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Ind.Defesa

Enviado: Qua Jan 26, 2005 3:44 pm
por Mateus Dias
DEFESA

Brasil deve temer futuras guerras, diz especialista

DA REDAÇÃO



"Hoje é o petróleo; amanhã será a água." É com esse argumento que Expedito Bastos, pesquisador de Assuntos Militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, defende a revitalização da indústria bélica nacional.

Para ele, "da mesma forma que se luta por petróleo hoje, se lutará pelo domínio geopolítico da água no futuro, e o Brasil é o país com os maiores mananciais do mundo. O controle sobre a Amazônia é outro problema que o país terá de enfrentar futuramente".

A Política Nacional de Indústria de Defesa, programada pelo governo federal para revitalizar a indústria bélica brasileira, deve ser vista com cautela, mas, em princípio, é um passo importante para o país garantir sua soberania, segundo o especialista.

Para o pesquisador, uma indústria de armamentos desenvolvida tem a função estratégica de "obrigar os inimigos do país a dialogar antes de invadir".

Ele cita como exemplo a invasão do Iraque -cuja produção bélica estava sucateada- pelos americanos e compara a diferença de atitude dos EUA com relação a potências nucleares como Coréia do Norte e Paquistão. "Com esses países, eles [os EUA] dialogam. São respeitados. Não digo que precisamos de armas nucleares, mas, sim, de uma indústria forte."

Para o pesquisador, o governo deve ter regras definidas e investir para o desenvolvimento de tecnologia própria. Porém diz que o Brasil depende da parceria de outros países para incorporar técnicas que não domina.

Segundo ele, é preciso que haja no Brasil a mesma cooperação interna que existiria em potências bélicas, como os EUA: "É um erro empresas nacionais competirem entre si. Foi esse um dos motivos das falências de empresas como Engesa e Bernardini. As empresas nacionais têm de se associar. Quem ganha a licitação tem de comprar produtos do outro".

Defesa

Enviado: Qua Jan 26, 2005 5:51 pm
por sgt alex
Espero que com os 3,3 bilhões ( de reais ou dolares?) o Ministério da Defesa possa dar o pontapé inicial para que a indústria bélica nacional, consiga se reerguer do fundo do poço e que sejam elaborados produtos que atendam as nossas necessidades de defesa, sejam elas no mar, na terra ou no ar.

Industria do pensamento

Enviado: Qui Jan 27, 2005 1:44 pm
por FCarvalho
Olá.

Alex, estes 3.3 bi são quase com certeza em reais.
Ou seja, vão dar para quase nada ou coisa alguma, vide o sucateamento das fas; só para citar um dado divulgado, nas vésperas de deixar a presidência, o fhc reuniu-se com o lula para debater assuntos e problemas das fas e foi citado que seriam à época necessários um investimento de no mínimo 13 bilhões de dólares em materiais dos mais diferentes tipos, desde munição a sistemas c2, para tirar as fas da situação deplorável em que se encontravam. Agora, de lá para cá já são 3 anos e a situação só fez piorar, ou seja, não só não fizeram nada para melhorar as condições, como de quebra, ainda criaram maiores impecilhos ã operacionalidade das forças, e por tabela da própria industria nacional.
Infelizmente, essa conversa toda de politica industrial para o setor de defesa já está aí a mais de 20 anos, e que vemos?
No Brasil, a industria de defesa só vai deslanchar no dia em que pararmos de acreditar que produzir armas não é um crime ediondo, e muito menos, ofensivo à índole pacífica, passiva digo eu, do nosso povo. É preciso parar de misturar alhos com bugalhos, antes de mais nada.
Uma última questão mal resolvida neste assunto, é a própria falta de uma real politica de defesa para o país; uma política com "P" maiúsculo, que possa concretamente indicar o que pensamos, queremos, e mais importante para onde vamos e como chegaremos lá. Isto não é algo que se produz do dia para a noite, antes necessita do empenho e da co-responsabilidade de proposição tanto do Estado como da sociedade, coisa aliás, diga-se de passagem, não é uma práxis nesta terra tupiniquim. O que dizem que nós temos como politica de defesa e que está escrito aí , não passa de uma cartinha de boas intenções para inglês ver, não suportanto uma análise mais séria e critica de suas linhas.
Sem estas condições, ou melhor, a mudança das atuais, enquanto pensamento e entendimento do papel da defesa na vida do país, o que continaremos a ver é tão somente o prolongamento de mecanismos legais e protocolares inócuos, inúteis e sem qualquer compromisso verdadeiro com a realidade e as necessidades da defesa do Brasil.

Abraços.

Re: Defesa

Enviado: Qui Jan 27, 2005 4:07 pm
por FinkenHeinle
sgt alex escreveu:Espero que com os 3,3 bilhões ( de reais ou dolares?) o Ministério da Defesa possa dar o pontapé inicial para que a indústria bélica nacional, consiga se reerguer do fundo do poço e que sejam elaborados produtos que atendam as nossas necessidades de defesa, sejam elas no mar, na terra ou no ar.


Que R$ 3,3 Bi tu te referes?!


Aqueles bilhões do novo blefe do Governo?!

Se for, espere sentado, mas compre algumas latas de Formol...