Aviação do Exército

[FCarvalho]

Por mais que o pessoal da Avex ame de paixão o Black Hawk, eu tenho cá minhas reservas quanto à real disposição dos norte americanos em nos vender qualquer número que quisermos deles, dado que o Brasil tem um histórico de não alinhamento automático em relação aos interesses do governo de plantão por lá desde há muito tempo.

Não consigo enxergar no futuro as ffaa's operando dezenas de BH e SH como muitos na caserna quereriam, haja vista os norte americanos cobrarem caro(politicamente falando) pela disposição de seus bens materiais militares com limites mais largos. Algo que nunca foi, e não é, comum em relação à América do Sul.

Assim, a meu ver, mesmo que o EB quisesse dispor aqui de tantos quantos fossem destes helos para suprir suas necessidades, não vejo como os generais da Avex conseguirem tal feito, tendo em vista o tamanho das demandas que temos na região norte, que ultrapassam, e muito, o que até agora tem-se disposto ao longo dos anos.

Em termos concretos, como já disse várias vezes, os 7 comandos de fronteira precisam de helos permanentemente onde estão fixados, e não distantes de si, sendo apenas ocasionalmente apoiados quando e se tem números disponíveis nas duas únicas OM na região. Olhando por baixo, com apenas 4 helos, ou uma esquadrilha, seriam necessários 28 unidades do tipo escolhido. Quando foi mesmo que os norte americanos nos deram tais números de BH com o(s) governo(s) aqui fazendo marra vez em quando, e sempre que a oportunidade existe, aos interesses do tio Sam

[Pablo Maica]

Esses Javelins estão custando o quádruplo dos LR2, mas enfim, gastar dinheiro errado é aqui mesmo.

É o EB CFNinzando.


Um abraço e t+

[prp]

O Brasil também negocia a venda de munições aos americanos https://veja.abril.com.br/coluna/radar/ ... black-hawk

[Fábio Machado]

O MSS 1.2 ainda é basicamente um protótipo e não temos sequer para reposição do que for usado em treinamento em Roraima. E uma linha de produção na SIATT vai levar dois anos para ser montada e tornar-se efetiva.
Os Spike LR 2 até o presente momento não se teve notícias sobre os desdobramentos desta compra. Ou seja, não se sabe nem que sim, e nem que não sobra a vinda deles. E são apenas 10 postos de lançamento, salvo engano. Não dá para muita coisa.
Os Javelin estão disponíveis para aquisição e só esperando bater o martelo. Os norte americanos nos entregam rapidinho se for o caso, visto a hipótese do EB se virar para outros fornecedores.
Bom, isto tudo nada mais é que o nosso modo próprio de fazer defesa, ou seja, empurrando com a barriga e tentando salvar o dia com compras de oportunidade e invariavelmente pontuais.
Viva-se com isso.
E vinte BH, o autor do texto deve ter bebido alguma coisa estranha.

Dois erros ai: os Spikes irão começar a ser entregues esse anos e os Javelins não virão, de forma alguma, de estoques, serão produzidos e até o novo lote destinado a US Army para repor o que foi enviado para a Ucrânia foi entregue ainda, imagine achar que eles irão enviar Javelins para nós, de estoque.

Lembrando, é suposta compra via FMS, não EDA e até EDA demora mais que um ano. Congresso do EUA não irá aprovar, de forma alguma, venda dos estoques da US Army e USMC para nós, além disso estaremos na última fila de prioridades.

Com a grana desses Javelins, dá pra adquirir 40 CLUs e 500 mísseis da linha Spike LR2, com grana sobrando pra treinamento e CLS, puta argumento para um acordo de produção nacional. Teríamos duas empresas no Brasil, fabricando mísseis anticarro de diferentes características.

Não sei exatamente quanto custa um javelin, mas gente, pelo amor de Deus, é um puta missil, é um dos melhores em sua categoria, se não for o melhor. Se amanhã o EB escolher o KF51, como quer o FC, eu não vou ficar reclamando do preço, vou dar cambalhotas de alegria. O centauro II mesmo é o mais caro entre o seus "pares".

[gabriel219]

Não sei exatamente quanto custa um javelin, mas gente, pelo amor de Deus, é um puta missil, é um dos melhores em sua categoria, se não for o melhor. Se amanhã o EB escolher o KF51, como quer o FC, eu não vou ficar reclamando do preço, vou dar cambalhotas de alegria. O centauro II mesmo é o mais caro entre o seus "pares".

Cada Spike LR2 custou USD 127 mil e o ICLU por USD 270 mil, onde opera também o ER2. Antes da Guerra, um Javelin custava USD 227 mil e um CLU a USD 310 mil, pelo contrato recente da US Army ele estaria em torno de USD 290 mil o míssil e o CLU algo em torno de USD 370 mil. Se nos basearmos em nosso contrato com o Spike, aumentando uns 15% de correção monetária, com USD 74 milhões nós podemos adquirir 414 mísseis Spike LR2 e 40 ICLUs, com sobra para treinamento e simuladores.

414 mísseis é um pedido grande o suficiente para negociar uma produção nacional e justificar uma linha aqui, com potenciais clientes sendo os já usuários do Spike na AL, como Chile, Peru, Equador e Colômbia, com estoques já antigos de Spike-MR e LR, que não produzem mais. Ainda provavelmente será o míssil vitorioso na concorrência para equipar os Fennec e o futuro VBCI, sem falar do também desejo do CFN para míssil anticarro.

Javelin não é o melhor da categoria nem de perto, o Spike possui propriedades muito superiores, especialmente pela capacidade LOAL/Man-in-the-Loop, pelo alcance e pelo ângulo de ataque, inclusive a versão LR2 vem com Jammer integrado para interferir em sistemas APS. Ainda existe o Akeron MP, MMP...

É uma compra sem noção, se for efetuada, não faz sentido lógico. Só seria justificado se Javelin estivessem aqui dentro de 2 meses, ai eu seria totalmente à favor, mas não é o que ocorre, pois não é via EDA mas sim FMS, seriam novos de fábrica.

[FCarvalho]

Como o assunto aqui é aviação do exército vou me ater a uma suposição. O exército está aproveitando uma oportunidade casual criada pelo bigode do caribe para tentar emplacar algumas compras que, de outra forma não teria como fazê-las em curto prazo.

No caso, os BH citados na matéria, e sem uma solução para armar os Fennec e Pantera K2 desde o lançamento do projeto há alguns anos atrás, repito, há alguns anos atrás, então esta compra dos helos norte americanos pode ser uma mão na roda, com o governo colaborando aquiescendo os recursos necessários, com o pacote podendo incluir os Hellfire que os norte americanos obviamente irã dispor, senão, condicionar a venda do modelo de helo que o EB requer a si. Natural, e esperado do comportamento comercial e político deles.

Assim, podemos esperar que o EB esteja interessado a priori em comprar, também, os Hellfire junto com os BH de forma a ter para si um conjunto negociado tudo junto dentro do mesmo pacote, e quem sabe assim conseguir preços e custos mais palatáveis a si. Além dos mísseis, e como cito na matéria, o exército também negocia munições, ou seja, aquelas relacionadas ao armamento que estes helos devem, supostamente, receber, como pod lança-foguetes, metralhadoras, e suas respectivas munições.

Quanto aos Javelin, eu duvido que este míssil esteja no pacote por um simples motivo. O MSS 1.2 vai precisar de verbas para novas compras, assim que a linha de produção estiver funcionando. E isto tem de ser feito agora enquanto se tem recursos para a aquisição. Entregar é outra coisa, e pode ser ajustada dentro do cronograma de ativos a receber do exército. Idem para os mísseis israelense. Ou vocês acham que os caras do EDGE vierem aqui para comprar metade da SIATT para produzir meia dúzia de mísseis e CLU para o EB e depois fechar a fábrica, ir embora e está tudo bem?

Obviamente que eles não vão parar no MSS 1.2, e muito menos irão insistir em manter o atual modelo em produção, que como se sabe, nem de longe está à altura do mais vetusto modelo à venda no mercado. Então, espere-se por muitas novidades nos próximos anos. Inclusive para os programas estratégicos, sobre os quais os árabes depositam seus objetivos mais imediatos em termos de negócios por aqui. E eles não costumam brincar e nem jogar dinheiro fora neste aspecto.

E a Avex faz parte dos programas estratégicos do EB. Porque deixar tudo nas mãos dos israelenses?

[FCarvalho]

Se tem uma coisa boa que as ffaa's podem fazer por si mesmas, é comprar o que precisam de fornecedores fora da Europa e USA. Variar os fornecedores, inclusive de países com os quais nunca tivemos negócios no setor de defesa, não apenas é um dado válido, como necessário, em um mundo cada vez mais polarizado entre duas vertentes que tentam amainar junto a si outros países junto a si.

E sejamos honestos, na hora do pau, o único lado que interessa estar é o nosso, e de mais ninguém. Mas para isso temos que ter aqui capacidade de afirmar e impor nossas próprias visões e interesses diante de pressões que virão mais para frente. Ficar esperando receber de bom grado alguma migalha que cair da mesa dos comensais do mundo definitivamente não é uma posição aceitável para nós. E quanto mais nós diversificarmos nossas relações, melhor.

A porra do muro de Berlin já caiu faz tempo, e a guerra fria junto com ele. Aceita que é melhor, e bola para frente. O mundo gira e a roda da história não espera ninguém se sentir melhor para poder acompanhá-la.

[Viktor Reznov]

Se o EB continuar comprando Blackhawks no ritmo atual, provavelmente um dia teremos aí quem sabe pelo menos uns 20 pra montarmos numa configuração desse tipo:

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ ... ssiles.jpg

Justamente com o Martlet. Na hora de comprar mísseis anti-tanque, esse é um tipo de situação que necessita jogarmos a comunalidade de partes e logística pra fora da janela, e comprarmos de diversos fornecedores diferentes em caso de embargo. E eu dou praticamente por certa o embargo a entrega dos mísseis Spike que o EB comprou.

[gabriel219]

A última coisa que eu faria é equipar esses helicópteros com mísseis anticarro com esse alcance. Pra esse tipo de aplicação, drones farão um trabalho melhor, com risco menor e a um custo menor.

[FCarvalho]

Mais um efeito colateral da rusga Venezuela x Guiana?

Segundo o Caiafa, reportando uma mensagem de um jornalista de defesa estrangeiro na internet, o EB estaria iniciando a busca de um Helo de ataque ainda este ano.

Se a informação se confirmar, pois depende da próxima reunião do alto comando do exército agora em março, é provável que haja a emissão de um RFI/RFQ a fim de selecionar um modelo.

No PEEx falavam em 36 unidades. Agora fala-se na compra de 12 unidades.

Vamos ver no que isso vai dar. Os concorrentes são os mesmos de sempre, já muito debatidos aqui. É esperar pra ver quem dá mais.

[Pablo Maica]

Eu sei onde o EB pode achar 12 helos de ataque, a pronta entrega, é só revisar...


Um abraço e t+

[gogogas]

Eu sei onde o EB pode achar 12 helos de ataque, a pronta entrega, é só revisar...


Um abraço e t+

Se for os AH-2 Sabre , ja viraram sucata

[Pablo Maica]

Eu sei que nem com reza braba esses helicópteros vão ser recolocados em serviço, por pura falta de vontade, mas pelo menos até novembro do ano passado estavam devidamente estocados, desmontados no PAMA-LS, com uma das células cedidas ao Musal. Inclusive havia uma comissão de russos que estavam querendo comprar os componentes dos nossos MI-35.


Um abraço e t+

[FCarvalho]

Eu não sei de onde que o EB vai tirar dinheiro para comprar helos de ataque, e muito menos os 20 BH que se diz estar negociando, pois o orçamento deste ano é menor do que antes. Então, fica a pergunta: o governo está jogando verde para colher maduro com os projetos do exército

De resto, os Sabre continuam estocados e guardados até ordem em contrário, pois a FAB esperava poder negociar eles por mais BH, e deu com a cara no chão, pois o governo não permite que os helos sejam negociados com os norte americanos, e nem com ninguém, que vincule estes helos com a guerra na Ucrânia. Politizaram os helos russos e ficaram chupando o dedo.

Bom, de minha parte espero e torço para que o EB compre como primeira opção o T-929 ATAK II turco, ou o AW-249 da Leonardo, por motivos óbvios, com vantagem para este último.

Tudo vai depender de como o governo espera pagar por todas essas compras do exército em 2024, pois não estamos falando só de helos de ataque, existem outros programas estratégicos, e outros não classificados assim, que estão cotados para resolução este ano.

A ver.

[gogogas]

Nada oficial ate o momento , mas esta lendo por ai que esta negociação do EB esta sendo envolvido a venda de munições 105 e 155 mm para o governo americano ,e como a mídia fala que so temos munição para 2 horas de guerra estão enganados . Nao duvido desta parte da munição abastecer algum aliado da otan ou ate mesmo a Ucrania .