MARINHA PORTUGUESA - CLASSE JOÃO BELO
Enviado: Sex Mar 18, 2005 10:25 am
Este é um tópico para que os "amantes " desta classe de 4 navios da Marinha de Guerra portuguesa, em vias de extinção, e que data dos anos 60 possam colocar fotos e observações ou comentários sobre o tema.
Refiro que esta foi uma classe de navios baseada no conceito de fragatas francesas da Classe Reviére, e que serviu sobretudo para apoiar o esforço de guerra português na guerra colonial, nas 3 frentes (Guiné, Angola e Moçambique).
Para o Atlântico norte, e no quadro da NATO, portugal utilizou as fragatas Dealey (Classe Alm. Pereira da Silva).
Esta classe de navios será brevemente substituída por duas fragatas americanas da classe O.H.Perry, que os EUA nos cederam.
Constituição e denominação dos navios desta classe:
N.R.P. "Comandante João Belo" F480
N.R.P. "Comandante Hermenegildo Capelo" F481
N.R.P. "Comandante Roberto Ivens" F482
N.R.P. "Comandante Sacadura Cabral" F483
Especificações:
Características
Deslocamento 2700t
Comprimento 102,7m
Boca máxima 11,7m
Calado 4,4m
Velocidade Máxima 23,5nós
Autonomia 7500 milhas(15nós)
Propulsão
2 Motores Diesel 16.000hp
Armamento/Equipamento
2 Peças de 100mm
2 Peças de 40mm
6 Tubos lança torpedos
2 Lançadores chaff
1 Roncador
Equipamento de guerra electrónica
Radar de aviso aéreo
Radar de superfície
Radar director de tiro
Radar de navegação
Sonar
Guarnição
Oficiais 15
Sargentos 27
Praças 122
Patrono da Classe (biografia):
Nasceu em Leiria em 1876, tendo-se alistado na Armada em Outubro de 1893.
No mar estreou-se na corveta "Duque da Terceira'' onde seguiu para Moçambique, lá tomando parte nas campanhas dos Namarrais e de Gaza sob as ordens de Mouzinho de Albuquerque que acaba de lhe moldar a personalidade de militar e a alma imensa de patriota.
De seguida toma parte em diversas operações de pacificação, da província, destacando-se a do Rio Naburi, de cujo comando foi encarregue com o objectivo, de por fim ao tráfego de escravos que se desenvolvera na região; nela foram, aprisionados grande número de pangaios negreiros e libertados 725 escravos.
Começou em 1909 a sua vida no Chai-Chai como administrador de concelho, desempenhando simultaneamente o lugar de chefe da Delegação Marítima de Inhampura. Em 1910 foi nomeado Presidente da Comissão Administrativa para a construção, exploração e administração do caminho de ferro de Chai-Chai a Manjacaze, escusando-se a receber disso qualquer vantagem de ordem material para não onerar mais as despesas com a respectiva construção.
O dinamismo e esforço que põe na sua actividade arrastam enormes benefícios para a região; resumidamente. a sua passagem por aquela terra fica marcada pelo levantamento hidrográfico da foz e barra do Limpopo pela sua farolagem e balizagem, pela construção do farol do Inhampura, pela sede do Município de Gaza, do Farol de Gaza e da construção do caminho de ferro de Gaza, pelo hospital de Tavene pela quinta experimental e por diversas missões de estudo do vale do Limpopo.
Patriota ferrenho, monárquico-franquista, nunca abdicou dos seus princípios que admirável e abertamente defendia.
Em 1919 veio para Lourenço Marques e assumiu a chefia do Departamento Marítimo onde se manteve até 1925 para então regressar a Lisboa. Cumulativamente com estas funções foi membro do Conselho Legislativo e do Conselho Executivo da Província de Moçambique.
Na Metrópole, onde entretanto prestava serviço na Direcção dos Serviços de Hidrografia e Navegação é surpreendido pelo movimento do 28 de Maio e em Julho de 1926 assume a Pasta das Colónias.
O seu fim extemporâneo chegava porém o 3 de Janeiro de l928.
A Fragata NRP Hermenegildo Capelo, recentemente "abatida" ao efectivo da Armada:
NRP Sacadura Cabral:
Refiro que esta foi uma classe de navios baseada no conceito de fragatas francesas da Classe Reviére, e que serviu sobretudo para apoiar o esforço de guerra português na guerra colonial, nas 3 frentes (Guiné, Angola e Moçambique).
Para o Atlântico norte, e no quadro da NATO, portugal utilizou as fragatas Dealey (Classe Alm. Pereira da Silva).
Esta classe de navios será brevemente substituída por duas fragatas americanas da classe O.H.Perry, que os EUA nos cederam.
Constituição e denominação dos navios desta classe:
N.R.P. "Comandante João Belo" F480
N.R.P. "Comandante Hermenegildo Capelo" F481
N.R.P. "Comandante Roberto Ivens" F482
N.R.P. "Comandante Sacadura Cabral" F483
Especificações:
Características
Deslocamento 2700t
Comprimento 102,7m
Boca máxima 11,7m
Calado 4,4m
Velocidade Máxima 23,5nós
Autonomia 7500 milhas(15nós)
Propulsão
2 Motores Diesel 16.000hp
Armamento/Equipamento
2 Peças de 100mm
2 Peças de 40mm
6 Tubos lança torpedos
2 Lançadores chaff
1 Roncador
Equipamento de guerra electrónica
Radar de aviso aéreo
Radar de superfície
Radar director de tiro
Radar de navegação
Sonar
Guarnição
Oficiais 15
Sargentos 27
Praças 122
Patrono da Classe (biografia):
Nasceu em Leiria em 1876, tendo-se alistado na Armada em Outubro de 1893.
No mar estreou-se na corveta "Duque da Terceira'' onde seguiu para Moçambique, lá tomando parte nas campanhas dos Namarrais e de Gaza sob as ordens de Mouzinho de Albuquerque que acaba de lhe moldar a personalidade de militar e a alma imensa de patriota.
De seguida toma parte em diversas operações de pacificação, da província, destacando-se a do Rio Naburi, de cujo comando foi encarregue com o objectivo, de por fim ao tráfego de escravos que se desenvolvera na região; nela foram, aprisionados grande número de pangaios negreiros e libertados 725 escravos.
Começou em 1909 a sua vida no Chai-Chai como administrador de concelho, desempenhando simultaneamente o lugar de chefe da Delegação Marítima de Inhampura. Em 1910 foi nomeado Presidente da Comissão Administrativa para a construção, exploração e administração do caminho de ferro de Chai-Chai a Manjacaze, escusando-se a receber disso qualquer vantagem de ordem material para não onerar mais as despesas com a respectiva construção.
O dinamismo e esforço que põe na sua actividade arrastam enormes benefícios para a região; resumidamente. a sua passagem por aquela terra fica marcada pelo levantamento hidrográfico da foz e barra do Limpopo pela sua farolagem e balizagem, pela construção do farol do Inhampura, pela sede do Município de Gaza, do Farol de Gaza e da construção do caminho de ferro de Gaza, pelo hospital de Tavene pela quinta experimental e por diversas missões de estudo do vale do Limpopo.
Patriota ferrenho, monárquico-franquista, nunca abdicou dos seus princípios que admirável e abertamente defendia.
Em 1919 veio para Lourenço Marques e assumiu a chefia do Departamento Marítimo onde se manteve até 1925 para então regressar a Lisboa. Cumulativamente com estas funções foi membro do Conselho Legislativo e do Conselho Executivo da Província de Moçambique.
Na Metrópole, onde entretanto prestava serviço na Direcção dos Serviços de Hidrografia e Navegação é surpreendido pelo movimento do 28 de Maio e em Julho de 1926 assume a Pasta das Colónias.
O seu fim extemporâneo chegava porém o 3 de Janeiro de l928.
A Fragata NRP Hermenegildo Capelo, recentemente "abatida" ao efectivo da Armada:
NRP Sacadura Cabral: