tanques e blindados

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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frajola
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tanques e blindados

#1 Mensagem por frajola » Ter Set 02, 2003 1:36 pm

ola alguem poderia me dizer qual a diferença entre tanques e blindados
nao sao a mesma coisa ,os tanques nao sao blindados?por exemplo o cascavel é um blindado ele tambem nao é um tanque?o m60 é um tanque,ele tambem nao é um blindado? ah ah ah enfim estou com duvidas sobre esse assunto,valeu




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#2 Mensagem por VICTOR » Ter Set 02, 2003 2:09 pm

O termo tanque surgiu se não me engano na 1a. Guerra, porque era uma arma secreta dos ingleses e era transportada sob sigilo, com a desculpa de que eram "tanques" mesmo, para botar água dentro.

Acho que o pessoal do Exército não usa o termo "tanque" (para eles, "tanque é pra lavar roupa"). Geralmente usam o termo "Carros de Combate" etc.

Com certeza, o pessoal "blindado" pode informar melhor que eu. :P




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#3 Mensagem por frajola » Ter Set 02, 2003 3:09 pm

acho que nao consegui me expressar direito





Blindados


Modelo / Função
Fabricante/ano
Quant. oper*
Arma. Princ.*

AV-VBL - blindado leve multifunção, 4x4
Avibras/2001-
-
12,7mm

Cascavel - blindado de reconhecimento, 6x6
Engesa-1976-1990
200+
90mm

Charrua - blindado de transporte de tropas
MotoPeças- não produzido-1986
-
12,7mm

Guará AV-VB-4 - blindado leve multifunção, 4x4 Avibras/2002/3 em testes
12,7mm

Jararaca - blindado de reconhecimento, 4x4
Engesa-1978-1987
-
20mm

Ogum - blindado leve multifunção
Engesa-não produzido
-
20mm

Sucuri-I, Sucuri-II, caça-tanques, 6x6
Engesa-não produzido
-
105mm

Urutu - blindado de transporte de tropas, 6x6
Engesa-1976-1990
300+-
12,7mm






Tanques


Modelo / Função
Fabricante/ano
Quant. oper*
Arma. Princ.*

M-41C - tanque leve Bernadini, modernização do M-41
+150
90mm

Osório - tanque principal de combate Engesa, não produzido
-
105/120mm

Tamoyo - tanque médio Bernadini, não produzido
-
105mm

X-1 , X-1A2- tanque leve Bernadini, modernização do M-3
-
90mm






porque sucuri ,urutu,ogum,guara,charrua,cascavel ,sao consideredos blindados e m41,osorio,tamoio,x1,x1a2 sao considerados tanques ou carros de combate




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#4 Mensagem por Slip Junior » Ter Set 02, 2003 5:50 pm

Acho que basicamente a diferença é que os veículos que vc denominada blindados são na verdade veículos de transporte de pessoal ou reconhecimento enquanto os carros de combate são veículos blindados com torreta. Bom, como eu não muito de armas terrestres, vou deixar para que os colegas que entendem mais do assunto como o Parabelum e o Miliko façam uma explicação mais detalhada. :wink:

Abraços




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FCarvalho
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Diferencas

#5 Mensagem por FCarvalho » Ter Set 02, 2003 6:09 pm

Ola Frajola, tentando ajudar a sanar sua duvida vamos la.
Em resumo o termo "Tanque" era usado na 1a GM pelos ingleses, como bem citou o Vitor, para designar os veiculos tratores, armados e modificados para a funcao de apoiar diretamente com seu poder de fogo (mtrl e posteriormente canhoes de pequeno calbre) a infantaria; como se tratava de um projeto, se nao me falhe a memoria, apoiado diretamente pela Royal Navy, este termo naval acabou pegando; com relacao a diferenca que o EB faz entre "tanque" e blindados, esta na propria formacao profissional da cavalaria brasileira, oriunda das missoes militares francesas que por aqui estiveram nos primeiros anos do sec. passado; os franceses nomeavam como carro de combate os tais "tanques" e como veiculo blidado todo e qualquer veiculo de apoio, logistica e/ou tranporte que por ventura atuasse no entorno das acoes dos cc, e que para tanto tinham que ser revestidos, ainda que minimamente, de algum tipo de blindagem. Esta logica perdura ate hoje no EB.
Se voce puder/quiser observar a organizacao e os nomes das unidades de cavalaria do EB, ira percerber como ainda somos influenciados por estas missoes, apesar dos americanos.
E por estas e outras que o EE-T1, Tamoyo e o M-41 sao classificados como cc ( "tanques" ) e os veiculos restantes de Veiculos blindados.
Caso queira saber mais sobre a historia da cavalaria brasileira, uma boa opcao e uma reportagem do prof. Expeditos Bastos na DEFESANET, na qual ele refaz um poco desta historia desde o seu inicio ate os dias de hoje.
Ha sim, antes que eu me esqueca, o miliko e cavalariano, se alguem conseguir achar o homem, ele poderia dar maiores e melhores info do que eu; o proprio site do EB tambem e uma outra boa opcao.

Abracos




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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#6 Mensagem por miliko » Seg Set 08, 2003 2:16 pm

3 BLINDADOS
3.1 Origens
O combate em vantagem de posição, isto é, uma forma de lutar em que se tenha superioridade em relação ao inimigo, sempre foi idéia fixa dos exércitos, desde que a primeira batalha foi travada. Tal vantagem era obtida utilizando-se plataformas empurradas, montando-se em elefantes ou, como se consagrou posteriormente, montando-se cavalos.
O aparecimento das armas de fogo e a sua utilização em massa vieram a inabilitar o uso do cavalo para o combate, fato decisoriamente comprovado ao rugir das primeiras metralhadoras. Nisso já estamos nos estertores do século XIX, e parecia que a técnica de combate em vantagem de posição estava fadada ao ostracismo.

3.2 Surgimento dos blindados
As causas que levaram ao deflagrar da I Guerra Mundial (I GM), em 1914, envolveram, como seu efeito, uma quantidade de meios, gastos, efetivos e quantidades de nações empenhadas nunca anteriormente registrados. Sua principal característica como conflito foi a quase impossibilidade da ofensiva, o que se convencionou chamar de guerra de posição.
Em 1916 o combate havia chegado a um impasse que nenhum dos contendores havia podido imaginar. A idéia da época era de que o poder de fogo da artilharia definiria o combate, tendo sido desenvolvidos inúmeros modelos e enormes calibres de canhões e obuses, que só serviam para revolver o campo de batalha em que a infantaria chapinhava (a famosa “terra de ninguém”). As tropas se entrincheiravam ao longo de quilômetros sem um avanço decisivo. Os ataques eram rechaçados pelas metralhadoras, e o crescente número de baixas agia como fator desestimulador do moral dos combatentes. Foi quando em 1916, em 15 de setembro Batalha de SOMME, os ingleses resolveram utilizar uma arma, em caráter experimental, que já vinha sendo desenvolvida a algum tempo mas que encontrava forte
resistência perante os militares mais conservadores.
Os “tanks” (esse nome derivava do fato de que toda a documentação referente a nova arma tratava-a como se fosse um tanque para água) foram utilizados em quantidade reduzida e numa área limitada, para que pudessem ser avaliados os resultados. Apesar da debandada de diversos alemães perante a nova arma que resistia ao fogo das Mtr e passava sobre a terra de ninguém, uma boa parte dos 50 Bld utilizados não chegou ao objetivo por panes mecânicas ou por ter atolado. Naquele dia, alguns viram nisso um motivo para se abandonar o projeto, enquanto que outros, mais visionários, viram naquele momento o surgimento de uma importante arma para o combate moderno, capaz de retomar o combate em vantagem de posição da velha cavalaria. Aqueles de visão mais curta pagariam sua falta de previsão logo nos primeiros anos da II GM, quando os alemães surpreenderiam o mundo com sua guerra de movimento apoiada por uma massa de blindados (a “blitzkrieg”), varrendo um a um os inimigos. A I GM não foi vencida pelos Bld, mas testemunhou o seu nascimento como arma de combate.

3.3 Segunda Guerra Mundial
Apostando na nova arma, o exército alemão investiu não só na sua fabricação, mas também no estudo de como melhor emprega-la taticamente, o que lhe rendeu rápidas vitórias sobre aqueles que não souberam aproveitar os ensinamentos colhidos e quebrar seus paradigmas. As famosas Divisões Panzer procuravam concentrar massa e fogos num ponto fraco do inimigo previamente selecionado. Após intenso bombardeio aéreo e grandes preparações de artilharia, uma massa de Bld se concentrava no ponto fraco e rompia a defesa em ataques pelos flancos e retaguarda. Essa era a Blitzkrieg. Os aliados demoraram a aprender a repelir esses ataques, e começaram a rechaçar os alemães apoiados em sua sólida base industrial que permitiu a produção contínua e ininterrupta de enormes quantidades de Bld que sufocaram o já desgastado esforço de guerra alemão e seu arrasado parque industrial.

3.4 A Guerra Fria e a Guerra do Golfo
Uma nova era se sucedeu ao apogeu da II GM. Não foi um período de paz, mas de uma nova forma de guerra, em disputa de interesses regionais, com as nações do mundo procurando o alinhamento com uma das duas grandes nações que emergiram do último grande conflito, a URSS ou os EUA. O mundo vivia a tensão nuclear, mas os conflitos continuaram a ser decididos pelos meios convencionais, sobressaltando-se os Bld. Nas areias do Oriente Médio ocorreram grandes desenvolvimentos técnico e táticos, vindos na esteira de um sem número de conflitos regionais de natureza político-religiosa que até hoje assolam essa região.
Os maiores avanços na área dos Bld não foram de natureza tática, mas sim tecnológica. Os canhões se sofisticaram e se tornaram mais letais e precisos, a noite deixava de ser um empecilho ao combate, graças à aparelhagem de visão noturna, blindagens novas eram desenvolvidas e os parques industriais russos e americanos se esforçavam por suprirem seus exércitos e de nações amigas com equipamentos cada vez mais sofisticados. A tecnologia se tornava cada vez mais o fator decisivo da guerra.
Durante a Guerra do Golfo o mundo teve diariamente nas telas de tv a demonstração de quão sofisticada a guerra poderia se tornar. A computadorização nos equipamentos de combate chega a níveis nunca dantes alcançados, e nos Bld isso reflete em segurança para a tripulação, tiro mais preciso e letal e redução no número de baixas. Isso se conseguiu com sofisticados equipamentos manejados por tropas extremamente bem adestradas, mostrando que os Bld são definitivamente uma arma decisiva no campo de batalha moderno em qualquer parte do mundo.

3.5 Blindados no Brasil
Durante a década de 20, ainda eram poucos os exércitos do mundo a possuírem Bld. O desempenho dessa arma futurista não impressionou a maioria conservadora dos militares de sua época, e somente homens de visão futurista compreenderam os ensinamentos que essa arma traria para o futuro das operações bélicas.
O Brasil foi o país pioneiro na América Latina no emprego de blindados, devendo esse pioneirismo ser atribuído ao espírito empreendedor do Cap José Pessoa. Esse oficial lutou na I GM numa missão militar francesa, no 503o Regimento de Carros de Combate, tropa Bld, e publicou o livro ”Os tanks na guerra européia”, relatando suas experiências. Ele foi o responsável pela criação da pioneira Companhia de Carros de Assalto (1921-1932), que utilizava CC Renault franceses. Mas essa SU teve vida curta, sendo que quando o Cap José Pessoa deixou seu comando suas atividades foram diminuindo até sua extinção em 1932.








FIGURA 1 – CC RenaultFONTE – GAMA, Marcus Vinicius de Andrade. Evolução histórica dos Bld. Disponível na Internet. http://www.geocities.com/Pentagon/1677





Após uma lacuna de praticamente 6 anos, em 1938 o Brasil adquire da Itália 23 CC Fiat ANSALDO que viriam a mobiliar a segunda Unidade Bld brasileira, o Esquadrão de Auto-Metralhadoras.





FIGURA 2 – CC FIAT ANSALDOFONTE – GAMA, Marcus Vinicius de Andrade. Evolução histórica dos Bld. Disponível na Internet. http://www.geocities.com/Pentagon/1677










O Esqd de auto metralhadoras, comandado pelo Cap Cav Carlos de F. De Paiva Chaves, foi transformado em Subunidade – Escola de Moto-Mecanização, passando a integrar o Centro de Instrução de Motorização e Mecanização (CIMM), que deveria servir de núcleo para a formação e adestramento das tropas Bld brasileiras.Em junho de 1942 o CIMM foi transformado em Escola de Moto-Mecanização (ESMM), Na época, com o alinhamento do Brasil com os aliados, recebeu a responsabilidade de a curto prazo formar profissionais aptos a operar e manutenir os novos Bld recebidos, como o meia-lagarta,o M-8, o Lee, o Grant e o Sherman.
Com o envio de tropas para o teatro de operações europeu na II GM, a Divisão de Infantaria Expedicionária contava com a criação, em 1943, do Primeiro Esqd de Reconhecimento, constituído de carros M-8 norte-americanos e organizada de acordo com as unidades americanas de reconhecimento da época
Em 1960, com a transformação da EsMM em Escola de Material Bélico (EsMB), o ensino tático foi retirado do currículo, tornando-se uma escola de ensino técnico. Este fato gerou uma lacuna, pois nenhum estabelecimento de ensino absorveu a memória adquirida, tendo sido o ensino tático de Bld dividido e ministrado pelas escolas de formação, aperfeiçoamento e pelas unidades de tropa.
Após a II GM destacamos a compra , nos anos 60, dos CC M41, da qual participou da comissão de estudos o Cap Cav Hildo Vieira Prado, dos M113, e suas modernizações pela Bernardini. Também houve o desenvolvimento da família de blindados da ENGESA,da qual somente se concretizaram as Vtr URUTU e CASCAVEL, e cuja primeira OM a receber dotação completa foi o Primeiro R C Mec, em Itaqui-RS.





FIGURA 3 – VBR CASCAVELFONTE - AUTOR FIGURA 4 – VBC M41FONTE - AUTOR




A ENGESA também participou do desenvolvimento da VBC (Vtr Bld de Combate) OSÓRIO, que sucumbiu a pressões externas. Também houve o desenvolvimento por engenheiros militares da VBTP CUTIA, e das VBTP CHARRUA e VBC TAMOYO, da Bernardini, sendo que esta última perdeu uma concorrência internacional para o TAM argentino, e nenhuma delas passou do projeto. Desse modo transcorreram os anos do pós-guerra, até que atendendo a necessidade de modernização foram comprados os CC Leopard e M60, gerando verdadeira ebulição em torno do assunto “blindados”,com o envio de oficiais ao exterior e criação de novas unidades.
Em 11 de outubro de 1996,pela portaria ministerial Nr 658, foi criado o Centro de Instrução de Blindados General Walter Pires,de cujas diretrizes de implantação depreende-se que seria um estabelecimento de ensino, instrução e adestramento para tropas Bld e Mec, com ênfase para a formação das guarnições das novas Vtr VBV M60 A3 TTS e Leopard, o adestramento de oficiais no comando de FT nível SU e o adestramento de Of e Sgt de guarnições e pelotões blindados e mecanizados.
Hoje em dia o centro é considerado verdadeiro vetor de modernidade, contribuindo para a difusão da doutrina, emprego, instrução e do adestramento dos Bld no Exército Brasileiro.

3.6 Atualidades e perspectivas para o futuro
Dentro da visão holística atual de um campo de batalha multidimensional, que se enquadre numa guerra de movimento de evoluções e desenlaces de grande velocidade, nenhum país que queira ter uma força apta para sua defesa e que tenha poder de dissuasão pode se abster de possuir Bld modernos. As tropas, para se tornarem aptas a combater nesse ambiente diversificado, precisam procurar níveis de capacitação que a habilitem a atuar em qualquer situação passível ou possível de acontecer. Para isso, há a necessidade de que possuam Bld com as seguintes características:
- sistema de estabilização de tiro
- sistemas de visão noturna e termal
- possibilidades de navegação anfíbia e transposição de vaus
- blindagens ativas e eficientes contra o uso de munições atuais
- possibilidades de defesa QBN
- possibilidades de utilização de Vtr de apoio nos mesmos chassis como PC, Vtr Mrt, lançadoras de pontes, dozzers, etc.
Como perspectivas para o futuro temos, a médio prazo, no Brasil, a aquisição da nova família de Bld sobre rodas em desenvolvimento pela Secretaria de Ciência e tecnologia (SCT), o domínio das táticas, técnicas e procedimentos que envolvam os novos CC Leopard e M60 , a aquisição de Vtr de apoio sobre lagartas para esses CC (lançadores de pontes, ,etc), e principalmente a incrementação da instrução de Bld com o aumento da utilização da simulação de diversos tipos com MAI.

FIGURA 5 – CC LEOPARD
FONTE - AUTOR

3.7 Nova família de blindados sobre rodas
Seguindo o plano básico de ciência e tecnologia, o levantamento das necessidades e formulação conceitual dos MEM (Materiais de Emprego Militar), baseado nas listas de necessidades produzidas pela diretoria gestora, foi notada a necessidade de substituição do material blindado sobre rodas atualmente em uso.Isso é feito tendo por base, quantitativa e conceitualmente, o material procurado, através de Condicionantes Doutrinárias e Operacionais (CONDOP), verificadas as necessidades operacionais futuras, o planejamento estratégico de emprego da Força Terrestre, os Quadros de Dotação de Material (QDM) e a previsão tecnológica. Essas necessidades são fixadas em termos operacionais e quantitativos, sendo cada MEM definido conceitualmente por Requisitos Operacionais Básicos (ROB), Requisitos Técnicos Básicos (RTB), Anteprojeto e Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica (EVTE), que juntos formam os chamados elementos de definição do material.
Essa substituição deve-se à falência da firma produtora do material atualmente em uso, a ENGESA, que fornecia os Bld URUTU e CASCAVEL. Isso interrompeu o fluxo de suprimento e impossibilitou a opção de modernizações. A Secretaria de Ciência e Tecnologia (SCT) procurou então, desenvolver através do CTEx (Centro Tecnológico do Exército) uma família de Bld que atenda aos requisitos de possuir uma subfamília leve e uma média, montadas sobre uma plataforma básica que traga vantagens logísticas em manutenção, treinamento e custo.
O projeto parte da premissa de possuir grande mobilidade e permitir a utilização de variados sistemas de armas embarcados.O preço dessas Vtr é de 300.000 dólares por Vtr leve e de 1,5 milhão por Vtr média,e a necessidade levantada pelo EME é de 1200 exemplares de cada modelo para completar a dotação das Unidades.
A previsão de entrega dessas Vtr era para 2010, mas em palestra da SCT foi informado um atraso por problemas conjunturais que retardará esta data .
Há a necessidade da garantia da aquisição da quantidade de Vtr exposta anteriormente para que se viabilize a produção, evitando que ocorra com esse projeto o mesmo que a outros ( Vtr da ENGESA, Vtr CUTIA, TAMOYO, CHARRUA, etc).
A utilização de habilidades gerenciais como o estudo do ciclo de vida dos MEM, descrito na IG 20-12, aliados ao estudo dos erros do passado nos permitem uma boa perspectiva para essa nova família de Bld, atendendo todos os requisitos necessários e às expectativas da tropa. Outro detalhe importante é a necessidade de ,dentro dos modelos elaborados, a presença de alguns simuladores, como uma Viatura Bld Escola (VBE), que seriam utilizados como MAI para a formação e adestramento dos motoristas, a exemplo do que ocorre com os CC Leopard, a fim de evitar o desgaste das Vtr em uso através da simulação.




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Nova Famlília Bld nacional

#7 Mensagem por FCarvalho » Seg Set 08, 2003 7:24 pm

Olá amigo miliko, ótima sua explicação sobre o assunto.
Mas aproveitando a oportunidade, já que se falou na nova família de blds do EB, gostaria de expor uma dúvida.
O EB emitirá requesitos para uma viatura leve e outra média, como dito por você; no entando pelo que já foi disposto pela imprensa especializada, a maioria dos pré-candidatos, no caso das viaturas leves, digamos "ultrapassa" os limites operacionais dos referidos requesitos para uma viatura leve; e o que me parece mais estranho, é que existem diversas "categorias" de viaturas candidatando-se ao mesmo, o que só pra citar um exemplo nacional, seria o Guará da Avibrás, com 8 t carregado, o VBL da Imbrafilm, com pouco mais de 3,5 t de peso e o COMMANDO M4, na categoria do Hummvee americano. Ou seja parece estar havendo um salada mista de ofertas, ou falta de clareza dos requisitos por parte do EB, o que não acredito. Então seria o caso de estarmos substituindo os jipes, enquanto viaturas nâo especializadas e como reconhimento nos Rec, certo? Mas se a idéia é esta, então porque um único requesito para funçôes diferentes? Como pode uma viatura blda de 8 t concorrer com outra viatura de 1/4 ou 1/2 t na mesma concorrência? Dá pra expicar a lógica disto? #-o
Há sim uma última informação, caso você se interesse, a última edição da revista Tecnologia e Defesa está com uma reportagem com o T-84, o qual possui uma versão de exportação chamada OPLOT, armada com canhão 120mm, e pretenções já divulgadas na LAD de tranferência de tecnologia e produção local. A mecânica e os sistemas embarcados me chamaram a atenção; creio que valha a pena dar uma olhada, pois seria uma opção interessante, financeira inclusive, à compra de veículos usados alemâes, ou mesmo de reequipamento do EE-T1 Osório.

Saudações fraternas e abraços. :mrgreen:




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#8 Mensagem por miliko » Sáb Set 13, 2003 2:56 am

Prezado companheiro,
Sim, a intenção e substituir os jeeps como vtr de rec, atualmente a previsao e de viaturas bld leves.
existem diferencas entre requisitos tecnicos e operacionais, por exemplo, requisitos tecnicos seriam potencia do motor, tipo de combustivel,capacidade de carga, peso, etc, e os operacionais seriam tipo de blindagem, plataforma de armas variavel, etc.
Existe uma confusao qto a classificação de Vtr em relação ao peso. 1-4( desculpe, meu teclado ta desconfigurado..rs) ton seria a capacidade de carga da vtr, e nao o peso. Assim, um jipe e uma vtr 1-4 ton pq pode levar 250kg de carga, e nao que esse seja o seu peso.
Agora, acredito que os requisitos qto ao peso sejam um pouco flexiveis, ate pq essa seria uma classe de vtr, podendo ser tanto a vtr de um grupo de exploradores de um pel CMEc qto a Vtr do Cmt do Rgt, ou uma vtr PC, transporte de radar terrestre, de misseis AC, etc..
Creio ser por isso que haja uma certa flexibilidade nesse aspecto, espero ter conseguido explicar.
Abracos.




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+ NFBR

#9 Mensagem por FCarvalho » Seg Set 15, 2003 6:34 pm

Ola Miliko, vamos para mais um a duvida: dentro deste programa do EB para a NFBR estaria contemplada uma VBCI - VIATURA DE COMBATE DE INFANTARIA, para acompanhamento dos CC's; se positivo esta nova viatura seria sobre rodas, 8x8 e/ou 10x10, ou preferencialmente sobre esteiras? Quais versoes seriam desejaveis a ser obtidas?

Grato.

Abracos.




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#10 Mensagem por miliko » Sex Set 19, 2003 9:50 am

prezado FCarvalho
Colidimos dois assuntos distintos em sua pergunta, a nova faniliade bld sobre rodas e a mecanização da infantaria
Creio nao serem previstas viaturas especificas para a infantaria, e sim viaturas blindadas de transporete de pessoal, similares aos urutu, so nao sei dizer se 6x6, 8x8, etc.
A ideia da mecanização da infantaria seria a de acabar com os Btl Mtz, conceito ultrapassado, e torna-las mecanizadas , com VBTP sobre rodas. Como a preocupação da NFBSR e SR, nao ha previsao de veiculos sobre lagartas.
Devido a necessidade premente de reequipar as OM de Cav Mec, a mecanização da infantaria so se daria posteriormente ao reequipamento das Om Cav.




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#11 Mensagem por Clermont » Sex Set 19, 2003 8:35 pm

Salve gente,

Gostaria de discutir algumas coisas (claro, de um ponto de vista de um exercício puramente teórico e paisano. Assim, solicita-se que os profissionais da caserna não peçam concentrações de morteiro contra esse vosso criado...)

Primeiro, partindo de um pressuposto de que o Exército fosse dotado de verbas adequadas (embora, nem tenha idéia de qual tamanho tais verbas precisariam ter para serem adequadas...) será mesmo sensata a idéia de se mecanizar a infantaria motorizada com viaturas blindadas sobre rodas? Isso deve custar muito, dado o grande número de batalhões existentes. Quantos deles poderiam, sensatamente, esperar serem transformados? E como nossas mais prementes necessidades se encontram nas fronteiras selváticas do extremo norte, poderia se perguntar se tal dispêndio não seria mais bem utilizado em equipamentos para se lutar lá. Tipo helicópteros de transporte; mais instalações para tropas nos pontos críticos (quem sabe, uma brigada inteira de infantaria em Tabatinga, além da que estaria planejada para ser instalada em Uaupés?).

Segundo, os atuais batalhões de infantaria motorizada, sem os seus caminhões (aliás, aí vai uma pergunta: no Exército brasileiro, quem controla os caminhões de transporte? O comando do batalhão ou o da brigada?) são formações de infantaria convencional. Capazes de participar de desembarque helitransportado/aerotransportado; lutar na selva ou nos planaltos escarpados. E, acima de tudo, lutar dentro das cidades. Como caminhões não são assim tão dispendiosos, podem ser mantidos à retaguarda enquanto a infantaria combate à pé. Mas viaturas blindadas são muito mais caras. E sendo elas, incapazes de lutar nessas situações acima citadas (ou com sérias desvantagens, no caso das cidades), me parece um desperdício mantê-las à distância, inúteis, enquanto os infantes sangram. Em outras palavras, brigadas totalmente mecanizadas podem ter uma versatilidade limitada em comparação com as atuais brigadas de infantaria motorizada.

Terceiro, se for preciso o uso de viaturas blindadas, em terreno adequado, então talvez fosse mais interessante utilizar formações totalmente blindadas sobre lagartas. Lembro-me que o Sgt Guerra havia comentado de que o Exército tinha a intenção de reformar a composição dos regimentos de carros de combate e dos batalhões de infantaria blindada, para os transformar em unidades mistas. Iguais aos atuais regimentos de cavalaria blindada, uma formação muitíssimo interessante, que poderia se tornar o padrão das forças blindadas brasileiras. Talvez esse fosse o caminho: uma reorganização das brigadas blindadas. Aí vai uma idéia que irá irritar todos os oficiais de infantaria do Brasil: por quê não se coloca logo todas as viaturas blindadas (tanques ou VBTP) somente sobre o controle da Cavalaria? Assim, não teríamos mais “batalhões de infantaria blindada” (Infantaria) mas sim, um hipotético “regimento de fuzileiros blindados” (Cavalaria) para atuar em conjunto com os RCC. Ou então, somente RCBs, se tanques e fuzileiros blindados fossem combinados sob comando de regimento/batalhão. Pô, mas e a Infantaria como é que fica? Ora, ela já tem seus batalhões de selva, de montanha, de pára-quedistas e o grosso do Exército, os batalhões de infantaria à pé e motorizada. Pra quê precisa também de VBTP? Outra questão: se a infantaria motorizada for colocada dentro de VBTP ela será obrigada a permanecer com seus grupos de combate congelados nos atuais nove fuzileiros (ou até, menos, dependendo do tipo de viatura a ser adquirido). Mas, hoje em dia, poderia ser interessante pensar em retroceder a organização dos atuais GC para o padrão da Segunda Guerra: uns 12 homens. De forma semelhante ao atual GC dos Fuzileiros Navais brasileiros. As formações de Infantaria à pé e motorizada do Exército poderiam ser as candidatas naturais a sofrer tal alteração.

Quarto, entramos na discussão que tem atormentado o Exército dos Estados Unidos: será válida a formação de grandes unidades baseadas em viaturas blindadas de transporte de pessoal sobre rodas e não sobre lagartas? Será interessante a formação de todo um batalhão de infantaria sobre VBTP sobre rodas? Principalmente, no Brasil, que não tem assim tantas hipóteses plausíveis de participar de grandes ações blindadas? Isso parece muito a discussão sobre as virtudes do calibre 7,62 versus 5,56. Mas tem gente boa de ambos os lados desta trincheira. Levando-se em conta, os parcos recursos do Brasil para a área de defesa, podemos pensar que não temos a mesma possibilidade de cometer erros, que os ricos americanos tem.

À propósito: sobre esse último ponto poderemos ter uma resposta, daqui há uns dois meses. Pois esse é o prazo esperado para que uma brigada de infantaria mecanizada americana, constituída inteirinha de LAV III “Stryker” (uma VBTP sobre rodas, 8x8) irá ser desdobrada no Iraque. Veremos como irá se sair contra os guerrilheiros iraquianos. Essa mesma viatura, dizem as más línguas, fracassou nas selvas do Timor Leste, sob as cores do Exército australiano...




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Infantaria Mecanizada

#12 Mensagem por FCarvalho » Sex Set 19, 2003 9:22 pm

Ola amigo Clermont.
Com relação as suas questões colaboro com minha opinião.
O EB possui na atualidade, organizacionalmente falando, 20 brigadas de infantaria mtz, o que nos da em teoria cerca de 60 btls de Inf.
Bem, as demais formações que voce citou estão espalhadas em sua maioria pelo norte e centro-oeste do pais. Mas vejamos.
1. A mecanização da inf. não me parece um alternativa da qual possamos dispor, apesar de seu custo, em virtude do que julgo vital num TO extenso como o nosso, quer sejam a mobilidade e poder de fogo. Excluindo-se um hipotetico conflito por aqui na amazonia, nossas formações de infantaria, no futuro a medio e longo prazo, entrariam num embate onde a fluidez dos movimentos da tropas seria vital para nos, principalmente pela escassez de nossos recursos, sendo pois necessario portanto que nossas formações de combate tenham que obrigatoriamente ser reforçadas ao maximo possivel, a fim de capacita-las melhor a sobrevivencia no combate contra tambemum provalvem inimigo bastante movel.
2. No nivel de conflito a que estariamos expostos,a ideia de lutar em lugares ermos e fechados, como cidades e seu entorno, não esta contemplada nos manuais operativos nem nos planos do EB, tendo em vista o fato de melhor nos aproveitarmos de nossa geografia para enfrentar, em campo, um possivel inimigo. Para tanto temos as tropas especificamente addestradas para tanto, cada uma em sua area. No caso da inf. Mec. sua atuação tem de ser prioritariamente em campo a fim de potencializar suas qualidades, e ate mesmo porque, uma luta urbana seria extremamente desvantajosa para ambos os lados,tanto materialmente como humanamente. Cabe-nos aproveitar nossas topografias para enfrentar um possivel inimigo, e caso este chegue a algum importante centro urbano, é porque já falhamos anteriomente em rete-lo em campo.
3. Sera valido na medida em que os requesitos operacionais e circuntanciais ( economia e politica ) o fizerem adaptavel a nossa realidade e ao nossos varios TO. Creio que se olharmos bem, tanto nossa realidade geografica, quanto politica e operacional, nos proporcionam um variado leque de respostas as diversas questões que nos aparecerem, e antes demais nada é necessario que tenhamos em mente que o EB tem de sobreviver como um todo enquanto instituição organizacional em campo, e a mobilidade e poder de fogo, penso, em nosso caso, serão essenciais, e as VBCI e VBTP sobre rodas nos proporcionariam isto com maior desenvoltura, economia e fluidez.

Abraços.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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#13 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Set 19, 2003 10:02 pm

A mesma coisa que falei no forum da aeronáutica, primero você vê a missão depois prjeta o veículo (ou monta a estratégia), a infantaria ainda é vital porque apenas 3% da superfície terrestre pode ser acessado por carros sobre rodas, mas 80% podem ser acessados por um par de pernas, os terrenos de combates no Brasil são basicamente campos, caatinga, florestas, montanhas e cidades, nos campos não tem muito segredo, blindagem pesada e muito poder de fogo, nesse território o apoio aéreo pode decidir um guerra, na caatinga os tanques podem se mover sem problemas porque as árvores são facilmente derrubadas, mas por outro lado a infantaria pode se esconder entre os arbustos e causar serios danos às unidades blindadas, alem de ser quase imune ao aviões que não podem vê-los, nas florestas não tem jeito, carro nenhum entra e as folhagens protengem os infantes de qualquer coisa que vôe, mas helicópteros são muito úteis transportando rapidamente muitas tropas o que ainda deixa uma vaga para os aviões, nas montanhas é infantaria, veículos sobre rodas não entram helicópteros tem dificuldade para subir a essas altitudes e aviões não conseguem mirar infantes com precisão, nas cidades veículos sobre rodas podem entrar, mas são alvos para helicópteros e aviões, os infantes se escondem nas construções e se protegem do fogo de helicópteros e em parte dos blindados. Bem esses foram os cenários agora as soluções (na minha modesta opinião), para o campo não adianta muito a mobilidade, deveriam ser adquiridos tanques pesados e aviões para lutar ai, os tanques com um canhão anti-tanque como arma principal, um canhão automático como arma anti-aérea/anti-carro (isso funciona assim, imagine um caça-tanques com uma blindagem fraca apenas para se defender de munição de fuzil e um canhão poderoso para destruir tanques, mas muito agil o que lhe da certa vantagem em relação ao tanque apesar de ser um veículo mais barato, mas se o tanque tiver um canhão automático essa vantagem some porque é MUITO mais facil acertar um alvo com uma arma automática do que com uma arma de repetição) e uma metralhadora giratória anti-pessoal/anti-missel, os aviões seriam caças para defender os tanques de ameaças aéreas e alguns aviões de ataque para destruir tanques inimigos, na caatinga os mesmos tanques e aviões do campo mas a inclusão de infantes com armas anti-tanque (Helicópteros seriam muito vulneráveis aos canhões automaticos e metralhadoras giratórias dos meus tanques 8) ), nas florestas caças, para garantir o domínio sobre o espaço aéreo, helicópteros para o transporte de infantes e infantes (lógico), nas montanhas infantes, nas cidades um novo tipo de veículo, carros de assaulto, carros pesados com blindagem suficiente para evitar quase que completamente a infantaria (é impossivel 100%) e muitas metralhadoras para "caçar" infantes dentro de prédios e, é claro, um canhão anti-tanque (ou seja um verdadeiro crusador sobre esteiras), aviões para eliminar os tanques inimigos e garantir o domínio aério e infantes para vasculhar os prédios e eliminar surpresas desagradaveis. Sobre a infantaria tenho um pouco mais a comentar, os soldados deviam estar mais bem equipados, nem que seja com um exoesqueleto que nem nos filmes de ficção, mas que sejam capazes de enfrentar outros adversário com uma grande vantagem.




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#14 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Set 19, 2003 10:13 pm

Ja ia esquecendo a importante artilharia, para os infantes morteiros, para os blindados lançadores de foguetes tipo astros III para longas distancias e http://www.metalstorm.com para curtas distancias.




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#15 Mensagem por Clermont » Sex Set 19, 2003 11:09 pm

Salve, FCarvalho.

Fcarvalho escreveu: A mecanização da inf. não me parece um alternativa da qual possamos dispor


Infelizmente, as restrições de ordem financeira podem se mostrar um adversário mais duro de dobrar do que uma guerrilha vietcong.


Fcarvalho escreveu: sendo pois necessario portanto que nossas formações de combate tenham que obrigatoriamente ser reforçadas ao maximo possivel


Concordo. Seria muito bom que se encontrasse um modo de se reforçar as brigadas de infantaria motorizada. Uma delas seria dotá-las de elementos blindados leves sobre lagartas, aerotransportáveis (no estilo dos Fuzileiros Navais brasileiros, com alguma espécie de tanque leve e com VBTP da classe das últimas versões do M-113). Mas não de convertê-las, no todo, em formações pesadas. Quanto as brigadas blindadas (que sempre irãos ser bem poucas, em qualquer hipótese plausível), além dos tanques “Leopard” poderiam conter algum tipo de viatura blindada de combate de infantaria. Talvez, algumas VBCI “Marder” de segunda mão.

Fcarvalho escreveu: 2. No nivel de conflito a que estariamos expostos, a ideia de lutar em lugares ermos e fechados, como cidades e seu entorno, não esta contemplada nos manuais operativos nem nos planos do EB, tendo em vista o fato de melhor nos aproveitarmos de nossa geografia para enfrentar, em campo, um possivel inimigo.


Bem, isso pode ser um problema, pois lutar em campo aberto costuma ser a tática favorita de determinadas nações extremamente bem providas de equipamento. Principalmente, meios áereos. E, de qualquer forma, permanece o problema: se um hipotético conflito se iniciar em algum lugar ermo e fechado (como as fronteiras do extremo-norte), poderemos ter problemas com o emprego de formações totalmente mecanizadas.

Fcarvalho escreveu: Creio que se olharmos bem, tanto nossa realidade geografica, quanto politica e operacional, nos proporcionam um variado leque de respostas as diversas questões que nos aparecerem


Realmente, é um leque variável de hipóteses. Mas a escassez de recursos sempre irá impor que o Governo do Brasil tenha de escolher, quais serão as mais prováveis de ocorrerem. E tal escolha de hipóteses permitirá economizar meios preciosos das Forças Armadas, para enfrentá-las. Já li em algum lugar que, quem tudo quer defender, acaba por não defender nada.




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