvando as vidas de soldados da coalizão, as IEDs, ocasionalmente, detonavam ao impacto com o implemento, incapacitando-o. O Esquadrão "A" do Gpt Bat 2º Royal Canadian usou, eficazmente, os rolos antimina como um improvisado Pacote de Limpeza de Rota (RCP, ou Route Clearance Package), para mitigar o impacto das IEDs de Detonação por Placa de Pressão (PPIED ou Pressure Plate Improvised Explosive Device); entretanto, não devemos ficar com a falsa sensação de confiança de que este implemento possa proteger nossos soldados de IEDs detonadas por controle remoto ou por comando. E mais, os rolos levam um tempo considerável para serem montados, impõem um grande raio de curva e nos mantém nas estradas canalizadas e apertadas do Afeganistão - exatamente onde o Taliban prefere plantar minas e IEDs.

Os tanques Leopard C2 tem salvo vidas canadenses e afegãs. Embora viatura alguma, no campo de batalha, seja invencível, o Leopard C2 está equipado com painéis de blindagem composta adicional MEXAS e forros antifragmentação (spall liner) para aumentar a proteção da guarnição contra ataques de fogo direto. O Leopard 2A6M também estará preparado com proteção adicional de torreta e um pacote de proteção aperfeiçoada de casco contra explosões, para reduzir as ameaças de minas e IEDs. Os tanques Leopard e suas guarnições desdobrados para o Afeganistão tem sobrevivido à numerosos ataques de IEDs e minas antitanque e, recentemente, de canhões sem-recuo, RPG-7 e ataques suicidas que poderiam ter sido catastróficos para outras frotas de viaturas. Mais importante que a proteção que o Leopard oferece às suas guarnições, entretanto, é a nossa capacidade de interpor 55 toneladas de aço entre nossos soldados desmontados e o inimigo. O esquadrão de tanques, no Afeganistão, é rotineiramente chamado a estabelecer um cordão ao redor das áreas de objetivos e fornecer apoio aproximado para os soldados desmontados de infantaria, enquanto estes conduzem operações de combate aproximado e de limpeza.

O valor psicológico do tanque é bem-reconhecido. A consciência do aumento de proteção e poder de fogo, oferecidos pelos tanques Leopard levantou o moral e espírito ofensivo do Gpt Bat 1º Royal Canadian, uma unidade testada em batalha, que havia sustentado combate, quase contínuo, com o inimigo, por dois meses, antes da chegada do Esquadrão "B". O inimigo tem ficado menos entusiasmado com as capacidades dos tanques e a sinergia desenvolvida pelo destacamento de armas combinadas. Numerosos relatórios de SIGINT e HUMINT confirmam que os combatentes talibans, "pés-de-poeira", estão apavorados com os tanques e a capacidade destes para manobrar e, com freqüência, estão relutantes em atacar forças da coalizão, dotadas de elementos blindados. Embora os tanques tenham, claramente, infligido um impacto psicológico significativo sobre a insurgência, os líderes blindados servindo em combate não são tão ingênuos para acharem que o inimigo não atuará, agressivamente, para descobrir maneiras de matar os tanques canadenses.

As operações dos tanques do Gpt Bat 2º Royal Canadian tem sido impactadas, significativamente, pelo calor do verão afegão e a falta de ar-condicionado. E os sistemas de direção de torreta hidráulicos do Leopard C2 tem exacerbado a situação. Com temperaturas externas, rotineiramente, aproximando-se de 50º Celsius ao sol, os tanquistas tem resistido a temperaturas, excedendo 65º C, no interior do Leopard. A liderança do esquadrão, em todos os escalões, tem sido chamada a desenvolver soluções inovadoras para minimizar o impacto do calor sobre a saúde dos nossos soldados e a disponibilidade da frota de tanques. As operações de combate são, rotineiramente, conduzidas à noite ou no começo da manhã, para tirar vantagem dos períodos mais frescos do dia, e os líderes tem recebido a determinação de instituírem hidratação forçada, em seu ritmo de batalha. Trajes de resfriamento, recentemente, tem sido introduzidos no teatro e o retorno dos soldados que os utilizam tem sido tremendo. Estes trajes resfriados à água tem reduzido, significativamente, as temperaturas do núcleo corporal, dos tanquistas, permitindo-lhes sustentar operações de combate, por prazos mais longos. Os soldados do Esquadrão "B" do Gpt Bat 1º Royal Canadian, também desenvolveram, para cada tanque, saias guarda-pó improvisadas para reduzir a entrada de sujeira e detritos nos exaustores dos tanques. Estas modificações aumentaram, várias vezes, o alcance operacional dos Leopard antes de sofrerem superaquecimento.


(continua...)




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Re: tanques e blindados

#34 Mensagem por Clermont » Dom Set 12, 2010 8:57 pm

(parte final.)

SEGUNDO TEMPO: RECOMENDAÇÕES SOBRE O CAMINHO À FRENTE.

Embora o Leopard C2 tenha se saído, excepcionalmente bem, em combate, esta plataforma tem trinta anos de idade, e está começando a demonstrar sua idade. Os soldados do Esquadrão "B" do Gpt Bat 1º Royal Canadian submeteram à cadeia de comando, em novembro de 2006, um sumário de modificações recomendadas para tornar o Leopard C2 mais adequado para operações COIN no ambiente rude do Afeganistão. Indicativo do tremendo apoio fornecido aos soldados por ambas as lideranças, civil e militar, o Governo do Canadá anunciou, em abril de 2007, que, não apenas iria lidar com as deficiências do Leopard C2, interinamente, mas que autorizaria o empréstimo, para operações de combate imediatas, de vinte Leopard 2A6M do Exército alemão, e uma subseqüente compra de cem Leopard 2A4 e 2A6 dos holandeses. Embora este tanque ainda não tenha sido testado em combate, muitos países reverenciam o Leopard 2 como um dos melhores no mundo. Pesando mais de 60 toneladas, o Leopard 2 ostenta um impressionante motor de 1500 HP (comparado aos 830 HP do Leopard C2), e está dotado de um canhão de alma lisa 120 mm/L55. Uma torreta de direção elétrica permite ao canhão ser movimentado, muito mais rapidamente, enquanto reduz, significativamente, o calor no interior da viatura. E mais importante, o Leopard 2A6M fornecerá aos nossos soldados uma proteção sem precedentes contra a ameaça de minas e IEDs no Afeganistão.

Infelizmente, o Leopard 2 ainda não está equipado com implementos de tanques que tem salvo muitas vidas em operações. Uma viatura blindada de engenharia sobre chassis de Leopard 2 (Kodiak) é empregada pelo Exército suiço; entretanto, ela é desarmada e ainda não é empregada por outros países. De forma a assegurar que a nossa mobilidade e proteção de campo de batalha não saiam prejudicadas com a introdução do Leopard 2 as equipes técnicas devem buscar o desenho e a aplicação imediata de modificações ao Leopard 2 que permitam a montagem de implementos. Testes precisarão ser conduzidos sobre o impacto da montagem de implementos sobre este chassis, que já é 15 toneladas mais pesado que o do Leopard C2. Deve ser dada consideração à retenção de uma frota mista de viaturas Leopard C2 e Leopard 2 no teatro, até que esta questão técnica seja resolvida. Embora o desdobramento da Capacidade de Abertura de Rotas de Oportunidade (EROC ou Expedient Route Opening Capability) - a versão do Canadá do Pacote de Limpeza de Rota (RCP, ou Route Clearance Package) - reduzirá o risco para nossos soldados quando forçados a se movimentar sobre rotas e através de terreno canalizado, este sistema não tem arados capazes de conduzir extrações imediatas de campos minados, nem é equipado com lâminas de escavadeira para irromper através de terreno complexo, quando necessário. Muitas das vantagens protetoras do Leopard 2 serão negadas com a ausência dos implementos.

O projétil de 105 mm HESH é a munição "feijão-com-arroz" para o esquadrão de tanques no teatro: cada um deles abre um rombo de 5 x 5 m em cabanas de vinhas secas e descobrimos que eles são, altamente eficazes, contra elementos à pé, em alcances de 150 a 3.800 metros. Embora o Exército sueco tenha, aparentemente, desenvolvido um projétil 120 mm de alto-explosivo e experimentos nos Estados Unidos estejam em andamento com Munição Insensível de Alto-Explosivo-Traçante de 120 mm (Insensitive Munition High Explosive-Tracer), os tanques canadenses Leopard 2A6M serão desdobrados, inicialmente, sem esta capacidade. Até que sejamos capazes de introduzir em combate, um projétil 120 mm HE testado, devemos avaliar, imediatamente, a precisão e capacidade de abertura de brechas de diferentes variantes da munição 120 mm de Alto-Explosivo Anti Tanque (HEAT) e munição de exercício, e devemos considerar a aquisição de um projétil de lanterneta (canister) para a função antipessoal em combate aproximado. A munição Perfurante de Blindagem de Cinta Descartável Estabilizada por Aleta (APFSDS ou Sabot, Armoured Piercing Fin Stabilized Discarding Sabot) continuará a ter limitado valor no Afeganistão. Esta munição é mais eficaz contra outras viaturas blindadas, com as quais o Taliban não está dotado. O projétil Sabot oferece mínima capacidade de abertura de brecha e ele, na verdade, ameaça provocar crescentes danos colaterais, pois não explode ao contato com seu alvo desejado. Testes conduzidos pelo Exército dinamarquês com o projétil DM 12 HEAT tem demonstrado positivos efeitos de brecha, e modificações para o projétil DM 33 APFSDS também tem aumentado a fragmentação dele com o alvo.

O papel do Canadá no Afeganistão está mudando, e continuará a evoluir até o fim de nosso atual mandato, em fevereiro de 2009. Sabendo que nossa passagem para fora deste país será a criação de uma força militar e policial crível e eficaz, o Chefe do Estado-Maior de Defesa (CDS), o general Rick Hillier, anunciou, recentemente, que sua prioridade, agora, é devotar mais energia para a construção da capacidade das Forças de Segurança Nacional Afegãs (ANSF). Vigorando com o imediato desdobramento do Grupamento de Batalha do 3º Batalhão do Real 22º Regimento (R22eR, Royal 22e Régiment), uma das três companhias de infantaria, anteriormente empenhada em operações de combate, na Província de Kandahar, será encarregada de assumir as responsabilidades de OMLT. Esta, incorporada com três Kandaks (batalhões afegãos), irá adestrar e monitorar os soldados afegãos, mantendo ligação com as forças da ISAF, de modo a facilitar o apoio para operações do ENA. Duas companhias de infantaria mecanizada, um esquadrão de tanques, um esquadrão de reconhecimento, uma bateria de artilharia e um esquadrão de engenharia misto, foram retidos no Gpt Bat canadense, para operações de segurança continuadas.

O Gpt Bat canadense continuará a ganhar tempo para o progresso da capacidade das ANSF, e das iniciativas de reconstrução, mantendo o Taliban desequilibrado, por meio de agressivas operações de segurança. Com menos de 1.000 soldados disponíveis para operações cinéticas, seremos desafiados a encontrar um equilíbrio adequado entre manter terreno-chave nas áreas onde o Taliban tem mais possibilidades para solapar o apoio ao governo do Afeganistão e, simultaneamente, continuar sendo capazes de projetar devastador poder de combate através de toda a AO canadense. Presumindo que outros países não irão, no próximo termo, contribuir com forças terrestres adicionais para operações na Província de Kandahar, o Gpt Bat canadense, provavelmente, terá de encarregar como força estacionária, uma companhia de infantaria, reforçada com elementos-chave de apoio de combate, para tomar e manter terreno de importância estratégica para a ISAF. Esta companhia poderá manter duas ou três FOBs, dentro da AO canadense designada, na qual operações estacionárias serão sincronizadas, cerradamente, com iniciativas das ANSF e da PRT (equipes de reconstrução provincial), enquanto desorganiza tentativas insurgentes para infiltrar a área.

O esquadrão de tanques e a companhia de infantaria mecanizada restante, deverão formar a base de uma força de ataque móvel, capaz de irromper, rápida e violentamente através de toda a Província de Kandahar, para localizar e martelar células talibans. De modo a promover a credibilidade do ENA, todas as operações deverão estar ou, pelo menos, serem percebidas como estando, sob comando afegão. O destacamento de combate mecanizado-blindado servirá como um indicativo, bem visível, do poder de combate à disposição do ENA, e isto poderá facilitar a transição e evolução de nosso comprometimento no Afeganistão. Enquanto as forças convencionais rareiam em favor de reforçar as OLMT e PRT, a força de ataque mecanizada-blindada deverá ser retida como Reserva da Força-Tarefa Combinada do Afeganistão. Devemos evitar a tentação de redesdobrar para o Canadá o Pacote de Reforço da Força-Tarefa do Afeganistão, simplesmente porque foi o última a chegar no terreno e sendo percebido como de menor importância para o sucesso continuado da nossa missão. Pela época em que estivermos prontos para declarar o ENA capaz de manter a segurança do sul do Afeganistão, esta força terá suficientes soldados desmontados em suas fileiras. Entretanto, ela não terá seus próprios elementos de apoio integrais, fornecidos, atualmente, pela coalizão.

Um destacamento de combate mecanizado-blindado canadense reforçado, organizado com um esquadrão de tanques; uma companhia de infantaria mecanizada; uma tropa de engenharia de combate blindada; uma tropa ISTAR (Intelligence, Surveillance, Target Acquisition and Reconnaissance; uma bateria de artilharia (com equipe FOO/JTAC); um escalão logístico integral e destacamentos PSYOP (operações psicológicas) e CIMIC/PRT (Cooperação Cívico-Militar/Recontrução Provincial) deve permanecer no terreno, até que outro parceiro da coalizão esteja preparado para assumir nossas responsabilidades em Kandahar, ou até que o ENA seja capaz de, verdadeiramente, agüentar por sua própria conta.

Embora um destacamento de combate seja, normalmente, comandado por um major, esta agrupação tática deverá ser comandada por um tenente-coronel, já que será formada por múltiplos elementos de apoio e para garantir a capacidade desta organização de influenciar os procedimentos de batalha da Força-Tarefa Combinada do Afeganistão.


CONCLUSÃO.

O combate sustentado no Afeganistão, nos últimos 18 meses, confirmou a eficiência e o profissionalismo do Exército canadense; entretanto, muitas de nossas observações da batalha não são novidades. Talvez, a mais óbvia das lições que reaprendemos seja a importância do destacamento de armas combinadas em operações de espectro total, e a continuada significação do tanque e dos engenheiros de combate blindados, no Ambiente Operacional Contemporâneo. Embora nossa compreensão da ameaça e da complexidade das operações no moderno espaço de batalha seja sólida, fomos excessivamente otimistas a respeito de nossa capacidade de encontrar o inimigo e determinar suas intenções, sem precisarmos lutar pelas informações. Ainda é necessário formar e desdobrar destacamentos de armas combinadas, capazes de avançar para o contato e esmagar as forças oponentes, com avassalador poder de combate, manobrando em terreno, extremamente complexo, de dia e de noite.

Muitos críticos dos blindados argumentam que os tanques tornaram-se irrelavantes no Ambiente de Combate Contemporâneo, por múltiplas razões: eles são dispendiosos para se manter, não é fácil desdobrá-los e eles são vulneráveis em terreno complexo e urbano. Estas observações são verdadeiras, mas são auto-evidentes e aplicam-se para a maioria dos outros elementos do destacamento de armas combinadas, todos eles tendo suas próprias fraquezas e deficiências, quando operando independentemente de outros elementos. Fornecendo um aumento do poder de fogo, proteção, mobilidade tática no campo de batalha e um definitivo impacto psicológico, o tanque permanecerá uma ferramente inestimável no arsenal do Exército canadense, pelo futuro previsível.


(The Australian Army Journal - volume V, number 2 - Winter 2008.)

______________________________________________________________________

O major Trevor Cadieu está (2008) servindo como subcomandante da Cavalaria do Lorde Strathcona (Reais Canadenses). Ele retornou, recentemente, de sua segunda temporada no Afeganistão, onde foi honrado em comandar e servir com os grandes soldados do Esquadrão "B", e do Grupamento de Batalha do 1º Batalhão do Real Regimento Canadense, em operações de combate.




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Re: tanques e blindados

#35 Mensagem por eur2 » Qui Set 30, 2010 4:00 pm

Tradução: Comandante Melk Leopard 2A7
Alemanha desenvolveu uma nova versão do tanque Leopard


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A empresa alemã Krauss-Maffei Wegmann, fabricante dos tanques pesados Leopard 2, criou uma nova versão do tanque, informou o site Strategy Page. A nova versão L2A7 + está equipada com blindagem modular, sistemas de observação avançada e armas de alta precisão. A blindagem modular pode proteger a tripulação das explosões de minas e artefactos explosivos artesanais.
O armamento pode incluir uma metralhadora de 5,56 ou 7,62 ou 12,7 mm e um lança-granadas 400 mm automático. O tanque também pode disparar projéteis tipo flecha 120 milímetros. O peso de um Leopard 2A7 + pode chegar a 70 toneladas. Para efeito de comparação, o peso da versão anterior, 2A6, não excedia as 55 toneladas.

O Ministério da Defesa alemão planeja atualizar 150 tanques Leopard 2A6 para a versão 2A7 + . Atualmente as Forças Armadas alemãs têm 225 tanques Leopard 2A6 e 125 do modelo 2A5. O tanque Leopard 2 é o blindado mais utilizado no mundo. 16 países tem incorporado tanques Leopard em seus arsenais, incluindo a Finlândia, Canadá, Áustria e Grécia. A empresa Krauss-Maffei Wegmann fabricou desde 1972, quando o tanque foi criado mais de 3.500 veículos blindados do tipo.




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Re: tanques e blindados

#36 Mensagem por eur2 » Qui Set 30, 2010 4:01 pm

sera que o Brasil tera um desses, cc 2a7




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Re: tanques e blindados

#37 Mensagem por Bourne » Qui Set 30, 2010 6:30 pm

A criança pesa 70 toneladas :shock:




PRick

Re: tanques e blindados

#38 Mensagem por PRick » Qui Set 30, 2010 6:49 pm

Só tem um problema com a notícia, a foto não de um Leo 2A7, abaixo segue a foto certa dele.

[]´s

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Re: tanques e blindados

#39 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Sex Out 01, 2010 10:06 am

PRick escreveu:Só tem um problema com a notícia, a foto não de um Leo 2A7, abaixo segue a foto certa dele.

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Muito bem, Paulo!

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Re: tanques e blindados

#40 Mensagem por Glauber Prestes » Sex Out 01, 2010 2:04 pm

Bourne escreveu:A criança pesa 70 toneladas :shock:
x2!




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Re: tanques e blindados

#41 Mensagem por eur2 » Sex Out 01, 2010 3:01 pm

de qual pais é este

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Re: tanques e blindados

#42 Mensagem por Glauber Prestes » Sex Out 01, 2010 3:17 pm

Italia. Sistema da Oto Melara AAe de 76mm.




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Re: tanques e blindados

#43 Mensagem por eur2 » Sex Out 01, 2010 10:02 pm

glauberprestes escreveu:Italia. Sistema da Oto Melara AAe de 76mm.
os nossos serão iguais a esse
obrigado




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Re: tanques e blindados

#44 Mensagem por Glauber Prestes » Sex Out 01, 2010 10:04 pm

Pergunta? Afirmação?




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Re: tanques e blindados

#45 Mensagem por eur2 » Sex Out 01, 2010 10:09 pm

Prick estava a ler no alide, eles estavam teclando sobre o tanque leopardo 2a7 que pode vir para o Brasil tem verdade nisto
sd




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