Aviação do Exército

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Aviação do Exército

#5056 Mensagem por FCarvalho » Qua Fev 14, 2024 11:29 pm

Na torcida para que uma hipotética guerra na Guiana nos traga a oportunidade de conseguir os helos de ataque, pesado e manobra que a Avex tem necessidade em quantidade e qualidade urgente para cobrir o TO amazônico.
Para a nossa desgracença não tem outro jeito de lembrarem que isso aqui também é Flamengo 😎




Editado pela última vez por FCarvalho em Qua Fev 14, 2024 11:35 pm, em um total de 1 vez.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Aviação do Exército

#5057 Mensagem por FCarvalho » Qua Fev 14, 2024 11:35 pm

Falando nisso, por onde é que anda aqueles AH-1W que tinham sido defenestrados pelos marines a troco de goiaba?
Eram 32 ou 34 unidades salvo engano.
Dá para pelo menos quebrar o nosso galho até 2050 e alguma coisa.
Junto com os mais de cem BH sendo aposentados compulsoriamente, fariam uma dupla e tanto no TO da Venezuela/Guiana.
Alguém aí tem o telefone do mascate de pijama na embaixada dos primos ricos em Brasília?




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Re: Aviação do Exército

#5058 Mensagem por knigh7 » Qua Fev 14, 2024 11:40 pm

Sem um heli pesado, condenamos a deixar a brigada Aeromóvel, bem como a PQD, a utilizar viaturas leves, sem blindagem. Ficaríamos restritos aos M777 e a fila que vai ter para comprá-lo (e ele, aliás, era bem caro quando comercializado novo). O coreano KH179, por exemplo, é um obuseiro rebocado de 155mm que tem um peso de 6.890kg.
Um Chinook novo é caro, mas precisaríamos de poucos. Com capacidade de carga de 11 toneladas, seria para transportar equipamentos que as outras aeronaves da AvEx seriam incapazes de realizar.




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Re: Aviação do Exército

#5059 Mensagem por FCarvalho » Qua Fev 14, 2024 11:57 pm

knigh7 escreveu: Qua Fev 14, 2024 11:40 pm Sem um heli pesado, condenamos a deixar a brigada Aeromóvel, bem como a PQD, a utilizar viaturas leves, sem blindagem. Ficaríamos restritos aos M777 e a fila que vai ter para comprá-lo (e ele, aliás, era bem caro quando comercializado novo).
Um Chinook novo é caro, mas precisaríamos de poucos. Seria para transportar equipamentos que as outras aeronaves da AvEx seriam incapazes de realizar.
Na verdade nos condenamos há muito quando se deixou para depois, outra vez, a oportunidade de comprar helos pesados há 6 a 8 anos. E depois disso ninguém deu por conta.
Como sempre, tem alguma necessidade maior ou mais premente na vez.
E não condenamos apenas PQD e AMV, mas todas as bda sl e leves do exército a depender exclusivamente de seus próprios meios ou dos parcos recursos da Avex hoje.
Um Chinook, Stallion ou mesmo o Halo são inestimáveis em ambientes onde a infraestrutura civil se mostra precária e a presença do Estado é pueril.
Havia a previsão de seu uso pela FAB e Avex na região norte e também centro oeste. Mas ficou tudo na mesma. E não se fala, ao menos abertamente, no assunto dentro do MD e ffaa's.
Seria um bom momento para restabelecer as necessidades e prioridade das ffaa's na Amazônia.




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Re: Aviação do Exército

#5060 Mensagem por FCarvalho » Qui Fev 15, 2024 12:19 am

Eu já dispus aqui umas páginas atrás como a Avex não tem nem sombra das capacidades necessárias para atender todas as tropas que o exército se veria obrigado a mobilizar na fronteira Venezuela x Guiana no caso de se pegarem.

Nada parecido com as operações pontuais e seletivas de treinamento que realiza ao longo do ano.

Não temos sequer a logística básica para poder operar os poucos helos de que se dispõe de forma espaçada e longe das suas principais linhas de abastecimento e manutenção, como seria o caso das OM nas fronteiras.

Enfim, volto a lembrar que esta pseudo estratégia nossa de esperar para ver, e só depois a gente resolve, com o apoio do velho tio Sam, claro, é no mínimo enganosa senão absolutamente burra.

Confiar que não hora que a gente quiser os primos ricos vão nos dar de pronto tudo o que se precisa e quer beira a irracionalidade/irresponsabilidade. E comprar 16 BH a preço de custo não vai nos fazer mais amigos e aliados, e menos ainda nos tornar mais dignos de tratamento melhor.

Mas tem gente nas ffaa's que jura de pé junto que é desse jeitinho.




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Re: Aviação do Exército

#5061 Mensagem por knigh7 » Qui Fev 15, 2024 5:30 am

Vendo no site daa Boeing, a capacidade de carga da última versão do Chinook que está sendo comercializada é de 12.565kg. Ele é capaz de transportar 2 IVECO LMV, um no interior (pois há imagens transportando HMMWV) e outro externamente.




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Re: Aviação do Exército

#5062 Mensagem por FCarvalho » Qui Fev 15, 2024 5:15 pm

knigh7 escreveu: Qui Fev 15, 2024 5:30 am Vendo no site daa Boeing, a capacidade de carga da última versão do Chinook que está sendo comercializada é de 12.565kg. Ele é capaz de transportar 2 IVECO LMV, um no interior (pois há imagens transportando HMMWV) e outro externamente.
Em relação aos helos pesados, a pergunta fundamental a responder hoje sobre a Avex é: qual a sua real importância dentro do contexto de modernização do exército? A resposta para esta pergunta vai ajudar a esclarecer outras tantas, como a real prioridade da modernização dos meios que se tem hoje, e que já contam com quase 4 décadas de serviço, sem contudo se verificar uma ampliação das capacidades e da infraestrutura da própria Avex neste mesmo tempo.

Tanto o Chinook como o King Stallion conseguem levar sem mais problemas os LMV, Marruá - quase toda a linha - e outros veículos utilitários, assim como reboques, que caibam em seu interior ou levados externamente no gancho. Na artilharia eles conseguem levar todos os obuseiros leves do exército, assim como seus diversos apetrechos. Para as armas de comunicação e engenharia grande parte dos sistemas que elas usam cabem dentro destes helos e ainda podem ser transportados externamente. Idem para a área de material bélico e, principalmente, logística, que é onde eles fazem mais falta a meu ver.

Na infantaria praticamente eles podem transportar tudo o que se tem hoje, até mesmo os onipresentes caminhões 4x4 e os indefectíveis 5 ton MB e VW, que se encontra a rodo por aí. Todos os armamentos padrão de um batalhão de infantaria podem ser levados interna ou externamente por estes helos pesados. De munição 5,56 a morteiro de 120mm, passando por mísseis AAe e AC. É um contraste bem grande uma força que mesmo depois de quase 40 anos de rediviva ainda capenga em áreas que já deveriam há muito tempo estar resolvidas com soluções simples e lógicas, como o emprego de helos pesados e de ataque.

Natural admitir sua necessidade principalmente nas regiões de fronteira, nas regiões norte e centro oeste, onde a falta de tudo implica nas ffaa's serem, não raras vezes, a única presença do Estado. Mas outro dia o exército queria aviação de asa fixa sem ter sequer helos em quantidade, variedade e qualidade para responder as suas missões primárias.

A Avex mesmo com 2 Bavex fora do eixo Rio-São Paulo, e um núcleo de aviação em Belém, na verdade nunca saiu de lá, assim como o pensamento e a visão do EB sobre si mesmo. E isto tem premido a sua expansão - em todos os sentidos - há décadas, tendo em vista a priorização de outros assuntos não menos importantes.

Quero crer que o susto levado da suposta invasão da Guiana, que ainda está em seus rescaldos, tenha de alguma maneira gerado impactos que levem a mais que soluções de continuidade como foi o envio dos LMV, Guarani e Cascavel para Roraima a fim de tapar buraco dar o ar da graça na região de forma mais convincente. Ou pelo menos tentar.




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Re: Aviação do Exército

#5063 Mensagem por FCarvalho » Qui Fev 15, 2024 5:37 pm

Olha só o que temos, ou teremos, que dar conta de transportar nas ou para as regiões de fronteira, para os quais não temos alternativas em asas rotativas.

https://th.bing.com/th/id/OIP.R2RLy1J6nyFn_mHwz1B2UAHaE7?rs=1&pid=ImgDetMain

E ainda falta o M-200 Multimissão, além de novos radares que ainda estão parados no RO emitidos há mais de 5 anos, como o radar de vigilância terrestre, contra bateria, etc.

https://3.bp.blogspot.com/-TP2FUBQZRwg/VnQft_ZHtTI/AAAAAAABAPc/6DHDM6TXSPY/s1600/RadarSABER-M200.png

A FAB possui radares nos grupos de controle e comunicações que não pode transportar entre um PEF e outro, ou entre uma base aérea e outra nestas regiões por falta de um simples helo que os leve.

https://th.bing.com/th/id/R.a22683e674247872d8a58c38387cfc73?rik=kQEB90TMlQ2%2Fzg&pid=ImgRaw&r=0

É bom lembrar que estes sistemas, tanto na FAB como no EB levam junto consigo uma miríade de apetrechos e material auxiliar que por si só requerem outro helo pesado para serem transportados junto com os respectivos radares. Para não falar nas tropas que os operam.

A área de comunicações é importantíssimo se ter capacidade móvel de vários de seus sistemas.

https://www.atleuropa.es/wp-content/uploads/2019/03/antenas-militares.jpghttps://th.bing.com/th/id/R.0f877fad58922f07525cf8d9263fe455?rik=RC3dj18%2B0kl9PQ&pid=ImgRaw&r=0https://tecnodefesa.com.br/wp-content/uploads/2014/12/RVC_7218-730x483.jpghttps://th.bing.com/th/id/OIP.IFIZkSenEYu82RZECUpTNAHaE6?rs=1&pid=ImgDetMain

E por aí vai.

Mas ao que parece, os comandos das forças armadas estão menos preocupados agora com suas reais capacidades logísticas do que de fato empreender ações no sentido de mitigá-las, seja através de compra de material novo, ou buscando oportunidades lá fora que nos sejam úteis.




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Re: Aviação do Exército

#5064 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 16, 2024 3:24 pm

A implementação do SISFRON na região norte, como parece agora será levada em termos práticos, irá demandar ao comando do EB investimentos na Avex que hora ele não tem recursos para serem aplicados.

O PEEx vigente e o próximo não constam investimentos voltados à ampliação e\ou reorganização dos meios da Avex na região ou na centro oeste, onde o SISFRON já está em implantação.

Ato contínuo, o que se tem no planejamento estratégico é a modernização dos Fennec e Pantera K2, a aquisição na próxima década de helos de ataque, e as 16 unidades de novos helos de manobra, no caso, os UH-60M previstos. Em termos de infraestrutura apenas a continuidade da implantação do núcleo de aviação em Belém.

As áreas indicadas para se começar o trabalho diz respeito à fronteira da Venezuela, abrangendo o CMA e as 1a e 2a Bda Inf Sl além da 22a Bda Inf Sl, no CMN, ao longo da fronteira com a Guiana.

Em minha perspectiva, a implantação do SISFRON nestas áreas implica no mínimo em se dispor de 2 novos núcleos de aviação do exército, em São Gabriel da Cachoeira e Boa Vista.

Da mesma forma, a posterior implantação nas áreas da 17a Bda Inf Sl demandará a meu ver outros dois núcleos de aviação em Cruzeiro do Sul e Porto Velho. Em adendo, a região do Alto Solimões, sob a responsabilidade da 16a Bda Inf Sl demandará a si também um núcleo de aviação em Tabatinga.

Futuramente, os núcleos de Tabatinga e Belém, quiçá, Boa Vista e Porto Velho, poderão evoluir para o nível batalhão de aviação, dado serem localidades onde a logística e manutenção dos meios, assim como sua localização, possibilitam tal investimento, de forma a apoiar as bdas inf sl, os comandos e regiões militares subordinados.

A mim ficaria já satisfeito que Tabatinga, Manaus e Belém consigam dispor de um Bavex, com as demais localidades acima contanto com seus núcleos, que se tornariam companhias de aviação.

Grosso modo, dentro do PEEx a ser iniciado, tem de haver um reposicionamento dos investimentos a serem feitos na Avex, visando o curto, médio e longo prazo, prevenindo desde já eventuais situações em que o EB se veja novamente com as calças nas mãos, e obrigado a apor os poucos recursos que tem para as fronteiras, onde eles deveriam estar desde sempre.

Quem sabe a temerária e ainda não resolvida situação na fronteira Venezuela e Guiana nos ofereça essa oportunidade.




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Re: Aviação do Exército

#5065 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 16, 2024 3:37 pm

Mesmo sem estar na lista de desejos da Avex neste momento, os dois helos italianos abaixo ainda podem ser um ativo a negociar com a Leonardo no momento oportuno, quando tivermos a chance.
E ela pode chegar mais cedo do que tarde.
Seriam helos mais que adequados para os núcleos e depois CiaAvex nos comandos de fronteira.

https://st.ilfattoquotidiano.it/wp-content/uploads/2020/05/24/variant-med_1200x630-obj20489226-1200x630.jpghttps://preview.redd.it/lbgxjwv6j9z81.jpg?auto=webp&s=6511dce817576367715861d3e9f8228904c87ef2

A ver.




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Re: Aviação do Exército

#5066 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 16, 2024 4:38 pm

Imagem

O PEEx 2024 a 2027 prevê a compra de um helo de ataque para a Avex.
Neste planejamento, salvo erro, a previsão é a compra de 36 unidades, que distribuídas entre os 4 Bavex deixa 9 unidades para cada um.
Como o CIAvEx deve receber algumas unidades a fim de servirem de vetor de formação e ´manutenção de doutrina, imagina-se que ao menos uma esquadrilha (4 a 6 undes) venham a ser dispostas a cada Bavex.
A criação do 5o Bavex em Belém, a partir do núcleo atual de aviação pode levar a um remanejametanto desta distribuição, assim como, talvez, da quantidade a ser comprada pelo exército.
Podemos assim, supondo aquela distribuição, que a Avex possa incorporar até 45 helos, tendo em vista a nova organização em 2031.
Conquanto, o início da implantação do SISFRON na fronteira norte da região amazônica pode levar a uma nova perspectiva em relação a estes helos, tendo em vista eventual criação de novos núcleos de aviação do exército.
Ainda temos longos 7 anos até a decisão do helo de ataque, e se eventualmente o cenário geopolítico e estratégico sul americano mudar de forma radical ou não prevista, importar dizer que o planejamento acima deve ser revisado para mais no que tange o objetivo de 36 unidades.
Como disse no post anterior, é possível que ao longo deste processo, se veja novos NuclAvEx em Boa Vista, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Cruzeiro do Sul e Porto Velho, e talvez em Macapá, cobrindo assim os 7 comandos de fronteira\BIS da região norte.
Seria muita inocência pensar que o exército poderia dispor de helos de ataque em todos eles de forma permanente, mas cabe pensar, e planejar-se que no caso de haver necessidade a Avex tem de dispor de quantidade destes helos em condiões de serem alocados aquelas OM sem com isso abrir "buracos" em outras de suas OM e demais regiões de fronteira onde possam ser necessários.
Assim, me parece sensato imaginar que a demanda real do EB para o seu futuro helo de ataque seja tal que possa alocar quando e onde preciso, as quantidades necessárias nas fronteiras a fim de encampar eventuais situações de conflito ou instabilidade militar e política.
Não vou ditar números, mas a julgar pelo que o planejamento atual se pretende, podemos inferir que a Avex no longo prazo terá de dispor de ao menos o dobro da capacidade inicialmente prevista.
A ver.




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Re: Aviação do Exército

#5067 Mensagem por RobsonBCruz » Sáb Fev 17, 2024 10:24 am

O PEEx 2024-2027 não cita, especificamente, a aquisição de helicópteros de ataque.

Segue o que consta no atual PEEx referente a aviação do exército:

1.2.1.1 Obter aeronaves para a Av Ex.
1.2.1.2 Aprimorar a capacidade operacional da Av Ex (aeromobilidade).
1.2.1.3 Prosseguir na adequação da infraestrutura do CAvEx (Taubaté/SP).
1.2.1.4 Ampliar os meios de simulação do CAvEx (Taubaté/SP).
1.2.1.5 Modernizar as aeronaves da Av Ex.
1.2.1.6 Obter e/ou modernizar SMEM das aeronaves da Av Ex (armamento e imageamento).
1.2.1.7 Implantar núcleo/fração SARP (Cat 2 e acima) e SARP armado.
1.2.1.8 Prosseguir na implantação do DstAvEx no CMN (Belém/PA).

Particularmente, considerando nossas reais necessidade e possíveis emprego internos e em nosso entorno estratégico, acho inadequada a aquisição de helicópteros de ataque genuínos. A aquisição de black hawk armados seria, no meu entendimento, muito mais útil, visto que poderiam ser utilizados nas missões de apoio logístico, transporte, resgate, etc.

https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -abu-dhabi




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Re: Aviação do Exército

#5068 Mensagem por knigh7 » Sáb Fev 17, 2024 1:05 pm

Pelo planejamento de aquisições para a AvEX divulgado via documento do MD do 2º semetre de 2023, o desembolso para o helicóptero de ataque começa em 2031. Ou seja, não mudou:
Imagem

Imagem

A última versão dos Resquisitos Operacionais de Armamento Axial dos Helicópteros Fennecs e Pantera foi publicado em maio de 2022, não tem nem 2 anos. Tem como requisito absoluto lançar mísseis ar-solo (ROA 48).
Tratam de lançamento de foguetes de 70mm também, mas no caso do Pantera fazem a ressalva de utilizar lançadores com 19 foguetes.

Mas infelizmente nos orçamentos para o ano de 2023 e de 2024 não houve previsão orçamentária.




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Re: Aviação do Exército

#5069 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 17, 2024 6:12 pm

O Caiafa parece continua lendo o DB, ou a minha mente. :mrgreen:





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Re: Aviação do Exército

#5070 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 17, 2024 6:42 pm

RobsonBCruz escreveu: Sáb Fev 17, 2024 10:24 am O PEEx 2024-2027 não cita, especificamente, a aquisição de helicópteros de ataque.
Segue o que consta no atual PEEx referente a aviação do exército:
1.2.1.1 Obter aeronaves para a Av Ex.
1.2.1.2 Aprimorar a capacidade operacional da Av Ex (aeromobilidade).
1.2.1.3 Prosseguir na adequação da infraestrutura do CAvEx (Taubaté/SP).
1.2.1.4 Ampliar os meios de simulação do CAvEx (Taubaté/SP).
1.2.1.5 Modernizar as aeronaves da Av Ex.
1.2.1.6 Obter e/ou modernizar SMEM das aeronaves da Av Ex (armamento e imageamento).
1.2.1.7 Implantar núcleo/fração SARP (Cat 2 e acima) e SARP armado.
1.2.1.8 Prosseguir na implantação do DstAvEx no CMN (Belém/PA).
Particularmente, considerando nossas reais necessidade e possíveis emprego internos e em nosso entorno estratégico, acho inadequada a aquisição de helicópteros de ataque genuínos. A aquisição de black hawk armados seria, no meu entendimento, muito mais útil, visto que poderiam ser utilizados nas missões de apoio logístico, transporte, resgate, etc.
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -abu-dhabi
Com apenas 12 unidades a serem compradas, segundo o planejamento estratégico do exército somente a partir da próxima década, creio que aquisições de helos de ataque hoje só se alguma coisa muito fora da curva acontecer. E mesmo que aconteça, a Avex não está em condições de priorizar a aquisição deste tipo de helo, pelo contrário, é como tu bem dizes, temos necessidades muito maiores de vetores que possam cumprir missões de emprego geral e, também, de ataque e apoio de fogo, dentro de suas limitações.

Por mim, diante das dificuldades de ampliar a infraestrutura da Avex em outros locais do país - uma luta de quase 40 anos - falar em helos de ataque parece fora de hora e incoerente, mesmo na próxima década, sem que haja uma total revisão da doutrina e dos recursos (orçamento, material e mão de obra) que o EB dispõe a ela.

Aliás, falar de helos de ataque nas ffaa's para o governo atual, seria como um chute no saco, vide o pensamento dominante. Se governos que se diziam a favor da modernização das ffaa's - isso todos dizem que são - não admitiram tal possibilidade fática em suas demandas, o de agora jamais irá fazê-lo, mesmo que o exército provasse e comprovasse ser necessário.

Só não concordo com atitudes como a de agora do comando da Avex de fechar com BH sem pelo menos dispor aos demais concorrentes a chance de encaminhar soluções\produtos a si em uma concorrência aberta e franca. E que vencesse a melhor proposta e relação custo x benefício. Que obviamente nem poderia ser o helo norte americano.

Enfim, estamos jogando fora mais uma chance de oportunizar mais negócios em favor da BIDS e das próprias ffaa's. E tudo porque o MD não faz o seu trabalho.




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