Prezado amigo FCarvalho, saudações.
Em atenção aos seus comentários peço licença para realizar algumas observações.
1. SNA Álvaro Alberto.
Considerando a história do Brasil relacionada ao preparo do poder militar nacional também sou da opinião que existe de fato a possiblidade que o Álvaro Alberto seja o único SNA da MB. Será necessário uma mudança muito profunda no poder politico e na sociedade em geral para que um segundo navio seja construído, isto lá por volta de 2035/37 em uma visão otimista.
Em relação aos SSK’s acredito que seja possível um quinto classe Riachuelo, sendo este um plano da MB, em construção paralela ao SNA
Um outro lote de SSK’s, já um aperfeiçoamento dos SCR, em um quadro otimista poderá ser contratado por volta de 2028.
NAeM Atlântico.
Concordo com o prezado amigo em relação a vida deste navio na MB.
Comissionado em 1998 na Royal Navy está com apenas 24 anos de serviço. O programa de manutenção a ser realizado pelos britânicos, caso seja mantido, pode garantir a operação do navio até por volta de 2038, quando completara 40 anos de idade.
Em relação a sua substituição em minha opinião a MB deveria acompanhar a operação do TCG Anadolu. Acredito que esta classe de navio poderia ser o substituto do A140, sendo a mesma possível de se enquadra nas capacidades de operação e manutenção da MB. Entretanto para a substituição do Atlântico este navio deveria ter a construção iniciada pelo menos por volta de 2034. Um segundo navio seria desejável. E bom lembrar que um navio como o Anadolu exige um investimento na casa dos
US$ 1 bilhão. Também sou da opinião que no caso especifico de um navio desta classe, seja este modelo ou outro similar, a construção deveria ocorrer no estaleiro fornecedor.
NDD Bahia.
Este navio tem a mesma idade do A140 e com boa manutenção também chega a 2038 sem grandes percalços. Também sou partidário que a classe Type 71 deveria ser analisada com opção de substituição do G 40, sendo que dois navios deveriam ser a meta objetiva.
O que é mais premente e a substituição dos NDCC Garcia D’Avila, Almirante Saboia e Mattoso Maia.
Neste caso dois navios baseados no projeto da classe sul coreana MaKassar customizados para a MB, talvez um pouco mais longos ampliando hangar e doca, poderiam ser uma solução de compromisso. Navios desta classe estão prestando bons serviços nas Marinhas do Peru, Indonésia, Myanmar e Filipinas. Com custos de obtenção e operação compatível com a curva orçamentária da MB seriam uma opção factível e realista. Seriam construídos no Brasil.
FCT e Barroso
Em relação as FCT sou da opinião que além dos seis navios planejados a MB deveria avaliar e ter como meta mais 4 FFG’s, entretanto estas na faixa de 5.000/6.000 ton e maior capacidade de defesa AAe. Uma candidata plausível seria as MEKO A 300.
Quanto a valente e versátil Barroso que esta em PMG e vai receber alguma modernização acredito que haveria dificuldades em sua venda em função da grande opção de NaPaOc novos a disposição no mercado. A Barroso teria como comprador em tese uma Marinha de menor porte, sendo que neste caso talvez a opção de NaPaOc novo seria mais atraente. Para a MB e um navio importante que já operou no Mediterrâneo, Indico, Pacifico e Atlântico Norte e mostrou grande valor e no caso de se ficar somente nas 6 FCT na próxima década teria um peso significativo, podendo com as manutenções previstas e acuradas operar até por volta de 2038.
NSS Guillobel
Também sou da opinião que deveria haver pelo menos mais um navio desta classe e que também executaria missões SAR em interesse da salvaguarda da vida humana em atendimento a solicitações do SALVAMAR.
A MB também deveria investir em um sistema móvel de veículos de salvamento que são movimentado por via área e utilizam navios de oportunidade como base-mãe. Estes sistemas exigem investimentos em torno de US$ 50/80 milhões.
Navio Escola Brasil.
Concordo que poderia ser um classe Makassar, no projeto original. Neste caso seria um terceiro navio, que em caso de crise ou conflito operaria com seus irmão maiores.
Existe um trabalho publicado a alguns anos em que foi apresentada a ideia de um LPH como navio escola para a MB.
O almirante Iques quando CM determinou ações para a substituição do Brasil e dos Avisos de Instrução dos CN e EM.
O CPN ficou com a missão de projetar os navios. No caso dos Avisos da Escola Naval o início da construção deve acontecer a partir de 2023 no AMRJ de 3 navios.
Quando ao navio escola ficaremos somente na ideia do Makassar, já que deverá ser um navio tradicional assim como o Brasil.
Navio de Apoio Logístico.
Sou cético quanto a construção de navios novos nos próximos anos. Entretanto a necessidade poderá se impor e pelo menos um novo navio poderá ser construído. Neste caso acredito que a classe italiana Vulcano seria a candidata preferencial. A MB acompanhou o desenvolvimento e a construção deste navio.
E ter uma análise quanto a possíveis GT’s que estes navios irão apoiar. A premissa e que haja navios a serem apoiados, com uma Esquadra diminuta não se justifica o que estava previsto no PAEMB. Entretanto duas unidades deveria ser uma meta plausível.
NaPa’s classe Grajaú e Macaé
Em minha visão prospectiva retirei do inventário da MB os navios mais antigos da classe Grajaú que entraram em serviço entre 1993 e 1995 que contariam então com mais de 38/40 anos de serviço. Os outros 6 navios repontencializados poderiam operar na região amazônica por mais alguns anos a exemplo do que tem ocorrido com a classe Piratini.
O classe Macaé do INACE e AMRJ acredito que poderiam também na fase final da vida operativa operarem nos grandes rios da Amazônia.
NaPaOc classe Amazonas.
A MB esta muito satisfeita com a versatilidade e capacidades destes navios. Já existem estudos para a modernização e extensão de vida destes navios, que devem operar plenamente por muitos anos ainda.
Também sou da opinião que a meta de 12 NaPaOc deveria ser ampliada pelo menos para 18 unidades. Estes navios tem se mostrado muito adequados as missões da MB na costa africana. Um maior número desta classe possibilitaria um maior engajamento na costa daquele continente ampliando nossa ação diplomática naval.
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NaPa 500 BR.
Dificilmente serão mais do que 20 navios da classe. Quando da divulgação do programa foi informado que seriam 12 navios em cerca de 10 anos. Mais recentemente o almirante Cunha descreveu o mesmo programa com a mesma moldura de tempo mais com uma variação entre 10/12 navios, assim como os NaPaOc que tinham como meta fechada 5 navios entre 4/5.
Em minha opinião serão 10 NaPa 500 Br e 4 NaPaOC 2.000 ton até 2033. Em termos de Brasil, somados as outras construções e obtenções, e mesmo que o programa de construções da PLAN.
Miscelânia Fluvial.
Em minha opinião nos próximos 20 anos acontecerá o seguinte:
Revitalizações/repotencializações continuas dos atuais NaPaFlu.
Transferências de navios da classe Grajaú.
Obtenção de navios fluviais por oportunidade
Construção de novos navios de assistência hospitalar fluvial. De fato e o único projeto previsto para as Forças Fluviais, serão 4 navios com capacidade de operar helicóptero leve.
Projeto de navios com a Colombia e Peru subiram o telhado.
No mais investimentos, BNDES, BID, Fundo MM, leis, parlamentares de fato engajados na Defesa Nacional, população consciente...etc, em minha opinião estão no âmbito da ficção cientifica.
Sds