Insurreição em Moçambique

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Insurreição em Moçambique

#76 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Dez 09, 2020 11:35 am

J.Ricardo escreveu: Qua Dez 09, 2020 10:15 am Mas o Brasil é soft, esse negócio de massacre é coisa de europeu, asiático, norte-americano...

Aqui ia rolar muita grana para seus líderes, mansão no nordeste, carnaval...
Ia, ia... [003]

Enquanto isso na vida real:

Até demos os nossos CESSNA FTB 337 G, agora quem não conhece ou sabe, pesquise para quê é que a FAP adquiriu esses aparelhos.

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Re: Insurreição em Moçambique

#77 Mensagem por P44 » Qua Dez 09, 2020 12:19 pm

cabeça de martelo escreveu: Qua Dez 09, 2020 9:51 am
J.Ricardo escreveu: Sex Dez 04, 2020 9:36 am Portugal deveria ter mantido os arquipélagos, o Brasil também perdeu, deveria ter mandando seus fuzileiros e ocupado São Tomé e Príncipe depois que Portugal saiu de lá, tipo a Indonésia no Timor, ou negociado com Portugal e ocupado após a saída dessa, negociado com os nativos e torna-los um estado brasileiro... agora deixa eu tomar meu remédinho... :lol:
Depois iam ter a mesma humilhação pelo qual passou a Indonésia e com tropa Portuguesa a ser vista como libertadores como aconteceu em Timor.

:arrow: https://www.operacional.pt/timor-leste- ... untaetpkf/

Eu vivi isto, participei numa manifestação pela libertação de Timor Leste (ex.: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/manif ... r-leste-2/ ), na recruta anterior à minha teve dois Timorenses que escaparam do massacre de Loro Sae e quando estava a meio da minha formação Paraquedista o meu Comandante de Companhia mandou o pessoal ir ao Clube de Praças e meteu-nos a ver as noticias. Estava a dar as imagens dos camaradas do 2º BIParas aos tiros às milicias...deu-nos um berro que a partir daí o treino era a doer ainda mais!

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Quantas e quantas vezes os Portugueses salvaram o dia em Timor!...

https://www.operacional.pt/timor-leste- ... untaetpkf/

https://expresso.pt/dossies/dossiest_ac ... so=f238723

https://maisfutebol.iol.pt/politica/tim ... acas-a-gnr
Também fui a uma manifestação nessa altura, no parque das nações, quando os Trovante deram um concerto salvo erro.

http://videos.sapo.pt/vZ6gUjt4KzMYSoS2TUmN




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Re: Insurreição em Moçambique

#78 Mensagem por J.Ricardo » Qui Dez 10, 2020 9:49 am

Calma amiguinhos, eu não disse que vocês fizeram massacre, eu disse que massacre é coisa de europeus, e quando falamos em Europeu, falamos de França, Inglaterra, Alemanha.

Norte-americanos também gostam de um bom massacre, que diga os filipinos mortos simplismente por serem católicos e para afirmar seu poder nas ilhas.

Mas aqui vai uma vacininha pra acalmar vocês.

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E não se esqueça, que nós também contribuímos com a reconstrução do Timor.



Mas nem tudo são flores, não é mesmo, até porque os cubanos podem ter se inspirado no acordo Portugal X África do Sul onde metade do pagamento dos mineiros moçambicanos que trabalhavam nas minas sul africanas ficavam com o governo colonial, e, será que era devolvido a metade mesmo... :wink:




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Re: Insurreição em Moçambique

#79 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Dez 11, 2020 12:07 pm

Ataques em Moçambique: Portugal vai formar militares e apoiar logística

Uma equipa de militares irá dar formação aos soldados moçambicanos, abrangendo as forças de intervenção rápida, forças especiais, fuzileiros e militares da área do controlo aéreo tático.

Portugal vai apoiar Moçambique na organização logística e capacitação de militares para fazer face aos grupos rebeldes que têm protagonizado ataques armados na província de Cabo Delgado, disse hoje à Lusa, em Maputo, o ministro da Defesa português.

“A partir do início de janeiro virá uma equipa de militares portugueses para trabalhar com o Estado-Maior General das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique no desenho do projeto, que queremos que comece muito rapidamente”, disse João Gomes Cravinho, no último dia da visita de trabalho que realiza a Moçambique desde quarta-feira.

Segundo o governante português, a formação, a ser feita em Moçambique, vai abranger as forças de intervenção rápida, forças especiais, fuzileiros e militares da área do controlo aéreo tático, tendo sido definidas como as “áreas de interesse específico” a ciberdefesa, a cartografia, a hidrografia e a cooperação industrial de defesa.
Nós estamos a falar de uma missão não executiva. O que nós vamos fazer é dar apoio as autoridades moçambicanas para que elas possam exercer a sua soberania”.
Para o ministro, o terrorismo no norte de Moçambique tem algumas especificidades locais e o primeiro elemento importante para travar as incursões destes grupos é “conhecer o inimigo”.
O aparecimento do terrorismo no norte de Moçambique tem algumas características em comum com o terrorismo em outras partes do mundo, particularmente na costa africana. Mas também tem especificidades locais. Portanto, é fundamental perceber aquilo que vem de fora e aquilo que se desenvolveu com raízes nacionais”.
João Gomes Cravinho disse ainda que Portugal, que assume a presidência da União Europeia no primeiro semestre de 2021, vai procurar reforçar o pedido de apoio já feito por Maputo a Bruxelas.
É uma coincidência muito favorável. Vamos utilizar esta presidência para reforçar a capacidade de resposta da UE face às necessidades no terreno”.
A província de Cabo Delgado está desde há três anos sob ataque de insurgentes e algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo jihadista Estado Islâmico desde 2019.

A violência está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Moçambique e Portugal têm um acordo de cooperação na área da defesa desde 1988.

Durante a visita de João Gomes Cravinho, além de aspetos ligados à violência armada em Cabo Delgado, as partes debateram aspetos ligados à resposta à Covid-19, tendo Portugal manifestado abertura para apoiar Moçambique no seu plano nacional de vacinação.

A visita de trabalho do ministro da Defesa português a Moçambique tinha em vista a negociação de um novo programa de cooperação bilateral no domínio da Defesa e o estreitamento de relações com África no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE), que se iniciará em janeiro.

https://observador.pt/2020/12/11/ataque ... logistica/




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Re: Insurreição em Moçambique

#80 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Dez 12, 2020 11:44 am

Adido de Defesa Português em Maputo acompanha visita de trabalho do Ministro da Defesa Nacional a Moçambique

O Adido de Defesa junto da Embaixada de Portugal em Maputo, Capitão-de-mar-e-guerra Gonçalves da Silva, acompanhou, no período entre 9 e 11 de dezembro, a visita de trabalho do Ministro da Defesa Nacional, Professor Doutor João Gomes Cravinho, a Moçambique.

O programa da visita incluiu, no dia 9, após visitar a cripta na Praça dos Heróis Nacionais e receber honras militares no Quartel-general do Estado-Maior-General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, a deposição de uma coroa de flores, pelo Ministro da Defesa Nacional, no talhão dos soldados portugueses que participaram na I Guerra Mundial.

Durante o dia 10 foi realizada uma visita à Escola de Fuzileiros Navais, localizada em Catembe, na antiga Base Naval de Maputo, que começou com uma apresentação realizada pelo Comandante da Escola, prosseguindo com uma demonstração de algumas capacidades dos militares e visita à unidade de reparação dos botes Zebro III, de construção portuguesa.

No fim do dia, o Professor Doutor João Gomes Cravinho visitou, ainda, a residência n.º 1 da Cooperação Técnico-Militar no Domínio da Defesa, onde o Coordenador fez uma apresentação relativa ao ponto de situação dos atuais cinco projetos de Cooperação entre Portugal e Moçambique no Domínio da Defesa, através da Cooperação Técnico-Militar.




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Re: Insurreição em Moçambique

#81 Mensagem por FCarvalho » Sáb Dez 12, 2020 11:05 pm

Uma equipa de militares irá dar formação aos soldados moçambicanos, abrangendo as forças de intervenção rápida, forças especiais, fuzileiros e militares da área do controlo aéreo tático.
Tudo o que Moçambique já deveria ter, ou tem e não serve para grandes coisa, e que seriam a linha de frente para debelar situações como a que acontece em Cabo Delgado. Ma já se vão três anos...

A quanto tempo Portugal mantém relações a título de formação e qualificação das tropas locais Cabeça?

Ou isto está apenas a começar para valer por agora?

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Insurreição em Moçambique

#82 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Dez 15, 2020 8:30 am

FCarvalho escreveu: Sáb Dez 12, 2020 11:05 pm
Uma equipa de militares irá dar formação aos soldados moçambicanos, abrangendo as forças de intervenção rápida, forças especiais, fuzileiros e militares da área do controlo aéreo tático.
Tudo o que Moçambique já deveria ter, ou tem e não serve para grandes coisa, e que seriam a linha de frente para debelar situações como a que acontece em Cabo Delgado. Ma já se vão três anos...
Mistura corrupção, incompetência e inação tudo junto e é isto que tens.
A quanto tempo Portugal mantém relações a título de formação e qualificação das tropas locais Cabeça?
Há décadas! E o que é referente essa cooperação? Neste momento a FAP forma especialistas em manutenção de aeronaves, o Exército ajuda na formação dos Cadetes na Academia Militar.
Ou isto está apenas a começar para valer por agora?

abs
Parece que agora vamos formar (de novo) unidades Especiais e não pessoal com galões.
Início do Curso de Instrução Teórica da Aeronave (CITA)
Teve início no dia 24 de Fevereiro de 2020, o Curso de Instrução Teórica do CESSNA FTB 337 G, na Escola Prática de Aviação – Maputo. Frequentam o Curso 12 alunos sendo 06 da especialidade de Mecânico de Material Aéreo e 06 da especialidade Mecânico de Material Elétrico. Esta formação terá a duração de 80 horas e será composto pelos módulos de Generalidades, Motores, Sistema de Travões, Hélices, Sistema hidráulico, Célula/Comandos de voo e Sistema Elétrico. O corpo de formadores do curso é constituído pelos SAJ MMA Paulo Charrua e SAJ MELIAV Fernando Antunes.

É digno de realce a motivação para a aprendizagem demonstrada pelos alunos, desde a sessão inicial.
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​​Assessorar ​a Estrutura Superior da Defesa e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
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Capacitar a Academia Militar "Marechal Samora Machel ".
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Re: Insurreição em Moçambique

#83 Mensagem por J.Ricardo » Ter Dez 15, 2020 11:31 am

Lá eles não tem nem escola para as crianças, imagine academia para FE, se não for alguém de fora lá, nada acontece.
Não duvido que daqui a pouco aparece algum outro Chakra Zulu e ponha fogo em tudo aquilo de vez...




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Re: Insurreição em Moçambique

#84 Mensagem por FCarvalho » Ter Dez 15, 2020 12:07 pm

Mas esta é uma situação homóloga em toda a África, de norte a sul. Tirando o Egito, Argérlia e Marrocos, não vejo qualquer outro país em condições de oferecer mão de obra minimamente capaz por pura e simples falta de um sistema educacional de base que a sustente.
O CFN formou os fuzileiros navais da Namíbia do zero. Foi uma das coisas mais complexas de se fazer, a começar pelo fator humano, já que havia problemas de todos os tipos entre os recrutas, desde analfabetismo a doenças endêmicas, passando por desequilíbrios sócio-econômico e diferenças tribais. E por aí vamos. Em Moçambique não é nem um pouco diferente.
Fato é que as muitas ditaduras, e as escassas democracias, do continente não tem condições por si mesmas de engendrar a própria segurança dado que estão, via de regra, sempre em situação que beira à calamidade do ponto de vista da realização de políticas públicas efetivas pelo poder constituído. Simplesmente não dá para ter forças armadas desse jeito.
É só olhar a quantidade de missões da ONU e da UE/OTAN - e até mesmo americanos e russos, para não falar dos chineses, recém chegados - nas últimas décadas por lá. Não houve um único ano em que não fosse necessário implantar uma ou mais missões de paz, impositivas ou não, naquele continente. Seja por guerra civil, golpes de estado ou por intervenções terroristas.
Se bem me lembro, só do Brasil estamos presentes em pelo menos 6 missões da ONU hoje na África. Apenas observadores militares. E isso porque recusamos várias outras para as quais fomos instados a enviar tropas/observadores. Se fosse para enviar tropas a todas as missões que temos gente na África hoje, as forças armadas teriam um contingente no exterior maior do que o da FEB em termos de efetivos de combate. Imagina só isso.
E mesmo assim, os problemas com segurança interna e externa dos africanos estariam muito longe de serem resolvidos ou apaziguados. O Congo manda lembranças.




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Re: Insurreição em Moçambique

#85 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Dez 15, 2020 12:17 pm

J.Ricardo escreveu: Ter Dez 15, 2020 11:31 am Lá eles não tem nem escola para as crianças, imagine academia para FE, se não for alguém de fora lá, nada acontece.
Não duvido que daqui a pouco aparece algum outro Chakra Zulu e ponha fogo em tudo aquilo de vez...
As Forças Armadas Moçambicanas são muito pequenas e têm poucas unidades de Infantaria. Tropas Especiais então são em números irrisórios e uma das coisas que se vai fazer é enviar Instrutores dos Fuzos Portugueses para aumentarem o número de Fuzileiros e respectivas unidades.




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Re: Insurreição em Moçambique

#86 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Dez 15, 2020 12:25 pm

FCarvalho escreveu: Ter Dez 15, 2020 12:07 pm Mas esta é uma situação homóloga em toda a África, de norte a sul. Tirando o Egito, Argérlia e Marrocos, não vejo qualquer outro país em condições de oferecer mão de obra minimamente capaz por pura e simples falta de um sistema educacional de base que a sustente.
Angola tem toda uma Brigada de Forças Especiais, impecavelmente bem equipadas, armadas e treinadas.

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Re: Insurreição em Moçambique

#87 Mensagem por FCarvalho » Ter Dez 15, 2020 12:56 pm

É um boa que os angolanos tenham conseguido manter tal tipo de grande unidade. Não sem os préstimos de vossa ajuda, claro.

Nos exercícios Felino que houveram, infelizmente pouco ou quase nada se divulgou sobre as tropas africanas que participaram, o que é lamentável. É uma das raras oportunidades, senão a única, que temos aqui de saber algo mais sobre os militares africanos in loco. Este ano não houve o exercício. As atividade e informações sobre os resultados da Felino parecem ficar mais para consumo do público interno.

De qualquer forma, esqueci-me dos sul-africanos, que ainda tem uma boa base para forma seus soldados, embora grande parte das forças com experiência de combate, soldados brancos em sua maioria, tenha se dissipado depois da democratização do país em 1990. Além destes, a Nigéria, que tem bastante recursos financeiros, talvez fosse também um caso fora a parte, mas pelo que vejo as forças nigerianas apanhando dos grupos jihadistas, fico desconfiado de suas reais capacidades. Compram vários equipamentos novos, mas nada que efetivamente traga uma mudança de cenário no conflito interno.




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Re: Insurreição em Moçambique

#88 Mensagem por LM » Ter Dez 15, 2020 1:05 pm

Angola é um "bicho" diferente na África negra... deu passos de gigante para resolver as diferenças tribais, efeito colateral da guerra civil (é dos poucos onde o Português é A língua), tem umas FA com experiência e equipamento qb, tem capacidade económica e organização politica acima da média na zona, etc.




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Re: Insurreição em Moçambique

#89 Mensagem por P44 » Ter Dez 15, 2020 4:24 pm

Na África do Sul pelo que tenho lido a corrupção é galopante, e metade dos meios não funciona




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Re: Insurreição em Moçambique

#90 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Fev 18, 2021 8:12 am

João Gomes Cravinho prevê cerca de 60 formadores de “forças especiais” em Moçambique
A cooperação militar com Moçambique, por causa da situação em Cabo Delgado, e o futuro da NATO foram dois temas abordados na entrevista da Lusa ao ministro da Defesa Nacional.

Lusa

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, estimou nesta quarta-feira em cerca de 60 militares portugueses o contingente de formadores de “forças especiais” que será destacado em Abril para Moçambique, auxiliando o país africano no combate ao terrorismo.

“O que vamos destacar são formadores para formar fuzileiros e comandos. São militares que têm essas valências, forças especiais. Acredito que seja na ordem dos 60. Ainda não está estabilizado (o número de efectivos) porque ainda há um trabalho de planeamento em curso com as autoridades moçambicanas”, afirmou Gomes Cravinho, em entrevista à Agência Lusa que será divulgada hoje e quinta-feira.

A província moçambicana de Cabo Delgado está sob ataque desde Outubro de 2017 por grupos de insurgentes ligados a organizações islâmicas radicais e classificados desde o início de 2020 pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma “ameaça terrorista”.

“Irão, em princípio, para locais diferentes: no sul do país, perto de Maputo, e no centro, mas ainda não está inteiramente decidido”, adiantou ainda o responsável pela tutela.

Questionado sobre as alterações ao programa quadro de cooperação técnico-militar com Moçambique, para vigorar nos próximos três anos, Gomes Cravinho precisou que o que está previsto é uma “intensificação” da cooperação com este país, na sequência do contexto actual de ameaças.

A cooperação técnico-militar entre Portugal e Moçambique existe desde 1988.

Dar novo ímpeto à NATO

Na mesma entrevista, Gomes Cravinho antecipou que a nova Administração norte-americana, liderada pelo democrata e recém-empossado Joe Biden, dará novo ímpeto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), reconhecendo que há que “repensar” a Aliança Atlântica.

“Há um consenso, hoje, de que é preciso repensar a NATO e há um elemento fundamental que é a mudança de administração em Washington, que cria um ambiente completamente diferente, muito mais positivo e de compromisso com o futuro da NATO”, disse o ministro.

Entre hoje e quinta-feira, decorre uma reunião por videoconferência de responsáveis pela Defesa da NATO, versando, entre outros assuntos, as missões em curso no Afeganistão e no Iraque, o reforço da dissuasão e defesa da Aliança Atlântica e a iniciativa “NATO 2030”.

O ministro lembrou declarações que considerou “bastante exageradas” do presidente francês, Emmanuel Macron, no final de 2019, em que o chefe de Estado gaulês sentenciou a "morte cerebral” da NATO.

Para Gomes Cravinho, o facto de haver uma nova administração norte-americana favorecerá “também um quadro” de “mais tranquilidade entre aliados” para “pensar no destino colectivo enquanto organização de defesa comum”.

Na reunião, disse, “vai haver uma primeira abordagem às propostas da “NATO2030” e criar-se-ão um conjunto de propostas para a cimeira da NATO que julgamos terá lugar em Junho deste ano”, previu, referindo-se ao futuro documento da Aliança Atlântica, promovido pelo seu secretário-geral, o norueguês Jens Stoltenberg, com o intuito de tornar a NATO “mais forte militarmente, mas também politicamente e com uma abordagem mais global”.

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, o catalão Josep Borrell, e os ministros da Defesa da Finlândia e da Suécia também vão participar no encontro.

https://www.publico.pt/2021/02/17/polit ... ue-1950984




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