Kawasaki C-2

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Kawasaki C-2

#1 Mensagem por FCarvalho » Qui Abr 02, 2020 9:58 am





Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Kawasaki C-2

#2 Mensagem por akivrx78 » Qua Mai 20, 2020 10:45 am

Reabastecimento aéreo










Levantando voo em pista curta


Pouso normal e curto



RC-2 ou C-2EB ELINT/SIGNT/COMINT foi aprovado 4 unidades


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O RC-2 ou C-2EB vai substituir os YS-11EB a ASDf opera 2 YS-11EA e 4 YS-11EB, a marinha opera 5 EP-3, 1 OP-3C, 1 UP-3C, 3 UP-3D não se sabe se eles vão substituir por versões da forca aérea ou vão desenvolver novas versões em outra plataforma.


Em 2019 foi aprovado um orçamento com o preço fixo de US$470 milhões a unidade com um life cost de US$6 bilhões para uma nova versão EA.
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No orçamento de 2020 recebeu mais US$200 milhões o desenvolvimento de novas antenas.

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A nova versão deve substituir o EC-1




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Re: Kawasaki C-2

#3 Mensagem por akivrx78 » Qua Mai 20, 2020 12:39 pm


Asuka versão STOL do C-1 fez seu primeiro voo em 1985 o projeto encerrou em 1989, em 23 de março de 1988 as 11:40 ele fez a aterrissagem em 320m.


C-1 aterrissagem em 500m.








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Re: Kawasaki C-2

#4 Mensagem por FCarvalho » Qua Mai 20, 2020 9:55 pm

Eu sempre fico impressionado com a capacidade dos japoneses enterrarem tanto dinheiro em projetos que poderiam ser melhor aquinhoados se conversassem com outros países em termos de plataformas melhor ajustadas para dadas missões como as de reconhecimento, guerra eletrônica e outras, como mostrado nos vídeos. Gastar US 470 milhões por aeronave apenas para manter uma frota tão pequena, e ainda baseada em avião de carga, quando existem outras opções de vetores por aí que poderiam fazer a mesma coisa com todos os implementos made in japan, a preço bem mais em conta.

Não conheço a relação que os japoneses tem com a questão do financiamento da defesa, mas me parece que algumas decisões são bastante questionáveis.

Imagino, por exemplo, o que uma Embraer da vida poderia ajudar a oferecer plataformas as mais diversas a fim de dispor as forças militares meios adequados a sua necessidade. Negócios entre governos poderiam ser bons para ambas as partes.

Conquanto, parece que a inexperiência japonesa em negócios de Defesa no exterior tem pesado bastante na hora de ajudar a definir soluções para os seus problemas.

Ou eu posso estar falando um monte de besteira aqui.

abs




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Re: Kawasaki C-2

#5 Mensagem por akivrx78 » Qui Mai 21, 2020 6:58 am

Não esta não, além de gastar rios de dinheiro, dificilmente será exportado justamente por utilizar uma plataforma exótica e para piorar existe a rivalidade entre a Asdf e Msdf que operam sistemas similares querendo utilizar plataformas distintas...



No vídeo diz que quando estavam no início do desenvolvimento do P-1 e C-2 os oficiais da Asdf e Msdf nem olhavam na cara do outro, o chefe do programa da Kawasaki levava os dois em finais de semana para beber e demorou mais de 1 ano para eles começarem a trocar informações entre si...




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Re: Kawasaki C-2

#6 Mensagem por FCarvalho » Qui Mai 21, 2020 12:24 pm

Agora eu fiquei muito impressionado. Como um país com um dos melhores sistemas educacionais do mundo consegue produzir militares que sequer conseguem, ou aceitam, comunicar-se uns com os outros?
Isto não é mais espírito de corpo, é algo bem pior. Trata-se de arrogância pura e simples.
Eu já tinha visto algo assim em filmes sobre a GM II, mas nunca pensei que aquele tipo de relação - ou a falta dela - pudesse ter sobrevivido tanto tempo. Mais, ainda hoje pautasse a relação entre as forças nipônicas.
Como o MD japonês lida com isso? Ou não lida?
As duas maiores aeronaves japonesas o C-2 e o P-1 parecem retratar esta realidade.

abs




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Re: Kawasaki C-2

#7 Mensagem por akivrx78 » Sex Mai 22, 2020 9:47 am

O sistema educacional japonês mudou faz pouco tempo, acho que foi no início dos anos 2000 antes o sistema tinha como base a rivalidade, se não conseguir entrar em uma boa escola, em uma grande empresa, você é classificado como um perdedor, em um sistema que todos em sua volta vão tirar sarro de você pelo resto da vida (inclusive familiares).
Somente o fato de não conseguir entrar em uma boa escola de ensino médio já era motivo de suicídio...

O MD acho que não faz muito mas ele decide as funções e quem deve operar o equipamento específico mesmo que seja contra a vontade de cada força, tenho certeza que a marinha gostaria de operar os F-35B porem o MD decidiu que quem vai operar é a força aérea, assim como os fuzileiros são parte do exercito.

A marinha japonesa opera quase 200 aeronaves de asa fixa e mais de 230 aeronaves de asa rotativa, por sempre ter o maior orçamento para investimentos das três forcas o ego é bem grande antes de decidirem ir pelo desenvolvimento do P-1 a Msdf queria 757 ou 767 como plataforma para um patrulheiro maritimo.




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Re: Kawasaki C-2

#8 Mensagem por FCarvalho » Sex Mai 22, 2020 2:07 pm

Olá akivrx78, obrigado pelas informações.

O índice de suicídio no Japão infelizmente ainda é um dos maiores do mundo. Na Coréia do Sul, a mesma coisa. Esse educação que leva as pessoas a simplesmente verem/entenderem a vida, e os outros, como uma eterna corrida pela sobrevivência e rivais pessoais, ajudou muito na recuperação econômica destes países, mas criou ao mesmo tempo sociedades extremamente doentias.

O MD japonês, com essa recente abertura para o mundo exterior, acredito que com o tempo possa rever suas ações, planejamento, a doutrina e cultura interna das forças armadas. O Japão apesar de sua potencia econômica ainda é bastante fechado em termos culturais e sociais. Mas este também é um processo lento de transformação.

Quanto a marinha nipônica ter o maior orçamento não é de se estranhar, afinal o país é uma ilha e depende naturalmente da proteção das suas vias marítimas para sobreviver. Agora, isto como bem disseste levou a disputas internas e a orgulhos que em nada cooperam para encontrar as melhores soluções. Soa para nós estranho que caças VSTOL como os F-35B fiquem na força aérea quando a lógica manda que operem sob o comando da aviação naval. Mas o Japão não tem NAe... ainda.

Acredito que o país mesmo tendo a cobertura militar americana, e rivais históricos bem ao lado, nunca se preocupou realmente em manter suas forças armadas em níveis que as fizessem operar com a mentalidade de forças conjuntas que começou a influenciar o mundo todo desde a guerra do golfo 1. E pelo que descrevestes, parece que tão cedo o conceito de NCW entre as forças irá vingar.

É impressionante que os caras consigam desenvolver produtos excelentes para si, mas sejam incapazes de corroborar qualquer tipo de planejamento conjunto entre si.

E 757 ou 767 para ASW só pode ser brincadeira... de muito mal gosto. :shock:

abs




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Re: Kawasaki C-2

#9 Mensagem por FCarvalho » Sex Mai 22, 2020 2:19 pm

O primeiro ministro do Japão, Sinzho Abe, está levando o país a uma lenta retomada das suas perspectivas militares pré-GM II.
Isso por um lado é bom, pois força os japoneses a rever sua posição na geopolítica do extremo oriente, e por tabela, a rever também à dependência militar que eles foram submetidos desde a constituição de 1947, salvo engano.

Mesmo sendo um país muito diferente do que foi a 80/90 anos atrás, as marcas da GM II e das tropas imperiais japoneses ainda ecoam por todo o pacífico ocidental. E não serão esquecidas tão cedo.

Mas fato é que o atual mandatário japonês está fazendo com que a sociedade repense a sua relação com o mundo exterior, e com a vizinhança a partir de visões menos americano-centristas.

Importante também observar que a partir do momento em que a China se torna um novo e poderoso player no pacífico - no lugar dos russos - e começa a por em cheque a capacidade da US Navy opor-se a qualquer um naquela região que questione os interesses americanos, o investimento em defesa no Japão passou a um novo nível de discussão, e também, de relacionamento com a sociedade e governo. Talvez não baste mais apenas se enfiar os tubos de dinheiro no MD e deixar que ele resolva as coisas como sempre.

Parece que a hora para não apenas refletir as relações entre as forças militares, como a sua organização e capacidade real e efetiva de defender o Japão a partir de suas próprias bases, em condições mais realistas e de visão conjunta devem acabar por impor-se no curto e médio prazo. A ascensão militar da China por fim levará os japoneses não somente a repensar a educação em seu sistema escolar, como também o tipo de militares que eles irão precisar no futuro imediato e no longo prazo.

Os chineses estão se programando para ser uma força realmente impositiva na região a partir dos anos de 2030. Até lá, será um tempo que Japão terá de rever todos os seus conceitos em defesa.

Dispor de recursos feitos no país com alto teor tecnológico e independência política e militar é sempre muito bom. Mas será suficiente para um país que vive basicamente dependente da manutenção de suas linhas marítimas com o mundo?

A ver.

abs




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Re: Kawasaki C-2

#10 Mensagem por akivrx78 » Sáb Mai 23, 2020 10:14 am

FCarvalho escreveu: Sex Mai 22, 2020 2:07 pm Olá akivrx78, obrigado pelas informações.

O índice de suicídio no Japão infelizmente ainda é um dos maiores do mundo. Na Coréia do Sul, a mesma coisa. Esse educação que leva as pessoas a simplesmente verem/entenderem a vida, e os outros, como uma eterna corrida pela sobrevivência e rivais pessoais, ajudou muito na recuperação econômica destes países, mas criou ao mesmo tempo sociedades extremamente doentias.

O MD japonês, com essa recente abertura para o mundo exterior, acredito que com o tempo possa rever suas ações, planejamento, a doutrina e cultura interna das forças armadas. O Japão apesar de sua potencia econômica ainda é bastante fechado em termos culturais e sociais. Mas este também é um processo lento de transformação.

Quanto a marinha nipônica ter o maior orçamento não é de se estranhar, afinal o país é uma ilha e depende naturalmente da proteção das suas vias marítimas para sobreviver. Agora, isto como bem disseste levou a disputas internas e a orgulhos que em nada cooperam para encontrar as melhores soluções. Soa para nós estranho que caças VSTOL como os F-35B fiquem na força aérea quando a lógica manda que operem sob o comando da aviação naval. Mas o Japão não tem NAe... ainda.

Acredito que o país mesmo tendo a cobertura militar americana, e rivais históricos bem ao lado, nunca se preocupou realmente em manter suas forças armadas em níveis que as fizessem operar com a mentalidade de forças conjuntas que começou a influenciar o mundo todo desde a guerra do golfo 1. E pelo que descrevestes, parece que tão cedo o conceito de NCW entre as forças irá vingar.

É impressionante que os caras consigam desenvolver produtos excelentes para si, mas sejam incapazes de corroborar qualquer tipo de planejamento conjunto entre si.

E 757 ou 767 para ASW só pode ser brincadeira... de muito mal gosto. :shock:

abs

Sobre o sistema educacional concordo, a taxa de suicídio continua alta porque o foco mudou para o problema do bullying escolar... muda uma coisa piora outras...

O MD quer que os japoneses pensem mais abertamente fazendo parcerias para reduzir custos, ainda esta enraizado a Síndrome de Galápagos onde se pensa o que é melhor somente para você, não para todos.

A Marinha tem o menor orçamento para custeio US$11.5 Bi, força aérea US$12,3 Bi, exercito US$18.1 Bi, porem para investimento os valores mudam, marinha US$3.2 Bi, força aérea US$3.1 Bi, exercito US$1.3 Bi, no ano de 2020 o orçamento de investimento da força aérea somente ficou próximo da marinha porque esta incluso 1 Bi pela compra de 4 unidades do KC46, estes valores de investimento são somente referentes a aquisição de equipamentos.

Eles trabalham em conjunto somente no que o MD determina,

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Eles tem o Jadge operaciomal entre as 3 forças desde 2009, porem cada força tem seu próprio data link... separado... eles utilisam seu próprio link + link 16 + o link do Jadge... desde 2006 o MD monitora as informações C4I2 de todos os inks pelo CCS Central Command System que pode ser acessado também pelo gabinete do PM.

Marinha (Mars)
Força Aérea (Badge)
Exercito 2 Link (Aess/Dics)
Joint Staff Office e Defense Intelligence Headquarters também tem seu próprio link separados que são unidos com as 3 forças no CCS.




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Re: Kawasaki C-2

#11 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 23, 2020 12:51 pm

Pelo exposto, tudo leva a crer que cada força pensa lutar a sua própria guerra, independente de quaisquer outros fatores relativos as demais áreas.
Eu não sei como o MD japonês consegue colocar ordem nessa bagunça.
O custeio tem muito a ver com a modernidade dos meios que cada força possui, sendo que quanto mais moderno menor o custo de manutenção, teoricamente.
O exemplo do KC-46 é bem claro para ilustrar a desordem entre as forças, dado que ele em sido uma baita dor de cabeça para a USAF, e mesmo assim a força aérea do japão insiste neles, quando o MRTT KC-330 está aí há alguns anos oferecendo maior e melhor capacidade do que o projeto da Boeing. E funciona. É possível imaginar que uma aeronave como essa poderia servir força aérea e marinha, mas pelo visto.
Ter vários sistemas C4ISR e links pode até ser uma vantagem pois dão as forças militares maior capacidade de resiliência nesta área, mas por outro lado também cria uma confusão logística na arena de comando e controle muito grande.
Parece que o MD não tem maiores preocupações em obrigar as forças a não somente trabalharem em conjunto, mas sobretudo, partilhar projetos e necessidades em comum.
Como disse outro dia, a percepção do material militar japonês talvez fosse outra no exterior se eles se dessem mais o trabalho de criar relações mais práticas com outros países que não os USA. Mas esta é uma questão que o MD japonês tem de solucionar.
Fico aqui pensando que o C-2 e P-1 basicamente estão fadados a coexistir apenas no Japão, sem maiores chances de exportações pelo fato de que não tem jogo de cintura para adaptar-se as regras dos negócios de defesa no mundo.
Eu considero o P-1 um baita avião ASW, talvez até melhor que o Poseidon, mas peca por ser um avião fechado para o mercado japonês. E olha que não existe concorrência além do avião americano. Pelo menos até o final da década de 2020. Depois disso, europeus, russos e chineses vão entrar no mercado com suas próprias soluções. Aí fica bem mais difícil. Conquanto, parece que exportações não é algo que esteja na agenda principal do MD. É meio aquilo, se vender vendeu, se não, tá tudo dominado em casa.
O C-2 pode ser uma grande alternativa para o cargo militar no mundo, mas sem o traquejo de vendedor, por melhor que seja, ele não vai conseguir negócios fora do Japão.
Talvez quando e se o Japão sair da barra da saia dos americanos no que concerne a organização e projetos de Defesa, eles poderão equilibrar melhor as suas necessidades levando em conta o resto do mundo. Apesar de terem dinheiro sobrando, diga-se assim, não é possível gastar tanto assim sem refletir sobre a efetividade dos investimentos.
Vários projetos ainda em andamento podem atrair a parceria de outros países, como o Brasil por exemplo, dado que os japoneses tem algumas similaridades em termos de material e espaços de atuação conosco.
O KC-390 por exemplo, não substitui o C-2, mas poderia ser a aeronave de referência para força aérea e marinha no que tange necessidades comuns identificadas. Da mesma forma a família E-2, e por aí vai. Para não falar do EB e marinha que também tem necessidades hoje cujos produtos japoneses poderiam servir muito bem para ambos os países. Seria questão de sentar e conversar.
Mas a China já colocou até navios de guerra em nossos portos, e dou outro lado do Atlântico. E tem se tornado uma presença quase frequente no AS. Já a marinha nipônica continua restrita ao Pacífico, com algumas saidinhas pelo índico. Nada mais contraditório para o país que tem o terceiro ou quarto maior parque industrial no Brasil.

abs




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Re: Kawasaki C-2

#12 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 23, 2020 1:05 pm

Uma coisa que achei interessante no projeto do C-2 é que ele mesmo operando com duas turbinas de 767, e MTOW de 144 tons, tem um payload de apenas 37,6 ton. O que contrasta com as 52,7 ton de carga máxima do próprio 767-300F.

Eu fico aqui curioso pensando o que a Embraer faria com este avião se seus engenheiros colocassem as mãos nele. :wink:

abs




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Re: Kawasaki C-2

#13 Mensagem por akivrx78 » Qua Jul 01, 2020 8:27 am





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Re: Kawasaki C-2

#14 Mensagem por FCarvalho » Qua Ago 26, 2020 11:18 pm

Japão testa aeronave C-2 em pistas não pavimentadas visando venda para os Emirados Árabes Unidos
Por Fernando Valduga -25/08/2020

https://www.cavok.com.br/japao-testa-ae ... bes-unidos

Não há informações sobre esta concorrência, se é que se pode dizer que existe uma, para um cargo militar para os EAU. Conquanto, na matéria acima há um link para outra matéria onde é comentado o interesse dos árabes no C-2 desde 2017 junto com negociações com o governo japonês.
A ver, pois o C-2 apesar de ser um bom avião, foi projetado para cumprir apenas com as especificações japonesas e não para exportação.
Não ser certificado para pistas não preparadas é apenas um dados dos muitos que remontam à gênese deste projeto.

abs




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Re: Kawasaki C-2

#15 Mensagem por akivrx78 » Sex Ago 28, 2020 2:46 pm

FCarvalho escreveu: Qua Ago 26, 2020 11:18 pm Japão testa aeronave C-2 em pistas não pavimentadas visando venda para os Emirados Árabes Unidos
Por Fernando Valduga -25/08/2020

https://www.cavok.com.br/japao-testa-ae ... bes-unidos

Não há informações sobre esta concorrência, se é que se pode dizer que existe uma, para um cargo militar para os EAU. Conquanto, na matéria acima há um link para outra matéria onde é comentado o interesse dos árabes no C-2 desde 2017 junto com negociações com o governo japonês.
A ver, pois o C-2 apesar de ser um bom avião, foi projetado para cumprir apenas com as especificações japonesas e não para exportação.
Não ser certificado para pistas não preparadas é apenas um dados dos muitos que remontam à gênese deste projeto.

abs



Estão testando desde fevereiro fora da pista, o EAU perguntou se o C-2 poderia ser operado em pistas não preparadas os japoneses disseram que sim, ai o EAU pediu dados de testes e parece que estão fazendo testes antes ir apresentar o C-2 em outubro no EAU.

Não sei onde eles pretendem fazer os testes porque no Japão acho mais fácil encontrar uma área asfaltada para pousar do que um local plano de terra com mais de 2km de extensão.

Imagem


Tem uma pista de terra em Mageshima porem se der alguma coisa errada não sei como iriam retirar a aeronave da ilha, ai vai ser construido uma nova base para a USNavy.




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